Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 23 de agosto de 2011

O Brasil seria maior se o PiG não fosse o PiG. Ley de Medios, já !

Este ansioso blogueiro foi dar uma palestra em Natal.

Ao chegar ao aeroporto soube que, depois de 14 anos, se tinha desfeito o nó que permitiu licitar o aeroporto de São Gonçalo do Amarante.

Clique aqui para ler “De Natal para o mundo, do mundo para Natal”.

Natal fica a 6 horas de avião de Miami e Lisboa.

(Se puder escolher, prefira ir a Lisboa …)

E a três horas de Cabo Verde.

Na II Guerra, Vargas e Roosevelt fizeram dali “o trampolim da vitória” , que acelerou o desembarque das tropas americanas no Norte da África.

É um ponto estratégico.

Também do ponto de vista econômico, claro.

Natal vai se transformar num hub de importação e exportação de mercadorias.

O que se reforçará, se for possível realizar dois velhos sonhos do Rio Grande do Norte:

- ampliar ali ao lado, no rio Potengi, um porto;

- trazer da Paraíba para Natal um braço da ferrovia Transnordestina, que vai ligar o interior do Piauí aos portos de Suape, em Pernambuco, e Pecem, no Ceará.

(Por falar em Ceará, em entrevista a Cynara Menezes, na Carta Capital, o governador Ciro Gomes contou que o Ceará enfrentou no ano passado uma das secas mais severas. E não se viu um flagelado, uma vida seca, uma morte e vida severina a bater na porta das igrejas do interior em busca de pão e água. Porque o sistema de açudes e barragens já existente deu conta do recado. E isso antes da conclusão da transposição do São Francisco, e do Água para Todos.)

Com o porto, se criará uma ZPE, uma zona especial de exportação, que, no Governo Sarney, morreu no Congresso, por obra e graça do deputado por São Paulo, José Serra.

Ele não queria que as ZPEs concorressem com a indústria de São Paulo.

(Depois não sabe por que o Nordeste não vota nele.)

Com o aeroporto, o porto e a ZPE, se instalarão indústrias para beneficiar os minerais e os produtos agrícolas que o RN produz em abundância.

A Governadora Rosalba Ciarlini, do DEM, assegura que mantém com a Presidenta Dilma Rousseff uma “relação republicana” e a ela atribui a licitação para o aeroporto.

Ciarlini conta com R$ 35 bi de investimentos no Estado, em quatro anos.

Da Petrobras, por exemplo, que acabou de encontrar outra jazida em águas do Rio Grande.

Por que cargas d’água este ansioso blogueiro insiste em falar do PiG, nesta rápida viagem a Natal?

Não tivesse ido a Natal, tudo o que ele saberia do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante é que foi a primeira licitação para a iniciativa privada construir aeroportos num Governo do PT.

Ou seja, o PiG (*) noticiou a vingança: a gente perde a eleição, mas vocês têm que fazer o que eu fiz (sim, porque o PiG é a verdadeira essência do PSDB).

Mal sabe o PiG que a Presidenta já disse à Carta Capital que vai privatizar o hardware dos aeroportos, mas, não o software – o controle estratégico, que é aquilo que o Cerra e o FHC venderam na Vale e nas teles e quase venderam na Petrobrax.

Se o PiG não fosse o PiG, aquele jn no ar, do piloto Ali e do co-piloto Kamel, pousava em Amarante para ver a pista já construída do aeroporto.

Como diz o amigo navegante Yacov, o Brasil não passa na Globo.

Por que ?

Primeiro, porque a Globo não tem software para entender e cobrir o Brasil do Nunca Dantes e da Presidenta.

Segundo, porque convém aprisionar o Brasil nos 45 minutos do jornal nacional.

E o jornal nacional tem mais repórter em Brasília – porque é mais barato e politicamente conveniente – do que padre na Praça de São Pedro.

Não interessa ao PiG e aos interesses que representa sair pelo Brasil.

Se o PiG não fosse o PiG, o Brasil seria maior.

A auto estima do brasileiro – que já vai alta, apesar do jn no ar – seria ainda mais vigorosa.

