Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 12 de novembro de 2013

A restauração em marcha

Sinais de esfriamento na demanda por bens de capital consolidam percepção de que o investimento ficará na moita até as eleições de 2014; economia fica na dependência do consumo e do investimento público.

Ciclo Serra/Kassab abrigou um carrossel da corrupção na prefeitura de São Paulo

Sinal amarelo: emprego industrial cai 0,4% em setembro; é o 5º recuo no ano; folha de pagamento ainda cresce (1,6% entre agosto e setembro), mas a anemia do emprego vai ajustar todo o resto e terá impacto na demanda. 


Os 500 maiores fundos globais do planeta recuperaram o volume de recursos anterior à crise de 2008; papéis de grandes corporações dos EUA acumulam um recorde

por: Saul Leblon 

A  restauração em marcha

A coagulação rentista ganha corpo e se expande no caldeirão da inércia econômica pós-2008,  aqui e alhures.

É como a nata que toma conta da superfície líquida, à medida  em que a temperatura sobe na leiteira.

A pregação  sem rodeios do arrocho em defesa dos juros e contra o salário mínimo, ecoada por assessores econômicos de Aécio -- sintomaticamente não autorizada por ele--   é parte da restauração em marcha.

Aqui e alhures estão de volta os que nunca se foram.

 Apenas haviam submergido, parcialmente, quando o auge da ganância rentista desligou a fornalha para mitigar os efeitos da implosão descontrolada da crosta especulativa que inflamou todo o ambiente econômico. 

Os mesmos protagonistas, as mesmas propostas, as mesmas somas desconcertantes de capital fictício avultam outra vez em espirais ascendentes.

O conjunto sugere  coordenação.

Mas a coordenação que existe é a da ação por gravidade de interesses nunca efetivamente afrontados nestes cinco anos que separam a quebra do Lehman Brothers, dos dias que correm.

Os dados internacionais são sugestivos da  espuma ascendente de onde decolam as bolhas.

O comportamento anêmico da inflação nos EUA  atesta a ainda frágil recuperação do emprego e das vendas na maior economia do planeta.

O mundo real se arrasta sem a força e a velocidade regeneradoras  de outras retomadas.

 Mas os  preços das terras agrícolas, o custo do m2 nos centros e comerciais e , especialmente, a cotação das ações avançam com desenvoltura.

Como é possível a  nata se recompor se a temperatura persiste morna  na base?

 Uma parte da explicação remete ao fato de que essa crise preservou, em grande parte, a higidez da riqueza fictícia que a originou.

O leite derramado em jorros de fome, empobrecimento e desemprego  não arrastou o grosso da nata gordurosa para o ralo.

Salvou-a  a ação generosa das injeções fiscais e monetárias disparadas pelas autoridades econômicas e os Bancos Centrais.

E teria sido muito pior se tal não acontecesse.

A restauração em curso  não denigre a ação contracíclica onde quer que tenha sido acionada, antes, atesta o seu acanhamento e  insuficiência.

Desprovida de políticas ativas de natureza regulatória, fiscal e tributária que pudessem restaurar a supremacia do interesse público sobre os apetites unilaterais da bocarra financeira, a ação do Estado ficou travada entre a boa intenção –quando houve--   e a inexistência de um protagonista político capaz de  desdobrá-la em reordenação do desenvolvimento.

O governo Obama é a síntese desse lodaçal onde as boas intenções empoçam sem dispor de uma alavanca política que as faça prosperar além  da correlação de forças prevalecente.

Alguns números ilustram  o tamanho da restauração em marcha.

Os 500 maiores fundos globais do planeta recuperaram o  volume de recursos anterior à crise de 2008: seus gestores dispõem novamente de US$ 68 trilhões para bancar apostas  em um planeta cujo PIB é pouco superior a US$ 70 trilhões.

Há mais.

Informações do Wall Street Journal desta 2ª feira flagram a famosa  ‘exuberância irracional’ exercitando as asas nos mercados acionários.

Uma das características da crise de 2008 foi a inflamável dissociação entre o valor especulativo das ações e os fundamentos aos quais elas deveriam se reportar crivelmente  -- as fatias proporcionais dos lucros das empresas cabíveis aos detentores das carteiras acionárias.

A relação preço/lucro (P/L)  atingiria níveis marcianos nos idos de 2008, requerendo múltiplos decênios de alta rentabilidade para justificá-los.

