Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Brito: Aécio na Venezuela foi pataquada


“Aécio Neves está virando um Marcelo Reis, o revoltado, com mandato…”


"A revista Veja antecipa o fechamento para dar um furo internacional". Fernando Morais


Conversa Afiada reproduz opinião de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:

“MISSÃO AÉCIO” NA VENEZUELA NÃO FOI DIPLOMACIA, FOI PATAQUADA PROMOCIONAL


Será que alguém vai ter coragem de dizer que Aécio e a “turminha da encrenca” que foi para a Venezuela estão fazendo papel de palhaços em nome do Brasil?
Não, pousaram lépidos e fagueiros em Caracas, a bordo de um jatinho executivo da Força Aérea.
A comitiva de Aécio ficou presa (no bom sentido) num engarrafamento geral e isso foi um “cerceamento” à sua livre movimentação.
Dá pra ver na foto (abaixo) publicada em O Globo que todos os veículos estão parados no acesso à cidade.
Até o “cara de nojo” do senador paulista cooptado por Aécio reconheceu que não foi isso e O Globo registra: ” No Twitter, o senador Aloysio Nunes explicou que houve um acidente, e por isso o trânsito ficou parado”.
A tucaníssima repórter Maria Lima,de O Globo, diz que “já em um ônibus, a cerca de um quilômetro do aeroporto, o veículo ficou parado no trânsito e um grupo de cerca de 50 manifestantes começou a bater na lataria e gritar”.
Realmente, as batidas na lataria são condenáveis, embora aqui tenham feito isso com Sarney, no ano passado, e não vi ninguém da turma do Aécio condenar o cerco dos “Revoltados Online” aos carros de Sarney e de outros parlamentares para os impedir de votar no parlamento.
Ficamos sabendo também que a excursão dos senadores termina hoje à noite e, portanto, em menos de 12 horas eles vão poder observar tudo e deitar falação sobre o que deve ou o que não se deve fazer lá no país dos outros.
E visitar presos (sejam ou não presos políticos, mas detidos por ordem judicial) sem autorização do Judiciário, onde é que isso poderia acontecer?
Que diferença de gente respeitável como o ex-presidente dos EUA, Jimmy Carter,que está com o seu Centro Carter trabalhando há meses na Venezuela para, como já fez de outras vezes, ajudar num processo eleitoral transparente, que é o que todas as pessoas de bem devem fazer.
E o nosso país, dominado por uma onda de histeria inédita em nossa história recente é forçado a dar uma de “babá” de meninos travessos, para não ser acusado de “cúmplice” dos “bolivarianos”.
Eu já estive na Venezuela – e não por 12 horas – e pude ver, já há dez anos – como o clima político é radicalizado.
Tão radicalizado que ocorreu um golpe de Estado, contra Chávez.
Se houver outro, desta vez contra Nicolás Maduro, alguém tem alguma dúvida sobre se Aécio, comitiva e mídia vão se posicionar?
Uma comissão de representantes do parlamento brasileiro jamais poderia deixar de ter uma agenda ouvindo os dois lados, oposição e governo venezuelanos, assim como deveria ter um encontro no parlamento daquele país.
Se foi feita em nome de um dos poderes da República do Brasil deveria ter sido tratada como um assunto de Estado, não como um factóide promocional.
Mas o que foi feito, e ninguém quer dizer, foi uma pataquada.
Aécio Neves está virando um Marcelo Reis, o revoltado, com mandato…


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NOGUEIRA: AÉCIO NÃO SE ENXERGA









Grécia e Brasil: a democracia pode vencer o neoliberalismo?





A troika precisa humilhar Atenas para desencorajar uma bola de neve contra a ganância rentista.

por: Saul Leblon

Brookings Institution / Flickr


















A Grécia enfrenta suas provas cruciais diante de credores que, como bem observou o jovem líder Tsipras, pretendem humilhá-la para desencorajar outros candidatos a hereges a colocar a democracia à frente dos mercados.
 
Sem dúvida, o componente político e ideológico da intransigência de Bruxelas e do FMI não é desprezível.
 
Mas a tragédia grega não se resume a um bloco monolítico de oprimidos, acossados pelo poder financeiro externo, sob o açoite de Frau Merkel.
 
Por trás das multidões desesperadas que afluíram às ruas e cercaram o parlamento nos últimos anos, tentando retomar o controle do seu destino, até o desenlace eleitoral em 25 de janeiro deste ano que deu a vitória à frente de esquerda, Syriza, existe a história pedagógica de um conflito entre a maioria da sociedade e os que detêm a riqueza dentro dela.

Nisso a tragédia grega é um clássico e condensa o desatino de muitas nações nos dias que correm, inclusive em latitudes tropicais.

Esse impasse resultará insolúvel se for encarado apenas como um confronto com banqueiros obstinados em ordenhar juros de uma dívida impagável da ordem de U$ 880 bilhões.

Não que essa dimensão do enredo seja negligenciável.

