Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Folha, Estado, Veja e televisões minimizam corrupção em SP

No último dia 12 de outubro, este blog cobriu ato público “contra a corrupção” que começou no Museu de Arte de São Paulo (Masp), na avenida Paulista, e terminou no “Centro Velho” da cidade, na praça Ramos de Azevedo, diante do Teatro Municipal de São Paulo. A matéria reproduziu respostas a um questionário que esta página apresentou aos manifestantes. Aquele questionário foi elaborado de forma a identificar possível viés político-partidário e ideológico nos integrantes da manifestação.
Das 27 entrevistas feitas com os manifestantes, 26 apontaram forte viés político-partidário, deixando ver que o que ocorria ali era produto de campanha de partidos e entidades de oposição ao governo federal. Dessas 26 entrevistas que apuraram esse fato, sete se estenderam em breves conversas entre o entrevistador e os entrevistados. Só não foram relatadas antes porque o blog esperou pelo contato com fonte da Assembléia Legislativa que só ocorreu na semana passada.
Naquelas conversas com os manifestantes “contra a corrupção”, eles foram perguntados sobre se também estavam protestando contra o escândalo das emendas parlamentares na Assembléia Legislativa de São Paulo. Apesar de o entrevistador ter percebido que um dos entrevistados se fez de desentendido, os outros seis pareceram sinceros ao declararem que não sabiam de nada sobre esse escândalo, o que pode ser explicado pela discretíssima e rara cobertura do assunto pela imprensa.
Para quem não sabe, aliás, explica-se que há três meses o deputado estadual Roque Barbiere (PTB-SP) denunciou que ao menos “um terço” dos deputados estaduais paulistas “venderiam” a “prefeitos e empresas privadas” as emendas parlamentares ao Orçamento que os governos tucanos do Estado há muito distribuem a aliados e até a um pequeno contingente de deputados “de oposição” que fontes da AL informaram ao blog (na semana passada) que são tão governistas quanto os deputados assumidamente da base do governo.
Por conta disso, a base de apoio do governo Alckmin na AL-SP está conseguindo enterrar mais esse escândalo. Na última quinta-feira, os deputados governistas conseguiram derrubar, por seis votos a dois, o funcionamento do Conselho de Ética. Segundo um funcionário da AL (que preferiu não se identificar) ouvido pelo blog no último sábado, sem uma divulgação da imprensa igual à que é feita em relação a ministros do governo Dilma investigação relevante e profunda alguma ocorrerá, como nenhuma ocorre há muito tempo em São Paulo.
A explicação que esses veículos dão em off (através de alguns de seus jornalistas que freqüentam redes sociais como Twitter ou Facebook e entram em debates com quem questiona a omissão da imprensa nos escândalos tucanos) é a de que são escândalos “regionais” e que, por isso, receberiam cobertura tão “diferenciada”, um claro eufemismo para cobertura omissa porque, a bem dos fatos, não há, em relação ao PSDB, o jornalismo “investigativo” que chega a tentar invadir domicílios em busca de “provas” contra pessoas ligadas ao governo federal.
A cobertura e fiscalização pífias da imprensa em relação ao comportamento da oposição ao governo Dilma nos Estados em que essa oposição é governo – como em São Paulo ou em Minas Gerais – se dá sob o argumento de que seriam assuntos “regionais”. Todavia, tal falácia pode ser facimente desmontada meramente lembrando o que era feito pela imprensa quando a petista Marta Suplicy ou a ex-petista Luiza Erundina governaram a capital paulista. Então, críticas e denúncias ganhavam manchetes quase diárias nos jornais supracitados e nos telejornais de alcance nacional.
A imprensa, por essa razão, não investiga o escândalo das emendas parlamentares em São Paulo, um escândalo que lança suspeitas sobre os governos tucanos que se encastelaram no poder desse Estado há quase vinte anos, suspeitas comparáveis às que desencadearam o escândalo do mensalão federal porque insinuam que os governos tucanos paulistas subornam deputados para obterem deles favores em votações na Assembléia Legislativa.
À diferença das matérias investigativas que veículos como Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo e a revista Veja passaram a fazer todos os meses contra o governo federal desde o começo do governo Lula e que neste ano ganharam uma intensidade nunca vista em anos anteriores, com trabalhos de investigação se sobrepondo em várias frentes simultâneas, nenhuma das matérias sobre o governo de São Paulo, na última década, partiu da imprensa brasileira, mas, sim, da repercussão de denúncias antigas que circulam entre os aliados do governo federal ou da repercussão de investigações no exterior.
