Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Paulo Preto: Serra me conhece e sabia o que eu fazia




Preto agachado, à esquerda. Serra diz qualquer coisa

Saiu na Folha (note que o titulo é contra a Dilma, amigo navegante … E a repórter só não foi presa com o Daniel Dantas porque o Juiz De Sanctis não concordou com o Protógenes):
 
 
São Paulo, terça-feira, 12 de outubro de 2010 
 
Ex-diretor da Dersa ataca Dilma e cobra Serra

Citado por petista em debate por suposto caixa 2, engenheiro exige que candidata mostre provas e que tucanos o defendam

“Não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada. Não cometam esse erro”, afirma ele a dirigentes do PSDB

ANDRÉA MICHAEL

DE SÃO PAULO

Citado pela candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) como o homem que “fugiu” com R$ 4 milhões da campanha de José Serra (PSDB), o ex-diretor de Engenharia da Dersa, Paulo Vieira de Souza, cobrou em entrevista à Folha que a petista apresente provas e que o tucano o defenda.

Paulo Preto, como o ex-executivo da empresa estatal é conhecido, disse que todas as suas “atitudes” foram informadas a Serra. Por isso, afirma, o tucano deveria responder às acusações que ele vem sofrendo.

“Não somos amigos, mas ele [Serra] me conhece muito bem. Até por uma questão de satisfação ao país, ele tem que responder [...] Acho um absurdo não ter resposta, porque quem cala consente”.

No domingo, Paulo Preto foi citado por Dilma durante o debate da TV Bandeirantes para atacar Serra. A petista disse que o rival deveria “se lembrar” de “seu assessor que fugiu com R$ 4 milhões, dinheiro da sua campanha”

As denúncias contra o ex-executivo foram publicadas inicialmente pela “IstoÉ”. Segundo a revista, tucanos relataram que Preto teria arrecadado a quantia, não declarada pelo PSDB. Tanto Preto quando o partido negam.

Apesar de cobrar explicações de Dilma, o ex-diretor afirma que não vai processá-la. “Ela foi pautada por falsas informações publicadas.”

Por meio de sua assessoria, Dilma disse que as referências feitas por ela foram publicadas pela imprensa e são de conhecimento público. A assessoria de Serra não respondeu a recado deixado no início da noite de ontem.

Inconformado por ter sido retirado da direção da Dersa, segundo diz, por ex-colegas do governo de São Paulo, ele manda um recado para antigos companheiros:

“Não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada. Não cometam esse erro”.

Autodeclarado arrogante, o engenheiro nega ter arrecadado recursos para o partido, mas diz que criou as melhores condições para que houvesse aporte de recursos em campanhas.

Isso porque, diz ele, deu a palavra final e fez os pagamentos no prazo às empreiteiras que atuaram nas grandes obras de São Paulo, como o Rodoanel, a avenida Jacu-Pêssego e a ampliação da Marginal.

“Ninguém nesse governo deu condições das empresas apoiarem [sic] mais recursos politicamente do que eu [...]“

Ultramaratonista, ele renega o apelido Paulo Preto e diz que, desde criança, sabia o que seria na vida: “rico”.

O engenheiro reafirma sua amizade pelo senador eleito por São Paulo Aloysio Nunes (PSDB), de quem foi assessor durante o governo FHC. Aloysio informou que não irá se pronunciar.

Preto virou réu em ação penal depois de mandar avaliar um bracelete de diamantes comprado sem nota fiscal. A joia havia sido furtada.

À Folha, ele afirma que foi vítima de uma armação política por trás do evento. “Armaram e eu caí, tudo bem. Mas esse negócio de caixa dois, isso não.”

São Paulo, terça-feira, 12 de outubro de 2010
 


frase

“Ele [Serra] me conhece muito bem. Até por uma questão de satisfação ao país, ele tem que responder. (…) Acho um absurdo não ter resposta, porque quem cala consente”

PAULO VIEIRA DE SOUZA

ex-diretor de Engenharia da Dersa


São Paulo, terça-feira, 12 de outubro de 2010


Engenheiro emprestou R$ 300 mil a Aloysio

DE SÃO PAULO

O senador eleito pelo PSDB de São Paulo Aloysio Nunes Ferreira é amigo do ex-diretor de Engenharia da Dersa Paulo Vieira de Souza há 20 anos.

