Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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domingo, 2 de agosto de 2015

Pedro Celestino: A serviço das petrolíferas estrangeiras, Serra manipula dados para entregar o pré-sal

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Serra e a entrega do pré-sal, por Pedro Celestino
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Pedro Celestino, candidato de consenso à Presidência do Clube de Engenharia, sintetiza, com clareza e didatismo, as contradições e erros do projeto do Senador José Serra que retira da Petrobras a condição de operadora única e a propriedade de, no mínimo, 30% das jazidas  de petróleo do pré-sal:
“Cabe registrar a disposição do nobre senador José Serra de, finalmente, oferecer à opinião pública as razões que o fizeram apresentar o PL 131, que retira a obrigatoriedade de a Petrobras ser a operadora única dos campos do pré-sal.
O debate de idéias em termos elevados é intrínseco à democracia. É pena, entretanto, que tal disposição só tenha se manifestado após 46 senadores terem rejeitado o pedido de urgência para a tramitação do seu projeto; caso o houvessem aprovado, a deliberação sobre assunto de vital interesse para o país seria tomada sem discussão. É que o senador considera o petróleo uma “commodity”, e não um insumo estratégico para o Brasil. Não vê, ou não quer ver, que o controle do petróleo é, e continuará a ser nas próximas décadas, o pano de fundo dos principais conflitos geopolíticos mundiais.
Considere-se, por exemplo, o cenário antevisto pela AIE – Agência Internacional de Energia, que prevê que:
  1. a) a produção mundial de petróleo continuará a crescer, passando dos atuais 85 milhões de barris/dia para quase 100 milhões de barris/dia em 2035;
  2. b) os campos produtores atuais atingiram seu pico de produção (65 milhões de barris/dia) em 2007/2008, entrando em declínio desde a partir daí;
  3. c) em 2035 cerca de 38 milhões de barris/dia serão produzidos por campos já descobertos, (mas não em produção) por campos novos a serem descobertos.
Resultado deste cenário: a ampliação do estoque de reservas para futura produção de petróleo continuará a ser o principal objetivo das petrolíferas privadas mundiais (Shell, Exxon, Chevron, BP e Total). E quando se fala de petróleo, área em que os projetos são de longa maturação, pois envolvem largo espectro de riscos e incertezas, assenhorear-se de áreas já descobertas, em que tais imprevisibilidades sejam minimizadas, torna-se objetivo prioritário dessas empresas. Não foi outro o motivo que levou recentemente a Shell a comprar a BG. Segundo o seu presidente, a Shell, ao adquirir a BG, aumentará nos próximos 5 anos a produção de petróleo no Brasil, dos atuais 100 mil barris/dia para 500 mil barris/dia. Com isso, 20% da sua produção mundial sairá do Brasil.
No planeta, nos últimos 30 anos, a maior descoberta de petróleo foi a do pré-sal brasileiro, com reservatórios a exibir níveis de produtividade incomuns (poços que produzem mais de 20 mil barris/dia), com baixo custo de extração (US$ 9,00/barril, segundo a Petrobrás). Esta é a razão do desesperado interesse das petrolíferas privadas mundiais no nosso pré-sal.
Qualquer empresa petrolífera preocupa-se simultaneamente com o aumento da produção e o aumento das reservas. Se é a produção que sustenta financeiramente a empresa, são as reservas que propiciam o lastro econômico que, por sua vez, promove a sustentabilidade do seu futuro. A produção dos campos produtores decai em média 10% ao ano e as reservas se esgotam rapidamente, por isso a atividade de exploração e produção (E&P) é tão frenética na busca de novas reservas.
No Brasil, após a quebra do monopólio estatal do petróleo em 1997, a estratégia das petrolíferas privadas mundiais foi a de aguardar os resultados dos esforços exploratórios – como se sabe, carregados de riscos e incertezas – da Petrobrás, para aí sim, sem risco exploratório algum, adquirir as áreas promissoras, em leilões promovidos pela ANP, agência cada vez mais capturada por interesses privados. Basta dizer que sua diretora-geral defende a revisão da Lei da Partilha. Não por acaso, a ANP é tão cara ao senador Serra, desde o tempo de David Zylberstajn, o competente genro de FHC.
O modelo de partilha foi adotado para assegurar ao país ganhos maiores, em áreas de risco exploratório muito baixo, como é o caso do pré-sal. Ao propor que a Petrobrás deixe de ser a operadora única do pré-sal, o senador Serra presta um serviço às petrolíferas privadas mundiais. É da entrega do nosso petróleo, é disto que se trata, o que não é novidade.
Basta recordar o que ocorreu após a quebra do monopólio da Petrobrás. Para atrair as empresas estrangeiras, determinou-se irresponsavelmente à Petrobrás reduzir a aquisição de blocos para explorar, descobrir e produzir petróleo nas rodadas I, II, III e IV (esta em 2002). Se essa diretriz não fosse revertida a partir de 2003 com a retomada da aquisição de blocos nas rodadas seguintes, a partir de 2008 a Petrobrás não teria mais onde explorar em território brasileiro, comprometendo o seu futuro como empresa petrolífera.
