Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 19 de agosto de 2014

Dilma já enfrentou torturadores piores que os do Jornal Nacional



A presidente da República bem que poderia ter incorporado o espírito de Leonel Brizola e, após ter dito tudo que tantos brasileiros têm a dizer sobre a Globo, deixado William Bonner e Patrícia Poeta fazendo suas caras e bocas (de nojo) sozinhos. Se não fosse uma dama, poderia ter dito que recebeu o Jornal Nacional para ser entrevistada, não para ser agredida.

O que se viu na noite de terça-feira, 18 de agosto de 2014, na TV Globo, não foi uma entrevista dura como foram – em alguma medida – aquelas a que foram submetidos Aécio Neves e Eduardo Campos. Foi uma agressão, um desrespeito.

E não só pelo tom dos entrevistadores, mas pelo tempo que gastaram com suas perguntas. Bonner e Poeta gastaram um terço dos 15 minutos que durou a entrevista. Mais especificamente, 4 minutos e 48 segundos. Isso sem contar o tempo das interrupções. Não houve nada igual nas entrevistas com Aécio Neves e Eduardo Campos.

Aqui se poderia questionar o teor das perguntas. No caso da pergunta sobre saúde, por exemplo, com Poeta fazendo caras e bocas (de nojo), opinou que 12 anos seria “tempo demais” para Dilma não consertar problemas que a saúde pública no Brasil ostenta há 500 anos.

Dilma poderia ter respondido isso, que os problemas da saúde do país não têm 12 anos e que não serão solucionados completamente por governante nenhum em um, dois ou três mandatos, mas preferiu se restringir às suas responsabilidades em respeito ao público.

Sobre corrupção, Dilma também poderia ter respondido à pergunta de Bonner com outra. Poderia ter perguntado que governante brasileiro, entre prefeitos e governadores, não tem problemas de corrupção entre seus comandados.

Dilma poderia, por exemplo, ter dito que o escândalo dos trens em São Paulo envolve “módicos” 11 bilhões de reais e que não houve nada sequer parecido em seu governo.

Mas Dilma é uma dama e uma mulher ciente de suas responsabilidades. Não seria uma sessão de tortura psicológica levada a cabo por aprendizes de torturadores que iria fazê-la perder a linha ou esmorecer.

Faltou competência ao casal de energúmenos até para exercer o poder dos torturadores.
Mas se Dilma não cedeu nem à tortura física da ditadura, não seriam um mauricinho e uma patricinha de quinta que iriam dobrá-la.

Em 18 de agosto de 2014, com seu casalzinho de torturadores perfumados, a Globo fez lembrar ao país que continua sendo aquela mesma Globo que rastejou aos pés da ditadura para que esta lhe enchesse os bolsos com dólares que os americanos aqui despejaram para destruir a nossa democracia, para seviciar nosso povo durante mais de vinte anos.

A data dessa sessão de tortura midiática entra agora para a história do jornalismo brasileiro como exemplo de falta de compostura profissional. Bonner e Poeta teriam feito papel menos odioso se emulassem os energúmenos que, na abertura da Copa, vociferaram o infame “Dilma, VTNC”. Só faltou berrarem isso diante da presidente da República.

Uma explicação para a postura imperial de William Bonner diante de candidatos

por Luiz Carlos Azenha

Trata-se de um simulacro de jornalismo, que nem original é. Nos Estados Unidos, muitos âncoras se promoveram com agressividade em suposta defesa do “interesse público”. Eu friso o “suposta”. Lembro-me de um, da CNN, que fez fama atacando a invasão do país por imigrantes ilegais. Hoje muitos âncoras do jornalismo policial fazem o mesmo estilo, como se representassem a sociedade contra o crime.

William Bonner está assumindo o papel de garoto-propaganda da criminalização da política. Ao criminalizar a política, fazendo dela algo sujo e com o qual não devemos lidar, ganham as grandes corporações midiáticas. Quanto mais fracas forem as instituições, mais fortes ficam as empresas jornalísticas para extrair concessões de todo tipo — do Executivo, do Legislativo, do Judiciário.

A postura supostamente independente de Bonner, igualmente agressivo com todos os candidatos, faz parecer que as Organizações Globo pairam sobre a política, que nunca apoiaram a ditadura militar, nem tentaram “ganhar” eleições no grito. Que os irmãos Marinho não fazem politica diuturnamente, com lobistas em Brasília.

Que os irmãos Marinho não tem lado, não fazem escolhas e nem defendem com unhas e dentes, se preciso atropelando as leis, os seus interesses. Como em “multa de 600 milhões de reais” por sonegar impostos na compra dos direitos de televisão das Copas de 2002 e 2006.

