Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Lula em ato pró Petrobrás: “A gente quer paz, mas sabemos brigar”

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lula capa

Diante da Associação Brasileira de Imprensa, no Rio, militantes do PT e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) enfrentaram aproximadamente 15 pessoas que, munidas de panelas, foram lá gritar palavras de ordem como “fora PT” e pedir impeachment de Dilma Rousseff. Os dois grupos entraram em choque várias vezes, trocando socos e pontapés.
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Pouco depois das 18 horas chegou a polícia, mas as brigas não pararam. O grupo provocador, protegido pela polícia – que alegou que o protegia porque estava em menor número -, recusava-se a deixar o local e novos choques ocorreram sem que os policiais conseguissem impedir.
Depois dos dois confrontos físicos entre o grupo contrário ao PT e os petistas, os que defendem o impeachment de Dilma se dispersaram. Representes dos sindicatos que organizam o ato pediam aos seus militantes que não respondessem às provocações. No entanto, por duas vezes pessoas que passaram pela calçada e gritaram insultos e receberam revide.
No auditório em que aconteceu o ato, o tom dos discursos foi subindo até chegar ao do presidente da CUT, Wagner Freitas, que repetiu, diversas vezes, que chegou a hora de os trabalhadores irem à rua em defesa não só da Petrobrás, mas do “projeto vencedor das eleições”, ou seja, do governo Dilma.
Presente ao ato, vale registrar, também esteve representante de um movimento que, a exemplo da CUT, também tem forte capacidade de mobilização popular: João Pedro Stédile, do MST.
Tratou-se de um divisor de águas. A disposição dos trabalhadores e movimentos sociais de irem a rua ocorre em um momento em que grupos contrários e violentos convocam manifestações como a que foi fustigar o ato em defesa da Petrobrás.
A disposição manifestada por expoentes do PSDB, por setores da mídia e por grupos de militantes de origem obscura de também irem à rua pedir o impeachment da presidente da República fatalmente se encontrará outras vezes com sindicalistas e militantes do PT e de movimentos sociais que decidiram não ficar mais assistindo quem pensa como eles ser agredido por usar uma camiseta vermelha.
Se me perguntarem se isso é bom para o Brasil, direi que não. A violência, o enfrentamento, não produzirá nada além de possíveis tragédias que podem decorrer de situações como essa, em que um dos lados se dispõe a provocar.
Todavia, o que a direita está fazendo é inaceitável. No dia anterior ao ato da Petrobrás, o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi hostilizado por ricaços no elegante hospital Albert Einstein. Nas ruas, qualquer um que vista vermelho pode ser hostilizado e até agredido fisicamente.
Nesse contexto, fico com a frase com a qual Lula encerrou o evento em defesa da Petrobrás:
“A gente quer paz e democracia, mas, se eles não querem, nós sabemos brigar também”
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Paraná: Quando Moro trabalhou para o PSDB, ajudou a desviar R$500 milhões da Prefeitura de Maringá

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Nascido em Maringá, no norte do Paraná, o juiz Sérgio Moro é um dos maiores “especialistas” do país na área de lavagem de dinheiro. Formado em direito pela Universidade Estadual de Maringá, seu primeiro serviço foi no escritório do doutor Irivaldo Joaquim de Souza, o maior tributarista de Maringá. Doutor Irivaldo foi advogado de Jairo Gianoto entre 1997 a 2000, ex-prefeito de Maringá pelo PSDB, condenado por gestão fraudulenta.

Via Plantão Brasil, com informações de O Globo

O Tribunal de Justiça do Paraná condenou o ex-prefeito de Maringá em 2010 a devolver cerca de R$500 milhões aos cofres públicos. Segundo informação da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Maringá foram condenados por improbidade administrativa o ex-prefeito Jairo Morais Gianoto, o ex-secretário da Fazenda Luiz Antônio Paolicchi, e dois ex-servidores municipais: Jorge Aparecido Sossai, então contador, e Rosimeire Castelhano Barbosa, ex-tesoureira, entre outros réus.

Segundo o MP, as decisões se referem a duas ações que tratam de desvios de dinheiro do município de Maringá constatados entre 1997 e 2000, num total de R$49.135.218,35 na época do ingresso da ação. O valor atual é atualizado.

De acordo com a sentença o ex-prefeito e o ex-secretário da Fazenda “enriqueceram-se ilicitamente através de atos de improbidade administrativa, tendo colaboração dos réus Jorge e Rosimeire” e o dinheiro público “foi utilizado para aquisição de bens, depósitos em contas bancárias, em benefício a Jairo, Paolicchi ou terceiros”. Cabe recurso à decisão do TJ/PR.

