Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

53% dos paulistanos acham que falta d’água é culpa de Dilma e Haddad

água capa

Na última quarta-feira (7/1), a Sabesp foi autorizada pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) a aplicar multa de 40% a 100% para quem consumir mais água neste ano no comparativo entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014. A medida deve ser publicada no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira (8).

Confira, abaixo, o gráfico explicativo sobre o sistema elaborado pelo governo paulista para punir quem consumir mais água do que o permitido.
água 1

Como se vê, não será preciso que os moradores da capital paulista gastem muita água para ser multados. Na verdade, terão que gastar menos água do que costumam gastar no verão, porque a base de cálculo que será utilizada pelo governo Alckmin para punir quem ultrapassar o racionamento – que, até agora, a mídia local não chamou pelo nome – se baseia na média de 12 meses de um ano antes de o problema se agravar (2013).

Como a média de 12 meses pega outono, verão e primavera, meses em que a população consome menos água, e é aplicada no verão, a base para multar os paulistanos, que apoiaram com tanto entusiasmo o governo Alckmin nas últimas eleições, é uma trapaça: quem não reduzir o consumo que costuma ter no verão, irá pagar até o dobro pela conta de água.

Os acionistas da Sabesp agradecem. Com o perdão pela piada infame, os detentores de ações da Sabesp (percentual infinitesimal da população da cidade) irão “lavar a égua”.

Como se explica, então, que o governador Geraldo Alckmin tenha conseguido se reeleger em 1º turno com uma votação tão consagradora? Como se explica, aliás, que mesmo após o anúncio das punições para quem não DIMINUIR o consumo de água não tenha havido uma revolta na cidade?

Nesta sexta-feira, o famigerado Movimento Passe Livre irá às ruas da capital paulista contra aumento de 50 centavos no preço das passagens de ônibus, apesar de que, de acordo com a prefeitura paulistana, “Desde o último reajuste, em janeiro de 2011, a inflação acumulada foi de 27%” e “O reajuste da tarifa básica, de R$ 3,00 para R$ 3,50, ficou abaixo disso, em 16,67%.”.

Pode-se dizer, portanto, que o preço das passagens ficou mais barato para os paulistanos, nos últimos anos, pois os salários subiram em 2012, 2013 e 2014 e as passagens, não.

Aliás, o fato é que os paulistanos não estão pagando menos pelas passagens. Como a prefeitura herdou contrato com as empresas de ônibus que preveem aumentos anuais, o erário paulistano – ou seja, o povo – está pagando os aumentos do mesmo jeito, ainda que não sinta na catraca dos ônibus.

Mas o que importa mesmo é que enquanto um grupo de paulistanos vai à rua para protestar contra um pequeno aumento no preço das passagens, ninguém sai para protestar contra o descomunal aumento no preço da água justamente quando o serviço prestado pelo governo do Estado, nesse setor, piora de forma absurda, com racionamento velado e preços MUITO mais caros.

A que se deve isso? Deve-se ao fato (comprovado) de que a maioria dos moradores da capital paulista não sabe de quem é a responsabilidade pela distribuição de água, mas pensa que sabe.

Durante o primeiro turno das eleições deste ano, a população paulistana escolheu seu novo governador sem saber que o problema de água, que então já se fazia sentir, foi causado por incompetência dos governos do PSDB desde 2004.

A insuficiência do Sistema Cantareira, que abastece 47% da região metropolitana de São Paulo, é um problema que o governo paulista conhecia desde 2004. Naquele ano, a Agência Nacional de Águas (ANA), órgão federal, renovou a concessão da Sabesp para distribuir água no Estado de São Paulo. No documento de concessão da outorga dada à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) em 2004 para explorar por dez anos o reservatório Cantareira, o artigo 16 estipulava que a empresa deveria realizar em 30 meses “estudos e projetos que viabilizassem a redução de sua dependência do sistema”.

Passaram-se dez anos e nada foi feito.

Ainda assim, Alckmin se reelegeu com 57% dos votos válidos. Em primeiro turno. Ele e José Serra, que governaram São Paulo de 2004 até o ano passado, não cumpriram o acordo firmado naquele ano com o governo Lula e, ainda assim, a população paulistana apoia o PSDB como se estivesse fazendo um grande governo.

