Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 27 de junho de 2014

Dilma vai mostrar o PAC na TV. E Aécio, mostrará o que? Os prédios do Governo de MG?

pacaecio

O vídeo divulgado como parte do balanço do balanço semestral de andamento do PAC 2 – que está reproduzido ao final do post – dá uma “avant-premiére” do conjunto de obras, terminadas ou em conclusão, que Dilma Rousseff terá para mostrar em seu programa eleitoral.

É um show de imagens para editor de TV nenhum botar defeito. Com segmentação por tema e região, mais o reflexo na vida cotidiana e na economia, dá mais matérias do que espaço haverá para mostrar.

Já seu adversário…

Fiz uma pesquisa sobre grandes obras realizadas por Aécio Neves e encontrei…só a construção da Cidade Administrativa Tancredo Neves, um conjunto de prédios erguido para ser a sede do governo mineiro.

Como dizia aquele locutor da Copa de 70, é pouco, muito pouco, pouco mesmo.
E mesmo dela vai ficar complicado falar e abrir a boca para criticar o custo de obras federais ou mesmo as parcialmente financiadas pelo Governo Federal, como os estádios da Copa.

Para não ficar sendo má-vontade minha com o Aécio vou deixar que fale uma reportagem da Folha, escrita pelo repórter Breno Costa e publicada em 4 de março de 2010.

“Avaliadas inicialmente em cerca de R$ 550 milhões, as obras de engenharia chegaram a R$ 1,1 bilhão, o dobro do previsto. Somada a outros 87 contratos levantados pela Folha desde o início das obras, em janeiro de 2008, o custo total chega a R$ 1,69 bilhão.”

Em valores de hoje, atualizados pela inflação, estes R$ 1,69 bilhão chegam a R$ 2,26 bilhões, mais da metade do que foi emprestado pelo BNDES para a construção ou reforma de 12 estádios no padrão que você vê na televisão.

Segundo o jornal, o valor era maior, em 2010, que  o orçamento anual das “áreas de assistência social, cultura, habitação, meio ambiente, ciência e tecnologia, agricultura e esportes.”

Que beleza!

 Quer dizer então que o PAC do Aécio são uns prédios?

Bonitos, com o traço genial de Niemeyer, mas ainda assim uns prédios.

Francamente, deve-se reconhecer que, sob este aspecto, não há comparação entre José Serra e Aécio Neves.

Que, como se vê, não precisa nem de uma bolinha de papel.

