Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quarta-feira, 6 de março de 2013

Morto, Chávez é mais atacado do que quando estava vivo


COM A PALAVRA, O ROLA BOSTA :
Não se pode dizer que seja exatamente uma surpresa o fenômeno que passou a ser visto após o anúncio da morte de Hugo Chávez. Logo após esse anúncio, o título do texto aqui publicado já dizia que o venezuelano não morrera, mas que, antes, acabara de nascer – ou renascer –, agora como mito.
O fenômeno em tela é o de o ex-presidente, depois de morto, estar sofrendo um nível de ataques na mídia americanizada do Brasil – e nas de tantos outros países latino-americanos – que poucas vezes se viu quando estava vivo.
Foi surpreendente, porém, a virulência com que a edição do Jornal da Globo que foi ao ar entre a noite da última terça-feira e o começo da madrugada de quarta tratou o presidente recém-falecido.
O Jornal Nacional, poucas horas antes, fugiu de mostrar os avanços sociais na Venezuela durante a era Chávez, mas não enveredou pela hidrofobia sem limites que se viu no Jornal da Globo – telejornal destinado ao público que dorme e acorda mais tarde e que tem maior poder aquisitivo.
Abaixo, o texto hidrófobo lido pelo âncora do Jornal da Globo Willian Waack sobre um ser humano que acabara de perder a vida. Um texto desrespeitoso à Venezuela e à parcela esmagadora de seu povo que apoiou o ex-presidente até seu último suspiro e que continua apoiando, agora na figura de Nicolás Maduro, provável herdeiro político de Chávez.
—–
JORNAL DA GLOBO
http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2013/03/hugo-chavez-morre-aos-58-anos.html
Willian Waack
5 de março de 2013
Hugo Chávez nunca reclamou quando o chamaram de caudilho, embora preferisse o título de comandante revolucionário. Como todo caudilho sul-americano, a revolução era ele.
O dono de um tal de socialismo bolivariano, que ninguém, nem mesmo Chávez, foi jamais capaz de explicar. Começou a carreira como muitos militares do continente, dando um golpe, descontente com políticos e elites tradicionais, que jamais, no caso da Venezuela, foram capazes de distribuir a grande riqueza do país: petróleo e energia.
Chávez fracassou na primeira tentativa de chegar ao poder, em 1992, mas não desistiu. Escolheu a marcha através das instituições formais da democracia como maneira de atacar a própria democracia, que, no entendimento dele, o caudilho bolivariano, só servia apenas aos interesses de quem ele declarava seus inimigos.
Em 1999, eleito presidente, Chávez não perdeu tempo. Convocou uma Assembleia Nacional Constituinte com a qual forjou as ferramentas que o manteriam no poder até o fim da vida.
Um de seus principais alvos era a imprensa independente: Hugo Chávez ganhou um lugar na já repleta história de caudilhos sul-americanos incapazes de conviver com o contraditório e a liberdade de imprensa.
Para ele, pouco importava: admirador dos irmãos Castro e do experimento ditatorial de Cuba, Chávez achava que a revolução social que tinha como propósito justificaria o emprego de qualquer meio. Foi beneficiado por uma extraordinária conjuntura internacional, que favoreceu a principal — quase única — fonte de renda do país: o petróleo.
Chávez transformou a então bem gerida e produtiva PDVSA, a estatal do petróleo, em um braço político dedicado ao distributivismo típico dos caudilhos preocupados apenas com a própria popularidade.
A indústria venezuelana ficou pelo caminho, a corrupção tornou-se ainda pior do que no regime político anterior, a inflação ficou sendo uma das maiores da América do Sul, mas Chávez continuava repetindo: “adelante siempre”.