Mas, segundo afirma o engenheiro, nem por essa amizade ele arrecadaria recursos para campanhas do tucano.

Contudo, em 2007 sua família emprestou dinheiro para que o hoje senador eleito adquirisse um imóvel de R$ 300 mil em Higienópolis, bairro nobre de São Paulo. A Folha revelou a transação em 17 de dezembro de 2009.

Nela, a ex-mulher de Preto, Ruth, entrou com R$ 50 mil, e uma de suas filhas, Priscila Arana de Souza, com R$ 250 mil. Priscila é advogada do escritório Edgard Leite Advogados Associados, que defende empreiteiras contratadas para construir a alça sul do Rodoanel.

Aloysio disse ter usado o dinheiro para pagar parte do apartamento e que quitou todo o valor até 2009 em parcelas, mas tudo sem juros.

Em nota divulgada em 2009, Aloysio afirmou que a transação foi informada em suas declarações de renda.

Diante dos ataques feitos por Dilma Rousseff, Preto disse que recorreu a Aloysio, cobrando dele uma defesa pública.

 


Clique aqui para ver a acusação de Dilma no debate da Band.

Serra defende ex-assessor acusado por líderes do PSDB



O candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, recuperou-se de uma rápida amnésia em relação à existência do engenheiro Paulo Vieira de Souza. Após dizer em Goiania "nunca ter ouvido falar" do engenheiro, nesta terça, Serra não só se lembrou quem ele é como partiu em defesa do mesmo, acusado por integrantes do PSDB de ter desviado recursos destinados à campanha do partido. A amnésia terminou ocorreu após o engenheiro dizer à Folha de S.Paulo, em tom ameaçador que “não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada. Não cometam esse erro”. Serra garantiu que ele é "totalmente inocente". Não foi o que disseram os dirigentes tucanos Eduardo Jorge Caldas e Evandro Losacco. Quem está falando a verdade?
Após negar conhecer o engenheiro Paulo Vieira de Souza, acusado por lideranças do PSDB de ter desviado recursos destinados à campanha eleitoral do partido, o candidato José Serra saiu em defesa do ex-assessor, nesta terça-feira. Ontem, em Goiania, Serra disse que "nunca tinha ouvido falar em Paulo Preto". A amnésia terminou ocorreu após o engenheiro dizer à Folha de S.Paulo, em tom ameaçador que “não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada. Não cometam esse erro”. Serra declarou que “a acusação contra ele é injusta” e que ele é “totalmente inocente”. “Não houve desvio de dinheiro de campanha por parte de ninguém, nem do Paulo Souza”, declarou Serra que procurou atribuir a acusação à candidata Dilma Rousseff (PT). Os autores da acusação, na verdade, são lideranças do PSDB que estão sendo, inclusive, processadas pelo engenheiro inocentado por Serra.

Origem da acusação é o próprio partido de Serra
Dilma Roussef trouxe para o debate público, no debate da TV Bandeirantes, um tema incômodo para a campanha de José Serra: o caso do ex-integrante do governo tucano em São Paulo, Paulo Vieira de Souza, acusado por lideranças do próprio PSDB de ter fugido com R$ 4 milhões que seriam resultado de doações de empresários para a campanha de Serra. Quando Dilma mencionou o caso, “integrantes do PSDB, preocupados com o cerco da imprensa a partir daquele instante, prepararam uma saída à francesa do senador eleito Aloysio Nunes, que mantinha relações estreitas com Vieira de Souza. Minutos depois, o senador eleito deixou o estúdio e não retornou”, relataram os jornalistas Cláudio Leal e Marcela Rocha, em matéria publicada no portal Terra.

Paulo Vieira de Souza, que também é conhecido como Paulo Preto, foi diretor de engenharia da Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), sendo responsável por uma grande parte das obras viárias do governo do Estado de São Paulo. Em agosto deste ano, a revista Isto É publicou uma matéria de capa, onde lideranças do PSDB acusaram abertamente o ex-assessor de “ter arrecadado dinheiro de empresários em nome do partido e não entregá-lo para o caixa da campanha”. A matéria da Isto É traz ainda uma declaração de um diretor de uma das empreiteiras responsáveis por obras de remoção de terras no eixo sul do Rodoanel: “não fizemos nenhuma doação irregular, mas o engenheiro Paulo foi apresentado como o interlocutor de Aloysio junto aos empresários”. 