Veja o vídeo do PAC e veja se não é assim…

domingo, 22 de junho de 2014

“Sucesso incrível” da Copa (by The New York Times) melhora aprovação de Dilma

No primeiro caderno da última edição dominical da Folha de São Paulo (22/6), uma matéria surpreendente: “Prenúncio de que a Copa seria o fim do mundo não aguentou 3 dias”. Assinada pelo colunista Nelson de Sá, a matéria surpreende qualquer um que lê a imprensa brasileira por ter “empurrado” para a imprensa estrangeira um pecado da imprensa brasileira. O colunista atribui à imprensa estrangeira as previsões negativas sobre a Copa no Brasil.
O caradurismo não é só desse jornalista, mas do próprio jornal – um mea-culpa sobre a cobertura da organização da Copa de 2014 seria imperativo diante daquela que, de fato, está sendo a “Copa das Copas”. E não só pela boa organização do evento, mas pelo que se vê em campo.
A infraestrutura tem funcionado tão bem quanto a que seria esperável em qualquer país do dito “Primeiro Mundo”, os jogos são emocionantes, o nível técnico tem sido altíssimo, o futebol latino-americano vai se impondo sobre o do resto do mundo, levando incontáveis nações das Américas a um verdadeiro orgasmo desportivo.
Eis o que ninguém previu. Ou melhor, eis o que aqueles que previram não puderam dizer devido a uma literal censura da grande imprensa a qualquer ponderação sobre os exageros que estavam sendo cometidos pela imprensa e por partidos de oposição de direita e de esquerda, os quais enganaram os brasileiros com afirmações falsas sobre o financiamento da Copa e sobre problemas corriqueiros em qualquer grande evento.
Como foi previsto neste blog por incontáveis vezes, os profetas do apocalipse deram com os burros n’água. Aqui sempre foi dito que a Copa começaria, tudo estaria pronto e funcionando e que os que previam o contrário ficariam com a brocha na mão.
Não é por outra razão que na mesma Folha de São Paulo, escondida na coluna “Painel”, uma notinha de apenas uma frase, mas que tem um potencial político imenso, revela que chegou a hora de Dilma capitalizar seu bom trabalho. Abaixo, o texto da Folha
De virada
Assessores do Planalto estão exultantes com pesquisa interna que afirma que 60% dos brasileiros consideram a Copa boa ou ótima até agora 
Mesquinharia da Folha. A pesquisa interna do Planalto mostra muito mais. Informações obtidas pelo Blog via contatos telefônicos dão conta de que esses 60% dos brasileiros não dizem que “a Copa é que tem sido boa ou ótima até agora”. Essa maioria diz que a ORGANIZAÇÃO da Copa e a qualidade dos jogos é que têm sido “boas ou ótimas”.
Qual o efeito eleitoral disso? Na avaliação do Planalto, é expressivo. Tão expressivo que a Folha detectou e, visando se distanciar do alarmismo que promoveu ao lado de outros grandes meios de comunicação, publicou essa reportagem de Nelson de Sá, na tentativa vã de fazer seus leitores de besta ao empurrar-lhes a versão de que o catastrofismo desportivo-organizacional partiu do exterior e não daqui mesmo, do Brasil.
A matéria em questão foi econômica ao relatar as análises que estão sendo feitas em toda parte do mundo sobre a capacidade do país de organizar um evento desse calibre. Uma das matérias da imprensa estrangeira citadas pela Folha é de autoria de Sam Borden, correspondente esportivo do diário norte-americano The New York Times na Europa. No último dia 17, Borden qualificou a Copa no Brasil como “sucesso incrível” em artigo que ironiza o noticiário sobre o evento, chamando-o de “previsão do dia do juízo final”.

O Blog traduziu alguns trechos do artigo de Borden. Confira, abaixo.
The New York Times
San Borden
17 de junho de 2014 
Um estádio não ficaria pronto a tempo. Outro não ficaria pronto nunca. Protestos violentos iriam ameaçar os fãs e estragar tudo. Greve no aeroporto e no metrô deixariam milhares de visitantes sem transporte.