A explicação para isso está em uma pesquisa Datafolha publicada no dia 20 de outubro, que mostra que a população da maior cidade do país não sabe de quem é a culpa pelo sofrimento que vem passando com o racionamento velado de água – que irá piorar, porque, além desse desconforto, ainda terá que pagar mais pelo péssimo serviço da Sabesp.

A pesquisa Datafolha em questão foi divulgada pelo jornal naquele mês, mas escondeu um dado assustador: 53% dos paulistanos atribuem os problemas na distribuição de água a Dilma Rousseff e ao prefeito Fernando Haddad, ambos do PT, apesar de a responsabilidade pelo problema ser exclusivamente do governo do Estado, controlador da Sabesp.

O problema do abastecimento de água em São Paulo só começou a ser tratado com maior intensidade pela imprensa local após a eleição em primeiro turno, que Alckmin venceu com um pé nas costas. Em 20 de outubro, o problema ganha manchete de primeira página na Folha de São Paulo.

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Porém, em nenhum momento o jornal publicou um destaque para esse dado impressionante de que a maioria dos paulistanos estava equivocada sobre a responsabilidade por um problema que tem torturado a população. Das quatro matérias que trataram do assunto, a informação foi dada num pé de página escondido lá no caderno “cotidiano”.

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Claro que os adversários de Alckmin tentaram explicar à população paulistana que o governador que ela estava reelegendo é que tinha responsabilidade pela crise de abastecimento de água, mas essa população estava tão embriagada pelo antipetismo que nem se deu ao trabalho de assistir o horário eleitoral.

Restaria à imprensa local explicar aos zumbis que habitam a maior e mais rica cidade do país que os governos do PSDB ficaram sentados em cima do problema de abastecimento de água durante uma década (desde 2004) sem tomar providências, mas essa mesma imprensa se absteve, vergonhosamente, de tratar do assunto durante a campanha – só foi noticiar alguma coisa DEPOIS do primeiro turno.

É o pior é que, como paulistano, nem posso dizer que será bem feito o sofrimento por falta de água que estamos passando – e que deve aumentar nos próximos meses -, pois, apesar de integrar a minoria consciente que sabe por que meu Estado piorou tanto ao longo de 20 anos de governos do PSDB, também estou sofrendo com falta de água.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

É alta a probabilidade de Dilma vencer no 1º turno


Pesquisas Ibope e Datafolha divulgadas no início da noite de quinta-feira, 2 de outubro, a 3 dias da eleição, mostram quadro impensável há 30 dias: além de ser alta a possibilidade de Dilma Rousseff reeleger-se em primeiro turno, mesmo em caso de segundo turno sua vantagem é muito maior que a da (até aqui) segunda colocada, Marina Silva.
Precisamente às 18 horas e 52 minutos, a “Rádio Estadão” (na Web) divulgou os resultados da mais recente pesquisa Ibope (com 3010 entrevistados e campo de 29 de setembro a 1º de outubro) sobre a sucessão presidencial.
Cerca de 40 minutos depois, o portal UOL divulga pesquisa Datafolha (com amostra muito maior, de mais de 12 mil entrevistados, e mais recente, de 1 e 2 de outubro)
No Ibope, Dilma aparece com 47% dos votos válidos. No Datafolha, aparece com 45% dos votos válidos.
Se formos nos basear pelo pior resultado para a atual presidente da República (o do Datafolha), falta-lhe o percentual mais baixo de votos para vencer em 1º turno desde o início da campanha eleitoral. Precisaria crescer 2,5 pontos percentuais até domingo.
Difícil? Talvez. Impossível? Jamais. Até porque, os números do Datafolha divergem de sondagens do PT.
Nesse aspecto, vale dizer que fonte da campanha de Dilma com a qual conversei recentemente previu que ela seria “retida” abaixo do necessário para vencer em primeiro turno através do uso da margem de erro e, se necessário, de algo além dessa margem. Totalmente condizente com o que dizem as duas pesquisas recém-divulgadas.
Outro ponto que vale ressaltar é que candidatos que passam para o segundo turno com tal vantagem sobre o segundo colocado dificilmente perdem a eleição. Esse é, inclusive, um conceito dos próprios institutos de pesquisa, marqueteiros, cientistas políticos etc. Desse modo, haver segundo turno não mudaria em nada o favoritismo de Dilma.
Por fim, a pesquisa Datafolha mostra que há 5% de indecisos. Se Dilma herdar desse grupo os 45% que tem dos votos válidos, estará a poucas casas decimais de se reeleger em primeiro turno. Esses números esbarram na margem de erro das pesquisas.