Em uma população da ordem de 11 milhões de pessoas, a dívida grega equivale a uma cota da ordem de 30 mil euros por habitante.

Algo como R$ 350 mil reais por família composta de casal e dois filhos.

A chance de que haja um adulto desempregado dentro dela é alta; um em cada quatro trabalhadores está desocupado na Grécia.

A eletricidade de um milhão de lares foi cortada por falta de pagamento.

Nesse cenário de penúria, pagar a dívida equivale a condenar sucessivas gerações a um regime de servidão às ordens da banca.

A curto prazo a queda generalizada das taxas de juros no mundo   –com exceções notáveis como é o caso brasileiro--  deve aliviar a pressão sobre o novo governo pelo lado externo.

O programa do BCE de injeção de liquidez e o alongamento da dívida grega também ajudam.

Mas a guilhotina continua focada no pescoço do país.

Qualquer solavanco nas taxas de juros internacionais faria desabar a lâmina decapitando a sociedade e o Syriza.

A alternativa real depende de uma frente de avanços políticos em toda a Europa. Pode acontecer aos saltos e a ascensão recente da esquerda nas eleições municipais na Espanha mostra que isso é possível.
 
Mais uma razão para a troika pretender exemplar a audácia grega, antes que seja tarde.

Caso contrário, a austeridade suicida poderá ser substituída à força por um plano Marshall progressista, de regeneração econômica da zona do euro.

É a tese de Yanis Varoufakis, economista de formação marxista, novo ministro da finança indicado pelo premiê Tsipras.

Até lá, porém, mesmo que Atenas sobreviva dentro do euro nas próximas horas decisivas, o governo Syriza terá que aproveitar  a correlação de forças ainda favorável para romper o outro núcleo duro da encruzilhada grega.

Qual?

Nas palavras de Varoufakis: taxar os ricos e desmontar uma cleptocracia composta de banqueiros, meios de comunicação e seus aliados no Estado.
 
Na Grécia, enquanto o país apodrecia a plutocracia engordava.

A exemplo do que ocorre no Brasil, e em outros pagos, trata-se de uma elite alérgica à justiça tributária, cuja bandeira inoxidável, na crise ou fora dela, é a defesa desinteressada do arrocho fiscal e monetário.

Sempre em nome dos bons fundamentos da República --aqueles que vão garantir o que lhe interessa de fato: a proteção preventiva contra a taxação da riqueza e o superávit fiscal suficiente para abastecer o ralo insaciável dos juros.

Detentores de sólida endogamia com o sistema financeiro global, os endinheirados apátridas de todas as latitudes integram uma casta rentista que Piketty desnudou como o grande parasita do nosso tempo.

Essa gigantesca lombriga alojada no metabolismo das nações age determinada a engordar ininterruptamente, às custas, acima  e à frente do crescimento da produção e do bem-estar coletivo.

‘Não estamos interessados apenas em voltar a 2010’, alerta o economista Yanis Varoufakis, como a esclarecer que a crise atual já vinha sendo chocada nos ovos da ameba cosmopolita, muito antes de explodir a desordem sistêmica em 2008.

Nisso sobretudo, ele  tem  algo a dizer em relação ao ajuste brasileiro que parece focado na mera restauração das condições  internacionais pré-crise de 2008  –o que de resto parece ilusório diante das novas e adversas  condições do comércio global.

Combater o privilégio tributário da elite será uma das trincheiras mais desafiadoras do governo Syriza.

‘Não é só um problema de evasão fiscal, mas sim de que grande parte da renda dos ricos nem sequer é tributada’, pontua Varoufakis puxando o fio de um outro gargalo clássico, que condensa na tragédia grega a encruzilhada de outros governos, partidos e nações.
 
Sob a sanguinária ditadura dos coronéis, que dominou o país de 1967 a 1974, a elite grega já vivia um período de fastígio e evasão fiscal ímpar.

O endividamento externo que hoje passa de 170% do PIB reflete em boa parte o complacente intercurso entre a farda truculenta e plutocracia fraudulenta.

Pesquisas indicam que sob o tacão dos coronéis menos de 100 mil abnegados pagavam imposto de renda na Grécia.

Era uma espécie de Olimpo no qual os sonegadores ocupavam o altar dos deuses.

Na democracia, uma tentativa de afrontar a evasão, com o rastreamento por satélite das piscinas nas mansões, foi driblada por uma corrida às capas de grama sintética...

Nas últimas décadas, a socialdemocracia, o Pasok,  não teve a coragem de retirar as capas que recobriam privilégios e caixas milionários dos ricos, dos bancos e dos meios de comunicação.

O endividamento externo persistiu como uma solução de menor resistência.

Em vez de arrecadar das amebas gordas, optou-se pelo endividamento externo desenfreado, em sintonia com a lógica neoliberal.

A farra da liquidez e do crédito deu solvência ao modelo.

Com a adesão grega à União Europeia os controles ficariam mais rígidos.