Essas e outras previsões do dia do juízo final foram preocupações perpétuas nos dias que antecederam a Copa do Mundo no Brasil, mas, após quase uma semana inteira de jogos, a situação no maior país da América do Sul dificilmente pode ser considerada sombria.
Para os fãs que gostam de gols que enchem os olhos, resultados surpreendentes e futebol elegante, este campeonato, até agora, tem sido um sucesso incrível. Os jogos são apaixonantes, e o drama dos jogos tem sido perfeito para a televisão.
[...]
Há que dizer que ninguém pode realizar um grande evento esportivo como a Copa do Mundo ou as Olimpíadas sem alguns problemas. Este ano, em Sochi, na Rússia, os jogos de inverno tiveram invasão de cães vira-latas, hotéis incompletos, ou inexistentes. Em 2004, os jogos de verão em Atenas tiveram greves de trabalhadores, contratempos com a infraestrutura, e histeria em uma infinidade de lugares. O parque olímpico onde ocorreram os jogos de Londres em 2012, uma semana antes ainda estava em obras.
Diante dessa realidade, certamente o Brasil merece mais indulgência.
[...]
A gama de problemas tem sido grande. Alguns tiveram que ver com acabamento da construção, como fios elétricos visíveis no estádio do São Paulo ou a instalação de aparelhos de ar-condicionado e carpete horas antes do apito inicial, em Cuiabá, ou 30% dos porteiros do estádio de Brasília, que não apareceram para trabalhar, criando impasse do lado de fora das catracas. Alguns foram cosméticos, como a grama queimada no estádio de Manaus, que obrigaram a organização do estádio a pintar o gramado com tinta verde.
Nada disso foi definitivamente prejudicial para o evento. Os jogos puderam ocorrer dentro das previsões. Mas a cada dia ocorreram problemas cujo potencial não pôde ser previsto. No domingo, em Porto Alegre, por exemplo, o sistema de som do Estádio falhou com as equipes já em campo, deixando os jogadores de França e Honduras, que esperavam pelos hinos nacionais de seus países, enfurecidos.
[...]
Para ser justo, a sorte é sempre um fator nesses espetáculos. Qualquer grande evento pode ter um deslize imperceptível, como o NFL aprendeu em 2013, quando o Super Bowl foi adiado por quase uma hora depois de um apagão que mergulhou o Superdome, em Nova Orleans, na escuridão. Em comparação, o problema com as luzes no estádio de São Paulo durante o jogo de abertura da Copa do Mundo foi um problema menor.
[...]
Como sempre ocorre, a preocupação com a logística foi discutível. Em geral, as condições para realização dos jogos têm sido excelentes. Em cidades como Natal e Salvador – onde os campos sofreram chuva excepcionalmente pesada -, ficou comprovada a qualidade dos sistemas de drenagem. Em última análise, esta é a prioridade mais importante, pois as condições para realização dos jogos são o que geralmente definem o legado histórico de um evento.
[...]
A pesquisa interna do Palácio do Planalto citada (de forma incompleta e tímida) pela Folha faz todo sentido. Basta um mínimo de reflexão para entender. A menos que a maioria dos brasileiros seja composta de lunáticos, todos estão fazendo o “link” entre o que foi previsto e o que está acontecendo.
Ora, se foi previsto “juízo final” e, muito pelo contrário, o que se vê é uma festa linda que está encantando não só o Brasil, mas o mundo, no mínimo o mau-humor de parte dos brasileiros com Dilma Rousseff será repensado. Os mais inteligentes perceberão que ela foi alvo de tremenda injustiça, encetada, obviamente, por uma politicagem rasteira e de viés eleitoreiro. Os brasileiros não são injustos. Ao menos a maioria de nós, não é.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