Fez escola entre outros países ricos em energia, como Equador e Bolívia, onde conquistou adeptos. Tratou de exportar seu modelo para outro país rico na história em caudilhos, a Argentina.
Declarou os Estados Unidos da América como o pior inimigo da Venezuela. Protagonizou um dos piores momentos da Assembleia Geral das Nações Unidas, ao dizer que onde o então presidente americano George W. Bush havia acabado de discursar ainda prevalecia o cheiro de enxofre, o cheiro do diabo.
Sua maior desmoralização internacional, no entanto, ocorreu nas mãos do rei da Espanha, Juan Carlos, que o mandou se calar. Chávez quase foi derrubado em 2002 por um mal-articulado golpe militar no qual ele identificou a mão do império, a mão dos Estados Unidos.
Rompeu relações diplomáticas com Israel e estreitou laços com o Irã. Tornou-se muito popular em Moscou com as pesadas compras de armas, e um inimigo da vizinha Colômbia, que o acusava de abrigar, armar e ajudar os narcoguerrilheiros das Farc.
Encontrou no governo petista do Brasil um aliado confortável em várias iniciativas no continente, como a expansão do Mercosul, através de um truque diplomático articulado contra o Paraguai.
Faltou, porém, com a palavra dada a um de seus maiores amigos, o ex-presidente Lula, com quem combinou construir uma refinaria em Pernambuco. Até hoje, o aporte financeiro prometido por Chávez não se materializou, obrigando a Petrobras a tocar sozinha o projeto.
Ajudado por uma oposição desarticulada, desmoralizada e vítima também de perseguições, Chávez dominou a Venezuelal, mas não conseguiu realizar o tal do socialismo bolivariano, inspirado na figura de Simon Bolívar, que ele mandou exumar e venerava como um santo.
Como todo caudilho, embevecido de si mesmo, Chávez detinha a última palavra em qualquer assunto. Tinha a certeza de que seu nome, e a inspiração aos camisas vermelhas, seria o suficiente para levar a Venezuela a um grande futuro, pelo qual o país — dividido, traumatizado, empobrecido e violento — continua esperando.
—–
Um aspecto interessante desse texto lido por Waack no ar é que, a certa altura, parece lamentar o insucesso da tentativa de golpe de Estado contra Chávez em 2002 ao dizer que ele “Quase foi derrubado em 2002 por um mal-articulado golpe militar no qual ele identificou a mão do império, a mão dos Estados Unidos”.
A quantidade de distorções dos fatos contida na cobertura da Globo e do resto da grande mídia sobre o que foi o governo Chávez, é imensurável. Essa afirmação de que foi o venezuelano que “identificou” a interferência dos EUA na tentativa de golpe que sofreu, é hilária.
A tentativa de golpe contra Chávez em 2002 foi publicamente condenada pelas nações latino-americanas (os presidentes do Grupo do Rio se reuniram em San José, Costa Rica, na época, e emitiram um comunicado conjunto de repúdio ao golpe) e pelas organizações internacionais.
Apenas os Estados Unidos e a Espanha rapidamente reconheceram o governo de facto da Venezuela, agora presidido pelo rico empresário Pedro Carmona, presidente da Fiesp venezuelana, a “Fedecámaras”.
Como primeira medida, o “presidente” Carmona fechou o Congresso e a Suprema Corte de Justiça do país e reprimiu, com tropas leais, as manifestações pró-Chávez que tomaram Caracas, com a população descendo dos morros que circundam a cidade para irem protestar diante do Palácio Miraflores, sede do governo venezuelano.