O entusiasmo com o progresso do Brasil se espalharia com mais rapidez.

O contágio seria mais célere.

E isso faria bem à Economia, ao consumo.

A mobilidade aumentaria.

Quantos jovens entrariam no Pronatec, de olho num emprego em Amarante ?

Há em construção no Brasil onze hidrelétricas.

E tudo de que o PiG fala é dos protestos contra Belo Monte.

Jantei em Natal, no restaurante Camarões com o empresário Amauri Fonseca, da Toli.

Ele tinha acabado de chegar de Porto Velho e estava impressionado com o impacto econômico das obras de Juruá e Santo Antônio no crescimento da cidade.

Trinta mil homens nas obras.

E tudo de que o PiG trata é dos bagres da Bláblárina.

Daí, a Ley de Medios.

Não porque vá ajudar a Presidenta a se re-eleger em 2014.

Mas, porque faz bem à democracia.

A informação é o antídoto contra o Golpe, dizia o velho Briza, que, 50 anos atrás, conseguiu montar uma Rede da Legalidade – veja as comemorações previstas para Porto Alegre, semana que vem – e deu posse ao presidente constitucionalmente eleito.

A nova Rede da Legalidade é a Ley de Medios.

Bem que o Ministro Bernardo podia pegar um jatinho e ir ao Palácio Piratini, em Porto Alegre, e visitar a sala de dez metros quadrados onde Brizola instalou a Rede da Legalidade.

Dez metros e um pouco mais em coragem.

Clique aqui para ler “Bernardo reclama da Globo. E a Ley de Medios ?”


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Campos: "Bolsa Família não explica liderança de Dilma no NE"

Claudio Leal, Portal Terra

BRASÍLIA - As leituras tradicionais sobre a popularidade de Lula no Nordeste se viciaram em pôr o Bolsa Família no topo dos estimulantes de voto. Mas o governador de Pernambuco e candidato à reeleição, Eduardo Campos, traz elementos mais complexos para compreender a liderança de Dilma Rousseff (PT) nos nove Estados nordestinos. Presidente nacional do PSB, Campos foi o principal articulador da aliança dos socialistas com o PT, desarmando a pré-candidatura de Ciro Gomes ao Planalto.

"O que deu força a Dilma no Nordeste é mais a ação de Lula e sua liderança. As forças que ele reúne são muito diferentes e mais fortes do que aquelas que estão com Serra. Isso vai justificando os números que os dois têm em todos os Estados da região, com vantagem para Dilma", analisa o político pernambucano, herdeiro do ex-governador Miguel Arraes, outro líder histórico do Nordeste profundo.

Numa pesquisa do Instituto Maurício de Nassau, divulgada nesta quarta-feira (14), Dilma lidera com 52% das intenções de voto em Pernambuco; o tucano José Serra, cujo candidato no Estado é Jarbas Vasconcelos (PMDB), possui 23%; Marina Silva, apenas 4%.

Líder nas sondagens estaduais, Eduardo Campos prefere não vincular o crescimento do eleitorado do PT, exclusivamente, ao Bolsa Família. "Não vejo relação direta. O que existe é o Nordeste crescendo mais do que o resto do País, o desemprego reduzido à metade, grandes investimentos estruturadores, crescimento das universidades, expansão do ensino superior com o ProUni (Programa Universidade para Todos). É uma visão de atenção às prioridades, perceptível para a população", explica.

O governador sorri, de leve, quando lembra que os programas sociais do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não robusteceram a candidatura de José Serra, em 2002. "Outras bolsas existiam no governo FHC e nem assim o candidato deles, Serra, teve um resultado eleitoral favorável no Nordeste. Não venceram. Lula unificou e ampliou os programas. Esse argumento não se sustenta. O próprio discurso deles se desmente"

Campos dribla hipóteses abstratas para explicar a popularidade recorde de Lula no País. "Tem explicação", garante. "O governo que entrega políticas públicas, o povo reconhece. Por isso Lula tem uma aprovação forte. E também o nosso governo em Pernambuco, com mais de 70% de aprovação".