Além de Jairo, Paolicchi, Sossai e Rosimeire, foram condenados nos autos nº 449/2000 a mulher de Gianoto, Neuza Aparecida Duarte Gianoto, o ex-deputado federal José Rodrigues Borba, e os réus Sérgio de Souza Campos, Celso de Souza Campos, Eliane Cristina Carreira, Izaias da Silva Leme, Silvana Aparecida de Souza Campos, Valdenice Ferreira de Souza Leme, Valmir Ferreira Leme, Waldemir Ronaldo Correa, Paulo Cesar Stinghen, Moacir Antônio Dalmolin, a empresa Flórida Importação e Comércio de Veículos Ltda. e o doleiro Alberto Youssef.

A Policia Federal prendeu o ex-prefeito Jairo Gianoto em 2006, por desvio de dinheiro público, formação de quadrilha, e sonegação fiscal, já o advogado tributarista Irivaldo Joaquim de Souza foi preso, e só conseguiu o Habeas Corpus, depois do Juiz Federal Sérgio Fernando Moro, ter testemunhado ao seu favor.

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O doleiro Alberto Youssef, “o laranja de Moro”

Entre os investigados “um dos nomes sob investigação, o ex-secretário da Fazenda de Maringá, Luiz Antônio Paolicchi, apontado como pivô do esquema de corrupção”, afirmou, em depoimento à Justiça, que as campanhas de políticos do Paraná, como o governador Jaime Lerner (DEM) e o senador Álvaro Dias (PSDB), foram beneficiadas com dinheiro desviado dos cofres públicos, em operações que teriam sido comandadas pelo ex-prefeito Gianoto através do doleiro Youssef

Álvaro Dias

A campanha em questão foi a de 1998. “A pessoa que coordenava [o comitê de Lerner em Maringá] era o senhor João Carvalho [Pinto, atual chefe do Núcleo Regional da Secretaria Estadual de Agricultura], que sempre vinha ao meu gabinete e pegava recursos, em dinheiro”, afirmou Paolicchi, que não revelou quanto teria destinado à campanha do governador -o qual não saberia diretamente do esquema, segundo ele.

Quanto a Dias, o ex-secretário disse que Gianoto determinou o pagamento, “com recursos da Prefeitura”, do fretamento de um jatinho do doleiro Alberto Youssef, que teria sido usado pelo senador durante a campanha.

“O prefeito [Gianoto] chamou o Alberto Youssef e pediu para deixar um avião à disposição do senador. E depois, quando acabou a campanha, eu até levei um susto quando veio a conta para pagar. […] Eu me lembro que paguei, pelo táxi aéreo, duzentos e tantos mil reais na época”, afirmou.

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Sílvio de Barros, a vice Cida Borghetti, o esposo Ricardo Barros e o governador Beto Richa (PSDB).

Por fim…

O advogado Irivaldo Joaquim de Souza, mestre em assuntos tributários no Estado do Paraná, e “mentor” de Moro, continua a advogar para Prefeitura de Maringá em especial para a Família Barros.

Sílvio de Barros 1º contraiu a dívida e Sílvio de Barros 2º “pagou”

A Prefeitura de Maringá saiu vencedora no processo de cobrança de dívidas contraídas pelo município junto à Caixa Econômica Federal entre 1970 e 1980 na gestão de Sílvio de Barros 1º. Em 2011, o prefeito Sílvio de Barros 2º, anunciou a decisão final da Justiça que deixa a dívida alegada de R$380 milhões para cerca de R$68 milhões.

Acompanhado do advogado Irivaldo Joaquim de Souza na época, que defendeu o município no processo, o prefeito Sílvio de Barros na época explicou que a decisão restaura o poder financeiro do município. “As contas da Prefeitura ficam saneadas e com poder de contrair empréstimos para grandes projetos”, disse.

A decisão que favoreceu o advogado e a família Barros, foi dada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitando o último recurso apresentado pela CEF e pela União, leva a dívida alegada de aproximadamente R$380 milhões para cerca de R$68 milhões, valor que representa 10% da receita anual do município.

Família Barros do PSDB

Os irmãos Sílvio e Ricardo Barros são do PP, partido de sustentação do governo de Beto Richa. Ricardo Barros é secretário de Indústria e Comércio do Estado Paraná, chegando a representar, Richa em alguns eventos.

Nas eleições deste ano, Ricardo Barros conseguiu emplacar sua esposa Cida Borghetti, como vice de Beto Richa, em detrimento de Flávio Arns, atual vice.

