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terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Delação premiada como chantagem A PF do zé é sede da sedição

prisao
Conversa Afiada reproduz matéria de Conceição Lemes, no Viomundo, com denúncia do deputado Paulo Pimenta:


Deputado Paulo Pimenta denuncia: PF mantém presa em condições precárias para forçar a delação premiada do marido

por Conceição Lemes 

Desde terça-feira passada, 18, a empresária Cristina Mautoni Marcondes Machado, 53 anos, está presa na Polícia Federal (PF), em Brasília.

Tudo indica que é o “o troco” dado ao seu marido, o lobista Mauro Marcondes Machado, 79, por ele não ter aceito fazer delação premiada.

Cristina e Mauro são sócios na empresa Mautoni&Machado.

Em 26 de outubro de 2015, os dois foram presos preventivamente em nova fase da Operação Zelotes – a que investiga a suposta venda de medidas provisórias (MPs) do governo federal.

Parênteses: a Zelotes original, que apurava sonegação de impostos de R$ 21 bilhões por grandes empresas, como Bradesco, Santander, Grupo Gerdau, Mitsubishi, e Grupo RBS, afiliado à TV Globo no Sul, foi abandonada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF), sem maiores explicações até agora. Fechado parênteses.

Mauro Marcondes é acusado de ter pago valores acima do mercado em contrato de consultoria à LFT Marketing Esportivo, do empresário Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula.

Para os acusadores, os repasses teriam ligação com a venda de MPs. Luís Cláudio sustenta que os valores se referem a serviços de consultoria prestados em sua área de atuação, o esporte.

Cristina foi presa por “ameaça à ordem pública”. Na empresa, ela figurava como sócia do marido e cuidava da rotina administrativa.

“Não é segredo que, com sua prisão, o comando da Zelotes quer forçar seu marido a fechar um acordo de delação premiada”, observou em dezembro do ano passado, a jornalista Teresa Cruvinel. 

De fato, desde o início, as pressões sobre o casal para a delação premiada são constantes e só fazem aumentar.

Marcondes está preso em regime fechado na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Cristina foi autorizada, no final do ano passado, a cumprir prisão domiciliar, em São Paulo, para recuperar-se de cirurgia nas pernas.

Em abril, Marcondes completa 80 anos. E, de acordo com o artigo 318 Código de Processo Penal, a partir dessa idade ele pode requerer a prisão domiciliar. O grifo em negrito é desta repórter.

 “Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: (redação dada pela Lei 12.403, de 2011); I — maior de 80 (oitenta) anos; (incluído pela Lei 12.403, de 2011); II — extremamente debilitado por motivo de doença grave; (incluído pela Lei 12.403, de 2011); III — imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; (incluído pela Lei 12.403, de 2011); IV — gestante a partir do 7º (sétimo) mês de gravidez ou sendo esta de alto risco. (incluído pela Lei 12.403, de 2011). Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo. (Incluído pela Lei 12.403, de 2011)”.

Daí, acreditam alguns, a obsessão do delegado Marlon Oliveira Cajado, um dos responsáveis pelas investigações da Zelotes, e do procurador José Alfredo de Paula Silva pela delação premiada de Marcondes antes do seu aniversário de 80 anos.

Na segunda-feira retrasada, 11 de janeiro, o “incentivo” pela delação atingiu o seu ápice.

Nessa data, sem a presença dos advogados, o lobista foi visitado de surpresa na prisão pelo delegado Cajado para uma “conversa”.

A denúncia foi feita por Roberto Podval ao Estadão: 

O advogado do casal, Roberto Podval, disse ao Estado que, no encontro, o policial “chantageou” seu cliente para que fizesse acordo de delação premiada. Conforme o defensor, a colaboração foi proposta como uma forma de Mauro Marcondes evitar a transferência de Cristina para uma unidade prisional.

Procurada, a assessoria de imprensa da PF informou que o delegado não comentaria as declarações do advogado.

Mauro Marcondes não aceitou a proposta.

O “troco” veio na terça-feira 18.

