Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista
Mostrando postagens com marcador estado de minas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador estado de minas. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Já imaginaram se Lula decidisse processar seus difamadores?



Vale refletir sobre as únicas notícias que a mídia deu sobre o livro-bomba da política, ou seja, as versões e as ameaças de tucanos contra a obra e seu autor. Foi assim com matéria do UOL veiculada ontem que finalmente se rendeu ao fato de Privataria ter se tornado o maior Best-seller político do século, no Brasil. Notícia, aliás, que não foi para a edição impressa da Folha.
Um brincadeira surgiu no Twitter: Globo, Folha, Estadão e Veja vêm inovando no “jornalismo” ao darem o outro lado antes de darem o lado. Será estudado por gerações de historiadores, assim, o que fazia a imprensa jogar fora todos os seus manuais e a própria credibilidade em favor de um político medíocre, de vida obscura como José Serra.
Mas o fato é que o noticiário sobre Privataria que andou pipocando até no Globo se deveu à nota de “esclarecimento” de Verônica Serra, divulgada anteontem pelo site do ex-secretário-geral da Presidência do governo Fernando Henrique Cardoso, Eduardo Graeff. Nela, a moça diz que o jornalista Amaury Ribeiro Jr., autor do livro, será processado pelas acusações que lhe fez.
Essa foi uma das meias-verdades e mentiras inteiras que a filha de Serra contou na nota. Esqueceu de dizer que ela mesma ou o pai não estão processando Amaury, que quem irá processar será o PSDB.
Apesar de parecer ocioso explicar por que os alvos diretos do livro não processarão seu autor, empurrando o pepino para o partido que integram, sempre há quem não esteja bem informado. Então, vamos lá: se Verônica ou Serra processassem Amaury, iriam se expor à figura jurídica da Exceção da Verdade mais facilmente.
Explicando: o réu da ação poderia dizer no processo que como as suas acusações são verdadeiras, não difamou ou caluniou Serra e que poderia provar isso se o autor da ação fosse investigado pelas acusações de que reclama através de quebra de seus sigilos bancário, fiscal, telefônico etc.
Apesar de ser mais fácil conseguir essa chance de acesso aos sigilos do tucano acusado de corrupção se fosse ele a processar o Amaury, o autor de Privataria poderá, sim, pedir a chance de provar que não mentiu ao acusar Serra mesmo sendo processado pelo partido dele e não por ele mesmo. Só não será tão fácil.
Os tucanos deveriam refletir, ao ameaçarem todo mundo de processo, que reclamam do mesmo que fazem o tempo todo. Imaginem se o Lula processasse o jornalista que escreveu um livro chamando-o de “anta” ou aquele que o acusou de ser O Chefe do “mensalão” ou se o PT processasse o autor do livro que chama membros do partido de “petralhas”.
Aliás, se for para processar blogueiros, PT ou Lula fariam a festa processando os lacaios da grande mídia que mantêm blogs e fazem acusações formais até à presidente Dilma. Os blogueiros da Veja, por exemplo, são taxativos ao acusarem Lula e o PT de corrupção. E o que é pior: sem terem provas como o Amaury.
E não me venham dizer que Lula ou seu partido não processam porque têm medo de processar e o processado provar que são realmente corruptos. Haveria coisa mais fácil do que processar e vencer o processo contra alguém que o chamou de “anta” na capa de um livro amplamente divulgado pela mídia?
Se Lula ou o PT fossem tão fascistas quanto Serra e seu partido, faltariam advogados e tribunais para acolher tantos processos que poderiam mover e ganhar com um pé nas costas.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Agnelli dá adeus com outro buraco no Brasil


Ontem foi o último ato público de Roger Agnelli como presidente da Vale. E, para fazer justiça à sua trajetória, o adeus foi a inauguração de outra megamina para exportar as riquezas estratégicas do Brasil. A mina de Onça Puma, em OuriLãndia do Norte, sudeste do Pará, vai exportar “apenas” 95% de sua produção do valiosíssimo ferro-níquel – usado na fabricação de aços inoxidáveis – visa, segundo o próprio Agnell, “atender a países como China, Japão, Alemanha, Finlândia, Itália e Estados Unidos”.
Em plena operação, a mina vai produzir 22o mil toneladas de ferro-níquel, com 53 mil toneladas de níquel contido.  Isso representa, simplesmente, 70% de toda a produção nacional até agora, que é de 74 mil toneladas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Mineração.  Com 95% deste volume exportado, a Vale vai mandar para fora, via Onça Puma, uma vez e meia todo oníquel que hoje o Brasil já exporta, pouco mais de 35 mil toneladas.
O minério vai em bruto, porque a Vale só tem refinarias – que separam o ferro do níquel e o deixam pronto para o uso na produção de aço -  no Reino Unido, Japão, Taiwan e China e uma recém construída na Nova Caledônia, gigantesca, adaaptada para  trabalhar com níquel laterítico limonítico, justamente o tipo que sai de Onça Puma.
Tecnologia para fazer, há, pois a Votorantim inaugurou uma refinaria em Goiás, com tecnologia brasileira, há pouco mais de um ano.
E demanda, haverá, senão para tudo, para parte significativa deste minério. O próprio Roger Agnelli admitiu ao Diário do Pará, que  tendência é de crescimento do consumo nos próximo anos, em função da montagem das estruturas de produção de petróleo do pré-sal e também dos investimentos previstos na indústria naval brasileira.
Enfim, o adeus de Agnelli, com os meganavios coreanos e chineses e esse superralo de escoamento de nosso valioso níquel se dá no seu grande estilo de pensar o Brasil como um buraco a ser cavado.

