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terça-feira, 5 de agosto de 2014

Itaú lucra por País não ter desemprego que Ilan pediu

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Balanço do banco das famílias Setúbal e Moreira Salles prova que fórmula recessiva defendida por economista-chefe e sócio Ilan Goldfajn era furada; ex-BC pediu e insistiu por cortes no mercado de trabalho; alegava que só demissões poderiam controlar inflação; na prática, política econômica de preservação de empregos fez Itaú Unibanco bater recorde de lucro no segundo trimestre, aumentar concessão de crédito e ter inadimplência reduzida; houve até margem para ganhos com tarifas cobradas dos clientes; diante do resultado de R$ 4,9 bi no período, presidentes Roberto Setúbal e Pedro Moreira Salles devem estar gratos por medidas amargas defendidas por subordinado não terem sido levadas a sério

247 – Os resultados divulgados na manhã desta terça-feira 5 pelo Itaú Unibanco, das famílias Setúbal e Moreira Salles, referentes ao segundo trimestre, mostraram o quanto foi positivo para a economia a não aceitação dos conselhos dados e repetidos, em diferentes artigos, pelo economista-chefe da instituição, Ilan Goldfajn. Também sócio do banco. O ex-diretor do BC tornou-se, no ano passado, um arauto de desemprego como forma de esfriar a economia e controlar a inflação que, segundo ele, iria corroer a capacidade de compra e de pagamentos da população, Diante dessa projeção, defendeu cortes no mercado de trabalho para que ocorresse uma normalização nas relações comerciais. Goldfajn não se alongou, no entanto, sobre o que deveria ser feito com os milhões de desempregados que seu plano produziria.

Agora, o que se vê diante dos resultados do Itaú Unibanco no segundo semestre, o que se vê é que a fórmula era mesmo inútil. Sem que tivesse sido aplicada, a instituição viu a inadimplência decrescer, aumentou a concessão de crédito, acentuou no reajuste de tarifas bancárias e, em consequência, extraiu um lucro recorde, de R$ 4,9 bilhões no período. Pelo jeito, o economista-chefe tem agora um bom momento para rever suas teorias.

Abaixo, notícia da agência Reuters sobre o lucro recorde do Itaú:

Itaú Unibanco lucra R$4,9 bi no 2º tri; calotes caem, rentabilidade sobe

SÃO PAULO, 5 Ago (Reuters) - O Itaú Unibanco teve lucro recorde no segundo trimestre, apoiado no efeito de maiores taxas de juros nas operações de crédito, no controle da inadimplência e em maiores receitas com serviços.

O maior banco privado do país anunciou nesta terça-feira que teve lucro líquido de 4,899 bilhões de reais no período, alta de 36,7 por cento ante mesma etapa de 2013. Em bases recorrentes, o lucro foi de 4,973 bilhões de reais, avanço de 37,3 por cento. A previsão média de sete analistas consultados pela Reuters para esta linha era de 4,634 bilhões de reais.

A carteira de crédito teve evolução modesta, mas em ritmo superior ao de seus principais concorrentes privados, subindo 9,6 por cento no acumulado de 12 meses, a 487,623 bilhões de reais, no conceito que inclui avais e fianças.

Os destaques foram consignado (+62,1 por cento), imobiliário (+26,1 por cento) e cartão de crédito (+28,6 por cento). O empréstimo para pessoa física evoluiu 12,4 por cento. O crédito corporativo subiu 8,2 por cento, a 278,6 bilhões de reais, liderado pelo segmento grandes empresas (+9,6 por cento).

O avanço dos empréstimos veio acompanhado de queda nos calotes, a oitava consecutiva. O índice de inadimplência da carteira, medido pelo saldo de operações vencidas com mais de 90 dias, chegou a 3,4 por cento, ante 4,2 por cento um ano antes.

Apesar de aumentar o crédito em ritmo superior ao de rivais como Bradesco e Santander Brasil, o Itaú Unibanco viu a inadimplência cair, ao contrário dos outros dois, que divulgaram seus números na semana passada.

E o movimento do Itaú Unibanco foi alavancado pelo fato de o banco conseguir repassar aos clientes o custos maiores de captação devido ao aumento da Selic. A margem financeira com clientes deu um salto de 7,1 por cento na base sequencial, para 12,7 bilhões de reais.

A despesa do Itaú Unibanco com provisão para perda com calote somou 4,465 bilhões de reais no período. Descontados valores com recuperação de crédito, o montante foi de 3,23 bilhões de reais, ante 3,16 bilhões de reais no trimestre anterior e 3,65 bilhões em igual trimestre de 2013.
Em outra frente, as receitas do banco com tarifas e serviços avançou 17,4 por cento, para 6,39 bilhões de reais.