Segundo o blogueiro Esmael Morais, Sílvio e Ricardo Barros têm cadeiras cativas no governo Beto Richa, e Cida Borguetti, ambos do PSDB.

Petróleo que Globo diz estar “no fundo do mar” já enche 700 mil barris/dia


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petrobrás
Donos de uma fortuna de 21 bilhões de dólares, os três filhos de Roberto Marinho bem que poderiam abrir um jornal. Mesmo não sendo muito lido – e está sendo cada vez menos –, pelo menos os manteria informados. Em vez disso, enterraram sua fortuna em um gigantesco e bilionário partido político ao qual deram o nome pomposo de “Organizações Globo”.

Esse partido midiático, em sua versão impressa e digital, acaba de produzir uma catilinária – que os irmãos bilionários chamam de “editorial” – atacando iniciativa de intelectuais como Fabio Konder Comparato, Marilena Chauí, Cândido Mendes, Celso Amorim, João Pedro Stédile, Leonardo Boff, Luiz Pinguelli Rosa e Maria da Conceição Tavares, entre outros, em defesa da Petrobrás e do sistema de partilha nos campos do pré-sal.

O mais curioso é que o “editorial” em tela confunde a iniciativa dos pensadores com iniciativa “do PT”. O texto lamentável diz que o manifesto dos intelectuais – e não do PT – “ressuscita discurso da década de 50, quando o petróleo era ‘nosso’, mas continuava debaixo da terra”.

Como assim, “debaixo da terra”? Da “década de 50” para cá o petróleo não se tornou nosso?! Continua “debaixo da terra”?! Socorro! Alguém informe os fatos a esses pobres bilionários.

Veja só, leitor: com todo esses bilhões de dólares, e após 61 anos de existência da Petrobrás (fundada em outubro de 1963), a família Marinho ainda não descobriu que o Petróleo não apenas não está mais “debaixo da terra”, mas tampouco está “debaixo do mar”, já que, a partir da “década de 50”, a empresa criada por Getúlio Vargas se projetou no mundo como uma das maiores e mais rentáveis, detentora de tecnologias revolucionárias como a extração de petróleo em águas profundas, o que fez a empresa encontrar uma das maiores reservas de petróleo do planeta, senão a maior, nas águas territoriais brasileiras.

“Apenas” isso.

O “editorial” de O Globo insulta intelectuais de projeção mundial ao tratá-los como estafetas “do PT”, apesar de grande parte deles não ter filiação partidária alguma nem obedecer a decisões do partido. Tudo para negar que o objetivo dos ataques à Petrobrás é nada mais, nada menos do que entregar a corporações estrangeiras o produto do esforço brasileiro para detectar essa riqueza imensurável em nossas águas territoriais.

Mas a cantilena desses partidos políticos travestidos de veículos de comunicação contra o sucesso estrondoso da Petrobrás não começou hoje. Lá em 2008/2009, antes de a produção do pré-sal começar a jorrar nas bacias de Campos e de Santos, os estafetas dos barões midiáticos afiançavam que o petróleo que um dia disseram que ficaria “debaixo da terra” continuaria “debaixo do mar” ou brotaria em quantidade irrisória.

pré-sal previsões 

Para governo dos irmãos Marinho, porém, em pouco mais de seis anos (desde 2008) o pré-sal já produz um terço de toda a produção própria diária da Petrobrás, estimada em cerca de 2,3 milhões de barris/dia. E, em dezembro do ano passado, a empresa bateu novo recorde de extração de petróleo de águas profundas, alcançando a marca de nada mais, nada menos do que SETECENTOS MIL BARRIS POR DIA.

O primeiro recorde foi alcançado no dia 30 de junho do ano passado, quando este Blog cobriu, na sede da empresa, no Rio de Janeiro, a cerimônia comemorativa à marca de extração de 500 mil barris dia do pré-sal. Para que se tenha uma ideia do que isso significa, a Petrobrás só conseguiu atingir essa marca pela primeira vez nos anos 1990, trinta anos após a fundação da empresa. Com as tecnologias desenvolvidas, nos campos do pré-sal essa marca foi atingida em cerca de seis anos.
Claro que os irmãos Marinho preferem escrever um “editorial” que confunde problemas de corrupção na Petrobrás – que podem ocorrer em qualquer empresa, inclusive privada – com a empresa em si e seu imenso coletivo de colaboradores honestos que trabalham duro para que o Brasil usufrua da riqueza que descobriu em seu litoral.