Cristina, mesmo de cadeira de rodas e com mobilidade reduzida devido à cirurgia nas pernas, foi tirada da prisão domiciliar, em São Paulo, e levada novamente para o regime fechado.

Ela foi transferida para Brasília, mais precisamente a superintendência da PF.

No final da tarde dessa sexta-feira 22, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, recebeu várias denúncias sobre a situação de Cristina Mautoni, custodiada na Polícia Federal:

* Ela foi colocada num quarto sem janelas e banheiro, onde esteve preso o senador Delcídio do Amaral. Um local limpo e “decente”, que antes era utilizado como alojamento para os agentes de plantão.

* Devido aos medicamentos que utiliza, ela urina muito mais vezes que o normal.

* Ainda no dia em que chegou, pediu ajuda para ir ao banheiro, o que só veio acontecer cerca de duas depois. Cristina não aguentou e urinou na roupa, sujando-se, bem como o chão. Teve quem lhe dissesse que ela teria feito isso “por gosto”.

* Cristina foi transferida imediatamente para uma cela, onde não existe vaso sanitário. Tem um buraco no chão – o chamado “boi” – e um cano por onde sai água para que tome banho.

* Por estar ainda com mobilidade reduzida devido à cirurgia, Cristina não consegue se agachar para usar o “boi” ou tomar banho sozinha. Na superintendência da PF, muitas vezes, os agentes de plantão são todos homens, não havendo uma agente mulher que possa auxiliar para que faça as necessidades fisiológicas ou tome banho.

“Imediatamente, fui à PF para inspecionar o local da detenção e saber se era verdade ou não tudo o que acabara de ser denunciado a mim”, revela com exclusividade ao Viomundo o deputado Paulo Pimenta. “Só que não me foi permitido nada.”

Eram aproximadamente 18hs da sexta-feira.

Paulo Pimenta pediu para falar com o delegado de plantão.

Solicitaram-lhe que aguardasse um pouco. Depois, que se dirigisse a outra sala e lhe passaram um telefone. Era a delegada plantonista, que já estava de sobreaviso.

Mesmo não estando presente na superintendência da PF, foi atenciosa e cordial, mas não autorizou que ele vistoriasse a cela ou conversasse com Cristina Mautoni: “Deputado,  não posso!”.

Pimenta retrucou:  “Estou dentro da minha prerrogativa, sou presidente da Comissão de Direitos Humanos.  Nem na época da ditadura, a Comissão era impedida de visitar um preso federal. Eu não quero ouvir a pessoa, quero ver a cela”.

Não adiantou.

O deputado ligou então para o Ministério da Justiça explicando o que pretendia e que a fiscalização dos locais de detenção por órgãos e entidades de defesa dos Direitos Humanos era uma prerrogativa que não foi afastada sequer durante a ditadura militar.

Vários telefonemas foram trocados entre Pimenta e assessores do Ministério da Justiça:

— Expliquei-lhes que havia recebido a denúncia de que eram inadequadas as condições em que a presa Cristina Mautoni  se encontrava devido às particularidades da sua situação de pós-operatório.

— Em cadeira de rodas, com mobilidade reduzida, ela não estava conseguindo fazer as necessidades no “boi”. Que ela ainda não podia pode ficar em pé para tomar banho e que teria feito necessidades fisiológicas na roupa.

— Expliquei que gostaria de ver as condições da cela, que teria o final de semana pela frente e que não me foi autorizado o contato.

— Questionei o que fariam, se ela precisasse ir ao banheiro? Disseram-me que havia colegas de sobreaviso e, quando necessário, seriam chamados.  Só que os três agentes que estavam na carceragem no final da sexta-feira eram homens!

Até que veio a resposta definitiva, repassada a Pimenta: “A direção geral da PF está irredutível, não autoriza a inspeção, a menos que tenha ordem judicial, pois a presa está incomunicável”.

Resultado: Após quase duas horas na superintendência da PF – sendo que durante uma o local ficou sem energia elétrica – a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados não teve acesso à cela ou a Cristina.