Engenheiro teria relação estreita com Aloysio Nunes

Em 2009, Paulo Preto foi eleito Eminente Engenheiro do Ano pelo Instituto de Engenharia de São Paulo. O prêmio foi concedido “por sua excelente gestão dos aspectos institucionais, jurídicos e técnicos na condução de grandes obras governamentais, com brilhantes resultados para a sociedade, administração pública e contratantes.” O engenheiro ingressou com uma ação penal (por calúnia e injúria) contra os dirigentes tucanos Eduardo Jorge Caldas e Evandro Losacco, além dos jornalistas da revista Isto É, Sérgio Pardellas e Claudio Dantas. A reportagem baseou-se no depoimento de oito dos principais líderes e parlamentares do PSDB. Segundo eles, o engenheiro teria arrecadado pelo menos R$ 4 milhões para a campanha eleitoral, mas os recursos não chegaram ao caixa do comitê de Serra. 

Ainda segundo a mesma matéria, Paulo Preto mantinha uma relação estreita com Aloysio Nunes, então chefe da Casa Civil do governo Serra, que acabou eleito para o Senado por São Paulo. “Não por acaso, o senador recém-eleito deixou o debate de domingo entre os segundo e terceiro blocos e saiu falando ao telefone evitando falar com jornalistas”, assinala nesta segunda-feira o portal de notícias R7, recordando o seguinte trecho da reportagem da Isto É: “As relações de Aloysio e Paulo Preto são antigas e extrapolam a questão política. Em 2007, familiares do engenheiro fizeram um empréstimo de R$ 300 mil para Aloysio. No final do ano passado, o ex-chefe da Casa Civil afirmou que usou o dinheiro para pagar parte do apartamento adquirido no bairro de Higienópolis e que tudo já foi quitado”.

Os grandes jornais brasileiros deram pouca atenção à denúncia publicada na Isto É. Fosse outro o partido, com muito menos, o barulho provavelmente seria outro. Após algumas notas aqui e ali, o assunto caiu no esquecimento. O desinteresse é notável uma vez que, na reportagem da revista, as fontes são altos integrantes da cúpula tucana. São dois dirigentes do primeiro escalão do PSDB que dizem que o engenheiro arrecadou “antes e depois de definidos os candidatos tucanos às sucessões nacional e estadual”. Segundo o matéria, os R$ 4 milhões seriam referentes apenas ao valor arrecadado antes do lançamento oficial das candidaturas do PSDB, o que teria impedido que o dinheiro fosse declarado, tanto pelo partido quanto pelos supostos doadores.


Fotos: Serra, Paulo Preto e o Secretário do Planejamento Francisco Luna na inauguração do Rodoanel 