O caso Alstom é um exemplo. Contém denúncias sobre propina que teria sido paga pela empresa francesa Alstom a vários políticos do PSDB, entre eles o ex-governador Mario Covas, já falecido, e o atual governador de São Paulo, Geraldo Alkmin. As raras matérias que saíram na imprensa brasileira foram “chupadas” da mídia internacional, de veículos como Wall Street Journal e Der Spiegel, entre outros. A imprensa brasileira mesma, não investiga nada sobre esse caso.
Todavia, é um caso gravíssimo. Trata-se de escândalo que envolve muitos milhões de dólares e que tem alcance internacional. Fora do Brasil, as notícias correm soltas.  O assunto é tão sério que está sendo investigado pelo ministério público da Suíça, onde estão arrolados os nomes dos políticos tucanos aqui citados e de outros brasileiros envolvidos.
De acordo com o que consta em documentos enviados ao Ministério da Justiça do Brasil pelo ministério público da Suíça, no período que vai de 1998 a 2001 pelo menos 34 milhões de francos franceses teriam sido pagos em propinas a autoridades do governo do Estado de São Paulo através de empresas offshore (empresas criadas em paraísos fiscais, onde gozam de sigilo de suas contas bancárias que dificulta investigações).
Segundo o ministério público suíço, os pagamentos teriam sido feitos utilizando-se do esquema de contratos de “consultoria de fachada”. O valor das “comissões” supostamente pagas pela Alstom em troca da assinatura de contratos pelo governo de São Paulo chegaria a aproximadamente R$ 13,5 milhões. Segundo o Ministério Público da Suíça, pelo cruzamento de informações esses trabalhos de “consultoria” foram considerados como sendo fictícios.
No período de negociação e da assinatura dos contratos de consultoria estava à frente da Secretaria de Energia de São Paulo o então genro do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, David Zylbersztajn, que deixou o cargo em janeiro de 1998 ao assumir a direção geral da Agência Nacional do Petróleo. O atual secretário de Coordenação das Subprefeituras da cidade de São Paulo, Andrea Matarazzo, que ocupou a secretaria por alguns meses, e o atual secretário estadual dos Transportes, Mauro Arce, também estão envolvidos.
Para que se tenha uma idéia da enormidade do caso e para que se possa mensurar a enormidade da minimização que a imprensa brasileira faz dele, o TCE (Tribunal de Contas do Estado) julgou irregular uma compra de 12 trens da Alstom no valor de R$ 223,5 milhões feita sem licitação pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), empresa do governo de São Paulo. O contrato foi assinado em 28 de dezembro de 2005, no governo de Geraldo Alckmin.
Pergunta: você se lembra, leitor, de quando foi a última vez que recebeu uma única notícia da grande imprensa sobre esse caso?
O caso Alstom é apenas um dos muitos casos de corrupção que pesam sobre o partido que há quase duas décadas governa o segundo orçamento da União, o de São Paulo, que, como se sabe, é maior do que os orçamentos da maioria dos países da América Latina. Imagine o leitor o que faria a imprensa brasileira se houvesse um escândalo internacional contra o PT.
A imprensa daria ajuda inestimável ao ministério público suíço usando contra o PSDB esse “jornalismo investigativo” que descobre “provas” contra petistas e aliados toda semana. Contudo, é escandaloso o total desinteresse da imprensa brasileira sobre qualquer pedido de CPI entre as dezenas deles que hibernam nas gavetas da Assembléia Legislativa de São Paulo, que, agora se sabe, vem sendo banhada pelos impostos dos paulistas que acabam escorrendo para o setor privado através de nada mais, nada menos do que… ONGs.
É possível concluir, então, que a única forma de os governos federal, estadual e municipal serem fiscalizados pela imprensa é sendo governos petistas, pois só estes são alvos de investigação da imprensa. Essas campanhas “jornalísticas” contra ministros, com manchetes de capa e de primeira página tomando os telejornais todos os dias e com a Justiça sendo célere, só ocorrem desse jeito. Votar no PSDB, portanto, significa conceder a políticos uma espécie de licença para roubar sob as barbas da imprensa e da Justiça.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Nesta quinta, ato pela CPI da venda de emendas em SP