O Tratado de Maastricht determina que o país membro não pode ostentar déficit fiscal superior a 3% do PIB.

A saída encontrada pelos governantes e cleptocratas  foi pagar polpudas somas a consultorias e a grandes bancos norte-americanos, como a indefectível Goldman Sachs, para maquiar a lambança sem afetá-la.

Sofisticadas operações de engenharia contábil foram oferecidas ao país para persistir no endividamento público, sem afrontar Maastricht, nem tributar a elite local.

As capas de grama sintética cederam lugar a um bem urdido manto de criatividade delinquente.

Coisa típica da grande finança.

Um dos artifícios chancelados pelo selo Goldman Sachs foi penhorar receitas futuras do Estado grego, em troca de antecipações de recursos junto aos credores.

O  saque incluiu, por exemplo, anos e anos de taxas de embarque e desembarque em aeroportos nacionais  penhoradas  pelo Estado.

Rasparam o tacho da nação para evitar a tributação  dos bolsos gordos.

Como a antecipação de receita foi devorada pelo caminho, o futuro do tráfego aéreo, desprovido de fundos para novos investimentos, terá sérios problemas no país.

A irresponsabilidade ganha cores sugestivas quando se sabe que o turismo representa mais de 14% do PIB grego.

Agia-se como agem as elites predadoras em distintas fronteiras.

Tudo se passa como se não houvesse amanhã, essa abstração para quem o tempo consiste no átimo de segundo que separa o dedo da operação digital em paraísos fiscais.

Durante anos foi assim que se deu.

O Estado se endividou sem registrar o rombo como déficit público, graças aos espertos petizes da Goldman Sachs  –os mesmos que hoje dão ‘suporte’ intelectual ao jogral brasileiro que reclama ‘arrocho e fim das ‘pedaladas’ nas contas fiscais do governo Dilma.

Quando estourou a crise mundial, em 2007/8, a reversão do fluxo de crédito  pôs em xeque a ciranda grega e o déficit explodiu.

Imaginou-se inicialmente que ele seria de 10,5%.

Em 2010 verificou-se que era da ordem de 15%.

Trazê-lo para um superávit de 1%, como exigia Bruxelas,  a ferro e fogo, cortando aposentadorias e impondo sacrifícios adicionais a uma população que viu o PIB recuar 25% nos últimos seis anos, em quanto o desemprego saltou para 27%, exigiria reduzir em mais 12% o PIB nos próximos quatro anos.

Render-se a essa receita é acatar que a supremacia do mercado sobre a democracia é incontestável mesmo quando devastadora.
 
A Grécia tornou-se uma semi- nação nos últimos seis anos.

Transformou-se  no grande açougue-escola do neoliberalismo.

Praticou-se ali as mais variadas modalidades de cortes (leia o Especial de Carta Maior).
 
Poucos foram poupados dos talhos profundos para extrair libras de carne em sentido figurado e literal.

O arrocho que derrubou ¼ do PIB e jogou mais de ¼ dos assalariados na rua elevou em 40% os suicídios e cortou em 20% as aposentadorias.

Pacotes ortodoxos  sucessivos transferiram à população –na forma de um esfarelamento de serviços, salários, privatizações e  imposto indireto—  o sacrifício de sanear décadas de ladroagem fiscal e covardia política.

Fica mais fácil entender assim a resistência do Syriza em acatar as ordens de Bruxelas.
 
Na verdade, a principal promessa do Syriza não é apenas afrontar a troika e frau Merkel.
 
Mas, sim, como diz Varoufakis,  resolver um passivo histórico que remonta à conciliação das elites na transição da ditadura para a democracia.

Ou seja, redistribuir a renda e  sacrifícios até então determinados pela cleptocracia.

Soa inspirador para os trópicos.
 
Decididamente, o diagnóstico do ministro Varoufakis é  diferente do que pensa seu congênere, Joaquim Levy,  quando se grata de restaurar a saúde das contas públicas e devolver poder de investimento ao Estado.

Num tempo em que todo capital se comporta como capital estrangeiro, as operações offshores para ludibriar o fisco constituem o novo normal das elites e grandes corporações.

Ou alguém acha que o labiríntico passeio do dinheiro frio das empreiteiras no caso Petrobrás e no do metrô tucano foi montado apenas para esse fim?

Ou imagina que  apenas elas estão envolvidas no submundo empresarial das triangulações em paraísos fiscais?

Ou, por distração,  supõe que os bancos, justo eles, zeladores do dinheiro grosso, ficariam à margem das acrobacias da ‘elisão’ fiscal  -- a sonegação untada com chantilly de legalidade?

Bradesco e Itaú-Unibanco, por exemplo.

Noticiou-se, recente, que os dois gigantes economizaram R$ 200 milhões em impostos em 2008 e 2009.
 
Assim:  registraram parte de seus lucros no elegante e generoso Grão-Ducado de Luxemburgo, um dos mais atuantes paraísos fiscais europeus.

É só uma mostra de dois bancos.
 