domingo, 24 de outubro de 2010

Jornal Estado de Minas pagou passagens do jornalista do dossiê


O Jornal Estado de Minas pagou as passagens aéreas do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que encomendou a violação dos sigilos fiscais dos tucanos. Em depoimento à Polícia Federal, Amaury afirmou que deixou oficialmente o jornal em 16 de outubro, tendo gozado férias de 30 dias antes disso. A quebra dos sigilos fiscais dos tucanos ocorreu entre 29 de setembro e 8 de outubro. As passagens foram faturadas pela agência de viagens Primus, que presta serviços ao jornal.

De acordo com o inquérito da Polícia Federal, uma declaração da agência de turismo confirma que o Estado de Minas só pagou, em nome da empresa, viagens para Amaury até julho do ano passado. A partir de setembro, os bilhetes, inclusive os adquiridos no período da quebra do sigilo fiscal, foram faturados em nome de Marcelo Augusto de Oliveira, funcionário do jornal até hoje. Dezoito passagens emitidas em favor de Amaury, a última delas datada de 22 de dezembro de 2009, foram pagas em dinheiro ou faturada em nome do funcionário.

A direção do jornal negou, em nota divulgada nesta quinta-feira (21), que tenha pago viagens de Amaury durante as férias. “Amaury Ribeiro Júnior trabalhou como repórter do Estado de Minas de 25 de setembro de 2006 a 15 de outubro de 2009. No dia 25 de setembro de 2009, o jornalista entrou em férias e as gozou até o dia 14 de outubro do mesmo ano. No dia 15 de outubro, o repórter pediu demissão. Nenhuma viagem do jornalista no período em questão foi custeada pelo jornal”, diz a nota.

Em depoimento à PF, o despachante paulista Dirceu Garcia admitiu que recebeu R$ 12 mil em dinheiro de Amaury para comprar as declarações de renda das pessoas próximas a Serra. Por sua vez, o jornalista confirmou que conhecia o despachante e que encomendou buscas em juntas comerciais, mas negou a compra de documentos sigilosos e desconversou sobre a forma de pagamento. Ele afirmou que levantou informações do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, e de outros tucanos e familiares de Serra, entre eles a filha Verônica, como parte de uma investigação de “mais de dez anos”, que foi concluída antes de ele pedir demissão do jornal “Estado de Minas”, em 15 de outubro de 2009.

A PF informou que Amaury Ribeiro Jr. disse que estava levantando as informações contra José Serra porque havia indícios de que um grupo de arapongagem ligado ao ex-governador de São Paulo estaria investigando Aécio Neves, à época cotado para ser o candidato tucano à Presidência. No entanto, no depoimento prestado à PF em 15 de outubro, Amaury diz que existe um grupo de inteligência tucano, comandado pelo deputado federal Marcelo Itagiba (PSDB-SP), mas não cita o nome nem faz menção ao ex-governador de Minas Gerais. Afirma que ouviu relatos de que o grupo tucano “estaria adiantado” em relação aos petistas e que, por isso, seria importante que a campanha de Dilma também tivesse seu próprio núcleo de inteligência.

Fonte: Carta Capital. Matéria publicada originalmente no jornal Hoje em Dia

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Serra culpa sotaque e foge de perguntas

Veja aqui o esforço do Serra para entender, e acompanhar, o sotaque de Dominguinhos:



Extraído do Estado de Minas:

Nas últimas semanas, em campanha em Minas, Goiás e Pernambuco, o tucano José Serra deixou de responder a perguntas alegando que não entende o jeito de falar local

Juliana Cipriani – Estado de Minas

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, parece ter dificuldade em entender o que dizem os brasileiros ou inventou uma nova estratégia para evitar responder perguntas que não o agradam. Em suas viagens pelo Brasil, em busca dos votos dos 135.804.433 de eleitores do país, o tucano não tem conseguido ouvir ou compreender o que dizem os jornalistas da imprensa local. A alegação? Segundo ele, o problema está no sotaque.

Até agora, Serra teve problemas em Minas Gerais, Goiás e Pernambuco. Em meados de julho, quando fez campanha em Goiânia, o candidato tucano se negou a responder uma repórter local que o questionava sobre suas propostas para o estado. Na ocasião, ele disse não compreender a fala da jornalista. “Temos três problemas: estou longe (da imprensa), não estou te ouvindo direito e não estou entendendo o seu sotaque.”

Antes, em Pernambuco, Serra também já havia tido dificuldades com o sotaque nordestino. Ao ser questionado pelo editor de um jornal regional se o trem-bala, que fará a ligação entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, “na verdade foi um tiro de festim”, o tucano respondeu. “Dá para repetir? Não entendi, foi muito sotaque daqui”. Serra é crítico do projeto de trem de alta velocidade, que virou bandeira do governo federal neste fim de mandato.

Até mesmo em sua região, o Sudeste, Serra usou do argumento para deixar de responder uma pergunta. Em viagem a Belo Horizonte, capital do segundo maior colégio eleitoral do Brasil com 14,5 milhões de votos potenciais, Serra soltou: “Essa fala mineira de vocês, eu não entendo. Eu tenho que prestar atenção”.