Quando o cipó de aroeira se abateu sobre os pregões, as bolsas derreteram: as perdas foram da ordem de US$ 11 trilhões,  umas oito vezes o PIB brasileiro.

Vai por aí a coisa novamente?

Há suspeitas borbulhantes no ar.

Na semana passada, a Twiter Inc. fez uma emissão primária de ações e vendeu instantaneamente um volume de papéis no  valor de US$ 2,1 bilhões.

A volúpia reprodutiva do capital fictício  fez os preços das ações saltarem de US$26 no lançamento, para US$ 44,90 no fechamento dos negócios: 43% de alta.

O preço de mercado da Twitter registrou uma sob todos os critérios apreciável  valorização de US$ 10 bilhões.

Na manhã da quinta-feira (07/11) a Twitter Inc valia US$ 15 bi; na tarde do mesmo dia, seu preço havia saltado para US$ 25 bi.

Nem todos serão incinerados exemplarmente como Eike Batista, ex-mago da Veja, Exame, Valor etc.

Mas a mecânica é a mesma. E guarda profunda semelhança com o exuberância anterior a 2008.

Com um agravante: talvez agora os lírios floresçam e feneçam em ciclos explosivamente mais curtos.

A tinta do desastre ainda está fresca na memória dos mercados.

Nada que os faça abdicar voluntariamente de uma natureza intrinsecamente especulativa e irracional.

Mas o torque da sofreguidão ficou mais arisco. Ele acelera o ritmo para dançar o baile e sair antes que a porta se feche.   

É uma corrida entre a esperteza e a gula, não há vaga para a seriedade.

O mesmo insuspeito Wall Street Journal informa que as empresas norte-americanas já captaram US$ 51 bilhões em emissões primárias de ações este ano.

É o maior volume desde os US$ 63 bi de 2000.

Outros papéis de grandes corporações dos EUA acumulam um volume de captação da ordem de US$ 910 bilhões –recorde em 13 anos.

E assim por diante.

A liquidez faminta vive a sua maré de lua cheia e vasculha a terra firme em busca de um porto seguro.

É nessa antessala de uma próxima e quase inevitável vazante que a ortodoxia e o jornalismo conservador multiplicam os decibéis em defesa daquilo que em sua opinião deve suceder ao governo Dilma em 2014.

A saber:

-esvaziar  o grande  trunfo brasileiro para enfrentar a turbulência internacional, qual seja, o mercado interno de massa baseado em níveis elevados de emprego e na preservação do poder de compra popular;

- deflagrar um longo ciclo de altas contínuas dos juros para devolver a inflação ao centro da meta mesmo que a custa de uma recessão;

- desmontar todas as políticas ativas de indução ao desenvolvimento e diminuir o tamanho do BNDES;

- delegar o destino da base industrial brasileira à competição selvagem da manufatura asiática e norte-americana, com um forte tranco de redução abrupta de tarifas;

- deixar o dólar atingir a cotação que os mercados quiserem e quando eles quiserem;

- desfrutar o desemprego e a mudança nos termos das trocas internacionais, decorrente desse conjunto, para baratear selvagemente o custo do trabalhador brasileiro.

Esse é o lacto purga apresentado como farmacêutica moderna pelo insopitável espírito público  de economistas que, no passado, como se sabe, levaram o Brasil ao bom destino.

Eles farejam a restauração  em marcha.

A proposta que preparam para Aécio, em 2014,  é incluir o Brasil nela.

De joelhos.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Dilma: Brasil está 300% preparado para a crise

Vamos resistir à crise criando empregos e investindo em infraestrutura, afirma Dilma


A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (21) que o Brasil resistirá à crise econômica internacional gerando empregos e investindo em infraestrutura. Ao participar da cerimônia de assinatura da ordem de serviço das obras de construção da ponte sobre a Lagoa do Imaruí, na BR-101, em Santa Catarina, Dilma abordou os problemas econômicos enfrentados pela Europa e disse que o Brasil criou um conjunto de armas para enfrentar as crises externas.


“Me perguntaram outro dia se a gente estava preparado para o que puder acontecer na Europa. Eu posso assegurar a vocês, nós estamos 100% preparados, 200% preparados, 300% preparados (…) Nós vamos resistir à crise criando emprego, investindo em infraestrutura”.


Segundo a presidenta, o Brasil tem condições de enfrentar os graves efeitos da crise internacional que atinge os países ricos.