Nesta segunda-feira 25, na primeira hora, Paulo Pimenta relatará formalmente ao Ministério da Justiça o corrido e solicitará ao juiz da operação Zelotes que autorize a inspeção do local de custódia de Cristina.

“Se a Polícia Federal não tem nada esconder, qual o problema de me deixar ter acesso à cela? Por que eu não poderia vê-ela?”, questiona Pimenta.  “Eu não iria tomar depoimento. Fui lá para ver as condições dela e não me deixaram vê-la.”

“Na ditadura militar, quando as entidades de defesa dos Direitos Humanos recebiam uma denúncia, era possível ver como o preso estava. Por que, agora, não me deixaram vê-la?”, insiste.

“Não é verdade que ela está incomunicável”, rebate a versão da PF.

“Disseram para fazer petição e marcar hora  para Comissão de Direitos Humanos visitá-la”, exalta-se. “Não tem sentido hora marcada! O elemento surpresa é para ver o que, de fato, está acontecendo e não a cena montada para inglês ver.”

“Os investigadores da Zelotes querem por toda a força que o marido de Cristina faça a delação premiada, para isso estão jogando pesadíssimo, submetendo a presa a uma situação de crueldade, humilhação e tortura, como diz o seu advogado no pedido de habeas corpus”, atenta Pimenta.

“Surpreendentemente, cada vez mais a prática é prender  os  parentes, especialmente as mulheres, para constranger os maridos e ameaçá-las de ficar longe dos filhos, para arrancar confissões e delações premiadas”, denuncia Paulo Pimenta. “Isso é o modus operandi da época da ditadura.”

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Quem é o delegado Reinaldo Sobrinho da Zelotes?

O que ele fazia com os investigados?
delegado reinaldo
O delegado Reinaldo trabalhou com Richa e os delegados grampeadores
Conversa Afiada reproduz o item #37 do documento em que a Juíza Bernardes aceitou o jabuti para vasculhar a empresa do filho do Lula:

DETERMINO que a autoridade policial providencie vista dos autos ao MPF (17.1) para que possa acompanhar as medidas ora deferidas e também (17.2) para que informe o juízo acerca das providências tomadas para esclarecer: (17.2.1) em que circunstâncias ocorreu a visita realizada por Reinaldo de Almeida Cesar Sobrinho, Delegado de Polícia Federal que já atuou no Núcleo de Inteligência Policial, ao investigado FERNANDO CESAR DE MOREIRA MESQUITA; (17.2.2) o fato de
ter sido encontrado, na residência do investigado ALEXANDRE PAES DOS SANTOS, Relatório de Inteligência Policial da Polícia Federal (fls. 541/545);

A Juíza manda aí o Ministério Público Federal investigar o contato do delegado Reinaldo Sobrinho com investigado na casa de outro investigado.

Como é que é que?

Quem é o desatento delegado, que foi convocado para a força tarefa para investigar a Zelotes e que, em vez de vasculhar a Globo (RBS), vai atrás do auxiliar do Vanderlei Luxemburgo?

E se mete com investigado na casa de investigado?

Pra tratar de futebol americano?

Comentar o Super Bowl?

O desatento delegado foi o primeiro Secretário de Segurança do governador Richa, o patrono dos professores do Paraná.

Depois foi sucedido por notável delegado da PF, aquele que corre de professor, o impoluto Franceschini.

O delegado servia na Superintendência da PF do Paraná, onde a turma grampeia mictório de preso!

Viva a PF republicana do zé da Justiça.

De lá foi para a Zelotes.

O desatento delegado Sobrinho aparece também numa gravação da turma do notável empresário Carlinhos Cachoeira.

A Zelotes não encana empresário.

Mas se prepara para prender o filho do Lula e destituir a Dilma.

Com a notável contribuição do delegado Reinaldo Sobrinho.

O que o MPF fará para cumprir essa determinação da Juíza?

Provavelmente nada.

O MPF se afogou nas águas turvas de Furnas!

Veja os documentos:
Atualmente o delegado Dobrinho está lotado na Superintendência da PF em Curitiba.