Outro se abstiveram?
 
Por que o glorioso jornalismo brasileiro não dedica a essa pergunta o mesmo empenho investigativo –saudável, diga-se--  exibido em relação ao intercurso de corrupção e favorecimento entre políticos e grandes corporações?

Um pedaço da resposta talvez esteja no fato de que os cronistas também são personagens da trama que encobrem.

Exemplo recente?

A Receita brasileira concluiu no ano passado que a gloriosa Rede Globo montou uma "intrincada engenharia" para sonegar impostos sobre os direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002.

Em outro escândalo mais recente, o do CARF, surgiu o nome do grupo RBS, filiado da Globo no RS.
 
E o que aconteceu até agora?
 
Nada.
 
É incerto o que ocorrerá com a sorte da Grécia nas próximas horas.
 
Mas é certo que os olhos do mundo estão depositados ali.
 
Mais que os olhos: se a democracia vencer o mercado em Atenas, o destino das nações e o da agenda do desenvolvimento poderá se deslocar em variadas latitudes.
 
E para bem longe da gororoba neoliberal recitada aqui, por exemplo, ora com ares de neutralidade científica, ora como danação divina ministrada pelos sacerdotes do maior de todos os deuses: a ganância rentista.
 
(*) Texto atualizado a partir de nota publicada neste espaço em 27/01/2015

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Pré-sal: Requião condena os “entreguistas”

“A Petrobras tem grande facilidade de acesso a créditos internos e externos. É falácia sua incapacidade financeira”, opinou o senador.
Requião: “forças entreguistas querem entregar o pré-sal para empresas estrangeiras”

Ao se manifestar em defesa da Petrobras, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) afirmou ser contra o projeto de José Serra (PSDB-PR), que acaba com a obrigatoriedade da estatal ser a operadora única e ter pelo menos 30% de participação nos consórcios criados para a exploração do pré-sal, no modelo de partilha.

Pelas redes sociais, Requião rebate o argumento de que a petroleira não teria recursos financeiros suficientes para explorar a camada.

“A Petrobras tem grande facilidade de acesso a créditos internos e externos. É falácia sua incapacidade financeira. A quebra de condição da Petrobras como operadora única do pré-sal reduz sua vantagem estratégica expõe seus conhecimentos adquiridos”, escreveu o senador nesta quarta-feira (17).

Para Requião, “forças entreguistas querem entregar o pré-sal para empresas estrangeiras”. Pelo seu perfil no twitter, o senador lembrou episódio divulgado pelo site Wikileaks, em 2010, em que José Serra prometeu alterar regras da exploração caso vencesse as eleições daquele ano.
“A participação da Petrobras como operadora única do pré-sal alavanca as políticas de industrialização do Brasil”, continuou Requião.
Para finalizar: “Não há riscos nos investimentos do pre sal. O custo de extração é de nove dólares por barril. Não há sentido entregar para estrangeiros”.
Ontem, após protestos,  o Senado aprovou a urgência para a votação do projeto, que deverá ocorrer no fim de junho, após uma audiência pública sobre o tema.

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CERRA AMEAÇA PETROBRAS E É ALVO DE PROTESTOS



GLOBO SE IRRITA COM MANIFESTO DE INTELECTUAIS EM DEFESA DA PETROBRÁS




Na contramão de intelectuais, Globo assume que quer Petrobras na mão do capital estrangeiro. Família midiática mais rica do mundo quer a abertura do pré-sal a empresas estrangeiras e questiona a capacidade da Petrobras de tirar o petróleo do fundo do mar



O manifesto dos intelectuais em defesa da Petrobras e contra o golpe em marcha no País (leia abaixo) irritou os irmãos Marinho, que controlam o jornal O Globo.
Segundo o jornal, o manifesto é apenas uma operação política para esvaziar a CPI da Petrobras. Em editorial publicado nesta terça, os Marinho, que, com US$ 28 bilhões de patrimônio, são a família midiática mais rica do mundo e mais poderosa do País, defendem a abertura do pré-sal a firmas estrangeiras.
O Globo também questiona a capacidade da Petrobras. “Se a Petrobras, em condições normais, já tinha dificuldades para tocar esse plano de pedigree ‘Brasil Grande’, agora é incapaz de mantê-lo. Não tem caixa nem crédito para isso. Não há como sustentar o modelo”, diz o texto.
Dias atrás, uma funcionária da Petrobras, Michelle Daher Vieira, publicou uma carta aberta ao Globo, apontando as reais motivações do Globo na campanha negativa contra a Petrobras.
Leia abaixo o manifesto de intelectuais e personalidades em defesa da Petrobras que foi publicado na última semana:

Manifesto: O QUE ESTÁ EM JOGO AGORA

A chamada Operação Lava Jato, a partir da apuração de malfeitos na Petrobras, desencadeou um processo político que coloca em risco conquistas da nossa soberania e a própria democracia.
Com efeito, há uma campanha para esvaziar a Petrobras, a única das grandes empresas de petróleo a ter reservas e produção continuamente aumentadas. Além disso, vem a proposta de entregar o pré-sal às empresas estrangeiras, restabelecendo o regime de concessão, alterado pelo atual regime de partilha, que dá à Petrobras o monopólio do conhecimento da exploração e produção de petróleo em águas ultraprofundas. Essa situação tem lhe valido a conquista dos principais prêmios em congressos internacionais.
Está à vista de todos a voracidade com que interesses geopolíticos dominantes buscam o controle do petróleo no mundo, inclusive através de intervenções militares. Entre nós, esses interesses parecem encontrar eco em uma certa mídia a eles subserviente e em parlamentares com eles alinhados.
Debilitada a Petrobras, âncora do nosso desenvolvimento científico, tecnológico e industrial, serão dizimadas empresas aqui instaladas, responsáveis por mais de 500.000 empregos qualificados, remetendo-nos uma vez mais a uma condição subalterna e colonial.
Por outro lado, esses mesmos setores estimulam o desgaste do Governo legitimamente eleito, com vista a abreviar o seu mandato. Para tanto, não hesitam em atropelar o Estado de Direito democrático, ao usarem, com estardalhaço, informações parciais e preliminares do Judiciário, da Polícia Federal, do Ministério Público e da própria mídia, na busca de uma comoção nacional que lhes permita alcançar seus objetivos, antinacionais e antidemocráticos.
O Brasil viveu, em 1964, uma experiência da mesma natureza. Custou-nos um longo período de trevas e de arbítrio. Trata-se agora de evitar sua repetição. Conclamamos as forças vivas da Nação a cerrarem fileiras, em uma ampla aliança nacional, acima de interesses partidários ou ideológicos, em torno da democracia e da Petrobras, o nosso principal símbolo de soberania.
20 de fevereiro de 2015
Alberto Passos Guimarães Filho
Aldo Arantes
Ana Maria Costa
Ana Tereza Pereira
Cândido Mendes
Carlos Medeiros
Carlos Moura
Claudius Ceccon
Celso Amorim
Celso Pinto de Melo
D. Demetrio Valentini
Emir Sader
Ennio Candotti
Fabio Konder Comparato
Franklin Martins
Jether Ramalho
José Noronha
Ivone Gebara
João Pedro Stédile
José Jofilly
José Luiz Fiori
José Paulo Sepúlveda Pertence
Ladislau Dowbor
Leonardo Boff
Ligia Bahia
Lucia Ribeiro
Luiz Alberto Gomez de Souza
Luiz Pinguelli Rosa
Magali do Nascimento Cunha
Marcelo Timotheo da Costa
Marco Antonio Raupp
Maria Clara Bingemer
Maria da Conceição Tavares
Maria Helena Arrochelas
Maria José Sousa dos Santos
Marilena Chauí
Marilene Correa
Otavio Alves Velho
Paulo José
Reinaldo Guimarães
Ricardo Bielschowsky
Roberto Amaral
Samuel Pinheiro Guimarães
Sergio Mascarenhas
Sergio Rezende
Silvio Tendler
Sonia Fleury
Waldir Pires










Seis motivos para manter a Petrobras como operadora única do pré-sal

Federação Única dos Petroleiros (FUP) divulga documento, rejeitando o entreguismo do projeto de lei PLS 131-2015 do Senador José Serra (PSDB-SP). 

 









1 - Para avançar com soberania energética e ambiental: controlando a produção, garantido o abastecimento nacional,evitando a extração predatória, os riscos de acidentes e maiores custos econômicos no futuro. A operação única pela Petrobrás no pré-sal brasileiro garante ao Estado nacional, que detém a maioria do capital votante da empresa, o planejamento da produção, escapando da armadilha da produção rápida e predatória, que compromete os reservatórios e trás inúmeros riscos ambientais como o ocorrido no acidente no campo de frade no litoral do Rio de Janeiro em novembro 2011 operado pela estadunidense Chevron.

O Petróleo por muitos anos será estratégico como energético (responsável por mais de 50% da matriz mundial) e como matéria prima (presente em mais de 3.000 produtos). Garantir, sua exploração e uso adequado na atualidade, e que não faltará este recurso para as futuras gerações de brasileiros é obrigação de todos.

São inúmeros os exemplos de nações que submeteram a produção a multinacionais que operam sobre a lógica meramente econômica e hoje se encontram em maus lençóis. As situações vividas por nossos vizinhos argentinos onde após a privatização exportaram petróleo a 04 dólares o barril e mais tarde tiveram que importar a mais de 100 dólares, ou da Indonésia, que exportou petróleo a 01 dólar o barril e hoje drena seus recursos pagando pelo mesmo barril de petróleo 60 dólares, são procedimentos que não devemos repetir em nosso país.