O “editorial” em questão repisa pontos de investigações que só estão ocorrendo porque, à diferença do governo do partido político que os irmãos Marinho comandam (o do PSDB, 1995-2002), os governos do PT não colocaram paus-mandados na Procuradoria Geral da República e no comando da Polícia Federal. Até por isso, a Petrobrás cresceu 7 vezes de 2003 para cá.

*
Por conta de abusos como esse “editorial” que propõe a entrega pura e simples das reservas brasileiras de petróleo às corporações estrangeiras em um regime de exploração lesivo ao interesse nacional (o famigerado regime de concessão), nesta terça-feira, 24 de fevereiro, às 18 horas, na sede da Associação Brasileira de Imprensa, no centro do Rio de Janeiro, CUT e FUP realizam ato em defesa da Petrobras que contará com a participação do ex-presidente Lula.

Diante do exposto, o Blog da Cidadania convida seus leitores a assistir nesta página ao ato em defesa da Petrobrás a partir das 18 horas de hoje, no vídeo abaixo, que só funcionará a partir do início da solenidade.




segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Indústria de mentiras antipetistas inventa filme sobre José Dirceu

Eduguimarães
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Estamos vivendo um momento surreal no Brasil. Qualquer boato contra o PT, contra Dilma Rousseff ou Lula, por mais absurdo que seja, vira verdade nas redes sociais e se espalha como fogo. As invencionices ganham as ruas e são comentadas nos mais diversos ambientes sociais.
Durante o Carnaval, meliantes criaram boato sobre confisco de cadernetas de poupança da Caixa EconômicaFederal. A denúncia se espalhou pela rede WhatsApp e, em questão de horas, pelo Brasil todo já se falava do assunto.
Quando o ministério da Fazenda emitiu desmentido (tímido) em nota pouco divulgada justamente nas redes sociais em que a mentira foi espalhada – as pessoas parecem mais propensas a compartilhar mentiras do que verdades –, de norte a sul do país as pessoas entravam em pânico.
Na semana passada, a revista Veja publicou matéria afirmando que o ex-presidente Lula iria dar uma festa de aniversário para um “sobrinho de três anos chamado Thiago” ao custo de 220 mil reais, com o detalhe de que cada convidado ganharia um I-Pad de presente. Claro que nem o ex-presidente tem esse sobrinho nem a festa é verdadeira.
Até o momento, porém, não há notícia de desmentido por parte da revista.
Mas para quem está nas redes sociais, sobretudo no Facebook ou no WhatsApp, esse tipo de farsa não é novidade. Todo dia há mentiras absurdas, algumas com alguma sofisticação, outras grosseiras.
No último dia 19, porém, um perfil no Facebook publicou uma invenção tão inacreditável que chega a surpreender mesmo em um quadro de proliferação de farsas como o que estamos vivendo.
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O perfil em questão está ativo. A farsa contém uma “informação” estarrecedora. Veja o que o autor escreveu:
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que é curioso é que, apesar dos 5.055 compartilhamentos, apenas 15 pessoas curtiram e só dez comentaram. Incluindo o autor da postagem. Mesmo que os compartilhamentos sejam fajutos, aquela farsa continua lá e vai pegando incautos.
Claro que nem houve edição do Diario Oficial da União em 15 de fevereiro último nem o Ministério da Cultura poderia destinar 134 milhões de reais para um filme sobre José Dirceu, mas, como se vê na postagem, ao menos dez pessoas caíram na farsa. Isso se os 5.055 compartilhamentos forem falsos…
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O dono do perfil diz ser ex-membro da Polícia Federal e residente no Rio de Janeiro. O nome que usa, Leonardo de Oliveira Coelho, coincide com o de um diretor do Sindicato dos Servidores do Departamento de Polícia Federal do Rio de Janeiro – SSDPF-RJ, mas nada garante que seja a mesma pessoa.
Esses golpes pululam aos milhares nas redes sociais. Sempre contra o PT, contra Dilma ou Lula. Não há esse tipo de coisa contra o PSDB, por exemplo. Há postagens críticas, mas não se vê essas invenções grosseiras.
Sobre o confisco da poupança, por exemplo, fui procurado por amigos e até por familiares querendo saber se havia alguma verdade na história. Há incontáveis relatos de leitores sobre seus parentes e amigos que acreditaram na farsa e tiraram suas economias da Caixa Econômica Federal.
O fato é que esse tipo de postagem nas redes sociais certamente responde por grande parte da queda de popularidade do governo e do próprio Partido dos Trabalhadores.
Durante a campanha eleitoral do ano passado, o PT, como faz a cada eleição, montou sites e perfis em redes sociais para desmentir essas farsas, mostrando que basta desmentir com eficiência para anular esse tipo de golpe. Porém, terminou a campanha e o PT, ingenuamente, desmontou seu aparato de combate a fraudes envolvendo seu nome e de seus expoentes.
Enquanto escrevo este post, milhares, talvez milhões de pessoas estão ajudando a difundir, muitas vezes de boa-fé, absurdos como confisco da poupança, festa milionária do “sobrinho de Lula”, financiamento milionário do governo Dilma a um filme sobre Dirceu – o que não falta é gente com cabeça fraca, por aí.
E que ninguém espere que órgãos de Estado combatam essas farsas. Como se sabe, há importantes policiais federais participando dessas correntes da mentira na internet. Alguns deles envolvidos em igualmente importantes investigações, como a Operação Lava Jato.
Mas será que um partido do porte do Partido dos Trabalhadores não tem recursos para montar uma equipe para desmentir e denunciar essas farsas e processar autores que as elaboram sabendo exatamente o que estão fazendo?
Se as autoridades quiserem, este Blog dispõe de um imenso arquivo de farsantes que, sob nomes obviamente falsos, passam seus dias na internet espalhando mentiras. Grande parte deles comenta aqui.  Seria um prazer denunciá-los.