Viomundo do Azenha:Nesta quinta, ato pela CPI da venda de emendas em SP

PSDB manobra e adianta sessão sobre escândalo de emendas em São Paulo

Para driblar protesto marcado para quinta-feira, discussão sobre as denúncias de venda de emendas ao orçamento paulista por deputados estaduais foi antecipada em um dia

porRaoni Scandiuzzi, Rede Brasil Atual

São Paulo – Deputados estaduais do PSDB conseguiram antecipar em um dia a sessão do Conselho de Ética que discutirá o escândalo de venda de emendas parlamentares ao orçamento do estado de São Paulo. A medida foi articulada nesta terça-feira (25) pelo presidente do conselho, Hélio Nishimoto (PSDB). Com isso, a reunião ocorrerá agora nesta quarta (26). Para a oposição, foi uma “manobra” para evitar o protesto articulado para a data original.

Para esta quinta (27), deputados da oposição e movimentos sociais prometiam uma manifestação na Assembleia Legislativa para pressionar os deputados. Eles acreditam que o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) e sua base aliada agem para esvaziar o caso e depois arquivá-lo, alegando que não há nomes de parlamentares a serem investigados.

“Essa é uma manobra política de quinta categoria”, acusou o deputado Carlos Gianazzi (PSOL). “Isso foi uma estratégia para desmobilizar, para sabotar o movimento, porque a base governista não quer pressão de nenhum lado. Tudo que eles puderem fazer para esvaziar as investigações, eles vão fazer”, criticou.

Na semana passada, o deputado Major Olímpio (PDT) depôs e apresentou o nome de uma ONG que teria relatado prática de desvio semelhante à citada por Roque Barbiere (PTB), pivô do escândalo. Olímpio citou o nome de Rogério Nogueira, seu colega de partido, como envolvido no pedido de propina para a apresentação de emenda ao orçamento. Nogueira nega a prática e afirma que Olímpio é um “franco-atirador”.

Antes do pedetista, o principal nome que a oposição quer ver no Conselho de Ética é justamente o de Barbiere, autor das denúncias no início do mês. Ele afirmou que 20% a 30% das emendas eram apresentadas ao orçamento dentro de um esquema de desvio de verbas, na qual a ONG ou prefeitura que recebia o recurso estadual (para uma quadra poliesportiva ou unidade de saúde, por exemplo) “devolvia” uma parcela do valor ao parlamentar.

“Esse é um escândalo que atinge o coração da Assembleia Legislativa e o coração do governo, porque todos os envolvidos são do governo”, reclama Gianazzi. Para o deputado do PSOL, Barbiere tem obrigação de fazer a denúncia, por exercer um mandato no Legislativo estadual.

PS. do Viomundo: Apesar da manobra do PSDB  para driblar a manifestação da quinta-feira, ela está mantida.