A agressividade de Bonner também ajuda a mascarar onde se dá a verdadeira manipulação da emissora, nos dias de hoje: na pauta e no direcionamento dos recursos de investigação de que a Globo dispõe. Exemplo: hoje mesmo, no Bom Dia Brasil, uma dona-de-casa do interior de São Paulo explicava como está fazendo para economizar água.

A emissora não teve a curiosidade de explicar que a seca que afeta milhões no Estado não é apenas um problema climático, resulta também de falta de investimentos do governo de Geraldo Alckmin, que beneficiou acionistas da Sabesp quando deveria ter investido o dinheiro no aumento da capacidade de captação de água. Uma pauta complicada, não é mesmo?

A não ser que eu esteja enganado, a Globo não deslocou um repórter sequer para visitar o aeroporto de Montezuma, que Aécio Neves mandou reformar quando governador de Minas Gerais perto das terras de sua própria família. Vai ver que faltou dinheiro.

Tanto Alckmin quanto Aécio são tucanos. Na entrevista com Dilma, Bonner listou uma série de escândalos. Não falou, obviamente, de escândalos relacionados à iniciativa privada, nem em outras esferas de governo. Dilma poderia muito bem tê-lo lembrado disso, deixando claro que a corrupção é uma praga generalizada, inclusive na esfera privada, envolvendo entre outras coisas sonegação gigantesca de impostos. Mas aí já seria coisa para o
Leonel Brizola.

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segunda-feira, 18 de agosto de 2014

AGREDIDA PELO JORNAL NACIONAL, DILMA SE DEFENDE

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Aécio não se descola do caso do aeroporto no Jornal Nacional



jn
Se foi proposital, para ver se Aécio Neves “limpava a barra” do assunto Aeroporto de Cláudio – aliás, para que, pois isso não “colou” nas pesquisas, diz o Ibope, não é? – a entrevista do tucano ao Jornal Nacional não funcionou.
Aécio tinha que fazer um “midia training” com Geraldo Alckmin, que nega o racionamento de água em São Paulo com uma impenetrável cara-de-pau.
Embora as perguntas de Willian Bonner tenham sido aparentemente duras, não foram objetivas.
Não interessa se Aécio se sente ou não constrangido. Até porque, claro, a pergunta só tem uma resposta possível: não. Ou Bonner esperava que o moço fosse cair aos prantos e dizer que estava envergonhado e não ia fazer mais isso?
Jornalismo de divã?
Importa é saber porque uma obra de R$ 14 milhões (R$ 18 milhões, em valores de hoje) e mais o custo da desapropriação do terreno, que nas previsões orçamentárias do Governo de Minas podem custar entre R$ 3,5 milhões e R$ 20 milhões (ninguém foi olhar o laudo pericial) foi feita numa cidade de menos de 30 mil habitantes, onde talvez não existam dois aviões matriculados e que tem com um aeroporto a 50 km de  distância.
Também não interessa se a fazenda de Aécio está na família há um ou cem anos, ou se tem 30 alqueires (cerca de 150 hectares, porque o alqueire mineiro vale 4,84 ha) ou se só tem 14 cabeças de gado (o que é muito pouco para terras deste tamanho, minimamente administradas).
O que importa é saber o que faz o aeroporto fechado há quatro anos, o que fazem as chaves nas mãos da família, o que faz aquele elefante branco (ou preto, de asfalto) inútil, a não ser para os vôos privados de Aécio (que não se sabe quantos foram) e para brincadeiras de aeromodelismo.
E o que importa, sobretudo, é que, mesmo para a audiência decadente do Jornal Nacional, o assunto chegou às milhões de pessoas que ainda o assistem e a imagem de “Rolando Lero” que o candidato deixou na questão.
O resto da entrevista, você espreme, torce, e não tem conteúdo algum.
Escapismo puro em relação ao aumento das tarifas, nenhum projeto concreto de investimento, nenhum programa de obras. Ao ponto que o candidato chega a dizer que “ninguém espere no governo Aécio Neves o pacote A, o PAC disso, o PAC daquilo. ”
Juscelino morreria de vergonha do conterrâneo.
Mas é verdade. Aécio não tem nenhum programa de aceleração do crescimento.
Por isso fica no seu PAC, Pista do Aeroporto de Cláudio
Veja e leia a entrevista de Aécio no Jornal Nacional:

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

JN ATIRA NO INIMIGO DIRCEU E PROTEGE O AMIGO PAES