Mídia brasileira oculta histórico golpista do prefeito de Caracas

ledezma

Olhando a situação política da Venezuela através dos relatos da parcialíssima grande imprensa brasileira, e sem maiores explicações sobre a história recente do país, as atitudes do governo venezuelano soam esdrúxulas e autoritárias. Porém, o contexto político daquele país justifica medidas que em situação de normalidade democrática seriam realmente inaceitáveis.

Na quinta-feira da semana passada, o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma (59), foi preso pelo serviço de inteligência venezuelano (Sebin – Serviço Bolivariano de Inteligência) sob acusação de estar encabeçando preparativos para um golpe de estado através de um dito “plano Jericó”.

Assista, abaixo, à explicação do governo venezuelano sobre o plano golpista.

Ledezma era alvo de investigação havia mais de um ano sem que essa investigação fosse conhecida, e sua prisão foi levada a efeito sem apresentação de provas de seu envolvimento em um plano para derrubar o governo constitucional de Nicolás Maduro.

Curiosamente, no Brasil está em curso uma operação da Polícia Federal, agora encampada pelo Ministério Público e pela Justiça, que não perde em nada para a operação do serviço de inteligência venezuelano. A Operação Lava Jato encarcerou empresários sem apresentação de prova alguma justamente porque esse tipo de investigação é sempre conduzido em sigilo.

Sucedem-se os relatos sobre condições degradantes de encarceramento dos alvos da Lava Jato e sobre a falta de informações e apresentação de provas, tal qual ocorreu na Venezuela durante a prisão de Ledezma. Isso porque investigações e inquéritos como esse são levados a cabo em sigilo.

Então surgem as perguntas óbvias: como investigar alguém avisando-o de que está sendo investigado e por que a imprensa brasileira cobra apresentação de provas que, no Brasil, ainda são desconhecidas devido ao “segredo de justiça” envolvendo a Lava Jato?

Há duas vertentes na oposição venezuelana. Uma é encabeçada pelo candidato derrotado à Presidência Henrique Capriles Radonski e defende uma saída eleitoral e constitucional para chegar ao poder; outra tem como expoente o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, e prega, abertamente, que o poder seja tomado à força, porque acusa o regime bolivariano de fraudar eleições, comprar votos etc., o que centenas de observadores internacionais negaram tanto sobre a eleição presidencial de 2012, que Hugo Chávez disputou com Capriles antes de morrer, quanto sobre a de 2013, em que Maduro derrotou o mesmo Capriles.

Se a Venezuela vivesse uma situação de normalidade democrática como o Brasil seria defensável cobrar do governo daquele país uma condução mais serena e transparente dos processos contra opositores, já que, em princípio, usar o poder de Estado contra a oposição soa a autoritarismo. Porém, desde 2002 a Venezuela deixou de viver uma situação de normalidade democrática.

A imprensa brasileira apresentou o prefeito recém-encarcerado de Caracas como vítima inocente e indefesa de um regime truculento, mas não é bem assim.

Em fevereiro do ano passado, Ledezma defendeu publicamente a violência nos protestos contra o governo que deixaram 43 mortos e milhares de feridos. Ao longo do ano passado, houve quase uma guerra civil na Venezuela. Ocorreram mortes dos dois lados.