Com isso, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido, que mede como o banco remunera o capital de acionista, ficou em 23,7 por cento no trimestre em bases recorrentes, o maior desde o terceiro trimestre de 2010. O número foi de 22,6 por cento de janeiro a março e 19,3 por cento em igual etapa de 2013.
(Por Aluísio Alves e Guillermo Parra-Bernal)

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

TEMPESTADE PERFEITA RECAI SOBRE ARAUTOS DO CAOS

terça-feira, 2 de abril de 2013

OS COMEDORES DE QUINDINS DE OURO


*Urnas de abril na América Latina:  começa nesta 3ª feira a campanha eleitoral que definirá a Venezuela pós-Chávez; Maduro (55,3%) lidera as pesquisas para o pleito do dia 14 de abril (leia a cobertura de Carta Maior, direto de Caracas)

**No Paraguai, golpe contra Lugo  evidenciou flancos da esquerda; candidato da direita é o favorito no pleito do próximo dia 21 de abril ( Lorena Soler, especial para Carta Maior, de Assunção)


São  graúdos,  e contabilizáveis,  os interesses que arrendam espaços e gargantas para vocalizar a luta diuturna pela alta dos juros no país. O pleito está marmorizado em cada centímetro da menos imparcial de todas as seções do jornalismo: o noticiário de economia. Daí se irradia para afinar o jogral de vulgarizadores e agregados de orelhada e holerite. Os sabichões que advogam um ‘novo ciclo de alta'  da Selic sabem do que estão falando. E não estão falando  apenas em adicionar  mais 0,25%  a ela, na reunião do Copom, do próximo dia 17. O braço de ferro é para  reverter um reordenamento estratégico. A pátria rentista não admite que a prioridade do sistema  econômico deixe de ser a que sempre foi,desde os anos 90, até o colapso de 2008:  a reprodução do capital fictício a  taxas de retorno as mais elevadas de toda a economia,  sem condicionalidade alguma.Liquidez imediata e risco zero. Nessa espécie de platô marciano, comparado ao relevo habitado pelos que lutam com as incertezas da sobrevivência e da produção, vive uma plutocracia rentista  que acha normal pagar, como espeta o insuspeito jornal Valor,  R$ 115 reais por um prato de comida. Ou R$ 15 por um prosaico quindim, nos restaurantes dos Jardins, em São Paulo. Os comedores de quindins de ouro  dispunham,no final do ano passado, de nada menos que R$ 527 bilhões sob os cuidados de ‘private  bankings'. O valor é maior do que  todo o investimento previsto pela Petrobrás em seu plano quadrienal para triplicar a produção do pré-sal até 2017 ,quando deve atingir um milhão de barris/dia. (LEIA MAIS AQUI)


ECONOMISTA DO ITAÚ VOLTA A PEDIR JUROS E RECESSÃO



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Ilan Goldfajin, que foi diretor do Banco Central no segundo mandato de FHC, quando a inflação era bem maior do que agora, diz que o método do governo Dilma para conduzir a questão inflacionária está equivocado; em vez de conceder incentivos fiscais para estimular o consumo e expandir a oferta, o melhor seria aumentar os juros e frear a a atividade econômica; enquanto esteve no BC, Goldfajn não conseguiu cumprir a meta, mesmo com taxas altíssimas