2 - Para preservar e ampliar o conhecimento, bem que vale mais do que o dinheiro. Ter a Petrobras como operadora única é essencial para garantir o domínio e a continuação do desenvolvimento tecnológico. O nível tecnológico atingido pelos trabalhadores da Petrobrás é fruto de muito trabalho e desenvolvimento científico. Ceder a condição de operadora única dificulta esta vantagem estratégica, expõe nossa capacidade de vanguarda a potenciais competidores e desperdiça oportunidades de aprendizado. A Petrobras recebeu em maio de 2015 o prêmio da OTC (Offshore Technology Conference) considerado o Nobel da indústria petroleira. Este prêmio foi graças a nossa produção no pré-sal. Chegar a essa condição custou sangue, suor e lágrimas a gerações de brasileiros. As três coisas mais importantes para uma empresa de energia são: mercado, reservas e conhecimento tecnológico. O Brasil através da Petrobras detém os três sendo o conhecimento o mais difícil de ser alcançado. Não temos nenhuma dúvida que a história vitoriosa da Petrobrás, e seu extraordinário potencial indica plena capacidade de ser a operadora única no pré-sal. Mesmo vivenciando dificuldades momentâneas em relação a sua capacidade financeira, fato que já esta sendo superado com uma política adequada de preços, a Petrobrás conseguiu em apenas 8 anos após a descoberta do pré-sal, uma produção de cerca de 800 mil barris por dia, fato inédito na indústria do petróleo.

3 - Para garantir que o petróleo produzido e os royalties recolhidos sirvam aos interesses do povo brasileiro. A operadora é responsável por medir o petróleo produzido e submeter a informação às instituições de controle e regulação. A produção sobre as condições do pré-sal, a quilômetros de distancia da costa dificulta e muito a fiscalização. Seguramente a melhor forma de acompanhamento pelo povo, e por nossas instituições nacionais dessa importante questão é estar sob controle da Petrobrás. Ter a Petrobrás como operadora única, com o adequado controle público, é maior garantia na destinação dos Royalties para educação e para a saúde. Além do mais, a propriedade do petróleo da às nações vantagens geopolíticas, na medida em que, o Estado pode administrar uma base natural rara, não renovável, desigualmente distribuído]no planeta e sobretudo essencial para a sobrevivência a segurança e o bem estar de todos os Estados.

4 - Para alavancar o desenvolvimento, com o conteúdo local, gerando mais e melhores empregos. A Petrobrás, como operadora única, tem plenas condições de dirigir os empreendimentos. Incentivando de forma organizada o desenvolvimento da indústria de bens e serviços. Essa condição é essencial para a política industrial brasileira, maximizando o conteúdo local, em bases competitivas, e garantindo o desenvolvimento integrado a nível nacional. Segundo dados do SINAVAL (Sindicato da Construção Naval) apesar da existência de inúmeras operadoras privadas e estrangeiras no Brasil apenas a Petrobras tem encomendas de navios e
plataformas aos nossos estaleiros, portanto, a prática nos conduz a convicção, que sem a Petrobrás, a política do conteúdo local tão importante para impulsionar o desenvolvimento nacional ficará só no papel. A operação e a condução dos empreendimentos pela Petrobrás possibilitam que mais e melhores empregos sejam criados no Brasil. Este fator estimula o estudo, a pesquisa e o conhecimento, potencializando a inteligência local, garantindo as condições para o intercambio de experiência com o conhecimento produzido a nível mundial.

5 - Para manter a integralidade da lei da Partilha. A lei da Partilha 12.351/2010 aprovada pelo congresso Nacional representou um salto de qualidade para a produção de Petróleo no Brasil. Esta lei possibilita a estruturação de uma grande nação alavancando o desenvolvimento nacional, garantindo soberania energética e dando destino social ao retorno econômico, resolvendo assim nossos ainda graves problemas sociais. A Petrobras, como operadora única do Pré-Sal, é parte fundamental do modelo formulado na partilha para garantir esse tripé: soberania energética, desenvolvimento econômico e destinação social. Mudar esse ponto irá "desfigurar a Lei da Partilha" comprometendo a utilização adequada de um recurso que a natureza levou 150 milhões de anos para produzir.

6 - Porque acreditamos no Brasil, na nossa potencialidade e na nossa capacidade. A História da indústria do petróleo em nossa Pátria é cheia de desafios, que foram sendo superados um a um com perseverança, determinação e muito trabalho. Superamos o desafio de encontrar o sonhado petróleo no Brasil. Superamos o desafio de
desenvolver uma empresa e uma indústria potente e exemplar. Superamos o desafio de sermos autossuficientes em petróleo. Superamos o desafio histórico, ao descobrir o pré-sal, que para o consumo nacional, temos petróleo para mais de 100 anos. Confiamos plenamente no povo brasileiro, na capacidade de superarmos problemas que possam surgir. A Petrobrás operadora única no pré-sal é mais uma conquista histórica. Manter esta conquista é um desafio de todos que lutam por um país justo, democrático e fraterno.