População tem medo de festejar a Copa



O programa Contraponto de junho (segunda-feira, 2 de junho) entrevistou o secretário-executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes, o segundo na hierarquia da pasta. O tema da entrevista foi a Copa do Mundo de 2014 e as controvérsias e até a comoção social que tem suscitado. Essa entrevista permite uma conclusão surpreendente, porém óbvia.
Antes de prosseguir, vale explicar, para quem não sabe, que esse programa é uma iniciativa do Centro de Estudos da Mídia Barão de Itararé e do sindicato dos Bancários de São Paulo e vai ao ar mensalmente. Este blogueiro integra sua produção e participou, como entrevistador, de todas as suas edições, com exceção da edição de abril, que versou sobre o Dia da Mulher. O Contraponto já entrevistou personalidades como o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, o jurista Dalmo de Abreu Dallari e o pré-candidato ao governo de São Paulo Alexandre Padilha. É transmitido mensalmente pela Rede Brasil atual, via streaming.
Abaixo, o banner do último programa



A entrevista começou pelo custo do evento, se foi usado dinheiro público destinado a saúde e educação e quanto desse tipo de recurso foi gasto. Abordou, também, a suposta ociosidade que dizem que se abaterá sobre os estádios após a competição. Também foi discutida a questão das remoções de moradores e, por fim, a visível apatia dos brasileiros com a Copa.
Deixemos a questão principal – a que intitula o texto – para o fim. Tratemos, primeiro, do “Gasto de dinheiro público que deveria ter sido usado em Saúde e Educação”. Quanto do orçamento da Copa é composto de dinheiro público?
Em primeiro lugar, há que distinguir o que são gastos com a Copa e gastos em obras que serão usadas no cotidiano dos brasileiros e que teriam sido construídas com ou sem a realização do evento, tais como aeroportos, portos, estradas, pontes, viadutos, metrô etc.
Comecemos pelos aeroportos. Quem se lembra do “caos aéreo”? Até a eleição de 2010, o assunto não saía da mídia, que bradava pela insuficiência de nossos aeroportos…
Este que escreve tem conversado com pessoas de diferentes posições políticas que já usaram os novos terminais e aeroportos que vêm sendo inaugurados e as críticas são quase nulas, enquanto elogios abundam. Mesmo a mídia quase não tem batido nos aeroportos
Ora, o país precisava, sim, de aeroportos e a Copa praticamente os dará ao país de graça, porque o faturamento do evento, estimado por estudos encomendados pelo governo a consultoria feita em parceria entre a Fundação Getúlio Vargas e a Ernest & Young, chega 142 bilhões de reais
Essa dinheirama pagará pelos estádios. E não só. Pagará por todas as obras de mobilidade urbana que estão sendo inauguradas.
Abaixo, um vídeo que todos os que negam a quantidade de obras entregues precisam assistir. Em 5 minutos, você descobrirá o que a mídia esconde sobre onde foram empregados os recursos e sobre quantas obras de porte o Brasil edificou nos últimos sete anos.