E para que fique absolutamente claro que a participação dos EUA no golpe não foi uma invenção de Chávez, basta ver notícia que o portal da mesma Globo na internet, o G1, publicou em 2009. Leia, abaixo, trecho da matéria.
—–
Jimmy Carter diz que EUA sabiam de golpe contra Hugo Chávez em 2002
G1
20 de setembro de 2009
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1311305-5602,00-JIMMY+CARTER+DIZ+QUE+EUA+SABIAM+DE+GOLPE+CONTRA+HUGO+CHAVEZ+EM.html
Os Estados Unidos estavam sabendo do golpe que quase derrubou o presidente venezuelano Hugo Chávez em 2002, e talvez tenham até apoiado a frustrada tentativa, declarou o ex-presidente americano Jimmy Carter em entrevista publicada neste domingo (20) pelo jornal colombiano “El Tiempo”.
“Acho que não há dúvidas sobre o fato de que em 2002 os Estados Unidos estavam sabendo, ou tiveram participação direta, no golpe de Estado”, disse Carter ao jornal. Assim, as críticas de Chávez contra os Estados Unidos “são legítimas”, destacou o ex-dirigente democrata, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2002.
(…)
—–
Parece-me material suficiente para que, ao menos, a Globo não atribuísse só a Chávez a acusação de que os Estados Unidos foram parte integrante da tentativa fracassada de golpe em 2002 na Venezuela, certo?
É claro que o que o Jornal da Globo apresentou não foi uma reportagem, mas um editorial capenga, cheio de furos e que, se fosse publicado em uma televisão norte-americana, seria passível de ser contestado no ar por qualquer cidadão que se sentisse prejudicado, como determina o Federal Communications Commision (FCC), órgão regulador das comunicações eletrônicas naquele país.
Mas isso é nos EUA, que, como todos sabem, é um país “marxista”…
Voltando à dura realidade brasileira, no mesmo Jornal da Globo ainda tivemos Arnaldo Jabor com mais opinião e ainda menos fatos, vociferando sem parar contra Chávez, omitindo, distorcendo, inventando etc.
Nos blogs e sites, os antichavistas pareceram ter enlouquecido com a imortalidade recém-adquirida por Chávez. Virulentos, pornográficos, hidrófobos ao impensável, mentecaptos de todas as idades e de todas as regiões do país tentavam se superar em palavrões, insultos e praguejamentos diversos contra um ser humano que acabara de falecer e que, segundo informações minimizadas e distorcidas da Folha de São Paulo do dia seguinte, reduziu a pobreza na Venezuela de 20% para 7%.
Tanto o telejornalismo da Globo quanto os grandes jornais impressos do dia seguinte simplesmente não deram uma linha sobre o fato de que Chávez conseguiu os maiores avanços em termos de redução da pobreza, da miséria e de distribuição de renda na América Latina, sem falar do feito histórico de ter acabado com o analfabetismo em seu país, conforme referendo público da Unesco.
A impressão que o noticiário sobre a morte de Chávez deu a qualquer um que assistiu ou leu – mesmo às pessoas despolitizadas –, foi de surpresa. Muitos não conseguiram entender a razão de tanto ódio contra alguém que acabara de deixar a vida para entrar na história.
A explicação, porém, já foi dada aqui mesmo poucas horas após o falecimento de Hugo Rafael Chávez Frías: morto, está mais poderoso do que nunca. É relativamente simples destruir os vivos – ainda que, às vezes, como no caso de Chávez ou do próprio Lula, nem tanto. Mas é praticamente impossível destruir um mito.
O que se viu e ainda será visto nos próximos dias, semanas e até anos em termos de hidrofobia político-ideológica contra o falecido Chávez, portanto, não passa de um medo absolutamente visceral que a direita sente de um homem que ergueu a América Latina social e economicamente.