Viomundo do Azenha:Nesta quinta, ato pela CPI da venda de emendas em SP

PSDB manobra e adianta sessão sobre escândalo de emendas em São Paulo

Para driblar protesto marcado para quinta-feira, discussão sobre as denúncias de venda de emendas ao orçamento paulista por deputados estaduais foi antecipada em um dia

porRaoni Scandiuzzi, Rede Brasil Atual

São Paulo – Deputados estaduais do PSDB conseguiram antecipar em um dia a sessão do Conselho de Ética que discutirá o escândalo de venda de emendas parlamentares ao orçamento do estado de São Paulo. A medida foi articulada nesta terça-feira (25) pelo presidente do conselho, Hélio Nishimoto (PSDB). Com isso, a reunião ocorrerá agora nesta quarta (26). Para a oposição, foi uma “manobra” para evitar o protesto articulado para a data original.

Para esta quinta (27), deputados da oposição e movimentos sociais prometiam uma manifestação na Assembleia Legislativa para pressionar os deputados. Eles acreditam que o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) e sua base aliada agem para esvaziar o caso e depois arquivá-lo, alegando que não há nomes de parlamentares a serem investigados.

“Essa é uma manobra política de quinta categoria”, acusou o deputado Carlos Gianazzi (PSOL). “Isso foi uma estratégia para desmobilizar, para sabotar o movimento, porque a base governista não quer pressão de nenhum lado. Tudo que eles puderem fazer para esvaziar as investigações, eles vão fazer”, criticou.

Na semana passada, o deputado Major Olímpio (PDT) depôs e apresentou o nome de uma ONG que teria relatado prática de desvio semelhante à citada por Roque Barbiere (PTB), pivô do escândalo. Olímpio citou o nome de Rogério Nogueira, seu colega de partido, como envolvido no pedido de propina para a apresentação de emenda ao orçamento. Nogueira nega a prática e afirma que Olímpio é um “franco-atirador”.

Antes do pedetista, o principal nome que a oposição quer ver no Conselho de Ética é justamente o de Barbiere, autor das denúncias no início do mês. Ele afirmou que 20% a 30% das emendas eram apresentadas ao orçamento dentro de um esquema de desvio de verbas, na qual a ONG ou prefeitura que recebia o recurso estadual (para uma quadra poliesportiva ou unidade de saúde, por exemplo) “devolvia” uma parcela do valor ao parlamentar.

“Esse é um escândalo que atinge o coração da Assembleia Legislativa e o coração do governo, porque todos os envolvidos são do governo”, reclama Gianazzi. Para o deputado do PSOL, Barbiere tem obrigação de fazer a denúncia, por exercer um mandato no Legislativo estadual.

PS. do Viomundo: Apesar da manobra do PSDB  para driblar a manifestação da quinta-feira, ela está mantida.

Viomundo do Azenha:
PSDB manobra e adianta sessão sobre escândalo de emendas em São Paulo

Para driblar protesto marcado para quinta-feira, discussão sobre as denúncias de venda de emendas ao orçamento paulista por deputados estaduais foi antecipada em um dia

porRaoni Scandiuzzi, Rede Brasil Atual

São Paulo – Deputados estaduais do PSDB conseguiram antecipar em um dia a sessão do Conselho de Ética que discutirá o escândalo de venda de emendas parlamentares ao orçamento do estado de São Paulo. A medida foi articulada nesta terça-feira (25) pelo presidente do conselho, Hélio Nishimoto (PSDB). Com isso, a reunião ocorrerá agora nesta quarta (26). Para a oposição, foi uma “manobra” para evitar o protesto articulado para a data original.

Para esta quinta (27), deputados da oposição e movimentos sociais prometiam uma manifestação na Assembleia Legislativa para pressionar os deputados. Eles acreditam que o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) e sua base aliada agem para esvaziar o caso e depois arquivá-lo, alegando que não há nomes de parlamentares a serem investigados.

“Essa é uma manobra política de quinta categoria”, acusou o deputado Carlos Gianazzi (PSOL). “Isso foi uma estratégia para desmobilizar, para sabotar o movimento, porque a base governista não quer pressão de nenhum lado. Tudo que eles puderem fazer para esvaziar as investigações, eles vão fazer”, criticou.

