Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Problema de Serra é a (quinta) coluna

serra capa

A notícia foi divulgada lá pelo final da noite da última quarta-feira (22): José Serra largara o osso, pedira demissão de cargo que, para ele, a mídia tucana passou a chamar de “chanceler” – para outros, era meramente ministro das Relações Exteriores, mas chanceler é mais pomposo e passou a ser usado para o eterno candidato a presidência dos barões da mídia.
A carta de demissão falava em “problemas de saúde”; a expressão foi repercutida pela mídia sem maiores detalhes, gerando especulações de que o tucano poderia estar sofrendo de algum mal sério, alguns falaram em câncer.
serra 1
Este blogueiro sentiu-se na obrigação de pregar nas redes sociais que a esquerda não fizesse com Serra o que a direita costuma fazer com adversários políticos doentes, como fez com Lula e Dilma quando tiveram câncer e com a falecida dona Marisa Letícia, ou seja, insultar, desejar a morte, sofrimento etc.
Porém, muita gente desconfiou e, no final da noite, veio a notícia de que não era nada demais ou, quem sabe, simplesmente não fosse nada além de “delírium investigatorium”, causado pelo medo de ter que sair do governo em meio a denúncias.
Confesso que, pensando em não me igualar aos sociopatas que atacam adversários políticos em momentos de fragilidade humana que todos experimentaremos um dia, fui ingênuo. Havia algo de podre naquele anúncio intempestivo de Serra.
As suspeitas são de que ele estaria preferindo se antecipar à divulgação das delações da Odebrecht, onde supõem que irá aparecer em destaque ainda maior que o conferido por denúncia anterior de que recebeu 23 milhões de propina da empreiteira, e, assim, decidiu sair do governo em situação mais amena, já que, por ser senador, mesmo saindo do governo manterá o foro privilegiado.
Faz sentido. Porém, tudo ainda é pura especulação, até o momento. Ainda vamos saber por que Serra saiu tão intempestivamente do cargo de “chanceler” (uma boquinha muita boa). Foi só por conta de um problema absolutamente contornável que, segundo o próprio tucano, estaria resolvido dali a quatro meses?
Hummmm…
Não se sabe se esse tucano tem mesmo problema na coluna vertebral, mas sabe-se que tem um outro problema de coluna, um problema de quinta-coluna, ou seja, de traição que começou a ficar visível lá em 2010, quando, em campanha eleitoral à Presidência, comprometeu-se com a petroleira Chevron a lhe fazer gordas concessões, caso fosse eleito.
serra 2O tempo passou e, por fim, Serra conseguiu entregar às petroleiras estrangeiras o que prometera, mesmo sem ter conseguido se eleger presidente.
Em fevereiro do ano passado, o Senado aprovou um projeto que mudaria drasticamente as regras de exploração do pré-sal. O texto legal extinguiu participação obrigatória da Petrobras em todos consórcios formados para aquelas reservas petrolíferas.
O projeto que entregou o pré-sal às petroleiras estrangeiras, obviamente, foi de autoria do senador José Serra (PSDB-SP).
“Esse projeto acaba com a política de controle nacional. A Petrobras deixar de ser a operadora única do pré-sal é um desastre. Nós estamos entregando a preço de banana, US$ 30 o preço do barril. Nós descobrimos o pré-sal e vamos entregar de bandeja?”, protestou, inutilmente, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).
O mais incrível é que a proposta de Serra era muito pior para os interesses do que a que foi aprovada.
O texto inicial do senador tucano não previa a prioridade da Petrobras na escolha dos blocos de exploração do pré-sal. De acordo com a redação orginal formulada por Serra, a ANP determinaria as áreas a serem leiloadas e seria aberta uma licitação para que Petrobras e demais empresas disputassem o bloco a ser explorado.
Da maneira que estava, o texto desagradava até os parlamentares mais conservadores porque retirava o protagonismo da Petrobrás na exploração do pré-sal. Diante disso, para que houvesse um entendimento entre governo e senadores favoráveis ao projeto, ficou estabelecido que a Petrobras teria preferência nas áreas cuja exploração considerasse estratégica.
Menos mal, porém não graças a Serra. Ele queria entregar tudo, dedos e anéis. Seu problema não é de coluna vertebral, é de quinta-coluna, ou seja, um grande problema de Serra, entre tantos outros, é ser um traidor capaz de entregar a nação aos tubarões internacionais em troca, obviamente, de muito mais do que aplausos…

sábado, 27 de abril de 2013

LULA NO NYT DESPERTA ONDA DE INVEJA E PRECONCEITO


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terça-feira, 23 de abril de 2013

DILMA ENFRENTA O “QUANTO MELHOR PIOR” Foi o Mauricio Dias quem disse: quanto melhor para ela pior para o tucanuardo.