Campos conversou com o Terra depois da abertura do comitê nacional da candidatura de Dilma Rousseff, em Brasília, no dia 13 de julho. As enchentes no interior de Pernambuco retardaram o início de sua campanha. "Vamos começar pra valer no próximo domingo (18), com a inauguração do nosso comitê", conta. "Tem sido duro, duro. Reconstruir é sempre mais difícil do que construir".

quinta-feira, 8 de julho de 2010

A INTOLERÂNCIA DOS IDIOTAS Usuários do Orkut discriminam vítimas das enchentes no Nordeste

No momento em que o País faz uma mobilização para ajudar as vítimas das enchentes em Alagoas e Pernambuco, um grupo de internautas decide deflagrar ódio em uma comunidade no site de relacionamentos Orkut. "Acho que os cabeçudos vão vir em massa pra SP, to muito preocupada com isso" (sic), diz Julia Schemman, uma das usuárias de uma comunidade aberta para reunir pessoas intolerantes aos nascidos no Nordeste. As discussões começam a ganhar repercussão em outra rede social, o Twitter, onde membros pedem que seja denunciado esse tipo de discriminação. A contenda chegou, por fim, ao Ministério Público, que vai investigar o caso, e avisa: A prática é crime e pode dar de 1 a 3 anos de cadeia.
Julia Schellman, que abriu o tópico "Enchentes no Nordeste", é uma das moderadoras, usuário reponsável por gerir a comunidade no Orkut. A partir de seu comentário, diversos outros se seguiram, todos com a mesma ideia de que, com a tragédia das chuvas, mais nordestinos emigrarão para São Paulo e outras cidades no Sudeste. "Eles vão falar que perderam tudo na terra deles e vão procurar alguma beira de córrego em SP para construir barraco ou virar mendigos no centro da cidade", disse Thiago Luiz logo em seguida. Um perfil que atende por Thomas Rebel foi mais explícito. "Seria bom se todos eles morressem na enchente, afinal nordestino é um animal q não sabe nadar".
Segundo a Lei 7.716, de 5 de janeiro de 1989, conhecida como Lei Anti-Discriminação, é crime qualquer tipo de preconceito contra a procedência nacional. A pena é de 1 a 3 anos de prisão, além de multa. O mesmo texto ainda prevê punições para quem discriminar por causa da etnia, cor, raça ou religião. Um determinado trecho diz respeito ao que está acontecendo no Orkut. "Praticar, induzir ou incitar, pelos meios de comunicação social ou por publicação de qualquer natureza".
O Ministério Público de Pernambuco, questionado pelo JC Online sobre o caso, afirmou que irá pedir ao Google, responsável pelo Orkut, que retire a página do ar. Também irá ingressar em juízo uma ação de reparação contra esse crime. "Esta é uma forma de violência e todos que participam dela respondem por apologia ao crime", disse o promotor José Lopes de Oliveira Filho, que atua na investigação de crimes cibernéticos. "O problema é que muitos se valem do anonimato da internet para a prática de racismo e preconceito. A nossa lei ainda é muito branda para fatos como esse; estamos pelo menos 20 anos atrasados aos países europeus", contou.
O Orkut tem um histórico de colaborar com a Justiça em casos que envolvem crimes praticados pela página. O site também disponibiliza uma ferramenta que permite aos usuários denunciarem abusos como racismo e outros crimes. O MPPE vai analisar o que já foi postado, mas aconselha que os que se sentiram lesados salvem as páginas no computador, com o registro do dia e hora em que acessaram. "Como esse crime atinge um grupo amplo, o Ministério deve entrar com uma ação penal pública incondicionada", adiantou.
Cheias
Os temporais que atingiram cidades de Alagoas e Pernambuco no último mês de junho mataram 57 pessoas. Nos dois Estados, são 95 municípios afetados e mais de 157 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas.
Ninguém na comunidade aceitou falar com a reportagem. São perfis públicos, que não se assemelham a contas falsas usadas para postar comentários anônimos. São pessoas reais. "Eles deviam aproveitar que alagou tudo por lá e nadar um pouquinho", publica um usuário.
Um outro retruca. "Mas o que seria mais sujo, a água da enchente ou os nordestinos"?