247 – Em resposta ao pedido de criação da CPI da Petrobras, protocolado nesta quinta-feira 27 no Senado por parlamentares da oposição, o líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), afirmou que levará à sua bancada a proposta de se criar uma investigação sobre o caso Alstom, que envolveu várias multinacionais em um esquema de cartel em licitações do Metrô e da CPTM em São Paulo, durante governos do PSDB.
"Isso (o caso Pasadena) não é denúncia de corrupção. Por que há casos de corrupção que ninguém está falando nada? Por exemplo, o caso da Alstom, do Metrô, que envolve um membro do Tribunal de Contas, o que estão fazendo? Os nossos deputados tentaram criar uma CPI em São Paulo, mas não deixaram. Nós vamos fazer aqui", disse o deputado, em discurso na Câmara.
Vicentinho disse que sua "proposta é de passar o Brasil a limpo". "Queremos transparência e esse desafio Dilma vai aceitar, porque ela não aceita pacto com o diabo. Vamos incorporar essa questão da corrupção ao possível, talvez um erro, na compra de Pasadena. Não ficaremos calados com um grave problema", prosseguiu o parlamentar, que citou ainda possíveis investigações sobre outros casos, como Cemig, de Minas, e o Porto de Suape, em Pernambuco.
CPI da Petrobras
Vicentinho justificou que a proposta de investigar a Petrobras é "meramente eleitoreira, politiqueira". "Não há denúncia nenhuma de corrupção, o que existiu, há oito anos, foi a compra de uma empresa, e essa empresa foi desvalorizada no momento. Mas a decisão da Petrobras foi tomada com base nos pareceres de duas assessorias técnicas de caráter internacional e através da votação de seu conselho", disse, em discurso na tribuna da Câmara.
"Por que essa CPI vem aqui agora, tanto tempo depois, em ano eleitoral?", prosseguiu o deputado. Segundo ele, o pré-candidato do PSDB à presidência, senador Aécio Neves, e o candidato do PSB, "não têm o que falar da presidente Dilma", quem, segundo ele, "não aceita o mal feito" e "que determina apuração em toda a decisão sobre qualquer repartição pública. Em caso de culpado, há punição", afirmou. Vicentinho disse que, apesar disso, "a presidente Petrobras está à disposição" e irá ao Congresso para esclarecer o que for preciso.
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