Ao lado do líder partidário Leopoldo Lopez e da ex-deputada Maria Corina Machado, Ledezma defendia abertamente que Maduro deveria deixar a Presidência sem citar processo de impeachment ou referendo revogatório como aquele a que Chávez se submeteu – e venceu –em 2004, dois anos após o golpe de Estado que sequestrou e encarcerou por 48 horas o presidente constitucional do país, até que o povo venezuelano cercasse os golpistas no Palácio Miraflores e exigesse a libertação de seu líder político.

Em janeiro deste ano, Ledezma foi signatário de um manifesto que considerava “inadiável” a deposição de Maduro em 2015. E como o texto não fazia menção a nenhum processo eleitoral para tirar o presidente do poder, contribuiu para a acusação de golpe sob a qual o prefeito de Caracas foi preso.

Contudo, o histórico golpista de Ledezma vem de bem antes.

Em abril de 2002, durante o fracassado golpe que tirou Chávez do poder, o atual prefeito caraquenho e um grupo de sicários sob seu comando invadiram a prefeitura do município de El Libertador – o principal município da Grande Caracas, que inclui o centro histórico da capital venezuelana – para derrubar pela força o prefeito Freddy Bernal, então aliado de Chávez, que estava sequestrado pelos golpistas.

Ledezma foi um dos artífices do golpe fracassado de 2002. Junte-se a isso a reiterada pregação que vem fazendo pela tomada do poder pela força e a atuação concreta para esse fim ao comandar protestos em que seus partidários pegaram em armas contra o governo no ano passado – do que resultaram dezenas de mortes de governistas e oposicionistas –, a forma como o prefeito caraquenho foi preso encontra justificativas.

Após a prisão de Ledezma, Maduro anunciou, publicamente, que, nesta segunda-feira (23), pretende apresentar ao mundo vídeos, áudios e “outras provas” de que Ledezma estava planejando executar plano que já anunciara publicamente de derrubar o regime sem detalhar por que forma isso seria feito.

A situação política sui-generis que vige na Venezuela, o histórico golpista da oposição, a atuação de Ledezma durante os protestos violentos de 2013 e 2014, tudo isso explica o cuidado do governo em prender o opositor para desarticular o que é verossímil que se julgue uma nova ofensiva golpista.

Claro que o governo venezuelano está obrigado a exibir ao mundo as provas que alega ter de que o tal “plano Jericó” não foi uma invenção para justificar atos de arbítrio, mas a história recente da Venezuela justifica medidas de exceção para manter a vontade que o povo daquele país manifestou em 2012 e confirmou em 2013.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Folha confirma Guantanamo da Lava Jato

22 de fevereiro de 2015 | 11:09 Autor: Miguel do Rosário
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O Brasil recebeu hoje a confirmação de uma denúncia já veiculada pelo blog Conversa Afiada.
A jornalista Monica Bergamo, flor rara no pântano da nossa imprensa,revelou a rotina dos executivos mantidos presos por tempo indeterminado pelo juiz Sergio Moro.
Os presos da Lava Jato estão sendo mantidos em condições degradantes nas dependências da Polícia Federal do Paraná.
Permanecem amontoados, aos quatro, em cubículos minúsculos, usando um buraco no chão como latrina.
São obrigados a comer com as mãos.
São humilhados constantemente pelos agentes.
Agora se entende porque Sergio Moro ganhou um prêmio da Globo.
O neoliberalismo é assim. Para banqueiros, a proteção dos deuses. FHC liberou aos bancos, quebrados por incompetência e corrupção, mais de R$ 300 bilhões.
Para executivos de empresas que empregam centenas de milhares de pessoas, e que constituem um nó central da economia brasileira, o inferno dantesco.
Só quem tem vida boa na PF é Alberto Youssef, o único que foi preso e condenado diversas vezes, e que, por ser tucano e ter um advogado tucaníssimo, tem o privilégio até de receber uma bela fisioterapeuta na cadeia.
O objetivo, naturalmente, é torturá-los até que delatem o PT.
Como não aceitaram, então continuam presos, mesmo que ainda não haja nenhuma condenação contra eles.
Tem um lugar que faz igualzinho: Guantanamo, a prisão americana na ilha de Cuba.
Os delatores, como Pedro Barusco, doente terminal, ou Paulo Roberto Costa, cuja família começou a ser integralmente perseguida, optaram pela delação e receberam imediatamente liberdade.
A imprensa e seu público fascistoide aplaudem, naturalmente.
Os pobres não são barbarizados? Então democratizemos a barbárie!
A demagogia fascista encontra em nossa mídia um terreno fértil para florescer.
Afinal, como explicava Joseph Pulitzer, inspirador do principal prêmio de imprensa e literatura nos EUA: “Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma”.
Só nos resta perguntar: o Brasil caminha para uma ditadura midiático-judicial?
Quem virá nos salvar?