O aumento constante das reservas e da produção a partir de 2003 decorreu da forte retomada dos investimentos em E&P e da decisão de abandonar a política de concentração dos investimentos na Bacia de Campos, com grande produção, mas com declínio de produção já à vista (sucediam-se os poços exploratórios secos perfurados). Essa inflexão permitiu que as sondas fossem espalhadas pelas bacias do Espírito Santo, Santos e Sergipe, que propiciaram, a partir de 2003, as grandes descobertas e o crescimento efetivo das reservas e da produção, processo que culminou com a descoberta do pré-sal em 2006. É bom lembrar que essas bacias tinham sido praticamente abandonadas nos anos anteriores, para permitir a entrada das empresas estrangeiras. Se a Petrobrás continuasse concentrada na Bacia de Campos – a empresa abandonara investimentos em áreas novas – aí sim, teria sido transformada em uma empresa petrolífera sem qualquer sustentabilidade financeira, a curto prazo, e econômica, a longo prazo.
O aumento da produção foi extraordinário a partir de 2003. Extraordinária também foi a elevação das reservas. Apesar dos desmandos, a Petrobras passou a ser a melhor, a mais eficaz e, economicamente, a mais sustentável a longo prazo das grandes empresas petrolíferas mundiais. Definitivamente não está, como diz o senador Serra, “quase arruinada”.
O senador Serra critica o endividamento da Petrobrás, segundo ele quase 6 vezes maior que o endividamento médio das petrolíferas. Para não questionar números, pois caberia arguir a que universo de empresas corresponderia a média por ele citada, basta dizer que há petrolíferas de inúmeros tipos, tamanhos/dimensões e missões/objetivos empresariais.
As estatais do Oriente Médio, por exemplo, têm endividamento baixíssimo, pois produzem em campos terrestres, de geologia bem conhecida; já as petrolíferas privadas mundiais têm reservas e produção cadentes há anos, o que em contrapartida lhes permitiu acumular recursos financeiros para adquirir reservas mundo a fora, o que lhes seria permitido aqui, caso o projeto do senador Serra fosse aprovado.
Nenhuma delas é como a Petrobrás, detentora de reservas totais de petróleo crescentes, que beiram os 30 bilhões de barris, que conta com um corpo técnico reconhecido como entre os melhores e mais bem capacitados – senão o melhor – dentre todas as petrolíferas, que detém tecnologia integral para não só produzir suas reservas de petróleo, como para avançar continuamente no domínio tecnológico, e que apresenta a mais segura e eficaz competência operacional do mundo para produzir em águas ultra profundas, como as do pré-sal, com total segurança paras as pessoas e para o meio ambiente. O mau uso da estatística pelo senador Serra traz à lembrança o falecido Roberto Campos, que acertadamente dizia que a estatística mostra o supérfluo e esconde o essencial.
O senador Serra, para justificar a entrega do petróleo do pré-sal às petrolíferas privadas mundiais, alega que, entre a quebra do monopólio estatal em 1997 e 2010, sob o regime de concessão, a produção de petróleo da Petrobrás passou de 800 mil barris/dia para 2 milhões de barris/dia, enquanto que, sob o regime de partilha, teve um “aumento pífio de 18%”.
Aqui está a justificativa, ainda velada, para o abandono do regime de partilha, iniciado pelo seu projeto. O argumento do senador não se sustenta: o aumento da produção de petróleo da Petrobras até 2010 decorreu, essencialmente, da produção de descobertas anteriores à quebra do monopólio, pois a produção das descobertas posteriores só começou a se fazer sentir a partir de 2005-2006; nada, porém, se compara à extraordinária curva de crescimento da produção de petróleo no pré-sal, que aumenta mês a mês desde 2013, quando lá se iniciou a produção, à taxa de 5% a.m., chegando hoje à casa dos 800 mil barris/dia. Esta é a razão da tentativa, patrocinada pelo senador Serra, de entregar o nosso petróleo às petrolíferas privadas mundiais.
O senador Serra critica a Petrobrás pelo “controle oportunista de preços” e pelos “projetos aloprados de refinarias”, que teriam quase arruinado a empresa.
Quanto ao “controle oportunista de preços”, labora em erro o senador Serra. Administrar o preço na porta da refinaria é do interesse do cidadão brasileiro – em última análise, o acionista controlador da Petrobrás – e cumpre função social de extrema importância, a do controle do custo de vida. Os acionistas estrangeiros, introduzidos na Petrobrás após a quebra do monopólio, é que não concordam com isso, exigem o alinhamento dos preços dos produtos da Petrobrás aos preços internacionais.
A quem serve o senador Serra ao defender essa opinião? Certamente, não aos interesses nacionais. Quanto aos “projetos aloprados de refinarias”, tanto o COMPERJ no Rio de Janeiro, como a RENEST em Pernambuco são tecnicamente justificados, pois agregam valor ao petróleo aqui produzido, e tornam o país auto-suficiente neste insumo.
Na verdade, a posição do senador é coerente com a do governo FHC, do qual foi uma das principais lideranças: buscou-se, então, desinvestir em refino (alienou-se ⅓ da REFAP à YPF e preparou-se a venda da REDUC, suspensa em 2003), para tornar o país dependente da importação de derivados. As beneficiárias da canibalização da Petrobrás seriam, é claro, as petrolíferas privadas mundiais.
Finalmente, o senador Serra comenta algumas decisões da atual diretoria da Petrobrás, em princípio alinhadas às suas ideias. Propõe-se a venda de ativos de produção, solução simplista que suprimirá da Petrobrás justamente a origem dos recursos que, no futuro, garantirão o rolamento das suas dívidas e a sustentabilidade a longo prazo da saúde financeira da empresa. As medidas anunciadas são, na verdade, uma solução obtusa, que beira o suicídio empresarial, em favor de interesses das petrolíferas privadas mundiais, tão caras ao senador Serra.”
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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Merval derruba Graça Foster e O Globo assume que pretende enfraquecer Petrobras no pré-sal