Como se vê, essa situação caótica que a mídia pinta é menos, bem menos…
Mas quanto custou tudo isso? Entre obras de mobilidade urbana e estádios, aproximadamente 35 bilhões de reais. Porém, desse total 26 bilhões foram gastos com obras de mobilidade urbana, 8 bilhões com estádios e cerca de 600 milhões com equipamentos complementares, como portais detectores de metal etc., que só serão usados na Copa.
É justo dizer que os cerca de 35 bilhões de reais foram todos investidos exclusivamente por causa da Copa? Não é justo, não é correto, não é verdade. Dos 35 bilhões, só 8 bilhões foram gastos exclusivamente com a Copa, para construir estádios. O resto se refere a obras que as regiões em que foram executadas necessitavam.
Foi atendida a reclamação contra o “caos aéreo”, por exemplo.
Mas foram gastos 8 bilhões de reais de dinheiro público em Estádios? Não, não foram. Primeiro porque, dos 12 estádios construídos para a Copa, 9 são públicos e 3 são privados. E, dos 8 Bilhões, cerca de 4 foram financiados pelo BNDES, que cobrará os empréstimos com juros e correção, devolvendo aos seus cofres, com lucro, o que foi investido pelo banco estatal de fomento.
Dizer que o dinheiro do BNDES tem que ser usado em Saúde e Educação, é mentira. Nunca houve financiamento desse banco de fomento a essas rubricas da administração pública. O BNDES financia desde a Globo até o açougue da esquina. Financia indústrias, financia shoppings…
Mas restam os outros 4 bilhões do custo dos estádios. Esses saíram dos Estados e de grupos privados. Pode-se dizer que é dinheiro público, sim. E que os empréstimos do BNDES dos outros 4 bilhões aos Estados terão que ser pagos com dinheiro público e – em parte menor – privado.
Só que quem faz essa conta parte do princípio de que o Brasil não lucrará nada com a Copa. Todavia, indústrias produziram equipamentos, máquinas, material de construção e operários e demais trabalhadores foram contratados. Tudo isso gerou impostos, gerou empregos, movimentou a economia.
Além disso, há o faturamento direto da Copa com turismo, com ocupação de hotéis, com lotação de restaurantes, com impostos, com venda de ingressos. E impostos e mais impostos. Há, ainda, uma infinidade de outras receitas que advirão de evento dessa magnitude.
Enfim, os cofres públicos dos Estados recuperarão com lucro cerca de R$ 6 bilhões de dinheiro público investido em estádios, frente a um orçamento federal com Saúde e Educação que, segundo o representante do Ministério do Esporte, alcança mais de R$ 800 bilhões.
E os estádios, ficarão ociosos após a Copa? O caso mais emblemático é o do estado Mané Garrincha, em Brasília. Bem, dados do representante do ministério do esporte derrubam essa tese. Esse estádio, antes da reforma, tinha ocupação anual de 300 mil pessoas e, após a reforma, o número saltou para 800 mil pessoas. E não houve Copa no Brasil nos últimos 12 meses.
Por fim, chegamos à questão das remoções de famílias das regiões próximas aos estádios que receberam obras de mobilidade urbana. Há uma forte grita contra essas “remoções”. Teriam ocorrido despejos “desumanos” de famílias para dar lugar às obras da Copa.
Em primeiro lugar, o representante do Ministério do Esporte explicou que as famílias “removidas” para construção de estádios foram muito poucas e quase todas eram de classe média. Mas onde foram feitas obras de mobilidade urbana, pessoas humildes foram “removidas”. Contudo, Fernandes garante que não houve “desumanidade” e que essas famílias não foram jogadas no meio da rua.
Aliás, ele relatou que houve até famílias que não precisavam ser “removidas” para construção das obras de mobilidade e que pediram para ser incluídas na “remoção” porque as áreas para onde os “removidos” foram levados são melhores.
Seja como for, fiquei de entrar em contato com Fernandes para mais informações. Assim, quem tiver algum questionamento sobre “remoções desumanas” que por favor informe que vou verificar com o secretário-executivo do Ministério do Esporte.
Por fim, chegamos ao fulcro do post. Todos têm lido nos jornais, ouvido ou assistido na mídia eletrônica que esta é primeira Copa do Mundo que o Brasil não pinta suas ruas de verde e amarelo, que os carros não trafegam com as bandeirinhas do Brasil ou adesivos. E é verdade.
Aos 55 anos, nunca vi este país tão desanimado com a Copa. As ruas, os carros, não estão enfeitados como sempre foi. Por que?
Pesquisa Ibope recém-divulgada mostra que 51% da população está a favor da realização da maior competição de futebol do mundo e que 42% estão contra. Ora, se a maioria dos brasileiros é a favor da Copa, por que toda essa gente não festeja?
A resposta é muito simples: medo. Este que escreve descobriu isso ao longo de semanas, quando passou a pesquisar por que pessoas que em Copas anteriores punham bandeirinhas do Brasil ou fitinhas verde-amarelas nos seus carros ou que enfeitavam suas casas e ruas com as cores do Brasil, quando a competição é realizada em nosso país mudam de comportamento.
Você também pode fazer essa pesquisa. É tão óbvio o que está acontecendo que até o representante do Ministério do Esporte concordou comigo: a maioria que quer a Copa não está festejando porque teme represálias da minoria que não quer. Ou de parte ínfima dessa minoria que não hesitaria em depredar um carro ou uma casa enfeitados com as cores do Brasil.
É duro, mas é verdade. Imaginem aquele sujeito que vai para a rua quebrar tudo por raiva da Copa passando por um veículo com uma bandeirinha do Brasil. Se estiver sozinho, pode riscar ou danificar de alguma forma aquele veículo dissimuladamente. Se estiver em turba, pode até atacar o mesmíssimo veículo com seu (s) ocupantes (s) dentro.
O mesmo vale para uma casa enfeitada para a Copa que esteja no caminho de uma manifestação contra a Copa, por exemplo. Então escolha você, leitor, que nome se dá a grupos que impõem suas ideias pela força a quem não concorda. Eu, por exemplo, chamo-os de grupos de fascistas.



