Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Marina acaba de se associar a um crime eleitoral

marinajn
Independente do resultado “marquetológico” da entrevista de Marina Silva ao Jornal Nacional – e eu acho que foi desastroso – há um elemento gravíssimo nas declarações da nova candidata do PSB.
Marina confessou o conhecimento de um crime eleitoral e a participação nos benefícios desta transgressão.
Ela confessou saber que o avião era produto de um “empréstimo de boca” que seria “ressarcido” – se é ressarcido, tem preço – ao final da campanha.
Poderia, se fosse o caso, dizer que não sabia dos detalhes da contratação do serviço, feita por Eduardo Campos. Mas está amarrada de tal forma no assunto que teve de se acorrentar à fantasiosa versão do PSB.
Que é uma aberração jurídica e contábil, que não pode prevalecer – e não prevalece – em qualquer controle de contas eleitorais.
Até no Acre de Marina Silva, o TRE distribui um formulário onde o dono de um veículo, mesmo que seja um Fusca 82, tem de assinar a cessão e atribuir o valor em dinheiro do bem.
O que dirá para um jato de R$ 20 milhões!
Não há um contrato sequer, não há preço estabelecido e, sobretudo, as empresas (ou o laranjal) que tinham o controle do avião não se dedicam à locação de transporte aéreo.
É um escândalo de proporções amazônicas.
Só menor do que o escândalo que é, depois de tantas confissões, o silêncio do Ministério Público.
Todos se lembram da Procuradora Sandra Cureau, que por um nada partia para cima do Presidente Lula e da candidata Dilma Rousseff.
Está mudo, quieto, silente.
Acovardado diante dos novos santos da mídia.
A partir de agora, prevalecendo isso, se podem emprestar prédios, frotas, aviões, até uma nave espacial para Marina ir conversar com Deus.
De boca, sem recibo, sem contrato, sem papel.
Na fé.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Ferreira Gullar: Triste fim de um poeta

Ano-Novo, vida velha. Ferreira Gullar foi um baita poeta. O seu "Poema Sujo" é arte das grandes. Foi artista engajado, mas a sua poesia conseguia ir muito além dos clichês bem-intencionados dos revolucionários. Hoje, certamente para ganhar a vida ou sentir-se vivo, escreve "crônicas" na Folha de S.Paulo. O seu primeiro texto de 2012 mostra o grande poeta transformado num cronista de meia pataca destilando lugares-comuns conservadores para felicidade de leitores conformistas que se acham cult ou muito críticos. Um mingau azedo polvilhado de certezas sem amparo dos fatos. Por exemplo: "A América Latina vive hoje, por determinadas razões, a experiência do neopopulismo, que tem como principal protagonista o venezuelano Hugo Chávez. É um regime que se vale da desigualdade social para, com medidas assistencialistas, impor-se diante do povo como seu salvador. Lula seguiu o mesmo caminho, mas, como o Brasil é diferente, não conseguiu o terceiro mandato. A solução foi eleger Dilma para um mandato tampão". Como prova? Apenas o seu ranço.
Nada mais conservador do que um ex-comunista. É a síndrome do ex-fumante ou do ex-drogado, o cara que cria uma fundação para pregar a moral que não viveu. Para ser colunista nos jornalões brasileiros, é preciso, em geral, ser muito conservador ou transferir capital de um bolso para outro, usando a fama de uma atividade como base para o exercício de outra. A direita domina amplamente os chamados espaços de formação de opinião na imprensa. Há jovens que sobem logo ao trono, adotando ideias reacionárias e velhas que, enfim, conquistam novos prêmios, espaços e adulações repetindo fórmulas gastas pela mídia soberana. Ao não buscar um terceiro mandato, Lula frustrou os seus críticos, tirou-lhes - para adotar o atual tom clichê de Ferreira Gullar - o pão da boca e deixou-os por aí a jogar conversa fora. Aquele que foi um poeta maior, de imagens desconcertantes, agora termina suas análises mal-iluminadas com uma frase formalmente constrangedora: "Temo pelo que possa acontecer à Argentina, nas mãos de uma presidente embriagada pelo poder". Pobre poeta, embriagado pela sua mediocridade. Embriagado pela mediocridade do poder da mídia. Enquanto isso, na mesma Folha de S.Paulo, um cronista de ofício, Carlos Heitor Cony, depois de algumas temporadas sentenciosas, faz o caminho inverso: termina de envelhecer bem, disseminando um ceticismo levemente irônico de dar inveja a um Machado de Assis. Assim: "Que venham as tempestades da natureza, contra a qual pouco podemos. Quanto às tempestades provocadas pelos escândalos e pela corrupção da qual estamos fartos, não custa apelar para o fervor de nossas preces". Como cronista, Ferreira Gullar é um Neymar improvisado de lateral. Há quem confunda ter criticado o stalinismo, na época da queda do muro de Berlim e das ditaduras do Leste europeu, com louvação ao capitalismo sem regulação, esse que quebrou a Europa e parte da economia dos Estados Unidos. Pois é, o poeta Ferreira Gullar perdeu-se em corsos, comícios, discursos a granel. Vai ver que é a coincidência do nome com outro maranhense: José Ribamar.
Juremir Machado da Silva | juremir@correiodopovo.com.br

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Globo tenta e, não consegue derrubar o Pimentel.


Poeta: as sobrancelhas falam


O jornal nacional desta terça-feira fez o que pôde para derrubar o Ministro Fernando Pimentel, da Indústria.

Como o Ali Kamel não entende de televisão, ele literalmente copiou a edição impressa do Globo que imprimiu uma suspeita que não provoca suspeita em ninguém – clique aqui para ler “Globo diz só até a página 3 que Pimentel não roubou”

Depois dessa longa leitura, o espectador virou a página e se deparou com um “tom”, um “ambiente” de deslavada corrupção.

Um suposto líder do PSDB deu uma declaração notável: se houver suspeita ele tem que se explicar.

Não se pode conviver com a suspeita.

A suspeita é inadmissível !

Suspeita de quem, cara pálida ?

Do Ali Kamel ?

O Conversa Afiada, por exemplo, suspeita que esse cavalheiro não pode ser líder de partido nenhum.

A suspeita é livre, não é isso, amigo navegante  ?

Aí, vem uma repórter de nome Bomtempo, que, por bom tempo, parecia a vice-lider da oposição ao Governo Lula, na bancada do Bom (?) Dia Brasil.

Deve ter sido promovida – suspeita-se.

No fim, Pimentel explica tudo.

Renda compatível com os valores do mercado.

Nota fiscal.

Tributo recolhido.


Ganhou um bom dinheiro.

Ganhou um bom dinheiro quando estava fora do Governo.

Como faz o Padim Pade Cerra, hoje, que está fora do Governo, com suas inúmeras palestras mundo afora..

Ou o Farol de Alexandria.

O problema não é ganhar dinheiro fora do Governo.

É ganhar dentro, diria o Toni Palocci.

O interessante também observar o legado da Fatima Bernardes.

Quando queria revelar a sua indignação, sua perplexidade diante de algum malfeito (geralmente de um trabalhista), Bernardes erguia as sobrancelhas em sinal de veemente protesto.

Pois não é que a Patrícia Poeta fez o mesmo, quando se encerrou a fala do Pimentel ?

Pela eloquência do movimento das sobrancelhas, Poeta deve suspeitar de alguma coisa.

Suspeita-se.

Paulo Henrique Amorim