CASO BARBOSA: ANJ FAZ SILÊNCIO VERGONHOSO


MULTIDÃO CHORA CHÁVEZ À VOLTA DO CAIXÃO NAS RUAS


terça-feira, 5 de março de 2013

VALEU, CHAVEZ !


ESTADÃO: 'PALHAÇO, VÁ CHAFURDAR NO LIXO'


Tropa virtual espalha mensagens pró Aécio na internet


No último domingo, este Blog foi surpreendido por uma enxurrada de comentários colocados em um post antigo, de 23 de abril de 2011, intitulado Um Larry Rother para Aécio Neves. O texto tratou de episódio pouco elogioso ao senador mineiro ocorrido naquele ano.
Mais adiante discorrerei com detalhes sobre a tal enxurrada de comentários. Antes, explicarei a natureza do post que foi alvo dessa verdadeira tropa virtual.
O texto em questão se refere a episódio ocorrido há quase dois anos com o senador pelo PSDB mineiro Aécio Neves, que foi flagrado dirigindo alcoolizado no Rio de Janeiro em um fim de semana e que, por isso, recusou-se a fazer o teste do bafômetro.
Eis um trecho do post que publiquei naquele abril de 2011:
“(…) Quem será o Larry Rother ou o Diogo Mainardi de Aécio Neves? Sim, porque se existiram para Lula, contra quem não havia provas de alcoolismo, teriam que existir para Aécio, que acaba de ser flagrado dirigindo bêbado no Rio. Além de haver provas contra o tucano, a prova ainda inclui um crime relacionado à bebida (…).
Não é raro entrarem comentários em posts antigos, mesmo sendo tão antigo quanto esse – todos os dias entram algumas dezenas de comentários assim. Contudo, nunca ocorreu, neste Blog, uma chuva de comentários como esses em um texto escrito há quase dois anos.
Mas não é só. O que é interessante é que mais de 40 comentários partiram de meia dúzia de pessoas – ou, ao menos, de computadores. Isso é o que mostram os IPs dos comentaristas, os quais postaram mensagens seguidas com nomes e e-mails falsos, mas que foram denunciados por suas assinaturas eletrônicas.
Abaixo, imagens dos comentários fakes pró Aécio:
—–
COMENTÁRISTA – Carlos Vianna
IP – 177.18.47.123           
STATUS – Marcado como spam por eduguim
DATA/HORA – Enviado em 03/03/2013 as 22:48
TEXTO – Gente que não sabe discutir política, lança assuntos sensacionalistas para tentar sujar a imagem do candidato à presidência pelo PSDB, Aécio Neves.
POST – Um Larry Rother para Aécio Neves
*
COMENTÁRISTA – Danilo Souza
EMAIL danilosouza2402@gmail.com
IP – 177.18.47.123           
STATUS – Marcado como spam por eduguim
DATA/HORA Enviado em 03/03/2013 as 22:48
TEXTO – Os ataques do PT só mostram que eles estão com medo de uma candidatura de Aécio Neves.
Aécio Neves é um governante que cumpre o que promete.
Excelente senador atuante.
POST – Um Larry Rother para Aécio Neves
*
COMENTARISTA – Ricardo
EMAIL ricardogouva@yahoo.com.br
IP – 177.18.47.123           
TEXTO – Marcado como spam por eduguimEnviado em 03/03/2013 as 22:47
Vendo a biografia de Aécio Neves, é impossível que não se possa ver a integridade desse homem.
Responsabilidade, mandatos e gestões eficientes em todos os cargos que já atuou.
Um homem que é de fato preparado para assumir a presidência do brasil. Aécio Neves é com certeza meu voto no ano que vem. Tucanos de volta em 2014!
POST – Um Larry Rother para Aécio Neves
*
COMENTARISTA – Ana Ribeiro
EMAIL – anaribeiro668@yahoo.com.br
IP – 177.18.47.123           
STATUS – Marcado como spam por eduguim
DATA/HORA – Enviado em 03/03/2013 as 22:47
TEXTO – Olhem mais para seus partidos e vejam quem realmente tem alguma coisa pra se orgulhar.
Mensalão e fichas sujas!
Aécio Neves é um homem íntegro e responsável pelos seus atos. Como presidente, com certeza irá dar continuidade ao excelente trabalho que foi feito em Minas Gerais.
Em 2014 eu vou de Aécio Neves Presidente!
