Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista
Mostrando postagens com marcador campus. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador campus. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Estudantes se levantam contra fascismo na UnB

Brasília 247 - Um grupo de estudantes, servidores e professores realizam nesta segunda-feira, 20, um protesto na Universidade de Brasília (UnB) contra o ataque de cunho fascista e homofóbico da última sexta-feira, 17, na instituição. Enrolados em bandeiras do Brasil, os manifestantes usavam expressões homofóbicas e se diziam contra a política de cotas e a favor do deputado Jair Bolsanaro (PP-RJ) e do juiz Sérgio Moro (leia mais).

Com dezenas de cartazes e faixas, os manifestantes repudiaram as agressões, pediram respeito à democracia. O ato foi organizado pelo Centro Acadêmico de Ciência Política, apoiado por mais 32 CAs da UnB. "Precisamos reafirmar o direto de amar. Esta sociedade que os fascistas, os fundamentalistas querem construir é a sociedade de armário, de armários, de manicômios. Esta manifestação de fascismo tem o mesmo DNA daqueles que estão na tribuna defendendo o matar um indígena Guarani-Kaiowá", afirmou ma manifestante em vídeo divulgado pela UNE.

"A nossa luta é todo dia. Contra  racismo, o machismo e a homofobia", e "fascistas não passarão", gritavam os manifestantes.
sergio moro, 
A Reitoria da UnB repudiou o ataque contra estudantes no campus da instituição. "A reitoria da Universidade de Brasília reitera a postura de respeito ao direito à diversidade nos seus quatro campi e repudia qualquer ato de intolerância e de agressão", informou a instituição, em nota. "As ocorrências de natureza agressiva e intolerantes são devidamente apuradas e, quando se trata de ações que extrapolam a alçada administrativa da Universidade, os órgãos competentes são acionados."
Ainda segundo a reitoria, a segurança do campus foi acionada no dia e conseguiu retirar o grupo do campus sem a necessidade do uso de força ou violência. Segundo a instituição, não houve registro de agressão física.




quarta-feira, 29 de maio de 2013

Juiz rejeita denúncia contra estudantes da USP e critica exagero do MP

“Prova maior do exagero e sanha punitiva que se entrevê na denúncia é a imputação do crime de quadrilha”

http://www.blogdajoice.com/wp-content/uploads/2013/05/imagem-justi%C3%A7a.jpg
Fazendo Justiça
O juiz Antonio Carlos de Campos Machado Junior, da 19ª Vara Criminal, rejeitou nesta segunda-feira, denúncia do Ministério Público que imputava a cerca de 70 réus, envolvidos nas manifestações na Universidade de São Paulo, crimes de dano, posse de explosivos, desobediência e formação de quadrilha.
Para o juiz, “o direito penal, exceto nos regimes de exceção, não compactua com acusações genéricas”, como o fato de atribuir a todos os indiciados a prática dos diversos crimes, sem a individualização das condutas.
“Afirmar, com respeito a setenta réus, que todos praticaram ou aderiram a conduta dos que depredaram as viaturas policiais, ou guardavam artefatos explosivos e bombas caseiras, recai no campo das ilações”, assevera o magistrado para quem a “prova maior do exagero e a sanha punitiva é a imputação do crime de quadrilha”.
Leia a íntegra da decisão
Vistos.
Trata-se de ação penal movida contra L.L.M.P.D e outros por infração ao artigo 163, parágrafo único, III, por três vezes, artigo 253, artigo 288 e artigo 330, todos do Código Penal, c.c. o artigo 65, “ caput”, da Lei nº 9.605/98, nos termos dos artigos 29, “ caput”, e 69, ambos do Código Penal.
É o relatório.
Decido.
Devo consignar, inicialmente, que a descrição feita na denúncia, bem como o noticiado nos meios de comunicação, dão conta de que o protesto realizado pelos alunos da USP, longe de representar um legítimo direito de expressão ou contestação, descambou para excessos, constrangimento, atos de vandalismo e quebra de legalidade.
Assim, a instauração de um procedimento criminal foi válida, para apurar eventuais práticas delitivas.
A presente denúncia, porém, contém impropriedades, que impedem tenha curso a persecução criminal, sob pena de se incorrer em arbitrariedade distinta, e igualmente censurável, de se processar uma gama aleatória de pessoas sem especificar as ações que cada uma tenha, efetivamente, realizado.
O direito penal, exceto nos regimes de exceção, não compactua com acusações genéricas, que acabam por inviabilizar, muitas vezes, o pleno exercício do direito de defesa.
É preciso que o acusado saiba, expressamente, não só as acusações que lhe são imputadas, mas qual a conduta que ele, em particular, teria desenvolvido, permitindo, a um, contrapor-se adequadamente as afirmações que lhe recaem, e, a dois, afastar os aventados enquadramentos típicos.
Afirmar, com respeito a setenta réus, que todos praticaram ou aderiram a conduta dos que depredaram as viaturas policiais, ou guardavam artefatos explosivos e bombas caseiras, recai no campo das ilações, por quem ignora ou não mais se lembra da sistemática de funcionamento das manifestações estudantis.
Muitos ali certamente estavam para, apenas, manifestarem sua indignação, que não é objeto no momento de apreciação se certa ou errada. Rotular a todos, sem distinção, como agentes ou co-partícipes que concorreram para eclosão dos lamentáveis eventos, sem que se indique o que, individualmente, fizeram, é temerário, injusto e afronta aos princípios jurídicos que norteiam o direito penal, inclusive o que veda a responsabilização objetiva.
Prova maior do exagero e sanha punitiva que se entrevê na denúncia é a imputação do crime de quadrilha, como se os setenta estudantes em questão tivessem-se associado, de maneira estável e permanente, para praticarem crimes, quando à evidência sua reunião foi ocasional, informal e pontual, em um contexto crítico bem definido.
Isso posto, indefiro a denúncia contra L.L.M.P.D e outros, com fundamento no artigo 395, I e II, do Código de Processo Penal.
P.R.I.
São Paulo, 27 de maio de 2013.
Antonio Carlos de Campos Machado Junior
Juiz de Direito
No Sem Juízo, Marcelo Semer

