Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Revisão faz PIB de 2012 quase dobrar. Como não é notícia ruim, ignore-se

A revisão pelo IBGE do crescimento do PIB de 2012 – de 0,9 para 1,5% – não foi nenhuma surpresa.
Ela está prevista há tempos e foi, até, motivo de uma longa análise da insuspeita Miriam Leitão, em sua coluna.
Na qual, aliás, suas fontes cometem um erro indesculpável, porque não se pode dizer  que “tanto podia descer quanto subir” o cálculo do PIB com a incorporação dos dados da Pesquisa Mensal de Serviços, pois este indicador passou quase todo o ano de 2012 com uma variação nominal sempre superior aos 10% em relação ao ano anterior. O que, deflacionado, deve ter correspondido a algo  na casa dos  quatro por cento de crescimento real.
Embora não se possa simplesmente considerar este dado isoladamente – parte dos serviços é incorporada a conta de consumo das famílias e em outros componentes do PIB, é claro que isso resultaria numa elevação do dado de crescimento de 1,7% do setor de serviços no cálculo anterior do PIB.
Toda a incorporação foi feita de forma transparente, com a publicação, no dia 7 de novembro, de um comunicado do IBGE detalhando os indicadores e a metodologia a serem utilizados.
O anúncio de que o crescimento da economia brasileira no ano passadofoi quase o dobro do anteriormente estimado foi tratado com desdém e má vontade pelos jornais brasileiros.
Globo e Estadão publicaram pequeninas chamadas nas suas capas. A Folha, nem isso.
Preferiram dar espaço para a “revolta” pelo fato de Dilma ter antecipado em uma semana os dados (recordem, de 2012) que o IBGE anunciará no dia 3 de dezembro.
Até o Financial Times meteu a colherzinha torta dizendo que isso “tira a credibilidade” das estatísticas brasileiras.
Engraçado é que desde setembro os jornais especulam com o reajuste da gasolina, sem usar informações oficiais e provocam um sobe e desce das ações da Petrobras na Bolsa, num jogo totalmente lesivo à empresa e ao país.
Fora o que, com qualquer 0,1% de alteração para pior nas previsões de inflação e PIB feitas pelo “mercado” no Boletim Focus, do Banco Central, fazem um carnaval.
2012, apesar de todas as dificuldades, não foi a “profecia maia”.
E isso deixa consternada a imprensa brasileira.

sexta-feira, 1 de março de 2013

O PIB DE 2012 E A RECEITA QUE AFUNDA A EUROPA


DEMÊNCIA ORTODOXA EMPURRA O MUNDO AO ABISMO: nos EUA, Obama luta contra o relógio para evitar um corte de US$ 85 bi no orçamento este ano, que exigirá extinção de gastos sociais e demissões. Prazo para um acordo com os republicanos termina à meia-noite desta 6ª feira (horário de Washington).


 Baixo crescimento da economia brasileira em 2012 (PIB de 0,9%) atiça o discurso ortodoxo no país. A alternativa preconizada na comemoração conservadora afunda a Europa. Desemprego em janeiro bateu recorde na zona do euro: 11,9%. Colapso atinge indiscriminadamente todos os países que aplicam o receituário martelado aqui pelo dispositivo midiático: corte de gastos, desmonte de direitos trabalhistas, extinção de subsídios sociais. No caso brasileiro, os professores banqueiros advogam, ademais, um 'pequeno choque' de juros, para reforçar o regime de metas de inflação e ressuscitar a supremacia do interesse rentista na política econômica. Na Grécia, 27% da população está desempregada; na Espanha, 26%; em Portugal, 17,6%. Na Itália, a festejada austeridade do tecnocrata Mario Monti jogou o país num vácuo institcional: reconduziu Berlusconi ao centro da disputa política e gerou 11,7% de desemprego. Na Espanha são mais de seis milhões de desempregados; o PIB do país caiu 3,7% em 2009; 0,4% em 2010; cresceu apenas 0,4% em 2011 e voltou a cair quase 1,5% no ano passado. Mas a inflação na zona euro está agora dentro da meta fixada pelo BCE. Alvissarás: diriam os sábios tropicais; agora, sim, pode-se baixar os juros. Talvez  um pouco tarde: o arrocho produziu 30 milhões de desocupados criando uma dinâmica recessiva autônoma no coração da UE. A previsão do comissariado de Bruxelas é de que o desemprego mais alto em 20 anos continuará subido em 2013, para atingir 12,2% da população. O PIB registrará um novo recuo, de pelo menos 0,3% (Leia o blog do Emir, direto da Espanha; nesta pág. E ainda:a análise de Slavoj Zizek; o artigo de Marcelo Justo, de Londres e as notas  'O que Aécio faria do Brasil que temos hoje?'; 'Crise e Síndrome de Estocolmo' e 'Pratos cuspidos' AQUI)

