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quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Acervo: lembranças do governo FHC.


Extraído do site de Carta Capital. ( Des Governinho maldito !!!!!!)

Uma reportagem de 1998 e outra de 1999 ajudam a refrescar a memória sobre a gestão do tucano no Planalto 
 
por Redação — publicado 15/10/2014 15:13, última modificação 15/10/2014 15:29 
 
Eduardo Knapp / Folha Imagem
 
1999 dólar
Um retrato de janeiro de 1999: a desvalorização do real provocou tensão

A disputa de um segundo turno presidencial entre o PT e o PSDB trouxe à tona, como deixou claro a atuação de Dilma Rousseff no debate da Band, na terça-feira 14, os pontos negativos da administração tucana de Fernando Henrique Cardoso no Palácio do Planalto (1995-2002). No embate com Aécio Neves, Dilma lembrou inúmeros escândalos de corrupção da era FHC, todos sem condenação dos culpados, e também as crises econômicas da década de 1990.

CartaCapital acompanhou aquele período com atenção. Duas capas, uma de novembro de 1998 e outra de fevereiro de 1999, ilustram alguns dos eventos da gestão de FHC.

Em 25 de novembro de 1998, em sua edição 87, CartaCapital trouxe detalhes do escândalo de grampos no BNDES, no qual gravações revelaram a existência de um esquema para favorecer, na privatização do Sistema Telebrás, um consórcio que uniria o banco de investimentos Opportunity, de Daniel Dantas, e a Telecom-Itália. Os áudios mostravam que o governo se sentia à vontade para tocar as privatizações, em parte porque contava com o apoio da imprensa. “A imprensa está muito favorável, com editoriais”, diz o então ministro das Comunicações, Mendonça de Barros, a FHC. “Está demais, né? Estão exagerando, até”, responde o ex-presidente, em tom de brincadeira.

A operação irregular captada pelos grampos incluía Mendonça de Barros, André Lara Resende e Pio Borges, então presidente e vice do BNDEs, e Pérsio Arida, ex-presidente do Banco Central e então sócio do Opportunity. O Previ, fundo de Pensão dos funcionários do Banco do Brasil, foi pressionado a se juntar ao consórcio escolhido para arrematar a Tele Norte Leste, um dos ramos da Telebrás colocado à venda pelo governo. Para conseguir o que desejavam do Previ, Mendonça de Barros e Lara Resende usaram o que chamavam de “bomba atômica”, a influência de Fernando Henrique sobre o fundo. FHC foi contatado e deixou claro que intercederia no caso.

Após a revelação do escândalo, Mendonça de Barros e Lara Resende perderam seus cargos, mas a investigação não avançou, apesar das acusações de que envolvidos no caso teriam enriquecido de forma ilícita.

Em 3 de fevereiro de 1999, em sua edição 91, CartaCapital trazia na capa o termo “quebramos”, em referência ao desastre econômico provocado pela desvalorização do real ocorrida no governo FHC após a reeleição do presidente, em outubro de 1998. A moeda começou a perder o valor 12 dias após a vitória do tucano nas urnas, uma tendência que se acentuou em janeiro de 1999, quando o Banco Central abandonou o regime de câmbio fixo, passando a operar em regime de câmbio flutuante, o que efetivamente colocou fim no Plano Real como concebido no governo de Itamar Franco (PMDB).

A análise publicada por CartaCapital mostrava que a desvalorização da moeda, em combinação com as mudanças estruturais realizadas anos antes por conta da supervalorização da moeda, da abertura comercial e da ausência de controle sobre preços internos, provocaria uma alta generalizada de preços e aumento brusco nas dívidas pública e privada. Para piorar, uma segunda reportagem de CartaCapital mostrava que uns poucos investidores souberam com antecedência da desvalorização planejada pelo governo FHC e compraram um volume anormal de dólar futuro dois dias antes de a moeda nacional começar a perder valor.

Clicando nas imagens abaixo, o leitor pode ver o PDF das reportagens completas:

cartacapital87.jpg
cartacapital91.jpg

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Época mostra como Serra operava para Dantas. FHC deve estar em pânico



Saadi e Teixeira têm um encontro marcado na parede falsa do Dantas
Na edição desta Semana Santa – logo, de audiência baixíssima – a revista Época (das Organizações (?) Globo) publica, na pág. 44 – sem chamada na capa – reportagem de Wálter Nunes e Guilherme Evelin:

“O consultor, o motorista e Níger”, é o titulo (inútil).