POST – Um Larry Rother para Aécio Neves
*
COMENTARISTA – Fernanda Souza
EMAIL – fernandasouza628@yahoo.com.br
IP – 177.18.47.123           
STATUS – Marcado como spam por eduguim
DATA/HORA – Enviado em 03/03/2013 as 22:46
TEXTO – Se Aécio Neves fez um bem pra MG como governador, imagina então como presidente do Brasil em 2014?
Intriga da oposição!
Aécio Neves é um homem íntegro e responsável com seus deveres como cidadão.
POST – Um Larry Rother para Aécio Neves
—–
Como se vê, do computador que tem o IP 177.18.47.123 saíram 5 mensagens, 3 com nomes de homens e 2 com nomes de mulheres. Os horários de postagem dessas mensagens foram praticamente os mesmos.
Abaixo, mais um exemplo de outro IP (ou computador) usado para postar mais mensagens simultâneas com nomes e e-mails falsos, o que denota trabalho de equipe, até porque tal fenômeno durou manhã, tarde e noite inteiras do último domingo.
—–
COMENTARISTA – Bianca
EMAIL – biancadias2303@gmail.com
IP – 189.63.166.248         
STATUS – Marcado como spam por eduguim
DATA/HORA – Enviado em 03/03/2013 as 17:27
TEXTO – Minas Gerais evoluiu muito com o governo de Aécio Neve
POST – Um Larry Rother para Aécio Neves
*
COMENTARISTA – Igor
EMAIL – igor.barros01@yahoo.com.br
IP – 189.63.166.248         
STATUS – Marcado como spam por eduguim
DATA/HORA – Enviado em 03/03/2013 as 17:24
TEXTO – Tudo que o Governador Aécio Neves fez por Minas Gerais reflete no excelente presidente que teremos.
POST – Um Larry Rother para Aécio Neves
*
COMENTARISTA – Michael
EMAIL – michael.costa59@yahoo.com.br
IP – 189.63.166.248         
STATUS – Marcado como spam por eduguim
DATA/HORA – Enviado em 03/03/2013 as 17:04
TEXTO – Minas Gerais evoluiu muito com o governo de Aécio Neves. Eu sou testemunha
POST – Um Larry Rother para Aécio Neves
*
COMENTARISTA – Samuca Rocha
EMAIL – samuelrocha343@yahoo.com.br
IP – 189.63.166.248         
STATUS – Marcado como spam por eduguim
DATA/HORA – Enviado em 03/03/2013 as 16:39
TEXTO – Com certeza o PIB do Brasil será um orgulho para os brasileiros quando Aécio Neves assumir a presidência da República.
POST – Um Larry Rother para Aécio Neves
—–
Essas são pequenas amostras da chuva de comentários que este Blog recebeu, repito, no último domingo em um post que foi publicado aqui há praticamente dois anos.
Não há, claro, nada de ilegal em um político ter uma tropa de apoiadores para postar comentários elogiosos ou em sua defesa em páginas da internet que tratam de política e que o elogiaram ou criticaram.
Todavia, há que perguntar sobre o aspecto ético de um pequeno grupo de pessoas se multiplicar em muitas ao custo de um estratagema desonesto como falsificar o próprio nome e o próprio e-mail, travestindo-se homens em mulheres e mulheres em homens.
À parte da questão ética, o fato revela que o PSDB já está trabalhando por Aécio como se ele estivesse em plena campanha eleitoral, pois esse fenômeno que acabo de relatar é usado no auge dessas campanhas, quando qualquer voto conta.
Ou, no mínimo, é o próprio Aécio que organizou essa ação.
Este relato é interessante porque mostra até a estratégia usada. Claramente, os partidários de Aécio estão varrendo o Google em busca de textos negativos contra ele e espalhando defesas a seu favor, num primeiro momento.
Por último, o episódio também sugere que os adversários de Aécio devem ficar atentos, porque, concomitantemente à sua defesa por pessoas que utilizam do expediente questionável supra revelado, as mesmas pessoas provavelmente não ficarão só na defesa…
*
PS: espera-se que os computadores dos quais partiram as tais mensagens não tenham restrições para esse tipo de utilização, como, por exemplo, a de pertencerem a órgãos públicos.