Merval derruba Graça Foster e O Globo assume que pretende enfraquecer Petrobras no pré-sal


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Da Redação

Merval Pereira derrubou, hoje, a presidente da Petrobrás, Graça Foster. Ela “perdeu as condições políticas” para continuar, seja lá o que isso signifique. Graça tem ligações estreitas com a presidente Dilma Rousseff.
O “impeachment” de Graça, patrocinado por Merval — aliás, é incrível como a presidente da Petrobras foi derrubada em uníssono pelos jornalões de hoje — equivale a meio impeachment de Dilma.

Afinal, a Petrobras é a maior empresa brasileira. É a maior ferramenta à disposição do projeto desenvolvimentista que venceu as eleições de 2014.

Se O Globo quer derrubar Graça, é porque pretende interferir na política do pré-sal.
Quer, obviamente, alguém “do mercado”, como o “consultor” Adriano Pires, na direção da estatal.
Alguém que ceda o pré-sal às grandes petrolíferas internacionais.
Como?

Abrindo mão da partilha e voltando ao modelo das concessões, aquele em que a União embolsa um fixo e o petróleo extraído fica limpinho nas mãos da concessionária.

Tirando da Petrobras o papel de operadora única dos futuros blocos do pré-sal, com participação obrigatória mínima de 30% nos consórcios.

A vantagem é que O Globo, que publicou hoje seu terceiro editorial recente defendendo a Petrobrax, pelo menos deixa explícito qual é o jogo — Folha e Estadão não ousam abraçar o entreguismo de forma tão desavergonhada.

O Globo quer fortalecer a Petrobras reduzindo o papel da Petrobras no pré-sal e abrindo caminho para a ExxonMobil, Chevron, Shell e BP!

Quer mais dinheiro para o “mercado” e menos para o leite das crianças.

Protejam-se, que o “nacionalismo” dos irmãos Marinho está em ação.

Captura de Tela 2014-12-16 às 16.35.26

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Rubem Gonzalez: Governo deveria reagir aos privatistas comprando de volta ações da Petrobras

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Soros: sombra malígna na eleição brasileira