“Nós últimos anos, a partir do governo do presidente Lula, nós tivemos o cuidado de criar um conjunto de armas contra crises externas. Se vocês lembram bem, no passado, o mundo espirrava lá fora e nós pagávamos uma pneumonia. Hoje, nós não pegamos pneumonia”.


A presidenta reiterou o compromisso do seu governo com o crescimento do país e citou o investimento de R$ 500 milhões do governo federal na construção da ponte sobre a Lagoa do Imaruí como forma de melhorar a infraestrutura e gerar emprego e renda. Dilma disse ainda que o governo vai investir, em Santa Catarina, na duplicação das rodovias BR-470 e BR-280 e na construção do túnel do Morro dos Cavalos.



Leia também o que foi publicado na Agência Brasil:

Presidente da Anfavea diz que montadoras repassarão reduções de impostos ao consumidor


Wellton Máximo

Repórter da Agência Brasil


Brasília – As reduções de impostos para a compra de automóveis serão integralmente repassadas aos consumidores, assegurou hoje (21) o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini. Segundo ele, a desoneração de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) mais os descontos sobre os preços de tabela prometidos pelas montadoras permitirão que os carros populares fiquem quase 10% mais baratos.


Para veículos de até 1.000 cilindradas, o IPI será reduzido em 7 pontos percentuais. Somada ao desconto de 2,5% sobre o preço de tabela acertado entre as montadoras e o governo, a redução para o consumidor totalizará 9,5%.


Segundo Belini, a medida representa uma oportunidade para o setor automotivo recuperar as vendas, que estão diminuindo desde o início do ano. “Sem dúvida, [o pacote de estímulos] atende à demanda do setor. A indústria está com estoques altos, e as medidas vão destravar o crédito”, disse o presidente da Anfavea, logo após o anúncio do ministro da Fazenda, Guido Mantega.


(…)



Dilma cumprimenta populares após cerimônia de assinatura da ordem de serviço das obras de construção da ponte sobre a Lagoa do Imaruí, em SC. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR



terça-feira, 26 de outubro de 2010

HORA DO POVO: FHC diz a “investidores” que país não precisa de submarino nuclear e nem de aviões para a FAB



Fernando Henrique Cardoso deixou o Hotel das Cataratas, em Foz do Iguaçu, na manhã da segunda-feira (18) por volta das oito horas da manhã, revelou o jornalista Laerte Braga. Junto com ele viajaram alguns dos 150 negocistas estrangeiros que no fim de semana participaram de uma reunião secreta organizada por Raphael Eck-mann, da Tarpon Investimentos e por um diretor do grupo Globo, onde FHC garantiu aos gringos a venda por Serra de estatais brasileiras (Banco do Brasil, Petrobrás e Itaipu). Os demais participantes, em sua maioria, deixaram o hotel na terça após o café da manhã.
A conversa oficial de FHC com os empresários estrangeiros ocorreu na noite de domingo em um jantar cercado de toda a segurança possível e fechado à imprensa. Apesar dos cuidados tomados pelos assaltantes do patrimônio público, o encontro foi gravado e fotografado com uma câmera de celular. Depois do jantar, FHC, em conversa informal com os especuladores disse, entre outras coisas, que o “Aécio está domado. É só um menino que acha que pode ser presidente por ser neto de Tancredo. É neto, não é Tancredo”.
Para o ex-presidente, a privatização de Itaipu, Banco do Brasil e Petrobrás “deve ser tratada com calma e paciência, vamos ter que contornar algumas dificuldades com militares e é preciso ir amaciando esse pessoal com calma”. Perguntado sobre as reações de sindicatos, centrais sindicais, da população em geral contra a entrega da Petrobrás, FHC afirmou que à época que privatizou a Vale do Rio Doce enfrentou essas resistências “com polícia na rua e pronto”. “O brasileiro é passivo, não vai lutar por muito tempo contra a força do governo”, acrescentou.
FHC procurou afastar os receios dos “investidores” em relação às pesquisas que indicam vitória expressiva de Dilma Roussef no Nordeste. “Com o Aécio neutralizado, o Nordeste não conseguirá derrotar São Paulo e Minas”. E acrescentou: “as coisas no Brasil hoje não se decidem em Brasília, nem no Nordeste, mas em São Paulo. Lá está a locomotiva, o resto da composição vem atrás sem poder contestar”. Para FHC, “quando um brasileiro nasce já começa a sonhar com São Paulo. Não precisam se preocupar com o resto do Brasil, muito menos com Minas Gerais. Foi-se o tempo que os mineiros decidiam alguma coisa na política brasileira. São Paulo hoje é a capital real do Brasil”.
Segundo o ex-presidente, “o Serra vai continuar mantendo essa postura nos debates, ele sabe fazer bem esse jogo, e na última semana a mídia vai aumentar o tom das denúncias contra Dilma. Temos o apoio de alguns bispos e o povo brasileiro é muito influenciável em se tratando de religião. O D. Luís está disposto a tudo, é nosso sem limites, é amigo íntimo do Alckmin. A descoberta da gráfica foi um golpe de sorte do PT, um vacilo da nossa segurança”.
Ainda segundo Laerte Braga, FHC assegurou aos “big shots” norte-americanos que os acordos para compra de submarinos nucleares franceses serão revistos e dificultados. “Não temos necessidade desses submarinos”. Sobre a compra de aviões para a FAB, ele foi sarcástico: “Para que? Meia dúzia de brigadeiros brincarem de guerra aérea?”. E sobre bases militares norte-americanas no Brasil. “É o assunto mais delicado. Um tema explosivo, mas temos alguns apoios nas forças armadas e vamos ter que negociar esse assunto com muito tato”, completou.
____