“Época obteve os e-mails de Roberto Amaral, consultor do Opportunity, de Daniel Dantas, enviados ao secretário particular de José Serra.”
Ali se revela como o lobbista de Dantas mandava e-mails ao secretário e motorista do Padim Pade Cerra e resolvia o que tinha que resolver.

O secretário de Cerra impede que Andrea Calabi fique no Conselho do Banco do Brasil – como queria o passador de bola apanhado no ato de passar bola.

O secretário de Cerra consegue mudar a diretoria da Previ – como queria o passador de bola apanhado no ato de passar bola.

O secretário – vá ser poderoso assim na China ! -  tira da Previ os que pudessem atrapalhar o passador de bola a administrar a Brasil Telecom.

Provavelmente, o passador de bola não confia tanto assim no lobbista e no secretário de Cerra.

Tanto que foi direto ao assunto: jantou com o Farol de Alexandria no Palácio do Alvorada, a pedido de Nizan Guanaes, e lá completou a operação: mudou a diretoria da Previ; nomeou um sócio e advogado para presidir a instituição que deveria vigiá-lo, a CVM; e detonou o delegado Deuler Rocha, da Polícia Federal, que teve a má idéia de investigá-lo.

Quem mandou Deuler para a Ilha do Diabo foi o notável parlamentar Marcelo Lunus Itagiba, que presidiu a CPI dos Amigos de Dantas.

Cerra nega tudo na Época.

Embora os e-mails para o lobbista se refiram a um candidato presidencial em 2002.

O Cristovam Buarque é que não era.

Nem a Heloísa Helena.

A Época já tinha revelado como o lobbista de Dantas trabalhava com o presidente Fernando Henrique: através de ajudantes de ordem no Palácio.

FHC negou tudo.

Cerra não tinha secretário nem FHC, ajudante de ordem.

Só faltam dizer que a carteira de habilitação estava vencida.

(A propósito, o apelido “Níger” não tem a ver com o Paulo Preto, ou Afrodescente, outro herói das campanhas do Cerra. É como o Serjão – outro herói tucano, o “trator” – se referia ao Cerra: amargo como a cerveja Níger. Legal …)

Navalha
Só a Época e mais ninguém tem – por enquanto – acesso aos documentos do lobbista de Dantas, Roberto Amaral, apreendidos pelo delegado Ricardo Saadi, que substituiu o ínclito delegado Protógenes Queiroz na presidência da Operação Satiagraha.

A Época já tentou manipular os documentos do relatório do delegado Zamprogna, da PF, dirigido ao Ministério Público.

A Carta Capital foi lá, desmascarou a Época: mostrou que o Dantas estava atolado no relatório Zamprogna.

Agora, a Época faz uma leitura muito seletiva dos documentos de Roberto Amaral.

Este ansioso blog já revelou o que tem lá dentro dos documentos em posse da Época “Dantas, Cerra, FHC e Gilmar – está tudo lá”.

Este ansioso blogueiro também já informou que o líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira, secomprometeu publicamente a requisitar à PF a integra do relatório do delegado Saadi.

Ai, amigo navegante, Dantas, Cerra, FHC e Gilmar serão submetidos ao escrutínio público – atividade muito salutar numa democracia.

Abrir a janela e deixar o sol entrar !

Antes, é claro, o Dr Macabu pode vir a sepultar a Operação Satiagraha, mesmo depois das revelações da Época que incriminam Dantas.

O Dr Macabu, se fizer isso, entrará para a História da Magistratura Universal.

Ao lado de momentos gloriosos do Judiciário brasileiro: os dois HC Canguru ao Dantas; o HC ao Dr Abdelmassih;  a desconstrução da Castelo de Areia pelo STJ.

O Cerra deve ter ficado muito feliz com a inebriante madrugada de Aécio Neves, no Leblon, do Rio.

(Já imaginou, amigo navegante, se fosse o Lula que estivesse naquela Land Rover ? )

A Época estragou a Semana Santa dele.

A Época tentou explodir a bomba atômica no Atol de Mururoa, para ninguém perceber.

Não adiantou.

Os fragmentos nucleares atingiram, em cheio, o  colo de Luiz Paulo Alves Arcanjo, motorista e secretário particular de Cerra, o homem que fazia (o que Dantas queria) e acontecia no Governo Cerra-FHc.

A Época traz mais batom na cueca do que em toda a extensão da praia do Leblon, de madrugada.


Paulo Henrique Amorim