O GRANDE ESPECULADOR ABUTRE INTERNACIONAL ARTICULA-SE PARA INFLUENCIAR OS RUMOS DA ELEIÇÃO PRESIDENCIAL BRASILEIRA EM FAVOR, CLARO, DOS SEUS INTERESSES ESPECULATIVOS, NEOLIBERAIS, ANTI-NACIONALISTAS, CONSERVADORES. Achar que os grandes financistas e especuladores internacionais, como George Soros, estejam distantes, desinteressados e alienados em relação à sucessão presidencial no Brasil é uma ingenuidade total. O Brasil é poderosíssimo, riquíssimo, desperta interesses descomunais no grande capital internacional e tem se transformado em alvo de espionagem por parte dos países ricos, especialmente, dos Estados Unidos. Soros é um dos ponta de lança desse grande interesse global, sempre de olho no Brasil, na Argentina, na Bolívia, onde seus negócios evoluem, fortemente. Também, suas ligações com personagens decisivos, na cena política e econômica brasileira, são bastante conhecidas. Marina Silva, candidata do PSB-Rede, participa de movimentações nas quais as ações de organizações comandadas por Soros são decisivas, como a “Open society”. Soros, como se sabe, cuida, além de sempre estar envolvido em desestabilização de moedas nacionais em escala mundial, de articular a chamada “sociedade civil” em todos os países onde seus interesses se espraiam para montar “oposição controlada”, a fim de combater ondas nacionalistas-desenvolvimentistas, de modo a dar novo rumo ao desenvolvimento econômico de caráter neoliberal. Igualmente, são conhecidas as relações de Soros com Armínio Fraga, o homem forte de Aécio Neves, do PSDB. Como fundador do fundo de investimento global “Quantum”, Soros teve Armínio ao seu lado, como fiel escudeiro, no processo de desestabilização de moedas nos países asiáticos e até na derrocada da libra inglesa, que jogou o Banco da Inglaterra no chão. Armínio deixou Soros para trabalhar como diretor do Banco Central, no Governo Collor. Aí preparou todas as providências para eliminar controles internos de capital, de modo a deixar livre a passagem aos especuladores, que invadiriam o Brasil nos anos de 1990, com seus capitais de motel. No Governo FHC, o que entregou a rapadura aos comandantes do Consenso de Washington, Armínio chegou ao Banco Central, para operar a ordem dos banqueiros internacionais: fixar o tripé econômico baseado em câmbio flutuante, metas inflacionárias e superavit primário elevado. Ou seja, Armínio-Soros articulam, agora, por trás de Aécio Neves, o mesmo jogo de antes, destruir as bases nacionalistas da economia montadas por Lula e Dilma, a fim de terem acesso mais rápido às riquezas nacionais, especulando adoidado. Num país sério, Armínio estaria nas barras dos tribunais, em vez de estar, novamente, com Soros, articulando novo assalto às riquezas do povo brasileiro. A chegada de Marina ao topo da disputa presidencial e a subserviência de Aécio a um megaespeculador colocam George Soros como uma sombra malígna sobre a sucessão presidencial brasileira. Todos sabem muito bem o que ele e os Estados Unidos desejam: desarticular os BRICs, que acabam de fundar, no Brasil, um banco de desenvolvimento, lançando as bases de um novo sistema monetário internacional, capaz de rivalizar com a supremacia do dólar, cujo destino, no ambiente da crise capitalista global, essencialmente, especulativa, é cada vez mais incerto.(César Fonseca)
Dilma Rousseff se
transformou em
adversária número
um dos Estados



Dilma virou alvo preferencial de ataque dos neoliberais depois que chamou às falas Obama pelo episódio da espionagem e aliou-se aos BRICs para criar banco de desenvolvimento global, contrário aos interesses dos EUA e dos especuladores globais como Soros.
As eleições presidenciais no Brasil marcadas para outubro estavam sendo dadas como resolvidas, com a reeleição da atual presidenta Dilma Rousseff.
Isso, até a morte, num acidente de avião, de um candidato absolutamente sem brilho ou força eleitoral próprios, economista e ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Em 13.08, a notícia bomba: o avião que levava Campos – candidato de centro, pró-business, que ocupava o 3º lugar nas pesquisas, atrás até do candidato do partido mais conservador (PSDB), Aécio Neves, também economista e defensor da ‘austeridade’ – espatifara-se numaárea residencial de Santos, no estado de São Paulo, Brasil.
Campos era candidato do Partido Socialista Brasileiro, antigamente da esquerda, mashoje já completamente convertido em partido pró-business. Como aconteceu nos partidos trabalhistas da Grã-Bretanha, da Austrália e Nova Zelândia, nos liberais e novos partidos democráticos canadenses, e no partido Democrata dos EUA, interesses corporativos e sionistasinfiltraram-se também no Partido Socialista Brasileiro e o converteram num partido da ‘Terceira Via’, pró-business e só muito fraudulentamente ainda denominado partido “socialista”.
Já é bem visível que os EUA tentam desestabilizar o Brasil, desde que a Agência de Segurança Nacional dos EUA espionou correspondência eletrônica e conversações telefônicas da presidenta Dilma Rousseff, do Partido dosTrabalhadores (PT), e de vários de seus ministros.
Unidos e do seu pupilo internacional George Soros depois  que abrigou



Marina, apoiada pelas organizações internacionais, ligadas aos interesses de George Soros, pode ser cavalo de Troia para bombardear os BRICs, se chegar ao poder, servindo-se aos propósitos neoliberais, como a defesa do Banco Central independente do governo para ficar dependente dos especuladores.
Tal fato levou ao cancelamento de uma visita de estado que Rousseff faria a Washington.
As relações Brasil-EUA pioraram, ainda mais, com o governo brasileiro hospedando o presidente russoVladimir Putin e outros líderes do bloco econômico dos BRICS em recente encontro de cúpula em Fortaleza. O Departamento de Estado dos EUA e a CIA só fazem procurar pontos frágeisno tecido social do Brasil de Rousseff, para criar aqui as mesmas condiçõesde instabilidade que fomentaram em outros países na América Latina(Venezuela, Equador, Argentina – na Argentina mediante bloqueio de créditos para o país, em operação arquitetada por Paul Singer, capitalista-abutre sionista, e na Bolívia). Mas Rousseff, que antagonizou Washington ao anunciar, com outros líderes do BRICS em Fortaleza, o estabelecimento de um banco de desenvolvimento dos países BRICS, para concorrer contra o Banco Mundial (controlado por EUA e União Europeia) parecia imbatível, caminhando para reeleição.
A atual presidenta era, sem dúvida, candidata ainda imbatível quando, dia 13 de agosto, Campos e quatro de seus conselheiros de campanha, além do piloto ecopiloto, embarcaram no avião Cessna 560XL, que cairia em Santos, matando todos a bordo. A queda do avião empurrou para a cabeça da chapa do PS a candidata queconcorria como vice-presidente, Marina Silva.
Em 2010, Silva recebeu inesperados 20% dos votos à presidência, como candidata de seu Partido Verde.
em Fortaleza a
reunião dos BRICs
para formação de
banco de desenvolvimento