domingo, 1 de junho de 2014

Transcarioca inaugura nova fase para Dilma?

transcarioca
Tenho a impressão que Dilma entra, a partir de agora, numa nova fase. As grandes obras estão começando a ficar prontas. E isso faz toda a diferença, porque representa um golpe contra esse pessimismo militante que virou moda nos últimos tempos.
A inauguração da Transcarioca, por exemplo, que liga a Ilha do Governador e o Aeroporto do Galeão à Barra da Tijuca vai trazer um alívio incomensurável a todos os bairros por onde ela passa, e para o Rio de Janeiro, de maneira geral. São bairros de periferia, que ganharão visibilidade e mobilidade urbana. O choque econômico positivo nessas regiões deverá ser sentido rapidamente.
Todas as grandes obras iniciadas na era Lula começam a ganhar vida. A Copa do Mundo serviu apenas para gerar uma agenda. Como disse a presidenta, são obras para o Brasil, não para a Copa.
Parte da imprensa tenta pintar a próxima gestão como um tempo sombrio, durante o qual o governo terá de adotar medidas impopulares para ajustar a economia. Já eu acho que será o contrário. De 2015 a 2018, grandes obras de infra-estrutura estarão concluídas, dando uma importante injeção de produtividade e otimismo na economia brasileira. Hidrelétricas, aeroportos, portos, estradas, ferrovias, parques eólicos, pré-sal, refinarias, VLTs, a quantidade obras que deverão ser inauguradas a partir de agora até 2018 é impressionante.
Os tempos mais difíceis acontecem agora, em que o governo se vê fortemente pressionado pelo enorme volume de obras em andamento, muitas das quais transtornam a rotina da população.
Por isso, como eu ia dizendo, vejo a inauguração da Transcarioca, como símbolo de uma nova era, em que começamos a sair desse período difícil de gestação e nos aproximamos da hora do nascimento da criança.
Segundo o governo do estado, o BRT Transcarioca, inaugurado hoje, começará a funcionar em etapas. A partir de amanhã (2), os cariocas poderão usar o trecho entre o Bairro do Tanque, na zona oeste, e o Terminal Rodoviário Alvorada, na Barra da Tijuca. A partir de quarta-feira (4), será aberto o trecho até o aeroporto, com apenas algumas estações abertas. Gradualmente, outras estações serão abertas. No total, são 47 estações, que se distribuem por 39 quilômetros.
Estima-se que mais de 300 mil pessoas usarão o serviço diariamente.

domingo, 4 de maio de 2014

OBRA DO SÃO FRANCISCO: NÃO É SÓ ÁGUA. É EMPREGO

Fala, Dilma, fala


Ministro Francisco Teixeira em visita às obras (foto: Ministério da Integração Nacional)


A situação de pleno emprego no Brasil é refletida na transposição do Rio São Francisco. Na semana passada, o projeto atingiu um efetivo de mais de 10.100 trabalhadores, que atuam ao longo dos 477 km de extensão da maior obra hídrica do Brasil.

Em fevereiro, como apurou o Conversa Afiada, o número de funcionários era de 8.700, com cerca de 2.500 máquinas em campo e com 52% das obras concluídas. – leia aqui – Três meses depois, já com 3.140 equipamentos em operação, o projeto está com quase 60% de avanço físico.

Orçado em R$ 8 bilhões e com previsão de entrega total em dezembro de 2015, o empreendimento terá os trabalhos em período integral ampliados para dar celeridade às construções principalmente no Eixo Leste, segundo o Ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, responsável pelo empreendimento.

“Nós estamos trabalhando no Eixo Norte, em quase todas as frentes, em dois turnos, e a partir de maio vamos trabalhar 24 horas também no Eixo Leste, em muitas frentes”, garantiu.

A medida é justificada quando se olha para os números do programa. Nota-se um maior avanço no Eixo Norte, em relação ao Leste.
As obras avançam

Eixo Norte, (Trecho I e II), neste mês:


Meta 1N (140 km) / Antigos lotes: 
1, 2, 3, 4 e 8: Vai da captação do rio São Francisco, no município de Cabrobó (PE), até o reservatório de Jati, em Jati (CE).  A Meta 1N apresenta 63,7% de execução

Meta 2N (39 km) / Antigo lote 5:
 Começa no reservatório Jati, no município de Jati (CE), e termina no reservatório Boi II, no município de Brejo Santo (CE). A Meta 2N apresenta 25,2% de execução. 

Meta 3N (81 km) / Antigos lotes 6, 7 e 14: Estende-se do reservatório Boi II, no município de Brejo Santo (CE), até o reservatório Engenheiro Ávidos, no município de Cajazeiras (PB). A Meta 3N apresenta 54% de execução. 


Eixo Norte, (Trecho I e II), em fevereiro:


META 1N (140 km):
 Vai da captação do rio São Francisco, no município de Cabrobó (PE), até o reservatório de Jati, em Jati (CE).  A Meta 1N apresenta 57,2% de execução.


META 2N (39 km):  Começa no reservatório Jati, no município de Jati (CE), e termina no reservatório Boi II, no município de Brejo Santo (CE). A Meta 2N apresenta 24,6% de execução.