Sem Ley de Medios, o PiG derruba a Presidenta



A manchete da primeira página da Folha (*) de hoje é pilantra:
A notícia não merece manchete, nem ir para a primeira página, em plena campanha eleitoral.
Daí, a pilantragem.
O objetivo é vincular as operações irregulares da Cisco ao PT.
Porque uma empresa laranja da Cisco teria feito contribuição LEGAL ao PT.
E mais.
Quem pegou a Cisco com a boca na botija não foi a PF do Fernando Henrique Cardoso, empenhada na Operação Lunus, para destruir a Roseana Sarney e ajudar o “do bem”.
Foi a PF do ínclito delegado Paulo Lacerda, devidamente defenestrado pelo serrista Nelson Jobim e sua implacável babá eletrônica.
Este ordinário blogueiro visitou o PiG (**) nesta manhã de feriado.
O que o PiG (**) e a Belisa Ribeiro fizeram pelo Collor  em 1989 foi uma festinha do Dia da Criança.
Brasil é a oitava economia do mundo, o Real é a moeda que mais se valorizou, e o mais importante: descobriu a maior jazida de petróleo do mundo nos últimos 30 anos !
O Brasil será uma Arábia Saudita de petróleo.
É muita coisa em jogo.
É por isso que o Davizinho está nervoso.
Por que o Davizinho não divulga no site do “do bem” a relação dos clientes dele ?
O Serra e o PiG (**) tem muito a ganhar nessa eleição.
E muito a perder.
O presidente Lula esperou oito anos para mandar o Franklin Martins ir à Europa estudar o que fazer contra o PiG.
Era melhor ir a Buenos Aires.
Mais perto.
Eles não descansarão, o PiG e a elite branca (e separatista, no caso de São Paulo – clique aqui  para ver o vídeo em que Serra atribui aos nordestinos a péssima qualidade do ensino público de São Paulo ………………………………
O PiG e a elite branca (e separatista, em São Paulo) tentaram derrubar o Lula desde o primeiro dia.
Assim será com Dilma – e pior.
Porque a Dilma é mulher.
Porque a Dilma não tem o carisma do Lula.
E porque a Dilma já demonstrou – no debate da Band – que não leva desaforo para casa.
E porque a estrutura ideológica da Dilma é mais sólida.
Lula tentou charmar o PiG (**).
Depois, achou que seu carisma ia dar uma lição no PiG.
Não charmou nem deu lição nenhuma.
A Traíra destruiu a estratégia de que bastava comparar-se ao desastroso Governo do FHC/Serra para ganhar a eleição.
A Traira foi a tubulação por onde passaram os detritos do segundo turno.
E f oi preciso ir para a jugular do Serra.
O jogo saiu do campo da Economia e foi para o aborto, para o esgoto da banda larga.
E aí, o PiG (**) desempenhou papel vital.
Fez o jogo sujo que o “do bem” não fazia – pela frente.
Por fora, “do bem”.
Por dentro, “do ódio”.
A Ley de Medios não é apenas para salvar o Governo Dilma.
É para salvar a democracia.
Não tem democracia com esse PiG (**).
O Palocci e o Cardozo são muito amigos do PiG (**).
Eles queriam ganhar a eleição sem brigar com o Herbal.
Isso é muito comum no PT.
Eles rezam por uma página amarela da Veja e uma entrevista da urubóloga na GloboNews.
É tudo o que eles querem na vida.
Se dependesse do Palocci e do Cardozo, a Dilma perderia a eleição, mas não brigava com o Otavinho.
O Lula salvou o Governo dele, mas quase não faz a sucessora.
E, em oito anos, não construiu instituições que protegessem a democracia do PiG (**).
O Serra não é nada.
Não pensa nada.
Não tem uma idéia original.
É um produto do PiG (**) e da vala negra, onde respira.
Sem o PiG (**), o Serra e o FHC não passavam de Resende.
O Serra vai ser o Presidente da Associação Nacional dos Jornais, para articular o impeachment da presidente Dilma.
Nesse ponto, o papel da Traída foi salutar.
Mostrou à Dilma que a Ley de Medios é uma questão de vida ou morte.
Não apenas do Governo dela.
Mas da democracia, que ela defendeu sob tortura.

Paulo Henrique Amorim

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um  comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista

Fúria Contra A Máquina




Abaixo imagens censuradas pela TV Globo deles em Itu:



Leia mais em: ¹³ O ESQUERDOPATA ¹³
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Puxadinhos - a grande política habitacional de Serra e FHC

Serra foi o melhor deputado da Constituinte


Serra ataca os trabalhadores
Serra, o candidato que cinicamente se apresenta como “do bem”, diz que foi “o melhor deputado da Constituinte”. Melhor pra quem, cara pálida? Não para os trabalhadores, de quem foi inimigo. Numa escala de zero a dez, o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar deu nota 3,75 a ele.

José Serra diz que foi o melhor deputado da Assembléia Constituinte, eleita em 1986, para redigir a constituição do Brasil pós-ditadura, constituição entregue ao país em 1988. Vamos ver nesse artigo o que Serra andou fazendo na Constituinte. Pela luta democrática do povo brasileiro tivemos a “Constituição Cidadã”, que o governo FHC tanto se empenhou em alterar e rasgar.

Serra foi o ministro do Planejamento (o ministério das privatizações) do governo vende-pátria de FHC, governo responsável pela entrega da Vale do Rio Doce, pelas privatarias de Daniel Dantas nas telecomunicações, o apagão do setor elétrico... a lista contra o Brasil e o povo brasileiro é longa. Da Petrobras, não era para ficar nem o nome, queriam entregar ao capital estrangeiro com o nome de Petrobrax.

É preciso tomar cuidado com o que Serra e sua campanha dizem. O baixo nível produzido por eles nesta campanha presidencial não tem limites. Lembra Goebbels, o ministro nazista da Propaganda, para quem uma mentira mil vezes repetida se transforma numa verdade.