Foi ou não vítima de um acidente aéreo em cujo avião a caixa preta não registra nada para espanto geral?
Esse ano, em vez de concorrer sob a legenda de seu partido, Marina optou por agregar-se à chapa pró-business, mas ainda dita ‘socialista’ deCampos.
Hoje, Marina já está sendo apresentada – talvez com certo exagero muito precipitado! – como melhor aposta para derrotar Rousseff nas eleições presidenciais de outubro próximo. Marina, que é pregadora cristã evangélica em país predominantemente cristão católico romano, também é conhecida por ser muito próxima da infraestrutura da “sociedade civil” global e dos grupos de “oposição controlada” financiados por George Soros, capitalista e operador de hedge fund globais.
Conhecida por sua participação nos esforços para proteção da floresta amazônica brasileira, Marina tem sido muito elogiada por grupos do ambientalismo patrocinado pelo Instituto Open Society [Sociedade Aberta],de George Soros.
A campanha de Marina, como já se vê, está repleta depalavras-senha da propaganda das organizações de Soros: “sociedade sustentável”, “sociedade do conhecimento” e “diversidade”.
Marina exibiu-se ao lado da equipe do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres em 2012.
O ministro dos Esportes do Brasil, Aldo Rebelo, disse que a exibição de Marina naquela cerimônia havia sido aprovada pela Família Real Britânica, e que ela “sempre teve boas relações com a aristocracia europeia”. Marina também apoia com muito mais empenho que Rousseff as políticas de Israel para a Palestina.
global capaz de lançar semente de  novo sistema monetário



Tem por trás de sua campanha personagem discípulo de George Soros, interessado em abocanhar as reservas do pré-sal, a Petrobrás e o Banco Central, tornando-o dependente de Soros e não do governo brasileiro.
Como se vê também nas Assembleias de Deus de cristãos pentecostais, Marina participa de uma facção religiosa que acolhe, não raro nas posições de comando organizacional, membros do movimento mundial dos “Cristãos Sionistas”, tão avidamente pró-Israel quanto organizações de judeus sionistas como B’nai B’rith e o World Jewish Congress.
As Assembleias de Deus creem no seguinte, sobre Israel:
“Segundo a Escritura, Israel tem importante papel a cumprir no fim dos tempos. Por séculos, estudiosos da Bíblia ponderaram sobre a profecia de uma Israel restaurada.‘Eis o que diz o Senhor Soberano: Tirarei os israelitas das nações para as quais foram. Reuni-los-ei de todas as partes e os porei juntos na sua própria terra.’
Quando o moderno estado de Israel foi criado em 1948, e os judeus começaram a ir para lá, de todos os cantos do mundo, os estudiosos da Bíblia viram ali a mão de Deus em ação; e que nós viveremos lá os últimos dias.” Em 1996, Marina recebeu o Prêmio Ambiental Goldman, criado pelo fundador da Empresa Seguradora Goldman, Richard Goldman e sua esposa, Rhoda Goldman, uma das herdeiras da fortuna da empresa de roupas Levi-Strauss. Em 2010, Marina foi listada, pela revista Foreign Policy, editada por David Rothkopf, do escritório de advogados Kissinger Associates, na lista de “principais pensadores globais”. O mais provável é que jamais se conheçam todos os detalhes do acidente que matou Campos.
internacional cuja ação ameaça a estabilidade do dólar no mundo e




Armínio, megaespeculador internacional, em país sério estaria frequentando tribunais para responder por crime de lesa pátria. Detonou geral as regras de contenção de entrada de capitais especulativos na economia, fazendo a festa geral dos seus pares.
Participam hoje das investigações sobre o acidente a National Transportation Safety Board (NTSB) e a Federal Aviation Administration, do governo dos EUA.
Membros dessas duas organizações com certeza serão informados do andamento das investigações e passarão tudo que receberem para agentes da CIA estacionados em Brasília, os quais tudo farão para ter o título “Trágico Acidente” estampado no relatório final. A CIA sempre conseguiu encobrir sua participação em outros acidentes deavião na América Latina que eliminaram opositores do imperialismo norte-americano naquela parte do mundo.
Dia 31/7/1981, o presidente OmarTorrijos do Panamá morreu quando o avião da força aérea panamenha no qual viajava caiu perto de Penonomé, Panamá.
Sabe-se que, depois que George H. W. Bush invadiu o Panamá, em 1989, os documentos da investigação sobre o acidente, que estavam em posse do governo do general Manuel Noriega foram confiscados por militares norte-americanos e desapareceram. Dois meses antes da morte de Torrijos, o presidente Jaime Roldós doEquador, líder populista que se opunha aos EUA, havia também morrido num acidente de avião: seu avião Super King Air (SKA), operado como principal aeronave de transporte oficial pela Força Aérea do Equador, caiu naMontanha Huairapungo na província de Loja. Consequentemente o poder imperial anglo-saxão que manda