META 3N (81 km):
 Estende-se do reservatório Boi II, no município de Brejo Santo (CE), até o reservatório Engenheiro Ávidos, no município de Cajazeiras (PB). A Meta 3N apresenta 47,2% de execução.



Eixo Leste (Trecho V) , neste mês:


Meta 1L – (16 km):
 Compreende a captação no reservatório de Itaparica até o reservatório Areias, ambos em Floresta (PE). É uma meta piloto para testes do sistema de operação. A Meta 1L apresenta 87,5% de execução. 

Meta 2L – (167 km): 
Inicia-se na saída do reservatório Areias, em Floresta (PE), e segue até o reservatório Barro Branco, em Custódia (PE). A Meta 2L apresenta 60,9% de execução. 

Meta 3L – (34 km): Este trecho está situado entre o reservatório Barro Branco, em Custódia (PE), e o reservatório Poções, em Monteiro (PB). A Meta 3L apresenta 17,9% de execução. 



Eixo Leste (Trecho V) , em fevereiro:

META 1L – Meta Piloto (16 km):
 Compreende a captação no reservatório de Itaparica até o reservatório Areias, ambos em Floresta (PE). É uma meta piloto para testes do sistema de operação. A Meta 1L apresenta 86,3% de conclusão.


META 2L (167 km): Inicia na saída do reservatório Areias, em Floresta (PE), e segue até o reservatório Barro Branco, em Custódia (PE). A Meta 2L apresenta 58% de execução.


META 3L (34 km): Este trecho está situado entre o reservatório Barro Branco, em Custódia (PE), e o reservatório Poções, em Monteiro (PB). A Meta 3L apresenta 15,9% de execução.

A transposição do Rio São Francisco levará água do Velho Chico a 390 cidades do semiárido nordestino nos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, ou seja,  chegará a 12 milhões de pessoas. Com 28% da população brasileira, o Nordeste tem apenas 3% da disponibilidade de água e uma irregularidade na distribuição de recursos hídricos.

(Clique aqui para ler “Dilma e cisternas no semiárido)

Em um ano, o Ministério reforçou em mais de 50% as atividades do projeto que foi concebido ainda em 1985, pelo extinto DNOS – Departamento Nacional de Obras e Saneamento, após uma das mais longas estiagens da história.

A estrutura do Programa de Integração apresenta dois eixos: o Norte, com 260 quilômetros de extensão, levará água para os sertões de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, e o Leste, com 217 quilômetros, que beneficiará parte do sertão e as regiões agreste de Pernambuco e da Paraíba.


A obra pode ser vista em detalhes aqui (http://integracaosaofrancisco.gov.br/)



Alisson Matos
, editor do Conversa Afiada


Clique aqui para ler
 “Os números com que Lula foi pra cima !”

Foto: Ministério da Integração Nacional



segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

OS EMPRESÁRIOS ESTÃO CHATEADOS COM A DILMA. ÔBA! Bem feito ! Quem manda não fazer a Ley de Medios ?


O Delfim Netto diz seguidamente que a Dilma precisa despertar o “instinto animal” dos empresários.

Os empresários já dispõem das generosas páginas do PiG (*) para, todos os dias, em múltiplos espaços e colonas (**), espinafrar a Dilma, com “instinto animal”.

A Urubologia contamina empresários e seus trombones no PiG (*).

E os “economistas de bancos”, os profissionais da volatilidade, conferem ao mau humor uma base inequivocamente “científica”.

Esse conjunto é um dos novos instrumentos do Golpe na América do Sul, como aponta agudo artigo de Saul Leblon.

Outro dia, o ansioso blogueiro foi fazer uma palestra a um grupo de empresários em Santa Catarina.

Tratou das oportunidades que se abrem com a ascensão da Classe C e com as mudanças estruturais profundas que se realizam com as obras do PAC2.

Clique aqui para ler “Capitalismo à Brasileira – I” e aqui para ler o II.

Ao final, o presidente de uma associação disse, ao cumprimentá-lo.

- Puxa, você me apresentou a um Brasil que eu desconhecia.

O ansioso blogueiro respondeu, com a costumeira elegância:

- Também, quem manda ver a Globo !