Reinaldo de Almeida Cesar Sobrinho - De Abr/2010 a Fev/2011

Reinaldo de Almeida Cesar é bacharel em Direito pela Universidade Federal do Paraná. Ingressou na Policia Federal como delegado, em 1997 e está na ativa, posicionado na Classe Especial. Entre outras atividades, chefiou a Divisão de Cooperação Policial Internacional (Interpol) e foi instrutor de Policia Judiciária, na Academia da PF. Foi chefe da Assessoria Parlamentar da Policia Federal na gestão Agilio Monteiro Filho e atuou como porta-voz da Polícia Federal durante a gestão Armando Possa. Integrou o Gabinete de Crises da Presidência, no primeiro governo Lula e coordenou a missão de segurança prevista pela lei eleitoral, para o candidato do PSDB à presidência da República, nas eleições de 2006. Atuou como presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) de abril de 2010 até abril de 2012.

Leia na Gazeta do Povo:

Futuro secretário de segurança responde por desvio de verba

E na Folha de Maringá:

Revista Época insinua que Carlinhos Cachoeira indicou o secretário da Segurança do PR

domingo, 18 de outubro de 2015

VEJA AINDA BLINDA CUNHA E PREVÊ ABRAÇO DE AFOGADOS

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Acusador do filho de Lula é pau-mandado de Eduardo Cunha, ora bolas!