Os abutres especuladores que atacam a Argentina tem como guarida os Griesa da vida, advogados do capital do império, como ocorre na Argentina nesse instante. Soros sabe a quem recorrer, se for atacado.
No avião, também viajavam aPrimeira-Dama do Equador, e o ministro da Defesa e esposa.
Todos morreram na queda do avião.
O avião não tinha Gravador de Dados do Voo, equipamento também chamado de “caixa preta”.
A polícia de Zurique, Suíça, que conduziu investigação independente, descobriu que a investigação feita pelo governo do Equador encobria falhas graves.
Por exemplo, o relatório do governo do Equador sobre a queda do SKA, não mencionava que os motores do aviãoestavam desligados quando a aeronave colidiu contra a parede da montanha. Como o avião de Roldós, o Cessna de Campos também não tinha gravador dedados de voo.
Além disso, a Força Aérea Brasileira anunciou que duas horas de conversas gravadas pelo gravador de voz da cabine de voo do Cessna em que viajava Campos não incluem qualquer conversa entre o piloto, copiloto etorre de controle naquele dia 13 de agosto.
O gravador de voz da cabine a bordo do fatídico Cessna 560XL foi fabricado por L-3 Communications, Inc. de New York City.
Essa empresa L-3 é uma das principais fornecedoras deequipamento de inteligência e espionagem para a Agência de Segurança Nacional dos EUA, a mesma empresa que fornece grande parte das capacidades de escuta de seu cabo submarino, mediante contrato entre a ASN e a Global Crossing, subsidiária da L-3. Embora Campos não fosse inimigo dos EUA, sua morte em circunstâncias suspeitas, apenas poucos meses antes da eleição presidencial, substituído, como candidato, por elemento importante na infraestrutura políticacoordenada por George Soros, cria alguma dificuldade eleitoral para a presidenta Rousseff, que Washington, sem dúvida possível, vê como adversária. Nas finanças globais desde a segunda guerra mundial,
poder abalado pela
crise de 2007-2008



Os BRICs se transformaram no terror para os Estados Unidos que se fragilizaram barbaramente na bancarrota capitalista de 2007-2008. Temem o Banco dos BRICs, criado no Brasil, pois será a ponta de lança de novo sistema monetário internacional, a fim de estabilizar a economia mundial abalada pelas incertezas do dólar, dadas pela excessiva dívida americana, que ameaça geral os poupadores do mundo.
Os EUA e Soros pesquisam já há muito tempo várias vias para invadir edesmontar, por dentro, o grupo das nações BRICS.
A tentativa de Soros-CIA para pôr na presidência da China um homem como Bo Xilai foi neutralizada, porque os chineses conseguiram capturá-lo e condená-lo por corrupção, antes. Com Rússia e África do Sul absolutamente inacessíveis para esse tipo de ardil, restam Índia e Brasil, como alvos dos esforços da CIA e de Soros para fazer rachar e desmontar o grupo BRICS.
Embora o governo do direitistaNarendra Modi, na Índia, esteja apenas começando, há sinais de que pode vir a ser a cunha de que os EUA precisam para desarticular os BRICS.
Por exemplo, a nova ministra de Relações Exteriores da Índia, Sushma Swaraj, é conhecida como empenhada e muito comprometida aliada de Israel. No Brasil, hoje governado por Rousseff, a melhor oportunidade parainfiltrar no governo um dos ‘seus’ parece ser, aos olhos da CIA e Soros, aeleição de Marina Silva.
Seria como um ‘cavalo de Troia’ infiltrado no comando de um dos países do grupo BRICS, em posição para atacar por dentro aquele bloco econômico, mais importante a cada dia. A queda do avião que matou Eduardo Campos ajudou a empurrar para muito mais perto do Palácio da Alvorada, em Brasília, uma agente-operadora dos grupos financiados por George Soros.

Wayne Madsen, Strategic Culture(traduzido).