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Vídeo impressionante: PM de SP espanca estudante negro

 http://www.youtube-nocookie.com/v/fUhwHxDiGOE?version=3&hl=pt_BR&rel=0">name="allowFullScreen" value="true">http://www.youtube-nocookie.com/v/fUhwHxDiGOE?version=3&hl=pt_BR&rel=0" type="application/x-shockwave-flash" width="560" height="315" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true">
egante manda o vídeo do espancamento de um estudante negro da USP por um PM:
É essa a Educação que os tucanos aplicam em São Paulo

Clique aqui para ver como a PM tucana de São Paulo enfrenta o problema do crack: com tiro.

Quem levou a PM para dentro da USP, amigo navegante ?

Ele, o Padim Pade Cerra !

Em tempo: o Conversa Afiada publica cordel que recebeu do amigo navegante Marco Haurélio:

A cada dia que passa

Vem uma nova notícia

Sobre a forma desumana

De agir da “nossa” polícia,

E o povo pobre apanhando

Desta sinistra milícia.


Usuários levam tiros,

Bombas de efeito moral,

Para “limpar” a cidade,

Pois a região central

Deve, na especulação,

Ter um trato especial.


São as mesmas empreiteiras

Que financiam políticos

Que querem o centro livre

Dos dependentes raquíticos,

Dos moradores de rua

E de outros problemas “críticos”.


Um estado autoritário,

Que tolera o preconceito,

Vai para cima dos pobres

Para varrer o “defeito”,

Certo que em qualquer caso

A polícia dará jeito.


Dos escombros da polícia

Um dia possa nascer

A esperança do povo

Em um novo alvorecer

Que só a educação

Pode nos oferecer.


Favelas e viadutos

Devem ser iluminados

Com os bens que até agora

Aos pobres são sonegados,

Ornamentando as paredes

De alguns privilegiados.


Abraço!

Em tempo 2: este post e este vídeo são uma singela homenagem a Ali Kamel, o nosso Gilberto Freire (*), que escreveu best-seller para demonstrar que não, não somos racistas ! A homenagem se estende a Herraldo Pereira, repórter e âncora da Globo, que processa este ansioso blogueiro por … racismo ! Uma das testemunhas dele é o Gilmar Dantas (**) !!! Clique aqui para ver os 40 e tantos processos que enobrecem a carreira deste ansioso blogueiro: diz-me quem te processa e dir-te-ei quem és. Não perca a Galeria Daniel Dantas de honra !

(*) Conta-se que, um dia, em Apipucos, D Madalena chegou para o marido e disse: Gilberto, essa carta está em cima da sua mesa há um tempão e voce não abre. Nao posso, disse Gilberto, Seria uma indelicadeza. É para Gilberto Freire com “i”. Não sou eu.

(**) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews  e da CBN se refere a Ele.

Antes, o Conversa Afiada já tinha publicado o desabafo do estudante:

Na USP: “PM me escolheu porque eu era o único negro”

Saiu no blog Outro Brasil:

“PM me escolheu porque eu era o único negro”, diz estudante agredido na USP


por ALCEU LUÍS CASTILHO (@alceucastilho)


Órfão de pai desde os 15 anos, Nicolas Menezes Barreto sabe bem o que é trabalhar. Ele é músico e professor da rede municipal de ensino, na zona leste – em condição provisória, pois ainda não é formado. Ele prestou Música, mas entrou na segunda opção no vestibular da Fuvest. Cursa Ciências da Natureza na EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades), na USP-Leste.


Nicolas foi agredido por um sargento da PM, nesta segunda-feira, durante a desocupação da antiga sede do DCE Livre, o DCE ocupado – a alguns metros da sede da reitoria da USP. “Eu era o único negro lá, com dread”, disse ele ao blog Outro Brasil, por telefone, no fim da tarde.