► A reportagem fala por si. Estes são os "políticos" do PSDB-DEMO. Anti-Brasil, anti-Povo, Exterminadores do presente e do futuro. Não podem vencer...
SERRA e sua turma - na linha de frente o Xuxu-SP, o ex-Gabeira (vergonha alheia), o "Coiso" #SerraRojas, Aócio-MG, Anestesia-MG e Gagá-MG. Eh, MG... tá mals de voto, néam? shite!
* clica na foto para ampliar/SN, dê CTRL+ *

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Confirmado: FHC já está agilizando novas privatizações para Serra!

- por Brizola Neto, deputado federal PDT/RJ em seu blog


Um portal de Foz do Iguaçu, o Clickfoz, confirmou junto ao Hotel das Cataratas que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso esteve presente em um evento fechado ontem à noite no hotel com a presença de vários estrangeiros.

Segundo o jornalista mineiro Laerte Braga, em seu blog, Brasil Mobilizado, o propósito do encontro seria apresentar a investidores estrangeiros oportunidades de negócios no Brasil, com a privatização de estatais brasileiras no caso de vitória de José Serra.

Ainda segundo Braga, FHC estaria assumindo com os empresários o compromisso de venda de empresas como a Petrobras, Banco do Brasil e Itaipu, em nome de José Serra.

“Cada um dos investidores recebeu uma pasta com dados sobre o Brasil, artigos de jornais nacionais e internacionais e descrição detalhada do que José FHC Serra vai vender se for eleito”, escreveu Laerte Braga. “E além disso os investidores estão sendo concitados a contribuir para a campanha de José FHC Serra, além de instados a pressionar seus parceiros brasileiros e a mídia privada a aumentar o tom da campanha contra Dilma Roussef.”

Ainda segundo o blog, FHC teria dito, logo após ser apresentado pelo organizador do evento Raphael Ekmann, que “se deixarmos passar a oportunidade agora jamais conseguiremos vender essas empresas.”

Raphael Ekmann, ex-gerente comercial da Globosat, é responsável por relações com investidores do Grupo de Investimentos Tarpon. Em 2006, este grupo fez uma oferta hostil para tentar comprar a Acesita, e em 2009, vendeu sua participação na siderúrgica para a Arcelor Mittal.

Braga cita a presença de outras pessoas, como Alice Handy, que vem a ser fundadora e presidente de um grupo privado de investimentos em Charlottesville, nos Estados Unidos, e de Anjum Hussain, diretor de gerenciamento de risco de outro fundo de investimentos que administra US$ 1,6 bilhão.

A jornalista Hildegard Angel afirmou em seu blog no R7, que “o fato é realmente grave e pode ser visto como um ato contra a soberania brasileira e seria importante tanto o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso como o candidato José Serra virem a público esclarecer essa denúncia.”

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

FHC negocia em nome de Serra a venda do Brasil


Hotel confirma reunião de FHC com investidores


Um portal de Foz do Iguaçu, o Clickfoz, confirmou junto ao Hotel das Cataratas que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso esteve presente em um evento fechado ontem à noite no hotel com a presença de vários estrangeiros.