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A raposa e as uvas verdes do petróleo

raposa


A incapacidade de raciocinar a profundidades maiores que cinco centímetros parece ter se tornado uma praga no jornalismo nacional.
No final de semana, multiplicaram-se as matérias sobre as razões de as empresas americanas e inglesas terem fugido do leilão de Libra: modelo de partilha é desconhecido, há muita interferência estatal, a presença da Petrobras como operadora incomoda e por aí vai.
Ah, e ainda tem a brilhante conclusão do Estadão que, através de uma pesquisa nos sites das petroleiras chegou à conclusão de que elas não se interessam pelo pré-sal brasileiro – imagina se iam publicar ali os lugares onde tem olho grande. Publicam onde estão, porque todo mundo sabe que estão, mas não onde querem estar, óbvio.
E como pode ser desconhecido o modelo de partilha se ele é praticado por mais da metade dos maiores produtores mundiais de petróleo?
Muito menos é problema a operação do campo pela Petrobras, porque todas elas já compraram interesses em campos operados pela brasileira.
O chororô que “vazam” para os jornalistas é o gemido triste da raposa dizendo que “bem, aquelas uvas nâo prestavam mesmo, estavam verdes”.
Nem uma palavra para falar das verdadeiras razões. Que são duas, e se interligam.
A primeira e obvia foi a situação canhestra em que ficou o governo americano – do qual as empresas americanas e inglesas, todos sabem são irmãs siamesas – com a revelação da espionagem sobre a Petrobras. Qualquer investida mais ousada para deter o controle do campo seria vista como resultado de informação privilegiada. E, cá pra nós, seria mesmo.
Segundo, impossibilitadas politicamente de forçar a Petrobras a um acordo, sabem que teriam de subir seus lances, porque a brasileira está articulando uma composição com os chineses.
partilhaE lances altos, num leilão de partilha, quer dizer uma parte maior para o Governo brasileiro.
No leilão de Libra o esquema de participação fica como exposto no quadro ao lado, com pequenas variações em função do volume produzido e do preço internacional do petróleo.
Lembre que como estamos falando em um volume recuperável de óleo em torno de 10 bilhões de barris, a 100 dólares cada um, cada um por centro equivale da 10 bilhôes de dólares, ao longo de 35 anos.
E estas percentagens estão longe de serem as mais altas exigidas no mundo: em alguns países, como a Indonésia, elas chegam a passar de 90%, pela exigência de venda a preços mais baixos para o mercado interno.
Nem por isso as grandes fogem de lá.
Nossa imprensa, porém, não mostra isso a seus leitores.
Está mais  preocupada com as pobrezinhas das multinacionais do petróleo, tão generosamente dispostas a nos ajudar a tirar o óleo de lá das profundezas, está perdendo com estas “regras absurdas”  que fazem a receita ficar com o país
Alguns agem por servilismo, mesmo.
Mas a maioria é por incapacidade de pensar mesmo, que os faz repetir como papagaios os que as vedetes da imprensa dizem.
Por sorte, há exceções e vale a pena registrar uma, de Jânio de Freitas, na Folha de ontem:
Vista pela ótica da história das relações internacionais, as americanas Exxon (ainda Esso, para nós) e Chevron e as britânicas BP e BG fizeram uma gentileza ao Brasil, com sua desistência de participar dos leilões do pré-sal. Preferem investir para a desnacionalização do petróleo mexicano.
As três primeiras são o que se pode definir como empresas geradoras de problemas, onde quer que estejam. A Exxon ou Esso ou Standard Oil tem um histórico de presença no centro de conflitos armados, inclusive entre países, sem equivalente. E seus interesses sempre se tornaram interesses do governo americano, para todo e qualquer efeito.
Passem bem todas quatro, o que não acontecerá ao México.”
Por: Fernando Brito

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

ELES NÃO DESISTEM. QUEREM VENDER MESMO !!!!!!!!!!!!


Vellozo: Petrobras não tem como explorar sozinha o pré-sal

Petrobras não tem como explorar sozinha o pré-sal
Deputado tucano defende a adoção de modelo criado no governo FHC e entrada de grupos estrangeiros em novos campos de petróleo.
A Petrobras não tem como explorar sozinha as gigantescas reservas de petróleo do pré-sal e o governo deveria trabalhar para atrair grupos estrangeiros em vez de inibir sua entrada nos novos campos, diz o deputado Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB-ES).
“Vamos precisar de centenas de bilhões de dólares para explorar o pré-sal e é uma sandice completa achar que a Petrobras e o Estado brasileiro terão dinheiro para tudo”, disse na semana passada, em entrevista à Folha.
A entrada da Petrobras na batalha do segundo turno deixou os tucanos numa posição desconfortável. A petista Dilma Rousseff acusa o rival José Serra de defender a privatização da maior empresa do país e entregar as riquezas nacionais a estrangeiros. Serra nega a intenção, mas é vago sempre que lhe pedem para expor seus planos para o setor. “O PT propôs ao país um debate mentiroso e ficou difícil discutir assim”, diz Vellozo Lucas, aliado de Serra.
Folha – Que avaliação o sr. faz dos resultados obtidos com o fim do monopólio da Petrobras na exploração de petróleo e a abertura do setor?
Luiz Paulo Vellozo Lucas – Foi a mais bem sucedida política de desenvolvimento setorial da história do país. A abertura atraiu capital para novos investimentos, sem privatizar nem vender nada. A produção dobrou. Nossas reservas de petróleo quintuplicaram. A receita obtida pelo governo com a exploração das nossas riquezas minerais cresceu mais de cem vezes.
É verdade que o governo Fernando Henrique Cardoso tinha a intenção de privatizar a Petrobras, como diz o PT?
Isso nunca passou pela cabeça de ninguém. Com a abertura, a Petrobras passou a operar num ambiente competitivo e cresceu. Era fundamental que continuasse estatal, porque no início os grupos estrangeiros que vieram para o país entraram associados à Petrobras. Ninguém teria vindo sem a segurança que ela oferecia. Não era necessário privatizá-la, e teria sido um tiro no pé fazer isso.
A entrada de multinacionais no setor gerou benefícios?
Hoje as companhias estrangeiras têm uns 5% da exploração de petróleo no Brasil. Seria interessante, e oportuno, que tivessem um pouco mais. Haveria mais investimentos, mais produção. O que importa é maximizar a geração de riqueza no país.