A campanha de Serra espalha que a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) recomenda o voto contra Dilma, uma deslavada mentira negada com ênfase pela entidade máxima da Igreja Católica no Brasil; mesmo assim continua repetida insistentemente pela campanha do tucano.

A mulher de Serra faz campanha dizendo que “Dilma vai matar as criancinhas do Brasil”, e, por isso, os eleitores devem votar no marido dela. Sem comentários, a não ser o de que até aonde pode ir a baixeza da direita brasileira, uma das mais trogloditas do mundo. Quanto ao preconceito contra os pobres, à defesa da desigualdade social, dos privilégios, a direita brasileira se compara à direita racista pró-“apartheid” do antigo regime da África do Sul. Não à toa, o governo Lula herdou um país recordista mundial em “apartheid” social.

A baixaria se diversifica em inúmeras infâmias contra Dilma, toma conta da Internet, abarrota de “spams” nossas caixas de “e-mails”.

Mas voltemos à afirmação de cara lavada de Serra de que foi “o melhor deputado da Constituinte”.

Na Constituinte, vejam como Serra, inimigo dos trabalhadores, votou:

Serra negou seu voto pela garantia do salário mínimo real
Pra que salário mínimo real, não é mesmo?, ideal para nossa direita seria arrochar ainda mais os baixos salários dos trabalhadores brasileiros, até mesmo o salário mínimo;

Serra negou seu voto pelo abono de férias de 1/3 do salário
Para a direita brasileira, férias já são quase um... abuso, imagine-se ainda pagar 1/3 do salário por elas;

Serra negou seu voto para garantir 30 dias de aviso prévio
Afinal, FHC se vangloriava que “a era Vargas acabou”, ele achava o máximo o mínimo de carteiras de trabalho assinadas, contava vantagem de ter diminuído drasticamente o número de carteiras de trabalho assinadas nos seus governos (1994-2002), isto é, apresentava como “modernidade” direitos trabalhistas atirados ao lixo.

Serra negou seu voto pelo aviso prévio proporcional
Bom mesmo para Serra seria logo acabar com o aviso prévio;

Serra votou contra mais garantias ao trabalhador de estabilidade no emprego
Pra que estabilidade no emprego? Bom mesmo para os tucanos, e seus aliados preferenciais (o DEM e a mídia conservadora), é seguir as receitas do FMI, todo o dinheiro do país para banqueiros, nada de investimento em produção, país parado, desenvolvimento zero, daí seu ódio ao PAC e sua tentativa de paralisá-lo. Se o emprego para Serra e sua turma já é um luxo, estabilidade no emprego para eles só pode ser supérflua.

Serra votou contra a redução da jornada de trabalho para 40 horas
Para a direita representada por Serra, aí já se trata de muito abuso, o que para eles a negrada, isto é, o povo brasileiro, precisa, é trabalhar mais e ganhar menos; afinal, para eles, salário não passa de “privilégio”;

Serra negou seu voto pelo direito de greve
Ei, o que é isso, direito de greve?!, na Constituição? Para a direita, bom mesmo era como a ditadura tratava as greves, a polícia política se encarregava dos grevistas (os DOPS e DEOPS de triste memória), grevistas eram “vagabundos e subversivos” na visão policial e patronal;

Então Serra desde muito tempo já é contra esse elementar direito democrático, o direito de greve, isso talvez explique a forma ditatorial e repressiva como tratou grevistas em São Paulo;

Serra negou seu voto pela estabilidade do dirigente sindical
Pra que sindicato, sindicato pra quê?, é o mantra da direita brasileira; sindicato bom pra ela é sindicato inexistente;

Serra votou contra a implantação de Comissão de Fábrica nas indústrias
Aí também é demais, né não?, operários se reunindo no local de trabalho, é demais; para a direita trabalhador tem só que trabalhar, não discutir nada e sempre agradecer ao patrão.

Esse é Serra, o candidato que cinicamente se apresenta como “do bem”: ué, não tem gente que defende a escravidão até hoje? E diz com a maior sem-cerimônia que foi “o melhor deputado da Constituinte”. Melhor pra quem, cara pálida? Não para os trabalhadores, de quem foi inimigo. Numa escala de zero a dez, o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), entidade fidedigna e conceituada, atribuiu nota 3,75 a Serra.

Tire suas conclusões e vote com consciência em 31 de outubro.
Antônio Augusto é jornalista
 Esquerdopata


Leia mais em: ¹³ O ESQUERDOPATA ¹³ 
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