Fonte: FUP - Federação Única dos Petroleiros

Os espertos que querem “defender” a Petrobras entregando o pré-sal

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A temporada dos carniceiros do Brasil está no auge.
Apenas cinco anos depois da sua instituição, por uma iniciativa de JoséChevron Serra, pretende-se acabar com a garantia de que, no mínimo, 30% do petróleo do pré-sal será concedido à Petrobras, que é a operadora única destas jazidas, a partir da nova lei.
O pretexto, tão bonzinho, é aliviar a Petrobras de altos investimentos na exploração do pré-sal, que é dinheiro garantido e muito e que não tem uma petroleira do mundo que não desejasse ter.
O PMDB sentiu rápido a oportunidade e articula um entreguismo que dê menos na cara que o de Serra.
Criou uma nova versão do crime de lesa-pátria, que Renan Calheiros pretende colocar em votação até o final do mês, para aproveitar-se da fraqueza parlamentar do Governo.
Diz que a Petrobras terá o direito aos 30%, mas pode “abrir mão” dele.
Ou seja, um governo servil poderá fazer a empresa dizer “não quero não, muito obrigado” quando se for outorgar a exploração de bilhões de barris de petróleo.
Imaginem a Shell ou a Exxon lá no Iraque dizendo “quero não, moço” aos poços de petróleo.
Os rapinantes daqui agem rápido e sem pudor. Sabem que agora é a hora, porque é impensável que este país possa continuar a ter sua pauta política comandada pela sem-vergonhice.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Agradeça às suas “meninas”, Jô!

jô capa
 Como todo mundo que tem ao menos algum resquício de senso de justiça, fiquei satisfeito com a entrevista que Jô Soares fez com Dilma Rousseff na última sexta-feira (12/6), no Palácio da Alvorada, residência oficial da presidente da República.
Ainda que alguns analistas realmente independentes tenham avaliado que o humorista e apresentador “pegou leve” com a entrevistada, entendo que a iniciativa dele pretendeu dar voz a quem não tem tido por conta do massacre fascista de que tem sido alvo, de forma que ele a deixou se expressar mais livremente.
Quem quiser assistir ou rever a entrevista antes de continuar lendo o post, pode fazê-lo no vídeo abaixo – ou pode voltar a este ponto ao fim da leitura.


Claro que, no atual momento político, já era esperado que Jô entrevistasse Dilma civilizadamente – pois há algum tempo ele vem se posicionando em defesa dela – e que, após a entrevista, os famigerados fanáticos de extrema-direita tratassem de agredir a ambos.
O ponto de vista deste blogueiro sobre uma entrevista ideal é aquela em que o entrevistador faz ao entrevistado perguntas que ele possa responder, não perguntas que não passem de provocações, pois, aí, não há entrevista e, sim, debate.
Só para ilustrar a questão, confira, no vídeo abaixo, como foi que entrevistei a presidente, ano passado. O áudio está um pouco ruim, mas quem tiver um bom equipamento conseguirá ouvir.



Como se pode notar, apesar de ter feito uma questão que alguns dirão ser favorável à então candidata à reeleição, houve, sim, um questionamento. Critiquei o mutismo do governo e inclusive da presidente no que diz respeito ao contraponto que precisava ser feito aos ataques da mídia. A pergunta, basicamente, foi a seguinte:
— O seu segundo governo continuará apanhando calado?
Nesse aspecto, portanto, acho que Jô fez as perguntas certas. Apresentou questões que os antagonistas da presidente fazem e a deixou dar a sua versão dos fatos.
Claro que um certo jornalismo – coincidentemente, praticado pela mesma emissora que emprega Jô Soares – não costuma agir assim – todos se lembram da entrevista feita pelo âncora do Jornal Nacional, William Bonner, durante a eleição presidencial do ano passado, em que não deixava a entrevistada sequer responder às questões que fazia em tom que, longe de questionador, foi, literalmente, insolente.



Isso que você assistiu acima – se é que teve estômago para rever – não é entrevista e muito menos jornalismo; é debate político.
Não me darei ao mau-gosto de reproduzir os piores ataques que Jô Soares recebeu, pois a grande maioria foi agressiva não só à primeira mandatária da nação, mas, também, ao gênero feminino. Mas alguns exemplos mais “suaves” podem ser mostrados.
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Como chegamos a isso? O que está acontecendo com Jô deveria servir de exemplo a todos os comunicadores que hoje se unem a essa onda fascista; no futuro, se contrariarem esses fanáticos, já sabem o que os espera.
Mas o fato é que não se pode negar que Jô, apesar de ter sido corajoso em sair em defesa de Dilma, tem responsabilidade pelo que aconteceu e eu nem preciso dizer por que.
Mas, assim mesmo, direi: por que, diabos, ele inventou o quadro antipetista “As Meninas do Jô”? Ou melhor: por que montou esse quadro com a configuração que vem se estendendo através dos anos, com “petefóbicas” como Lilian Witte Fibbe, Ana Maria Tahan ou Lucia Hippolito?
Todos se lembram muito bem do que elas fizeram ao longo dos anos, nesse quadro. No julgamento do mensalão, por exemplo, foi um massacre. Histriônicas, partidarizadas, transformaram o programa do Jô em uma sessão de masturbação antipetista.
É óbvio que ajudaram a inocular veneno nas mentes frágeis desses fanáticos que vilipendiaram como puderam o apresentador por ter entrevistado a presidente da República com respeito e seriedade.
Não acredito que Jô não pudesse ter ao menos colocado jornalistas menos partidarizadas nesse quadro. Poderia ter convidado, talvez, uma Cynara Menezes, à época colunista da Carta Capital, por exemplo, para integrar aquela bancada feminina de analistas políticas.
Lamento pelo Jô, pelos ataques que sofreu e pela mais do que provável demissão que o aguarda ao fim do contrato com a Globo, ano que vem. Mas não consigo entender por que ele serviu por tanto tempo a essa máfia midiática e só agora decidiu se rebelar.