segunda-feira, 4 de março de 2013

ESTRANGEIROS NÃO ENTENDEM MALHOS DA MÍDIA EM DILMA


PACOTE ELÉTRICO DE DILMA DERRUBA INFLAÇÃO


A GLOBO NÃO ENGANA NINGUÉM. NEM EM LOS ANGELES


É inconcebível que não exista um conglomerado jornalístico para apoiar um Governo com 78% de apoio popular.
A escravidão sustentou o Brasil por 300 anos. E são os mesmos que mandam até hoje

Sugestão do editor do Conversa Afiada Murilo Silva:

Quando o presidente esquerdista João Goulart foi deposto pelos militares brasileiros, em 1964, a maioria da mídia nacional, controlada por poucas famílias, comemorou. [...]

Mas, durante a ditadura de 21 anos que se seguiram, o governo censurou os jornais e estações de televisão das famílias operadoras [...]

As coisas são diferentes agora. Desde 2003, o Brasil tem sido gerido pelo partido à esquerda da Centro dos Trabalhadores Popular, conhecido como PT, que deixou a mídia só [...]

Mas as publicações e emissoras de TV, ainda controladas pelas mesmas famílias, têm sido críticos do partido, apesar de uma taxa de aprovação pública para a presidente Dilma Rousseff tão alta quanto 78% [...] (sic).


Saiu no Los Angeles Times:

BRAZIL’S DILMA ROUSSEFF IS POPULAR, BUT NOT AMONG NEWS MEDIA


Rich and powerful newspapers and TV networks have been critical of the left-leaning president despite her hands-off approach toward them.

By Vincent Bevins, Los Angeles Times 

March 3, 2013, 6:36 p.m.

SAO PAULO, Brazil — When left-leaning President Joao Goulart was deposed by the Brazilian military in 1964, the nation’s major news media, controlled by a few wealthy families, celebrated.

But during the 21-year dictatorship that followed, the government censored the newspapers and television stations the families operated.

Things are different now. Since 2003, Brazil has been run by the popular left-of-center Workers’ Party, known as PT, which has left the news media alone.

But the publications and TV stations, still controlled by the same families, have been critical of the party, despite a public approval rating for President Dilma Rousseff as high as 78%. Not a single major news outlet supports her, with some newspapers and magazines particularly harsh in their criticism.

“It’s an extremely unique situation now in Brazil to have such a popular government and no major media outlet that supports it or presents a left-of-center viewpoint,” says Laurindo Leal Filho, a media specialist at the University of Sao Paulo.

The opposition to the Workers’ Party has been present since former left-wing metalworker Luiz Inacio Lula da Silva, once imprisoned by the dictatorship, was elected president in 2002. Lula quickly moved to the center and accommodated business elites, and the following decade saw an economic boom in which 40 million people rose out of poverty.

“Brazilian society was based on slavery for over 300 years, and has almost always been run by the same social strata,” Leal Filho says. “Some parts of the upper class have learned to live with other parts of society that were previously excluded … but the media still reflect the values of the old-school elite, with very, very few exceptions.”

The critical news media have been widely praised for hard-hitting investigations of corruption that have led eight members of Rousseff’s Cabinet to be replaced, and 25 high-level officials to be sentenced for a vote-buying scandal dating to Lula’s administration. But government supporters often say the news media pay much less attention to evidence of corruption involving other political parties.

Reporters Without Borders recently issued a report criticizing media concentration in Brazil and recommending an overhaul of laws pertaining to the media. But unlike elsewhere in Latin America where governments openly battle with private media critics, the Brazilian government has taken a relaxed attitude.

Even if there were a concerted effort to take action, it would be politically impossible, analysts say. The Reporters Without Borders report details close ties between parts of the media and members of Congress, some of whom even vote to grant licenses to outlets they own, especially outside the bigger cities. To run the country, Rousseff must navigate the complicated waters of the Brazilian congressional system and work with more than 20 other parties.