Nesta segunda-feira, a Folha (***) assegura – com fontes anônimas, como é de seu estilo invejável – que o Lula está uma fera com a Dilma, porque a Dilma não trata os empresários bem.

E que o Mantega tem que rodar.

Taí, o ansioso blogueiro estaria muito mais preocupado se os velhinhos e as velhinhas – esses que morrem de medo do Fabio Giambiagi, autor da preferência do Dudu Campriles – estivessem chateados com a Dilma.

Mas, acontece que os proventos da aposentadoria sobem com o salário mínimo, que sobe mais que a inflação há algum tempo …

O ansioso blogueiro estaria mais preocupado se os jovens negros da periferia estivessem chateados com a Dilma, mas uma boa parte deles está na universidade.

O ansioso blogueiro estaria mais preocupado se os jovens estivessem desempregados – como estão 40% dos jovens espanhóis, gregos, portugueses e italianos.

Mas, aqui, o desemprego está em 4,7%.

O ansioso blogueiro estaria mais preocupado se a empregada doméstica não estivesse indo à faculdade.

Se não houvesse cinco mil trabalhadores no canteiro de obras em Teles Pires.

E se trabalhadores maranhenses e piauienses não ajudassem a BRF Foods a abater 300 mil frangos por dia emLucas do Rio Verde.

O ansioso blogueiro estaria mais preocupado se a mãe jovem que acabou de chegar à Classe C não pudesse comprar, a trinta anos de prazo, um apartamento de 50m2, no Minha Casa Minha Vida.

Preocupadíssimo se aquele filho de cortador de cana estivesse chateado com a Dilma, mas ele fez o Pronatec e foi trabalhador no estaleiro que constrói plataformas para a Petrobras.

Preocupadíssimo !

“Instinto animal” demonstram os empresários brasileiros que se beneficiam da regra de 65% de “conteúdo nacional” para quem fornece à Petrobras.

Esses estão com ódio da Dilma, porque foi ela quem formulou esse princípio, o “conteúdo nacional”, com a Graça Forster, quando estava nas Minas e Energia !

Bom era o Príncipe da Privataria que comprava plataforma pronta em Cingapura !

Os empresários brasileiros, em lugar de se queixar ao Lula, deveriam sair à rua – na companhia dos black blocs mascarados – e oferecer produtos competitivos aos novos consumidores.

Em vez de reclamar do Governo, aumentar a produtividade.

Integrar-se aos fluxos internacionais de produção e comercialização.

Mas, sabe como é: resmungar com a Urubóloga é mais simples.

Em lugar de dar entrevistas ao Estadão, ou frases em off aos colonistas merválicos para “sacolejar” o Governo trabalhista, deveriam dar uma passada na BR-163 e ver como ganha dinheiro quem trabalhar duro.

Deveriam ganhar as licitações que  Dilma oferece a cada semana.

Ou eles estão com saudade do FHC ?

Da boa e velha Privataria Tucana, aquela do “se isso der m…”, quando se resolvia tudo com um bom aval do BB ?

O Príncipe da Privataria os recebia em Palácio com vinho Bordeaux e  histórias de seus (bons) tempos no “exílio” na França.

Mas, obra de tijolo e cimento que é bom …

Taí, o ansioso blogueiro acha ótimo os empresários estarem chateados com a Dilma.

E espera que o Lula ouça por um ouvido e deixe sair pelo outro.

Empresário gosta mesmo é de subsídio e imposto baixo.

Daí eles não saem. 

E “transparência”, “segurança macroeconômica” … tudo isso cheira, às vezes, a “inside information”.

“Tripé”, a gente já sabe o que é: aquela lengalenga da Bláblá e do Dudu: “tripé” são os juros de que o Itau gosta.

Agora, aqui entre nós, amigo navegante: bem feito !

Quem manda a Dilma não fazer a Ley de Medios e ajudar aquele empresário a avaliar o impacto da ferrovia da FICO, e, quem sabe ?, abrir um negócio em Vilhena ?

Quem manda ficar com o Plim-Plim ?

Quem manda gostar de novela ?


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(***) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.