Vantagem da oposição sobre Dilma no 1º turno caiu de 18 para 7 pontos


A opinião pública foi surpreendida na última quarta-feira (1/10) por uma “análise” esdrúxula de diretores do Datafolha relativa à série de pesquisas desse instituto sobre a sucessão de Dilma Rousseff. O texto foi publicado na Folha de São Paulo.

Segundo matéria assinada pelo diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, e pelo diretor de pesquisas, Alessandro Janoni, a “chance de 2º turno” entre Dilma e um candidato de oposição seria “cada vez maior”.
Confira, abaixo, a matéria


A tese dos diretores do Datafolha é maluca. Eles alegam que, como da penúltima pesquisa (dias 25 e 26 de setembro) para a última (dias 29 e 30 de setembro), em simulação de 1º turno houve afluxo de 2 pontos para Aécio (dentro da margem de erro), e como Dilma, apesar de ter chegado a 40% na penúltima pesquisa, nesta última não teria subido, a possibilidade de haver segundo turno seria “cada vez maior”.

Outro fator a que os “analistas” do Datafolha se apegam é o de que Aécio subiu 4 pontos em São Paulo – agora, fora da margem de erro. Como Dilma, na sondagem dos dias 29 e 30, não subiu, a chance de haver segundo turno estaria “aumentando”.
Será?

Vejamos gráfico sobre a vantagem dos candidatos de oposição sobre Dilma no 1º turno desde a primeira pesquisa da série Datafolha com Marina Silva incluída, que o instituto começou a apurar a partir de 15 de agosto, dois dias após a morte de Eduardo Campos.



De acordo com a série do Datafolha, em cerca de 30 dias (de 28 de agosto a 30 de setembro) a diferença entre a soma das intenções de voto dos candidatos de oposição e as intenções de voto de Dilma caiu de 18 para 7 pontos.

Ora, de onde é que os dois diretores do Datafolha tiraram essa história de que a chance de segundo turno é “cada vez maior”? Pela matemática que me ensinaram, os números mostram que essa chance é cada vez menor. Alguém tem alguma dúvida?

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Datafalha e Globope “corrigem” DataCaf Dilma continua a dois pontos de vencer no primeiro turno



A generalizada esculhambação gerada pela multiplicação de “pesquisas” pigais é uma das evidencias de que o Brasil precisa de um plebiscito para convocar uma Constituinte Exclusiva e reformar a política, com financiamento público das campanhas.

São pesquisas manipuladas nas margens de acerto flexíveis (e previsíveis) , desde o primeiro dia, quando a campanha nem existia.

Nessas primeiras pesquisas, o Cerra não perde uma.

(Depois, se se elege, não cumpre um único mandato ate o fim )

São “pesquisas”, como nesta terça-feira (30/09), que se acasalaram no jornal nacional.

Mas, quando a eleição se aproxima, fica mais difícil manipular.

Até porque, com a remessa maciça de ouro de Havana, foi possível montar uma pesquisa diária, alternativa, que implode os institutos pigais.

Obriga-os a manipular menos.

É o DataCaf.

Como explicar, então, sem o ouro de Havana, que o Globope e o Datafalha possam fazer pesquisa carissimas todo dia ?

Quem banca ?

Ouro de quem ?

De onde ?

Ou serão pesquisas, como o jatinho da Bláblá, sem dono ?

Mas, vamos comparar os “resultados” do Globope e da Datafalha, com o DataCaf também de hoje.

