Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sábado, 29 de dezembro de 2012

DILMA FOGE DA LEY DE MEDIOS – II, OU, O PREÇO A SER PAGO


Somos todos reféns da meia dúzia de jornais que definem o que é notícia, as práticas de corrupção que merecem ser condenadas, e, incrivelmente, quais e como devem ser julgadas pela mais alta corte de Justiça do país.


Saiu  no Blog do Nassif:

OS “PADRÕES DE MANIPULAÇÃO” NA MÍDIA BRASILEIRA


Por Marco Antonio L.

Nunca houve tanto ódio na mídia conservadora do Brasil

Os textos de Demétrio Magnoli, Ricardo Noblat, Merval Pereira, Reinaldo Azevedo, Augusto Nunes, Eliane Catanhede, entre outros, são fontes preciosas para as futuras gerações de jornalistas e estudiosos da comunicação entenderem o que Perseu Abramo chamou apropriadamente de “padrões de manipulação” na mídia brasileira.


Por Jaime Amparo Alves | No Pragmatismo Político

Os brasileiros no exterior que acompanham o noticiário brasileiro pela internet têm a impressão de que o país nunca esteve tão mal. Explodem os casos de corrupção, a crise ronda a economia, a inflação está de volta, e o país vive imerso no caos moral. Isso é o que querem nos fazer crer as redações jornalísticas do eixo Rio – São Paulo. Com seus gatekeepers escolhidos a dedo, Folha de S. Paulo, Estadão, Veja e O Globo investem pesadamente no caos com duas intenções: inviabilizar o governo da presidenta Dilma Rousseff e destruir a imagem pública do ex-presidente Lula da Silva. Até aí nada novo.

Tanto Lula quanto Dilma sabem que a mídia não lhes dará trégua, embora não tenham – nem terão – a coragem de uma Cristina Kirchner de levar a cabo uma nova legislação que democratize os meios de comunicação e redistribua as verbas para o setor. Pelo contrário, a Polícia Federal segue perseguindo as rádios comunitárias e os conglomerados de mídia Globo/Veja celebram os recordes de cotas de publicidade governamentais. O PT sofre da síndrome de Estocolmo (aquela na qual o sequestrado se apaixona pelo sequestrador) e o exemplo mais emblemático disso é a posição de Marta Suplicy como colunista de um jornal cuja marca tem sido o linchamento e a inviabilização política das duas administrações petistas em São Paulo.

O que chama a atenção na nova onda conservadora é o time de intelectuais e artistas com uma retórica que amedronta. Que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso use a gramática sociológica para confundir os menos atentos já era de se esperar, como é o caso das análises de Demétrio Magnoli, especialista sênior da imprensa em todas as áreas do conhecimento. Nunca alguém assumiu com tanta maestria e com tanta desenvoltura papel tão medíocre quanto Magnoli: especialista em políticas públicas, cotas raciais, sindicalismo, movimentos sociais, comunicação, direitos humanos, política internacional… Demétrio Magnoli é o porta-voz maior do que a direita brasileira tem de pior, ainda que seus artigos não resistam a uma análise crítica.

Agora, a nova cruzada moral recebe, além dos já conhecidos defensores dos “valores civilizatórios”, nomes como Ferreira Gullar e João Ubaldo Ribeiro. A raiva com que escrevem poderia ser canalizada para causas bem mais nobres se ambos não se deixassem cativar pelo canto da sereia. Eles assumiram a construção midiática do escândalo, e do que chamam de degenerescência moral, com o fato. E, porque estão convencidos de que o país está em perigo, de que o ex-presidente Lula é a encarnação do mal, e de que o PT deve ser extinguido para que o país sobreviva, reproduzem a retórica dos conglomerados de mídia com uma ingenuidade inconcebível para quem tanto nos inspirou com sua imaginação literária.

Ferreira Gullar e João Ubaldo Ribeiro fazem parte agora daquela intelligentsia nacional que dá legitimidade científica a uma insidiosa prática jornalística que tem na Veja sua maior expressão. Para além das divergências ideológicas com o projeto político do PT – as quais eu também tenho -, o discurso político que emana dos colunistas dos jornalões paulistanos/cariocas impressiona pela brutalidade. Os mais sofisticados sugerem que a exemplo de Getúlio Vargas, o ex-presidente Lula cometa suicídio; os menos cínicos celebraram o “câncer” como a única forma de imobilizá-lo. Os leitores de tais jornais, claro, celebram seus argumentos com comentários irreproduzíveis aqui.

Quais os limites da retórica de ódio contra o ex-presidente metalúrgico? Seria o ódio contra o seu papel político, a sua condição nordestina, o lugar que ocupa no imaginário das elites? Como figuras públicas tão preparadas para a leitura social do mundo se juntam ao coro de um discurso tão cruel e tão covarde já fartamente reproduzido pelos colunistas de sempre? Se a morte biológica do inimigo político já é celebrada abertamente – e a morte simbólica ritualizada cotidianamente nos discursos desumanizadores – estaríamos inaugurando uma nova etapa no jornalismo lombrosiano?