lulinha

Há momentos em que quem se digna a acompanhar a política brasileira com sensatez e olhos de ver, sofre para manter a serenidade. A má fé do mercado corporativo de notícias e/ou análises sobre política chega a ser sobrenatural, em termos de irresponsabilidade, partidarismo e de uma falta de vergonha na cara estarrecedora.
Senão, vejamos: um colunista ao estilo Veja – cria da Veja – se bandeia para O Globo. Na estreia, em meia dúzia de linhas solta uma informação bombástica. O colunista Lauro Jardim, no último sábado (11), nessa meia dúzia de linhas fez uma acusação gravíssima contra um cidadão que governou o Brasil durante oito anos e que deixou o cargo com 80% de aprovação.
Detalhe: o atingido jamais teve, ao longo das décadas de sua acarreia política, uma única acusação leve ou grave provada contra si. Foi absolvido de todas as calúnias infamantes assacadas por seus adversários políticos, quase todas em anos eleitorais.
Luiz Inácio Lula da Silva nunca sofreu um processo em que fosse apresentada uma mísera prova das acusações que lhe eram feitas. Ao longo de seus dois governos, seu filho Fábio Luís Lula da Silva, quem a mídia sempre preferiu chamar de “Lulinha”, foi acusado fraudulentamente milhares de vezes, sobretudo na internet.
Montagens fotográficas atribuíam-lhe posse de propriedades rurais imensas que nada tinham que ver consigo. E sempre foi acusado de ser dono de empresas de ponta, de fama nacional e internacional – cujos donos reais qualquer pessoa informada sabe quem são. Enfim, o filho mais velho de Lula é um dos alvos prediletos dos adversários do pai há muito tempo.
O textinho de meia dúzia de linhas publicado pelo jornal que Lula está processando (O Globo) diz que Lulinha foi acusado por Fernando Baiano, delator da Lava Jato. Segundo a suposta delação, o sujeito teria pagado 2 milhões de reais de despesas do filho do ex-presidente.
Imediatamente após a divulgação dessa “notícia”, a internet é tomada pela condenação de Lulinha – e, por extensão e citação, do próprio Lula. Sem mais detalhes sobre suposta acusação de um criminoso, sem julgamento, sem juiz e sem júri. E o que é pior: sem que o acusado tenha tido uma sombra de direito de defesa.
Esse bando de psicopatas não precisa de prova alguma, apenas da acusação em meia dúzia de linhas, vertida por um irresponsável que brinca com a nação ao fazer acusação dessa monta sem maiores detalhes, sem explicação alguma. E o que é pior: de uma informação que, se existir, está protegida por sigilo judicial.
Tirando todo o absurdo que envolve a divulgação irresponsável e superficial de uma acusação dessa gravidade, sobressai a forma como está sendo tratada por jornalistas desses grandes meios, os quais, em textos opinativos, já julgaram e condenaram Lula e seu filho.
O pior, porém, não é isso. Há o absurdo, o contrassenso de se dar crédito a ninguém mais, ninguém menos do que um conhecido pau-mandado de um mais do que conhecido inimigo figadal do PT. Simplesmente porque Fernando Baiano é pau-mandado de Eduardo Cunha.
Aliás, na “notícia” de Lauro Jardim que causou todo esse alvoroço fica bem claro que esse delator pode muito bem estar sendo instrumentalizado por Cunha, quem está prestes a ser alvo de pedido de prisão pela Procuradoria Geral da República.
Abaixo, a nota em questão.
POR LAURO JARDIM
11/10/2015 06:35
Está destinada a causar um estrondoso tumulto a delação premiada de Fernando Baiano, cuja homologação foi feita pelo ministro Teori Zavascki na sexta-feira.
O operador (de parte) do PMDB na Petrobras pôs no olho do furacão nada menos do que Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha.
Baiano contou que pagou despesas pessoais do primogênito de Lula no valor de cerca de R$ 2 milhões. Ao contrário dos demais delatores, que foram soltos logo após a homologação das delações, Baiano ainda fica preso até 18 de novembro, quando completa um ano encarcerado. Voltará a morar em sua cobertura de 800 metros quadrados na Barra da Tijuca.
A propósito, quem teve acesso ao conteúdo da delação conta que Eduardo Cunha é, sim, citado por Baiano, que reconhece suas relações com o presidente da Câmara. Mas não entrega nada arrasador contra Cunha.
Em resumo, é isso. Essas linhas acima condenaram a carreira política de mais de trinta anos de Lula, a honra de seu filho, de todo o PT, do governo Dilma e, como se não bastasse, até mesmo de quem, como este que escreve, meramente acha uma calamidade tudo o que está acontecendo e tem coragem de protestar publicamente.
O lobista do PMDB na Petrobrás, Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, é amigo do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). As investigações mostram que ele ia receber propina para o chefe. Era o intermediário e mantinha uma relação de vassalagem com presidente da Câmara dos Deputados.
A nota de Lauro Jardim diz que o homem que foi acusado de intermediar e receber propina para Cunha “não entrega nada arrasador” contra ele. Claro que não. São comparsas. Assim, o inimigo de Cunha é inimigo de Baiano. A acusação contra o filho de Lula atinge o pai, seu partido e o governo Dilma, do qual Lula participa como conselheiro.
Um pau-mandado acusando os inimigos do chefe. É disso que se trata.
Baiano, porém, caso tenha dito mesmo o que dizem que ele disse, terá que provar. Ninguém sabe de nada – se ofereceu provas ou se apenas citou o filho de Lula. Mas o que importa, como sempre foi na carreira de Lula, é acusarem-no em momentos-chave, como em eleições, para causar efeitos políticos episódicos, mesmo que depois nada fique provado.
Alguns se espantam com o que está acontecendo no país. Não deveriam. Quantas vezes Lula, em sua longa carreira política, já foi acusado? Quantas vezes houve instaurações de inquéritos e estes, depois, não passaram dos primeiros passos?
Luiz Inácio Lula da Silva é um ex-presidente da República. Nunca surgiu uma mísera evidência de que tenha cometido qualquer tipo de ato que o desabonasse. Deixou o poder exaltado pela maioria esmagadora dos brasileiros e pelo mundo. Até hoje, parte expressiva da sociedade o apoia e é considerado o melhor presidente que o país já teve em qualquer enquete já feita.
Será que não poderiam ter tido a dignidade de ao acusarem alguém com essa trajetória e essa importância, fazerem a acusação de forma um pouco mais séria do que a usada pelo ex-pistoleiro de Veja, agora pistoleiro de O Globo? Mas, pensando bem, essa é apenas mais uma característica do fascismo que se vê ascender no país.

quarta-feira, 20 de março de 2013

E SE FILHO DE LULA FOSSE SÓCIO DE LEMANN? TUDO BEM?