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Internet e segurança falham em Londres; imagina se fosse… no Brasil!

POR BOB FERNANDES, DIRETO DE LONDRES

Manchetes do Terra nessa terça-feira, 17:

"Massacrada, organização admite falhas na segurança da Olimpíada”

"Empresa britânica desiste de fazer segurança na Copa de 2014”

Integrantes da Metropolitan Police Service fazem segurança no aeroporto de 
Heathrow (Crédito: Bruno Santos/Terra)
É ler as manchetes e pensar na frase tão cheia de significados, inclusive os patéticos, que se tornou um bordão, que rola de boca em boca no Brasil:

- Imagina na Copa!

Estar em Londres, conviver com a infraestrutura e a organização das Olimpíadas e as quase sempre inevitáveis falhas humanas, técnicas e operacionais, é lembrar Nelson Rodrigues e uma de suas máximas:

- O brasileiro é um narciso às avessas, que cospe na sua própria imagem. Nossa tragédia é que não temos o mínimo de auto-estima.

Sexta-feira, 13… (será que foi isso?) desembarque no Novo Hotel London Tower Bridge. Hotel legal, pertinho daquela torre medieval onde a tortura rolava solta (será que…?). Funcionários do hotel eficientes e corteses. Check-in, um deles oferece um pacote de wi-fi, 19 euros e 90 por um mês. Muita estrada depois, sabe-se que, por segurança, nunca é demais uma outra conexão.

O simpático Valentin, francês, oferece o "Orange". Salvo na África do Sul, onde "Orange" lembra o colonizador, um produto francês com esse nome, "Orange", não tem como o freguês não se render.

Mas, na dúvida, jornalistas investigam. Dois cliques e está lá:

- Orange Business Services, negócios de serviços, é o braço da France Telecom, um integrador global de soluções de comunicação para corporações multinacionais…

Não há como uma potência dessa fazer algo errado, pensamos vários de nós. Mas, por que não pesquisar mais um pouco?

- A Orange opera em mais de 220 países e territórios e emprega mais de 30.000 funcionários em 166 países.

Isso escrito em francês e inglês! Embarcamos, vários. Um chegou a comentar:

- Imagina na Copa! Imagine a Olimpíada no Brasil! Imagina se a gente vai ter algum como esse!

O Orange funcionou que foi uma beleza. Por dois dias. No domingo, a primeira derrapada. Casa de Fernand F., lá em Chiswick a caminho de Richmond via Green Line, meia hora do centro de Londres. Meio da tarde, a conexão cai. Inglês, portanto fleumático, Fernand F. sobe e desce as escadas. Uma, duas, três vezes, a repetir:

- Problema no roteador, vou ligar e desligar o Orange, acho que ele está quente…

(Vai que é a distância? Meia hora do centro da cidade…)

Segunda cedo, no hotel. O Orange dá tilt. Tá fora do ar. Nada a ver com o hotel. É o Orange. Colegas confirmam:

-… o meu também… pensei que era só o meu… ih, o meu também…

Ninguém disse nada antes porque, sabem como é, né?… Orange! Um negócio com esse nome, e francês, não tem como falhar.