“It’s unfortunate, but to govern this country you have to establish alliances,” says Mino Carta, editor of Carta Capital, the only publication of any size that supports the government. It sells 60,000 copies a week in a country of almost 200 million.

Meanwhile, Rousseff, who was tortured by the dictatorship for her left-wing activities in the 1970s, has taken criticism from the news media in stride, periodically reaffirming her belief in freedom of speech.

Attempting to build a large-scale news outlet that presents a different point of view would be extremely difficult, Carta says, because of the need for advertising revenue.
“That would be a very slow and long-term goal indeed,” says the Italian-born septuagenarian.

Most Brazilian media chiefs say their journalism is neutral and objective.

Sergio Davila, managing editor of Folha de Sao Paulo, Brazil’s highest-circulation newspaper, says, “When Fernando Henrique Cardoso was in office, [his party] the PSDB said we were against them and pro-PT.”

Davila points to a report published in the paper at the time detailing votes purchased to ensure Cardoso’s reelection. “Now we’re just seeing the other side of the coin.”

But many PT supporters see the major newspapers, including Folha and O Estado de Sao Paulo, as anti-Rousseff, as they do the television network and newspaper run by the dominant Globo group.

“The big media have always defended powerful interests,” says Jose Everaldo da Silva, a retired port worker and PT voter in the country’s traditionally poor northeast, which has benefited especially from PT rule. “Everyone remembers what Globo did in Lula’s first election.”

When Lula first ran for president in 1989, the Globo TV station heavily edited his final debate with Fernando Collor de Mello, giving Lula less time and showing all of Collor’s best moments. The polls turned in favor of Collor, who was elected and later impeached for corruption.

The episode became the subject of a British documentary titled “Beyond Citizen Kane.”

Globo TV later acknowledged having made a mistake but denies there is now any bias. “Globo is absolutely nonpartisan. It doesn’t offer opinions on governments and seeks neutrality in its news programs,” a spokesman said.

TV stations are relatively moderate and a more important source of news than print for Brazilians, most of whom don’t regularly read newspapers or magazines, says David Fleischer, a political scientist at the University of Brasilia.

“TV stations don’t blast [Rousseff] like the press does,” Fleischer says.

In stark contrast to much of the world, the printed word is growing in Brazil, as literacy and news consumption rise. Folha’s circulation increased 2% in print and 300% online last year.

“More diversity in the media would be good for the country,” Davila says. “I just really don’t know why it’s not happening.”

For now, neither Rousseff nor retired port worker Da Silva seems worried.

“Everyone who travels around here can see clearly that Brazil has changed. Globo distorts the truth, yes. But it’s not so bad. Who cares? They can say whatever they want,” Da Silva says in a phone interview, and then breaks into laughter. “Actually, I’m watching Globo right now.”

Bevins is a special correspondent.


Comments (2)

FabioORibeiro at 7:10 AM March 04, 2013 
In Brazil the media always commanded the State. It was the Brazilian media that, under the influence and money of the CIA and  English Secret Service, produced the coup of 1964. It was the media that, in in 1985, helped destroy the Dictatorship that it created in the past. It is the media that runs the Judiciary now, preventing the conviction of criminals of the Dictatorship (unlike what happened in Chile and Argentina). It is also the media who invented the scandal known as “Mensalão” and demanded that some members of the PT were condemned by the Judiciary. But the media does no commands the Brazilian people now and the Brazilians choose to elect candidates who do not have to compromise with the media. 

Murilo Jamiel at 6:26 AM March 04, 2013 
In Brazil, there’s no democracy in the media. Television Networks, Radio Stations and newspapers belongs to the same owners and just one point of view is presented to the audience. Besides, they present themselves as impartial. The media oligopolies are the biggest threat to democracy in Brazil.