Michelle:”Eu sou Petrobras, você é Globo”. Uma gentil bofetada na mentira e na hipocrisia

22 de fevereiro de 2015 | 10:10 Autor: Fernando Brito

michelle
Não precisa de qualquer comentário, exceto o de que há dignidade neste mundo, a carta da petroleira Michele Daher Vieira ao jornal O Globo e à repórter Letícia Vieira, autora do texto Petrobras: a nova rotina do medo e tensão na estatal.
Michele é uma das pessoas que aparecem na foto usada pelo jornal para induzir o leitor a que, de fato, há um clima de terror na empresa, com medo de “de represálias e de investigações”, além de demissões.
A carta de Michelle é um orgulho para os sentimentos de decência humana e uma vergonha para a minha profissão, que deveria ser a de buscadores da verdade e não da construção da mentira.
E a prova de que gente como Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco e outros que engordaram roubando a Petrobras são um grão de areia entre milhares e milhares de homens e mulheres de bem, que trabalham ali não só como profissionais corretos e competentes, mas como brasileiros que amam o seu país.

Carta aberta à Leticia Fernandes e ao jornal O Globo

Antes de tudo, gostaria de deixar bem claro que não estou falando em nome da Petrobras, nem em nome dos organizadores do movimento “Sou Petrobras”, nem em nome de ninguém que aparece nas fotos da matéria. Falo, exclusivamente, em meu nome e escrevo esta carta porque apareço em uma das fotos que ilustram a reportagem publicada no jornal O Globo do dia 15 de fevereiro, intitulada “Nova Rotina de Medo e Tensão”.
Fico imaginando como a dita jornalista sabe tão detalhadamente a respeito do nosso cotidiano de trabalho para escrever com tanta propriedade, como se tudo fosse a mais pura verdade, e afirmar com tamanha certeza de que vivemos uma rotina de medo, assombrados por boatos de demissões, que passamos o dia em silêncio na ponta das cadeiras atualizando os e-mails apreensivos a cada clique, que trabalhamos tensos com medo de receber e-mails com represálias, assim criando uma ideia, para quem lê, a respeito de como é o clima no dia a dia de trabalho dentro da Petrobras como se a mesma o estivesse vivendo.
Acho que tanta criatividade só pode ser baseada na própria realidade de trabalho da Letícia, que em sua rotina passa por todas estas experiências de terror e a utiliza para descrever a nossa como se vivêssemos a mesma experiência. Ameaças de demissão assombram o jornal em que ela trabalha, já tendo vários colegas sendo demitidos[1], a rotina de e-mails com represálias e determinando que tipo de informação deve ser publicada ou escondida devem ser rotina em seu trabalho[2], sempre na intenção de desinformar a população e transmitir só o que interessa, mantendo a população refém de informações mentirosas e distorcidas.
Fico impressionada com o conteúdo da matéria e não posso deixar de pensar como a Letícia não tem vergonha de a ter escrito e assinado. Com tantas coisas sérias acontecendo em nosso país ela está preocupada com o andar onde fica localizada a máquina que faz o café que nós tomamos e com a marca do papel higiênico que usamos. Mas dá para entender o porque disto, fica claro para quem lê o seu texto com um mínimo de senso crítico: o conteúdo é o que menos importa, o negócio do jornal é falar mal, é dar uma conotação negativa, denegrir a empresa na sua jornada diária de linchamento público da Petrobras. Não é de hoje que as Organizações Globo tem objetivo muito bem definido[3] em relação à Petrobras: entregar um patrimônio que pertence à população brasileira à interesses privados internacionais. É a este propósito que a Leticia Fernandes serve quando escreve sua matéria.
Leticia, não te vejo, nem você nem O Globo, se escandalizado com outros casos tão ou mais graves quanto o da Petrobras. O único escândalo que me lembro ter ganho as mesma proporção histérica nas páginas deste jornal foi o da AP 470, por que? Por que não revelam as provas escondidas no Inquérito 2474[4] e não foi falado nisto? Por que não leio nas páginas do jornal, onde você trabalha, sobre o escândalo do HSBC[5]? Quem são os protegidos? Por que o silêncio sobre a dívida da sonegação[6] da Globo que é tanto dinheiro, ou mais, do que os partidos “receberam” da corrupção na Petrobras? Por que não é divulgado que as investigações em torno do helicoca[7] foram paralisadas, abafadas e arquivadas, afinal o transporte de quase 500 quilos de cocaína deveria ser um escândalo, não? E o dinheiro usado para construção de certos aeroportos em fazendas privadas em Minas Gerais [8]? Afinal este dinheiro também veio dos cofres públicos e desviados do povo. Já está tudo esclarecido sobre isto? Por que não se fala mais nada? E o caso Alstom[9], por que as delações não valem? Por que não há um estardalhaço em torno deste assunto uma vez que foi surrupiado dos cofres públicos vultosas quantias em dinheiro? Por que você e seu jornal não se escandalizam com a prescrição e impunidade dos envolvidos no caso do Banestado[10] e a participação do famoso doleiro neste caso? Onde estão as manchetes sobre o desgoverno no Estado do Paraná[11]? Deixo estas perguntas como sugestão e matérias para você escrever já que anda tão sem assunto que precisou dar destaque sobre o cafezinho e o papel higiênico dos funcionários da Petrobras.