O DataCaf dá 40 a Dilma, 24 à Bláblá e 18 ao Arrocho do Ataulfo (no ABC).

Portanto, Dilma está a dois pontos da vitória no primeiro turno.

O Globope tirou um da Dilma e dá um à Bláblá e ao Arrocho do Ataulfo.

O Datafalha mais comedido: dá só dois pontos ao Arrocho.

Na Dilma e na Bláblá não mexe.

Ou seja, os dois tentaram empurrar os candidatos da Casa Grande.

Portanto, prevalecem a consistência e precisão do DataCaf.

Aí está o retrato da opinião publica nesta terça-feira.

O Conversa Afiada se vê obrigado a gastar tanto tempo com pesquisas, que, de resto, são precárias e inutéis.

Mas, só no Brasil se leva isso a sério.

E, sendo assim, o jeito foi detonar as pesquisas pigais.

E, como se viu nessas pesquisas de hoje, o Globope e o Datafalha nada mais fazem do que confirmar o DataCaf, com acrobacias na margem de erro.

E para isso o ouro Havana foi providencial.

Não confundir com a “Providência Divina”: que matou o Eduardo …

Paulo Henrique Amorim

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Teoria conspiratória: falso atentado impediria vitória de Dilma no 1º turno


Após o estrondo político causado pela pesquisa Datafolha da última sexta-feira, na qual Dilma disparou no primeiro e no segundo turnos, Marina caiu e Aécio permaneceu estagnado abaixo de 20 pontos percentuais, durante o fim de semana começaram a vazar trackings das campanhas dos três principais candidatos a presidente.
Como o bem informado leitor já deve saber, no primeiro dia útil desta semana pesquisa CNT/MDA mostrou forte vantagem de Dilma sobre Marina e Aécio no primeiro e no segundo turnos. No primeiro, a presidente subiu a 40,4%, Marina caiu para 25,2% e Aécio cresceu apenas dentro da margem de erro (de 17,6% para 19,8%).
E o mais importante: no segundo turno, a vantagem de Dilma sobre Marina já soma 9 pontos percentuais (47,7% a 38,7%).
Nesta segunda-feira (29), por volta das onze horas, o Ibovespa registrava queda de mais de 4%, o dólar disparou e as ações da Petrobrás caíram cerca de 9%. A pesquisa CNT/MDA explica parte da volatilidade do mercado, mas não toda.
Mais uma vez, boatos sobre pesquisas ainda mais recentes dando conta de vitória de Dilma no primeiro turno espalharam-se por sites, blogs e redes sociais, gerando esses solavancos no mercado financeiro.
Paralelamente aos fenômenos supracitados, a boataria vem se somando a teorias conspiratórias das mais diversas, com o costumeiro protagonismo da CIA ou de Cuba em versões sobre golpes de última hora que estariam sendo preparados por candidatos contra candidatos – Marina contra Aécio, Dilma contra Marina, Aécio contra Dilma etc. – para impedir ou garantir que a eleição vá para 2º turno.
Algumas dessas teorias, aliás, são muito bem elaboradas. Contêm fotos, reproduções de documentos, nomes e mais nomes estrangeiros (de pessoas e organizações) envolvidos em planos para interferir no resultado da eleição presidencial brasileira.
Em uma eleição tão polarizada e repleta de ocorrências dramáticas, como no caso da morte surpreendente de Eduardo Campos em um acidente aéreo cujas explicações ainda não convencem a muitos, teorias conspiratórias não soam tão absurdas como soariam em pleitos anteriores, nos quais os golpes se restringiram às conhecidas denúncias de corrupção de última hora contra o PT.
Nesse mar de teorias conspiratórias, uma certeza: dificilmente a mídia partidarizada (Globo, Folha de São Paulo, Veja e Estadão) deixará de lançar uma “bomba” para impedir que Dilma se reeleja daqui a seis míseros dias.
A Veja bem que tentou, no último fim de semana; acusou Dilma de envolvimento em corrupção. Não é pouco. Ainda mais sem uma mísera prova, o que reforça toda sorte de teoria conspiratória. Se a revista foi capaz de tal ousadia, o que mais pode chegar a fazer?
Ao mesmo tempo, ao longo dos últimos dez dias notícias importantíssimas – e acima de suspeitas de manipulação – contribuíram para que a maioria do eleitorado tenha se inclinado por Dilma nas pesquisas de opinião.