A palavra dread remete ao estilo de cabelo rastafari. “Sem dúvida foi racismo. Ele foi falar comigo porque pensou que eu não era um estudante, e sim um traficante, algo assim. Tanto que se surpreendeu quando viu que eu era estudante”.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Datafolha sobre o apoio à PM na USP é uma aberração estatística

No último domingo, o jornal Folha de São Paulo publicou matéria que, além de mau jornalismo, pode ser considerada uma farsa revoltante e uma legítima aberração científico-estatística. Pesquisa do instituto Datafolha, que pertence ao grupo que controla o jornal, foi estampada em sua primeira página sob um título que distorce os fatos e que se baseou em uma grosseira manipulação da base de dados da pesquisa.
Dizem que a melhor forma de esconder alguma coisa é fazê-lo à vista de todos, sobretudo em países em que a opinião pública majoritária, a de classe média – que é a parcela da sociedade que lê jornais – é tão pouco atenta, de cultura geral tão baixa e tão facilmente manipulável como ocorre no Brasil. Foi assim que a Folha deixou ver no próprio título de sua matéria a distorção mal-intencionada e estarrecedora que cometeu.
Vejamos a principal manchete de primeira página que estampou a edição da Folha de São Paulo de 13 de novembro de 2011:
58% dos alunos da USP apoiam a PM no campus”.
A grande má fé nessa matéria, nessa manchete e na própria pesquisa que apurou esse dado saltam aos olhos por várias razões, todas incontestáveis. E o que preocupa não é apenas a ousadia dos autores dessa farsa, mas confiança deles na incapacidade da opinião pública de pensar por si mesma e de enxergar o óbvio, uma confiança que se vê justificada ao se analisar manifestações dessa “opinião pública” que a imprensa expõe em colunas de leitores em jornais e revistas ou em comentários de internautas em sites ou blogs corporativos da grande mídia.
A primeira razão é a que deveria saltar mais aos olhos, mas que quase passa batida. A presença da polícia na USP é uma questão de Segurança Pública e que, portanto, de forma alguma afeta só os alunos da USP, mas a todos aqueles que trabalham na Cidade Universitária, como professores e outros funcionários da instituição, sem falar em quem não trabalha ou estuda por lá, mas que tem que ir ao local pelas mais variadas razões.
A segunda razão é a de que a pesquisa não ouviu só os estudantes que freqüentam a Cidade Universitária, na Zona Oeste da capital paulista, mas outras unidades da Universidade de São Paulo até em outras cidades do Estado, pessoas cujas opiniões sobre o que acontece no campus paulistano têm a mesma validade que as de quaisquer outros cidadãos de qualquer outra parte do país porque essas pessoas não estão expostas ao que se passa por lá.
A terceira razão é a minimização escandalosa da contradição que a pesquisa também revelou à vista de todos e que, aí sim, deveria ter sido a manchete principal de primeira página da Folha de domingo passado se o jornal não tivesse tentado manipular a informação distorcida que seu instituto de pesquisa apurou: apesar de a maioria (58%) do universo pesquisado apoiar a PM na Cidade Universitária, maioria similar (57%) acha que a presença da polícia por lá não adianta nada, sendo que apenas 27% dos pesquisados acha que adianta.
A matéria da Folha e a própria pesquisa Datafolha em tela, além da farsa, também encerram valiosas informações sobre a mentalidade elitista e excludente não só da própria USP, mas da grande imprensa.
Antes de prosseguir, leitor, analise, na foto logo abaixo deste parágrafo, a contraposição das imagens de manifestações dos estudantes que apoiam a PM na USP e dos que são contra.

Certamente o leitor já intuiu o que vem a seguir.
Somem-se as imagens a outros fatos: a matéria da Folha revela que o apoio à PM detectado pelo Datafolha é majoritário entre os alunos de Exatas (77%) e Biológicas (76%), mas é amplamente minoritário entre os alunos de Humanas (54% contra e apenas 40% a favor).
Somemos, finalmente, esse dado sobre as áreas que apóiam ou não a PM à informação que a ombudsman da Folha, Suzana Singer, ofereceu no último domingo, de que “Os alunos de maior poder aquisitivo estão, em geral, nos cursos de engenharia, economia e medicina [exatas e biológicas], não em filosofia, ciências sociais, história e letras [Humanas]”.
Fica perfeitamente claro, portanto, como é ridículo dizerem “filhinhos de papai” os estudantes da USP contrários à PM no campus. Eles pertencem, como se vê, àquela minoria do corpo discente da universidade composta por jovens que muitas vezes são pobres e chegaram com esforço hercúleo à universidade gratuita apesar da falta de condições financeiras, como mostram a pesquisa, os fatos e as fotos.
Este post chega ao fim deixando o leitor com uma reflexão: alguém acredita seriamente que os estudantes que apóiam a PM na USP fumam menos maconha do que aqueles que são contra?