FHC apelou a ricaços durante rega-bofe: “Preciso de 30 milhões!”

FHC CAPA
Em 2004, a agenda do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso estava carregada. Suas palestras em eventos empresariais haviam se tornado uma sensação, segundo matéria publicada pela revista época em 23 de abril daquele ano.
Desde que, havia um ano, entrara no circuito dos “gurus corporativos”, Fernando Henrique já fizera duas dezenas de palestras, a maioria remunerada.
As exposições de FHC duravam de 50 minutos a 1 hora, em média. Em seguida, respondia a perguntas da plateia.
O preço para ouvir o tucano ao vivo variava de 50 000 a 75 000 dólares, mais os encargos fiscais, conforme o porte da empresa e sua lucratividade. Como o câmbio, à época, estava em cerca de 3 reais por dólar, as palestras do tucano rendiam de 150 a 225 mil reais.
O dinheiro tinha que ser depositado 14 dias antes da data da palestra. A soma, então, segundo a revista, era, “de longe, o valor mais alto obtido por um palestrante brasileiro.”
Na matéria “O Guru FHC”, Exame relatou que, “a título de comparação”, o ex-ministro Pedro Malan cobrava 38 000 reais por palestra, o que já era quantia “bem superior à média do mercado nacional”.
Exame ainda relatou, em sua edição de 23 de abril de 2004, que, com FHC, o instituto de pesquisa ACNielsen conseguira “atrair pela primeira vez a São Paulo os 15 presidentes de filiais latino-americanas, além do CEO”
“Nossa lista começou com 120 convidados e acabaram comparecendo 180″, afirmou à revista o empresário Germano Rocha, então presidente da Medial Saúde, que comemorou com um café da manhã no hotel Meliá seu 40o aniversário de fundação.
A palestra de FHC ganhou ampla repercussão, rendendo ainda para a Medial a citação da marca na mídia. Foi nela que, segundo Exame, “Fernando Henrique pediu ‘valentia moral’ ao governo”.
Em palestra posterior à Ambev, a empresa mantivera em sigilo o nome do conferencista. O evento que reunira cerca de 1 000 pessoas no hotel Casagrande, no Guarujá. Anunciado, FHC ganhou quase 5 minutos de aplausos frenéticos.
Apesar de toda essa ovação – sempre segundo a matéria da Exame de 23 de abril de 2004 –, pesquisa feita à época com vários executivos do mercado brasileiro conferira nota 2,9 à “eficiência gerencial” do governo FHC, uma nota “abaixo de regular”.
A matéria da Exame foi publicada logo após FHC retornar de um rega-bofe em um sofisticado resort na Ilha de Comandatuba que fora retratado pela colunista da Folha de São Paulo Monica Bergamo, em matéria de 18 de abril de 2004, publicada 5 dias antes da matéria da revista da Editora Abril.
Na reportagem “Uma ilha e mil fantasias”, Bergamo relata como começara um evento em que o tucano dava continuidade a uma coleta de recursos para montar seu instituto que, segundo matéria autocensurada pela revista Época pouco antes de a mídia começar a questionar doações recebidas pelo Instituto Lula – confira aquiaqui e aqui–, começara quando ele ainda era presidente da República.
Observação: sim, caro leitor, você leu direito o parágrafo anterior. FHC começou a pedir dinheiro a empresários enquanto ainda era presidente da República e, sim, a revista Época censurou a própria matéria há alguns dias, no exato momento em a mídia começou a “acusar” Lula por receber doações de empresas APÓS deixar o poder. Época tirou do ar matéria que publicou no fim de 2002, pouco antes de FHC deixar o poder.
Retomemos, pois, o divertido convescote de que participaram FHC, a mesma Camargo Correa que agora é “acusada” de doar ao Instituto Lula e muitos outros ricaços. Com vocês, o rega-bofe de Comandatuba, sob a batuta do anfitrião João Dória Junior.
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segunda-feira, 15 de junho de 2015

SENADO TEM DOIS GOLPES EM MARCHA CONTRA A PETROBRAS.