A ONU, por exemplo, elogiou fartamente o Brasil por seus programas de combate à fome e de redução da pobreza. E, além de o país ter saído do mapa da fome no mundo, notícia sobre suas políticas sociais favoreceu a presidente: segundo estudo do Ministério do Desenvolvimento Social, houve aumento da altura média das crianças atendidas pelo Bolsa Família. Entre 2008 e 2012, as meninas de 5 anos ficaram 0,7 centímetro mais altas e os meninos, 0,8 centímetro.
Se no social as notícias foram boas para o governo, na economia tampouco foram más. Apesar da cantilena sobre baixo crescimento e inflação, esta vem caindo. E o que realmente importa ao povo em economia não é crescimento, mas o binômio emprego-salário.
Segundo o IBGE, ambos vão muito bem, obrigado. Em agosto, o desemprego de cerca de 5% foi o menor da série histórica de 12 anos mensurada mês a mês pela instituição. Além disso, a renda média do trabalhador brasileiro do setor privado subiu 2,5% acima da inflação. E a do setor público, 7%.
Inflação controlada, salários subindo, desemprego e pobreza caindo, tudo isso vem fazendo o eleitor pensar se tem mesmo tanto sentido a cantilena midiática sobre baixo crescimento. Apesar de a mídia dizer que desemprego e inflação vão aumentar e os salários vão cair, o que se vê é o contrário.
Ora, é aí, então, que vemos a oposição midiático-banqueira numa sinuca de bico. Denúncias de corrupção vêm falhando miseravelmente contra o petista da vez, eleição presidencial após eleição presidencial; o terrorismo econômico, iniciado exageradamente antes das eleições, perdeu a força.
E agora?
É nesse momento que as teorias conspiratórias vêm à mente. O conclave político-midiático-financeiro vai aceitar que Dilma vença a eleição em primeiro turno após todo o trabalho que teve? Sério que alguém acredita nisso?
Dentre as muitas teorias conspiratórias que vêm pingando tanto “in box” nas redes sociais quanto na caixa de correio eletrônico ou nos telefones do blogueiro, uma lhe é particularmente cara: se denúncias de “corrupção petista” e terrorismo econômico não estão funcionando, e se a vitimização de Marina não deu frutos, que tal algo mais parecido com a queda do avião de Eduardo Campos, a fim de gerar novo clima de comoção?
Uau! Não é pouco. Seria arriscado e, talvez, inútil. Mas…
Pense comigo, leitor: é óbvio que a simulação de um atentado violento contra Marina ou Aécio seria um “fato gerador” de comoção. E a culpa recairia sobre Dilma, claro. Ou sobre algum “aloprado” que simbolizaria como é “bandida” essa “gente do PT”.
Mas tal construção padece de um problema incontornável: por que Dilma ou algum aliado “aloprado” cometeria uma sandice dessas se a presidente disparou nas pesquisas tanto em primeiro quanto em segundo turnos, com possibilidade de vencer no primeiro?
Ora, ainda se fosse no segundo turno poderiam tentar vender que a violência contra um adversário decorreria de uma última cartada do PT por “desespero” diante do tudo ou nada. Mas não é o que está acontecendo. Se Dilma não vencer no primeiro turno, tudo indica que vencerá no segundo.
Contudo, a lógica não tem valido muito, ultimamente. Vejam, por exemplo, que as últimas pesquisas de opinião têm mostrado que, apesar de o desemprego continuar caindo de forma pronunciada no país, quase metade dos brasileiros acredita que irá aumentar. Qual é a lógica desse contingente tão expressivo de pessoas?
Não há lógica. Essas pessoas se guiam pela mentirada que os adversários assumidos e enrustidos de Dilma, sobretudo na mídia, têm espalhado. Desse modo, confiar em sensatez total do eleitorado pode ser uma aposta furada. Nesse aspecto, um “fato gerador” de comoção talvez seja a última esperança de essa gente tirar o PT do poder.
Teoria conspiratória? Claro que sim. Eu acho…

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Proximidade da eleição estreita “margem de erro” das pesquisas


Por volta das 13 horas de 22 de setembro de 2014, o índice Bovespa caía quase 2 por cento. Segundo o site “Infomoney”, que se notabilizou nos últimos meses por provocar grandes movimentos de compra e venda de ações conforme Dilma Rousseff sobe ou cai nas pesquisas, a causa seria “rumor” sobre novas pesquisas eleitorais.