Segundo o jornalista mineiro Laerte Braga, em seu blog, Brasil Mobilizado, o propósito do encontro seria apresentar a investidores estrangeiros oportunidades de negócios no Brasil, com a privatização de estatais brasileiras no caso de vitória de José Serra.

Ainda segundo Braga, FHC estaria assumindo com os empresários o compromisso de venda de empresas como a Petrobras, Banco do Brasil e Itaipu, em nome de José Serra.

“Cada um dos investidores recebeu uma pasta com dados sobre o Brasil, artigos de jornais nacionais e internacionais e descrição detalhada do que José FHC Serra vai vender se for eleito”, escreveu Laerte Braga. “E além disso os investidores estão sendo concitados a contribuir para a campanha de José FHC Serra, além de instados a pressionar seus parceiros brasileiros e a mídia privada a aumentar o tom da campanha contra Dilma Roussef.”

Ainda segundo o blog, FHC teria dito, logo após ser apresentado pelo organizador do evento Raphael Ekmann, que “se deixarmos passar a oportunidade agora jamais conseguiremos vender essas empresas.”

Raphael Ekmann, ex-gerente comercial da Globosat, é responsável por relações com investidores do Grupo de Investimentos Tarpon. Em 2006, este grupo fez uma oferta hostil para tentar comprar a Acesita, e em 2009, vendeu sua participação na siderúrgica para a Arcelor Mittal.

Braga cita a presença de outras pessoas, como Alice Handy, que vem a ser fundadora e presidente de um grupo privado de investimentos em Charlottesville, nos Estados Unidos, e de Anjum Hussain, diretor de gerenciamento de risco de outro fundo de investimentos que administra US$ 1,6 bilhão.

A jornalista Hildegard Angel afirmou em seu blog no R7, que “o fato é realmente grave e pode ser visto como um ato contra a soberania brasileira e seria importante tanto o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso como o candidato José Serra virem a público esclarecer essa denúncia.”

Leia mais em: ¹³ O ESQUERDOPATA ¹³ 
Under Creative Commons License: Attribution

Assessoria de FHC confirma encontro com investidores estrangeiros, mas nega denúncia de jornalista

Título original deste post: Hotel das Cataratas confirma grupo de investidores estrangeiros, mas diz que lista é confidencial
por Luiz Carlos Azenha
Confirmei há pouco com o Hotel das Cataratas, de Foz da Iguaçu: um grupo de investidores estrangeiros esteve mesmo hospedado lá, para participar de um evento. Uma funcionária do setor de reservas disse que as informações relativas ao grupo são confidenciais, ou seja, que não pode revelar quem esteve presente, nem quem ficou hospedado.
A funcionária sugeriu que uma consulta fosse feita à assessoria do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. É o que Conceição Lemes está fazendo neste momento.
Estes esclarecimentos se fazem necessários diante de um post do blog Tijolaço, do deputado Brizola Neto, para o qual buscamos confirmação independente.
ASSESSORIA DE IMPRENSA DE FHC ESCLARECE