Na semana passada, o deputado Major Olímpio (PDT) depôs e apresentou o nome de uma ONG que teria relatado prática de desvio semelhante à citada por Roque Barbiere (PTB), pivô do escândalo. Olímpio citou o nome de Rogério Nogueira, seu colega de partido, como envolvido no pedido de propina para a apresentação de emenda ao orçamento. Nogueira nega a prática e afirma que Olímpio é um “franco-atirador”.

Antes do pedetista, o principal nome que a oposição quer ver no Conselho de Ética é justamente o de Barbiere, autor das denúncias no início do mês. Ele afirmou que 20% a 30% das emendas eram apresentadas ao orçamento dentro de um esquema de desvio de verbas, na qual a ONG ou prefeitura que recebia o recurso estadual (para uma quadra poliesportiva ou unidade de saúde, por exemplo) “devolvia” uma parcela do valor ao parlamentar.

“Esse é um escândalo que atinge o coração da Assembleia Legislativa e o coração do governo, porque todos os envolvidos são do governo”, reclama Gianazzi. Para o deputado do PSOL, Barbiere tem obrigação de fazer a denúncia, por exercer um mandato no Legislativo estadual.

PS. do Viomundo: Apesar da manobra do PSDB  para driblar a manifestação da quinta-feira, ela está mantida.

Como se disse no post “Pig não é PiG porque denuncie a corrupção”, para o PiG(*), membros da comunidade “massa cheirosa” não roubam.
Clique aqui para ler “No Brasil, crime de lavar dinheiro compensa”
E quem tem maquina de lavar dinheiro, amigo navegante ?
A massa cheirosa ou a massa que fede ?
Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Em que caso das emendas em SP difere do caso nos Esportes?

Esse tom da imprensa de apoio irrestrito à versão dos acusadores de Silva é muito mais forte na revista Veja. Na publicação, ao acusado pela sua matéria só resta demissão e, em seguida, o cárcere. A palavra de pessoas acusadas, processadas e até presas por formarem uma quadrilha é tomada como expressão da verdade.
Os programas de tevê e rádio, os editoriais, as colunas, as análises, as cartas de leitores, as manchetes e até as pretensas reportagens já condenaram os acusados pela Veja – entre os quais está um partido político inteirinho –, mas inexistem em escândalos envolvendo os adversários políticos desses acusados.
O escândalo sobre as emendas parlamentares ao Orçamento do governo de São Paulo, que envolve deputados da base de apoio ao governo Geraldo Alckmin, não saiu na Veja, não saiu no Fantástico e, sobretudo, o governo Alckmin e seu partido inteiro não foram alvo da condenação opinativa da grande mídia. Ninguém ousa tratar casos iguais com igualdade.
Todos essas matérias contra Orlando Silva e seu partido não ocorrem no caso paulista apesar de também ter um denunciante que acusa e faz ameaças como o que acusou e ameaçou o ministro. E o que é pior: quem acusa o ministro e seu partido é alguém com graves problemas com a lei e quem acusa o governo Alckmin e sua base de apoio é um parlamentar contra quem, ao menos até aqui, não pesa denúncia alguma.
Este blogueiro apoiaria a imprensa se tratasse os dois casos da mesma forma. Se o fato de haver um denunciante que militava na base de apoio do governo Dilma torna a denúncia contra o PC do B  verdadeira, por que o fato de haver um denunciante da base de apoio do governo Alckmin não torna sua denúncia igualmente verdadeira?
Por que esses colunistas que já julgaram e condenaram um lado não condenam o outro se os elementos de prova são idênticos? Por que a denúncia de baixa credibilidade de um elemento como o policial militar João Dias Ferreira contra o governo Dilma é mais forte do que a denúncia de alta credibilidade de um deputado como Roque Barbiere contra o governo Alckmin?
Conclusão inescapável: o caso das emendas parlamentares ao Orçamento de São Paulo só difere do caso das ONGs do ministério dos Esportes na cobertura jornalística. Quem, então, terá coragem de perguntar ao vivo – e, se possível, no Jornal Nacional – por que casos iguais são tratados com tanta diferença?