O que o infomoney diz não é bem assim. Aécio estaria tirando pontos de Marina e Dilma estaria “estável”. A informação que o Blog obteve, porém, foi outra. Sondagens internas dos partidos estariam apontando crescimento de 5 pontos de Dilma sobre Marina no segundo turno, apesar de Aécio ter se aproximado um pouco mais da segunda colocada nas pesquisas.
As pesquisas dos próximos dias tendem a apresentar situações cada vez mais confortáveis para Dilma. Simplesmente porque a margem de manobra para usar a nossa velha conhecida “margem de erro”, está se estreitando.
A opinião deste Blog, vale explicar, é a de que tem havido manipulações de pesquisas em favor de Marina Silva e Aécio Neves e contra Dilma. E o que é pior: fora da margem de erro.
As recentes melhoras de Dilma nas pesquisas se devem a que as manipulações voltaram à margem de erro – até então, eram maiores. Assim, como a proximidade da eleição torna muito mais arriscado “mexer” nos números, aquela manipulação se restringirá a margem que permita a quem a usa dizer que errou dentro do “aceitável”.
Nas pesquisas desta semana, ainda pode haver uso da margem de erro, mas será mais para tentar levar a Aécio ao segundo turno do que para deprimir as intenções de voto de Dilma. A partir da semana que vem, contudo, os institutos de pesquisa terão muito menos condições de ajudar ou prejudicar candidatos.
Manipulação mais forte contra Dilma, agora, só se a perspectiva de vitória no primeiro turno aumentar mais. Aí, as pesquisas irão para o tudo ou nada. Se der errado e o “pior” acontecer, Ibopes e Datafolhas atribuirão tudo a “guinada de última hora do eleitor”. Ninguém acreditará, mas já não importará mais.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Não deu para o Ibope, e não deu para o Datafolha, também

datafolhaset1
A divulgação, hoje, duas horas depois do Ibope, da pesquisa Datafolha, diz mais do que os números, eventualmente, possam mostrar.

Nunca vi uma empresa de comunicação, fora da “boca de urna”, contratar duas pesquisas como fez a Globo, hoje, para serem divulgadas no mesmo dia.

É o “mundo mágico” das pesquisas brasileiras, com dois institutos – Ibope e Datafolha – e um contratante, a Globo.

É provável que a “dose dupla” de pesquisas hoje se destinasse a mostrar algo que era esperado por muitos analistas, da oposição e até do governo: Marina dois ou três pontos à frente de Dilma no primeiro turno.
Mas deu xabu.

No Ibope, Dilma cresce e Marina reduz muito a velocidade de crescimento.

No Datafolha, que tem um dia mais recente na apuração, Marina não apenas pára de subir enquanto Dilma, ainda que dentro da margem de erro, sobe.

Marina, como disse no post anterior, começa a fazer sua curva.

Cedo para dizer se é um movimento abrupto de descida o que vem por aí.

Mas há sinais, sobretudo pela sectarização da imagem da candidata do PSB.
Em ambas as pesquisas, a vantagem de Marina sobre Dilma num suposto segundo turno, aperta-se a sete pontos, bem menos que há uma semana.

A coisa, como diz aquele locutor esportivo, já esteve melhor para Marina Silva.

Repito o que disse no outro post: se a direita convencer-se que Marina não será o seu “cavalo” nesta disputa presidencial, poderá “sacrificá-la” antes da hora.

E juntar os cacos do PSDB.
Não tenho dúvidas de que é isso que, a essa altura, fala-se nos telefones vip que ligam nossas redações ao alto comando do tucanato.