O modelo de concessões em vigor atualmente é adequado para a exploração das reservas encontradas no pré-sal?
Não há nada errado com esse modelo. O PT está no poder desde 2003 e fez seis leilões seguindo as regras desse modelo. Agora dizem que concessão é privatização, porque querem fazer desse troço uma bandeira eleitoral.
O governo argumenta que precisa de outro modelo para a exploração do pré-sal porque os riscos são menores nos novos campos, onde não há dúvidas sobre a existência de grandes reservas de óleo.
O argumento é falso. Não se pode dizer que não há risco nenhum numa atividade como essa. Há riscos ambientais, desafios tecnológicos a superar, riscos empresariais.
O que justifica então a decisão do governo de propor um novo modelo de exploração?
O PT mudou de ideia nesse assunto em 2007, quando a descoberta do campo de Tupi mostrou o tamanho das reservas existentes no pré-sal. Havia um leilão previsto para o fim do ano e vários blocos próximos de Tupi seriam oferecidos. O interesse por essas áreas era enorme e grupos brasileiros e multinacionais estavam se preparando para pagar caro por elas. A Petrobras não ia ter dinheiro para disputar todos os blocos e certamente ia perder alguma coisa para o Eike Batista, a Shell e outras companhias.
Qual seria a consequência?
Em vez de ter 95% do mercado como hoje, a Petrobras ficaria com 92, 93%. Qual o problema para o Brasil? Nenhum. Estaríamos trazendo dinheiro, investimentos, criando empregos do mesmo jeito. Mas o que estava em jogo era a entrega dos novos campos para a Petrobras sem licitação, e sem que eles precisassem pagar o bônus elevado que teriam que desembolsar no leilão. Foi por isso que o governo tirou a maioria dos blocos do leilão e decidiu mudar as regras no pré- sal.

Por que o governo deveria permitir que as multinacionais ficassem com esses blocos em vez da Petrobras?
Mas não se trata de entregar a riqueza nacional como o PT diz. Nós estaríamos pegando o dinheiro dos grupos estrangeiros para desenvolver nossas jazidas e gerar recursos para o país. Vamos precisar de centenas de bilhões de dólares para explorar o pré-sal e é uma sandice completa achar que a Petrobras e o Estado brasileiro terão dinheiro para fazer tudo.
O governo argumenta que, com o novo modelo, poderá controlar melhor o ritmo de exploração do pré-sal e usar os novos campos para desenvolver a indústria naval e outros fornecedores do setor.
Bobagem. O ritmo de exploração poderia ser determinado pelo ritmo dos leilões, sem mudar regra nenhuma. Se o que eles querem é desenvolver a indústria nacional, bastaria exigir nos leilões que os interessados fizessem aqui uma parcela maior das suas encomendas. A mudança da lei é o maior erro estratégico de política econômica da nossa história.
Por quê?
O Tesouro se endividou para capitalizar a Petrobras. O setor de petróleo deveria estar gerando recursos para os investimentos que precisamos fazer em aeroportos, estradas e escolas. Em vez disso, o governo se endividou para financiar a Petrobras, para que ela assuma a responsabilidade de ser a única operadora nos novos campos. Não tem sentido.
O governo diz que as companhias estrangeiras virão mesmo assim porque não há oportunidades tão boas para investir em outros países.
Precisamos ver se vão entrar com capital, assumindo riscos. Se o modelo defendido pelo governo for aprovado, uma nova empresa estatal vai controlar os custos de cada projeto e dizer o que vai poder ser fabricado aqui ou ali. Os petistas garantem que a empresa será formada apenas por técnicos, sem ingerência política. Só se a sede for em Frankfurt. Quem vai mandar nessa empresa vai ser o PMDB do Maranhão.
As ações da Petrobras se desvalorizaram muito neste ano, apesar do futuro promissor que o pré-sal garante à empresa. O mercado tem razão?
A Petrobras está desviando recursos para investimentos de rentabilidade duvidosa, como as refinarias do Nordeste. A empresa contrata serviços e equipamentos pagando três, cinco vezes mais caro que as concorrentes. É isso o que o mercado olha.

FONTE: Folha de São Paulo