247 - O lobby pela elevação dos juros é cada vez mais forte. E já nem se esconde mais. Parte, precisamente, do maior banco privado brasileiro, que é o Itaú Unibanco. Nesta terça-feira, o economista-chefe da instituição, Ilan Goldfajn, que é também sócio do Itaú Unibanco, critica a forma como o governo Dilma decidiu enfrentar a inflação. Segundo Goldfajn, seria um erro apostar nas desonerações tributárias, que estimulariam demais o consumo. O correto, na sua visão, seria elevar os juros e frear a economia. Ou seja: é o modelo tradicional de enfrentar o problema pela via da recessão. Em 2002, quando Goldjain foi diretor do BC, a inflação bateu em 12,53%, a despeito de juros altíssimos. Leia abaixo seu artigo:
Não há desinflação grátis
Ilan Goldfajn *
Está ficando claro que o governo quer combater a inflação via desonerações tributárias, pelo menos parcialmente. Para alguns, é a solução ideal. A redução dos impostos leva a uma queda de preços que alivia a inflação, economizando altas exageradas de juros (e seus efeitos colaterais sobre a atividade, o emprego e o salário). Ao mesmo tempo se ataca a elevadíssima carga tributária, um problema estrutural no Brasil. Parece um almoço grátis, contrariando a máxima de que isso não existe em economia. Infelizmente, não é o caso. Vejamos por quê.
Para começar, as desonerações não são de graça nas contas públicas. Sem uma compensação via corte de gastos do governo ou aumento de outros impostos, as desonerações reduzem o superávit primário, como tem sido o caso recentemente. O superávit primário, que já atingiu acima de 4% do produto interno bruto (PIB) no passado, caminha para ficar pouco abaixo de 2% este ano, e em direção a 1% no ano que vem. Mesmo com o benefício de juros menores, a relação dívida-PIB começaria a subir no médio prazo se mantida essa política. A estabilidade da relação dívida-PIB (ou melhor, a sua queda) é uma das razões por que a meta de superávit primário tem sido considerada um dos pilares da política macroeconômica.
A essencial redução da carga tributária, para ser sustentável e benéfica para a economia, deve ser calcada na queda dos gastos públicos. O espírito da Lei de Responsabilidade Fiscal requeria exatamente isto: que fossem especificadas compensações para quedas permanentes de receita. Na contramão, neste ano a Lei de Diretrizes Orçamentárias permite que as desonerações sejam abatidas da meta (além dos já tradicionais abatimentos do PAC), tornando a meta de superávit primário de 3,1%, na prática, uma meta de 1,9% do PIB.
A redução da carga tributária baseada em piora fiscal tende a ser temporária, já que em algum momento será necessário fazer um ajuste fiscal (isto é, corte de gastos ou volta da carga tributária) para restabelecer a estabilidade da dívida pública no médio prazo e a responsabilidade fiscal.
Mas ter custo fiscal não é necessariamente ruim, desde que os benefícios das desonerações sejam palpáveis. Infelizmente, no combate à inflação os benefícios percebidos das desonerações no curto prazo não se estendem no longo prazo.
A queda do superávit primário equivale a uma política expansionista, que gera aumento da demanda e pressiona a inflação. Afinal, corte de impostos é um clássico instrumento de incentivo ao consumo: quanto mais repassado ao consumidor, maior o incentivo.
Mas não falta consumo no Brasil. Seu crescimento tem sistematicamente excedido a expansão do PIB, principalmente nos últimos dois anos. O Banco Central tem reconhecido nos seus documentos oficiais que o crescimento do PIB tem sofrido de problemas de oferta. Ou seja, o crescimento tem sido limitado pela produção, não pela falta de incentivo ao consumo (ou demanda em geral). Um sinal dessa limitação é que crescentemente a demanda está sendo satisfeita com importações, o que tem piorado sistematicamente a conta corrente no balanço de pagamentos (já alcançando um déficit de quase de 3% do PIB, de um superávit de 2% no passado não tão distante).
Esse descompasso entre o crescimento da oferta e demanda é a raiz da parte mais resistente da inflação. Para além dos choques de commodities e dos aumentos de preços temporários de alimentos (devidos a efeitos climáticos) ocorridos, está ficando claro que a inflação se está estabelecendo num patamar mais alto. Um bom termômetro desse fenômeno é a inflação de serviços, que resiste à queda e se mantém em torno de 8% ao ano.
Ao estimular o consumo, a política de desonerações agrava o descompasso entre a oferta e a demanda e alimenta a inflação no médio prazo.
Poder-se-ia argumentar que reduzir impostos estimula a oferta (aumenta a produção), já que reduz os custos das empresas. De fato, se as desonerações tivessem focado nos custos das empresas, e não nos consumidores, o impacto seria diferente. Com custos menores as empresas produziriam mais. No entanto, as desonerações estão sendo direcionadas aos consumidores. Há uma pressão para o repasse integral dos benefícios aos preços, o que auxilia na inflação de curto prazo, mas não auxilia restabelecer a competitividade das empresas. Sem mexer na competitividade das empresas dificilmente haverá incentivo a maior produção e investimento. A política de desonerações incentiva o consumo, mas não o investimento, na contramão da necessidade atual da economia brasileira.
O peculiar dessa política é que os efeitos no curto prazo são contrários aos efeitos permanentes na inflação. Enquanto no curto prazo a queda dos impostos tende a reduzir os preços e a gerar um alívio temporário, o impacto permanente é de mais inflação. E quanto maior o repasse do benefício tributário pelas empresas aos preços, maior será o incentivo ao consumo. Ou seja, quanto mais bem-sucedida a política sobre a inflação no curto prazo, mais difícil será segurar a inflação no médio prazo.
Há um certo consenso no País sobre os objetivos para a economia. É necessário combater a inflação, reduzir a carga tributária e o custo das empresas e incentivar a produção e o investimento. Mas o diabo está no desenho das políticas. As desonerações tributárias, se repassadas aos preços, aliviam a inflação no curto prazo, mas a pioram no longo prazo, já que incentivam o consumo, e não o investimento. Desonerações focadas nas empresas, financiadas por cortes de gastos públicos, teriam efeito benéfico no longo prazo. Da mesma forma, inúmeras reformas que atacam a complexidade de produzir no País, com impacto direto na produtividade, poderiam incentivar o crescimento no Brasil e, simultaneamente, combater a inflação de forma permanente.
* Ilan Goldfajn é economista-chefe e sócio do Itaú Unibanco.





segunda-feira, 25 de março de 2013

"A SAÍDA É FREAR A ECONOMIA. É DEMITIR MESMO"