Simpática, constrangida, a mocinha da portaria tenta ajudar. Não consegue, e entrega:

- Olha, não é o hotel, é o Orange.

Outro simpatico atendente, um português, informa:

- A semana passada o Orange ficou dois dias fora do ar aqui em Londres…

Impossível! O Orange? Se ainda fosse no Brasil… (imagina na Copa!)

Pesquisa mais extensa. Jornalismo investigativo. Informa a Reuters, não sobre o tilt em Londres, mas na França, a casa da Orange:

- A Orange, da France Telecom, pediu desculpas aos usuários neste sábado (7 de julho) e disse que iria indenizá-los depois de um blecaute nos celulares e na Internet que durou mais de nove horas e deixou milhões incapazes de se comunicar. (…)

(…) O serviço de celulares ficou mudo no início da tarde de sexta-feira, deixando os 26 milhões de usuários da Orange na França incapazes de fazer e de receber chamadas, de consultar seus emails e de enviar ou receber textos de mensagens. (…)

(…) Em uma coletiva de imprensa em Paris, o executivo-chefe da Orange, Stephane Richard, disse que os clientes de sua malha ganhariam um dia gratuito de comunicação, enquanto os que tivessem contratos ilimitados obteriam capacidade extra de download gratuito. (…)

Um dia gratuito? Bah, os caras são legais. Batuta.

Ainda nem chegaram todos aqueles quase trinta mil jornalistas, atletas, Vips e penduricalhos do COI, e já tá dando tilt na França e em Londres… mas é seguro que um "Integrador global de soluções" tira essa de letra.  

Mesmo porque, reza outro verbete:

- (Orange) oferece comunicações integradas, soluções e serviços para empresas globais em computação em nuvem e comunicações unificadas, comunicação para gerenciar e integrar a complexidade das comunicações internacionais e permitir que corporações multinacionais se concentrem nas iniciativas estratégicas que conduzem seus negócios…

Ufa!

Lido isso, relaxamos todos. Mas tranquilidade total, só quando soubemos do resto:

- Orange Business Services foi fundada em 1 de Junho de 2006, através de rebranding e consolidação das empresas já existentes da France Telecom, da Equant e Wanadoo…

Rebranding da France Telecom, Equant e Wanadoo? Pronto. Zerou a pedra. É correr pro abraço.

Esta terça-feira, 17. O simpático pessoal do hotel informa aos hóspedes: a Orange comunica a todos que a conexão será gratuita durante as Olimpíadas e já a partir do dia 19.

E a Orange voltou a funcionar nessa parte de Londres e no hotel. Problema, outro, segue dando no aeroporto de Heathrow.

A natação, o Cielo, o judô, a vela… 50 atletas e técnicos do Brasil chegaram na segunda. Um amigo jornalista que lá estava, resumiu:

- Banzé total. Uma hora e meia de fila, os voluntários diziam pra os credenciados irem em frente e a polícia mandava voltar atrás… um circo! E uma atleta nossa disse: "Imagine o que diriam se fosse no Brasil!!!".

Diriam:

- Imagina na Copa!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Praga da Imprensa brasileira contra as Olimpíadas Rio 2016 foi tão forte que pegou nas Olimpíadas Londres 2012


Presidente do COI trata a segurança como um
dos principais pontos a ser analisado pelo Rio?????

Os integrantes do Comitê Olímpico Internacional (COI) visitaram nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro, o Centro de Operações Rio e o projeto do Porto Maravilha, dois centros nas áreas de segurança, operações e urbanismo. Os projetos analisados estão ligados aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.
Recepcionado pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, o presidente do COI, Jacques Rogge, foi conferir as instalações da cidade carioca. A questão da segurança é um dos principais pontos debatidos pelo COI.
By: Aposentado Invocado
Por acaso, se esta situação fosse no meu Rio de Janeiro, o que estariam falando a imprensa de merda, (sem ofender a merda), que infesta este país.
Seria a gloria dos cansei, milenium, kamel, ...e outros da mesma escória.