* Jacques Gruman leu o programa do novo partido de Roberto Freire. E descreve  a trajetória de um ex-comunista (leia nesta pág) 

*Rafael Correa: uma aula de como conduzir uma entrevista com um porta-voz do dispositivo midiático conservador (nesta pág)


*
 França aprova matrimônio gay: homofobia, ódio e crise social  


*"Embargos do mensalão:Fux vai matar no peito?". 
(leia aqui)   


* "Matemáticos revelam rede capitalista que domina o mundo":mais 30.000 acessos em Carta Maior 

 * Vitória do 'Berlusconi paraguaio' completa o golpe contra Lugo: é a 'escalada democrática' na América Latina (
leia aqui) 



A RESSACA DE QUEM ACREDITOU NO PRÓPRIO ECO

A campanha midiática pela alta dos juros nas semanas que
antecederam a reunião do Copom, do dia 17, foi tão intensa e manipuladora que acabou prejudicando quem pretendia beneficiar. Vivendo a ressaca, agora, o mesmo jornalismo  informa discretamente, longe das manchetes arrebatadoras de dias atrás, que apenas um dos muitos iludidos pelo seu jogral, uma financeira conceituada no mercado,  embolsou um prejuízo de quase R$ 100 milhões no carnaval do tomate rentista. É apenas um exemplo, de muitos. A instituição fixou  posições especulativas,  com base na aposta  de que o BC elevaria em 0,5% a Selic num primeiro estirão de três, até completar 1,5% de alta este ano. Era o que a mídia  vendia como inevitável. Ao mesmo tempo em que cobra do ‘Banco Central independente' que  ‘ancore as expectativas' para evitar estouros da manada, esse jornalismo age como carrasco da autonomia que idolatra. O prejuízo colhido por  rentistas iludidos com o próprio eco estampado nas manchetes evidencia o grau de manipulação e a  precariedade da arena na qual são decididas variáveis de forte incidência no futuro da Nação.(LEIA MAIS AQUI)

Saiu no G1:

DILMA NEGA QUE ESTEJA EM CAMPANHA ELEITORAL E CRITICA ‘PESSIMISTAS’


Ela disse ser a única pessoa que não tem interesse em discutir as eleições. Para a presidente, tem muita gente ‘torcendo para o Brasil dar errado’.

Priscilla Mendes 
Do G1, em Brasília

A presidente Dilma Rousseff negou nesta terça-feira (23) que esteja fazendo campanha eleitoral e disse que “tem gente que torce para o Brasil dar errado”. Ela disse ser a única pessoa que não tem interesse em discutir as eleições presidenciais de 2014 neste momento.

Já lançada à reeleição no início do ano pelo seu sucessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma negou nesta terça-feira que esteja em campanha. “Eu não estou em campanha. Sabe por que eu não estou em campanha? Porque eu tenho a obrigação, durante 24 horas por dia, de dirigir o Brasil”, afirmou em entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto.

“É impossível, impossível, qualquer desvio dessa rota. Talvez a única pessoa que não tem interesse nenhum em discutir o processo eleitoral na metade do seu governo seja eu”, afirmou a presidente.

Questionada se o desempenho da economia pode atrapalhar sua reeleição, Dilma disse que “tem gente que torce” para isso. “Tem muita gente torcendo para o Brasil dar errado. É só você olhar”, declarou.

Um jornalista perguntou à presidente se o provável candidato tucano à presidência em 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), é um pessimista. Dilma respondeu: ”Não sei, não perguntei para ele, meu querido, aí é sua função”.

Esta semana, o tucanuardo – não confundir com o Eduardo Campriles,que expediu antológica Carta aos brasileiros – vai à tevê dizer que dá para fazer mais.
Só quem não pode dizer isso é Deus, não é isso, amigo navegante ?
É o único que não pode dizer que dá pra ficar melhor.
Mas, sabe como é.
O guru/marqueteiro do Eduardo, o Lagareira, é do “lado de lá”.
Quem também já disse que pode fazer mais foi o Cerra, em 2010.
Ele fez mais, de fato: um cano que ia de Sergipe ao Ceará.
Por falar em “fazer mais”, o Nunca Dantes entrou para o serviço do New York Times, a mesma agência de produção de artigos e conteúdo que mandou o FHC embora.
O Ataulfo Merval de Paiva (*) deve estar inconsolável.
Ele não pode mais confiar nem no New York Times …



Em tempo: o amigo  navegante há de se lembrar que um correspondente piguento do New York Times no Brasil acusou o Lula de ser um tomador de cachaça e, por isso, não poder governar direito. O mundo gira e a Lusitana roda.


Paulo Henrique Amorim


(*) Até agora, Ataulfo de Paiva era o mais medíocre dos imortais da história da Academia Brasileira de Letras. Tão mediocre, que, ao assumir, o sucessor, José Lins do Rego, rompeu a tradição e, em lugar de exaltar as virtudes do morto, espinafrou sua notoria mediocridade.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Serra, enjaulado na lógica tucana


Clique aqui para ver o especial A hora da Comissão da Verdade
A coluna de estréia de José Serra no Estadão, esta semana, é a expressão bem escrita da ideologia esquizofrênica do tucanato, que combina vapores de saber acadêmico com o  oportunismo intrínseco dos mercados. Serra tece elogios copiosos ao desempenho econômico da China para contrapor ao que considera a marcha batida do Brasil rumo à periferia do mundo. Alinha observações corretas sobre características econômicas dos dois lados, que não necessariamente confirmam sua premissa. Ao mesmo tempo, na primeira parte do texto, faz duros reparos  ao poder estatal chinês, "fortemente repressivo quando necessário" e cujo " grau de discricionariedade da política econômica é altíssimo". O que também é verdade. O raciocínio político pré-concebido, porém, impede tucano de relacionar as duas partes do próprio artigo revelando uma clivagem lógica sugestiva do seu definhamento político. No final fica a impressão de que Serra quer para o Brasil um PIB chinês com legislação de paraíso fiscal. É tudo o que a FEBRABAN e a FIESP pedem ao Papai Noel há anos. Essa dificuldade de lidar com a História, com as forças da história, faz com que Serra seja descrito pelos próprios pares da Unicamp como um tecnocrata pretensioso, enjaulado numa cabeça política do tamanho de uma semente de mostarda.
(Carta Maior; 6º feira, 15/04/2011)