Sobre a Tarpon Investimentos, com a qual fizemos contato (ainda sem resposta), a revista Exame publicou:
Chega ao Brasil uma nova geração de fundos private equity. E ela traz consigo 2 bilhões de dólares para investir
Por Denise Carvalho  | 25.08.2006
Depois de uma entressafra de investimentos que durou pelo menos três anos, uma nova injeção de capital de risco está chegando ao país. Existem pelo menos dez novos gestores de fundos de private equity já investindo ou em fase de levantamento de capital — bilhões de dólares que serão injetados em empresas brasileiras.
Esse grupo de estreantes, formado por nomes ainda pouco conhecidos, como Tarpon, AG Angra e Governança & Gestão (G&G), vem captando dinheiro a taxas asiáticas. Nos últimos 12 meses, seis desses fundos captaram 815 milhões de dólares e até o fim do ano os recursos reunidos por esse novo time devem alcançar 2 bilhões de dólares.
É uma soma considerável, sobretudo levando-se em conta o retrospecto dessa atividade no país — a quantia levantada pelos novos fundos será equivalente a quase 30% do que todo o setor de private equity movimenta hoje no Brasil. Para as empresas brasileiras, ainda carentes de fontes de financiamento, a chegada dessa leva de investidores é uma ótima notícia.
“A entrada de novos recursos sempre torna o crédito para os negócios mais barato”, afirma Marcus Regueira, presidente da Associação Brasileira de Gestores de Fundos de Private Equity e Capital de Risco (ABVCAP).
O maior motor dessa euforia é o crescimento do mercado de capitais brasileiro. Em geral, os fundos de private equity compram participações em empresas para tentar valorizá-las e vendê-las no futuro. Com o fortalecimento da bolsa, esse movimento de saída ficou mais fácil, mais lucrativo e, por essa razão, mais atrativo.
Das últimas 20 ofertas públicas de ações feitas na Bovespa, 13 foram de empresas que tinham fundos de private equity entre seus acionistas. Juntas, essas companhias levantaram mais de 4 bilhões de dólares em suas emissões de ações.
“Não há dúvida de que a chegada desses novatos ocorre graças às melhores oportunidades de negócio no país, à liquidez do mercado e ao desenvolvimento da bolsa de valores, que propicia a saída dos investidores dos fundos”, afirma o professor Cláudio Vilar Furtado, coordenador do Centro de Estudos de Private Equity e Venture Capital da Fundação Getulio Vargas.
Outro fator também tem estimulado a entrada de novos gestores. Em 2003, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) criou uma legislação que torna mais transparente a administração das empresas que recebem esse tipo de investimento — normalmente companhias de capital fechado, pouco acostumadas a prestar contas.
Com isso, elas agora são obrigadas a apresentar ao fundo a demonstração de seus resultados, a relatar os contratos que têm com companhias co ligadas e a eleger um conselho de administração. A transparência, claro, diminui os riscos inerentes ao negócio. Menos risco normalmente significa mais investimento.
No radar desses novos fundos, os setores que oferecem melhores oportunidades atualmente são os de infra-estrutura, agronegócio, energia, varejo e imobiliário. É nessas áreas que os gestores começam a concentrar seu dinheiro.
Veja o caso da Tarpon, administradora de recursos que tem em carteira aproximadamente 580 milhões de reais num fundo de private equity. Fundada em 2002, a Tarpon tem entre os sócios o administrador paulista José Carlos Reis de Magalhães, conhecido como Zeca e tido no mercado como uma espécie de gênio precoce das finanças. Com apenas 28 anos, Zeca tem passagens por empresas como GP, Semco e pelos bancos JP Morgan e Patrimônio.
Neste ano, comandou a primeira tacada da Tarpon na área de private equity ao associar-se a um grupo de investidores, entre os quais o empresário Elie Horn, dono da construtora Cyrela. Juntos, eles criaram a BrasilAgro.
Seu objetivo é comprar e arrendar propriedades rurais onde serão desenvolvidas atividades como o plantio de cana-de-açúcar, grãos e outras culturas. Os executivos da empresa, que fez sua estréia na bolsa em maio, anunciaram há alguns dias que estão prestes a fechar a compra de seus três primeiros terrenos.
Alguns dos gestores dessa nova safra já são há algum tempo celebridades do mundo das finanças. É o caso do hoje recluso Armínio Fraga, sócio da Gávea Investimentos e ex-presidente do Banco Central, considerado um dos notáveis da gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e que trabalhou durante seis anos com o especulador húngaro George Soros.
Há cerca de um ano, a Gávea passou a captar recursos para um fundo de private equity gerido por Luiz Fraga, primo e sócio de Armínio. Hoje, esse fundo soma quase 220 milhões de dólares. Entre seus recentes investimentos estão a aquisição da Fazenda Ipanema, antiga propriedade do banqueiro Júlio Bozano, localizada em Alfenas, no sul de Minas Gerais, e a compra de um andar de um edi fício comercial anexo ao Shopping Leblon, no Rio de Janeiro, que será inaugurado nos próximos meses.
“O fato de ter atuado na carreira pública facilita o contato com donos de empresas e projetos”, diz Antonio Kandir, outro estreante no mercado de private equity que freqüentou os bastidores da política. Ex-ministro do Planejamento, Kandir é sócio da Governança & Gestão Investimentos, que já captou 300 milhões de reais.
Seu primeiro grande negócio foi a compra do controle acionário da rede de supermercados Gimenes, em abril. Com sede em Sertãozinho, no interior paulista, a cadeia tem 27 lojas na região de Ribeirão Preto.