A você, Leticia, te escrevo para dizer que tenho muito orgulho de trabalhar na Petrobras, que farei o que estiver ao meu alcance para que uma empresa suja e golpista como a que você trabalha não atinja seu objetivo. Já você não deve ter tanto orgulho de trabalhar onde trabalha, que além de cercear o trabalho de seus jornalistas determinando “as verdades” que devem publicar, apoiou a Ditadura no Brasil[12], cresceu e chegou onde está graças a este apoio. Ao contrário da Petrobras, a empresa que você se esforça para denegrir a imagem, que chegou ao seu gigantismo graças a muito trabalho, pesquisa, desenvolvimento de tecnologia própria e trazendo desenvolvimento para todo o Brasil.
Quanto às demissões que estão ocorrendo, é muito triste que tantas pessoas percam seu trabalho, mas são funcionários de empresas prestadoras de serviço e não da Petrobras. Você não pode culpar a Petrobras por todas as mazelas do país, e nem esperar que ela sustente o Brasil, ou você não sabe que não existe estabilidade no trabalho no mundo dos negócios? Não sabe que todo negócio tem seu risco? Você culpa a Petrobras por tanta gente ter aberto negócios próximos onde haveria empreendimentos da empresa, mas a culpa disto é do mal planejamento de quem investiu. Todo planejamento para se abrir um negócio deveria conter os riscos envolvidos bem detalhados, sendo que o maior deles era não ficar pronta a unidade da Petrobras, que só pode ser culpada de ter planejado mal o seu próprio negócio, não o de terceiros. Imputar à Petrobras o fracasso de terceiros é de uma enorme desonestidade intelectual.
Quando fui posar para a foto, que aparece na reportagem, minha intenção não era apenas defender os empregados da injustiça e hostilidades que vem sofrendo sendo questionados sobre sua honestidade, porque quem faz isto só me dá pena pela demonstração de ignorância. Minha intenção era mostrar que a Petrobras é um patrimônio brasileiro, maior que tudo isto que está acontecendo, que não pode ser destruída por bandidos confessos que posam neste jornal como heróis, por juízes que agem por vaidade e estrelismos apoiados pelo estardalhaço e holofotes que vocês dão a eles, pelo mercado que só quer lucrar com especulação e nunca constrói nada de concreto e por um jornal repulsivo como O Globo que não tem compromisso com a verdade nem com o Brasil.
Por fim, digo que cada vez fica ainda mais evidente a necessidade de uma democratização da mídia, que proporcionará acesso a uma diversidade de informação maior à população que atualmente é refém de uma mídia que não tem respeito com o seu leitor e manipula a notícia em prol de seus interesses, no qual tudo que publica praticamente não é contestado por não haver outros veículos que o possa contradizer devido à concentração que hoje existe. Para não perder um poder deste tamanho vocês urram contra a reforma, que se faz cada vez mais urgente, dizendo ser censura ou contra a liberdade de imprensa, mas não é nada além de aplicar o que já está escrito na Constituição Federal[12], sendo a concentração de poder que algumas famílias, como a Marinho detém, totalmente inconstitucional.
Sendo assim, deixo registrado a minha repugnância em relação à matéria por você escrita, utilizando para ilustrá-la uma foto na qual eu estou presente com uma intenção radicalmente oposta a que ela foi utilizada por você.
[12] CF/88
Diz o artigo 220 da Carta, no inciso II do parágrafo 3°:
II – estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no art. 221, bem como da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente.
Já o parágrafo 5° diz:
Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio.
E o artigo 221. por sua vez, prescreve:
Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:
I – preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;
II – promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação;
III – regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei;
IV – respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.