Para além da nossa condenação aos crimes cometidos por dirigentes dos partidos políticos na era Lula, os textos de Demétrio Magnoli , Marco Antonio Villa, Ricardo Noblat , Merval Pereira, Dora Kramer, Reinaldo Azevedo, Augusto Nunes, Eliane Catanhede, além dos que agora se somam a eles, são fontes preciosas para as futuras gerações de jornalistas e estudiosos da comunicação entenderem o que Perseu Abramo chamou apropriadamente de “padrões de manipulação” na mídia brasileira. Seus textos serão utilizados nas disciplinas de ontologia jornalística não apenas com o exemplos concretos da falência ética do jornalismo tal qual entendíamos até aqui, mas também como sintoma dos novos desafios para uma profissão cada vez mais dominada por uma economia da moralidade que confere legitimidade a práticas corporativas inquisitoriais vendidas como de interesse público.

O chamado “mensalão” tem recebido a projeção de uma bomba de Hiroshima não porque os barões da mídia e os seus gatekeepers estejam ultrajados em sua sensibilidade humana. Bobagem! Tamanha diligência não se viu em relação à série de assaltos à nação empreendidos no governo do presidente sociólogo! A verdade é que o “mensalão” surge como a oportunidade histórica para que se faça o que a oposição – que nas palavras de um dos colunistas da Veja “se recusa a fazer o seu papel” – não conseguiu até aqui: destruir a biografia do presidente metalúrgico, inviabilizar o governo da presidenta Dilma Rousseff e reconduzir o projeto da elite ‘sudestina’ ao Palácio do Planalto.

Minha esperança ingênua e utópica é que o Partido dos Trabalhadores aprenda a lição e leve adiante as propostas de refundação do país abandonadas com o acordo tácito para uma trégua da mídia. Não haverá trégua, ainda que a nova ministra da Cultura se sinta tentada a corroborar com o lobby da Folha de S. Paulo pela lei dos direitos autorais, ou que o governo Dilma continue derramando milhões de reais nos cofres das organizações Globo e Abril via publicidade oficial. Não é o PT, o Congresso Nacional ou o governo federal que estão nas mãos da mídia.

Somos todos reféns da meia dúzia de jornais que definem o que é notícia, as práticas de corrupção que merecem ser condenadas, e, incrivelmente, quais e como devem ser julgadas pela mais alta corte de Justiça do país. Na última sessão do julgamento da ação penal 470, por exemplo, um furioso ministro-relator exigia a distribuição antecipada do voto do ministro-revisor para agilizar o trabalho da imprensa (!). O STF se transformou na nova arena midiática onde o enredo jornalístico do espetáculo da punição exemplar vai sendo sancionado.

Depois de cinco anos morando fora do país, estou menos convencido por que diabos tenho um diploma de jornalismo em minhas mãos. Por outro lado, estou mais convencido de que estou melhor informado sobre o Brasil assistindo à imprensa internacional. Foi pelas agências de notícias internacionais que informei aos meus amigos no Brasil de que a política externa do ex-presidente metalúrgico se transformou em tema padrão na cobertura jornalística por aqui. Informei-lhes que o protagonismo político do Brasil na mediação de um acordo nuclear entre Irã e Turquia recebeu atenção muito mais generosa da mídia estadunidense, ainda que boicotado na mídia nacional. Informei-lhes que acompanhei daqui o presidente analfabeto receber o título de doutor honoris causa em instituições européias, e avisei-lhes que por causa da política soberana do governo do presidente metalúrgico, ser brasileiro no exterior passou a ter uma outra conotação. O Brasil finalmente recebeu um status de respeitabilidade e o presidente nordestino projetou para o mundo nossa estratégia de uma America Latina soberana.

Meus amigos no Brasil são privados do direito à informação e continuarão a ser porque nem o governo federal nem o Congresso Nacional estão dispostos a pagar o preço por uma “reforma” em área tão estratégica e tão fundamental para o exercício da cidadania. Com 70% de aprovação popular, e com os movimentos sociais nas ruas, Lula da Silva não teve coragem de enfrentar o monstro e agora paga caro por sua covardia.Terá a Dilma coragem com aprovação semelhante, ou nossa meia dúzia de Murdochs seguirão intocáveis sob o manto da liberdade de e(i)mprensa?



Jaime Amparo Alves é jornalista, doutor em Antropologia Social, Universidade do Texas em Austin –amparoalves@gmail.com


Clique aqui para ler “Há dois anos a Dilma foge da Ley de Medios”.

E aqui para ler “STF é tribunal politico: chega de técnicos”;  e aqui “Dilma tem a ver com o mensalao, sim !”.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Correspondente do Globo ataca pai da Dilma. Mas poupa a mãe


O alvo do Globo é o da direita. Por enquanto

Saiu na pág. 12 do Globo, reportagem da notória Deborah Berlinck, enviada especial à Bulgária, para acompanhar e envilecer a família e a Presidenta Dilma Rousseff.

Trata-se de “Três versões e um mistério – política, finanças e aventura envolvem a vinda de pai de Dilma (para o Brasil)”.

A correspondente militante reproduz trechos de um livro sobre a Presidenta, de autoria de um jornalista búlgaro e de outro, brasileiro, que milita no Estadão, Jamil Chade.

Correspondente na Europa, Chade sistematicamente tenta desmoralizar o Brasil.

Agora, ao que parece, entra no campo pessoal: o pai da Dilma.

Berlinck não diz nada sobre a mãe.

A Berlinck, essa, o amigo navegante conhece.

É aquela correspondente/militante que se indignou com a concessão do Prêmio da Sciences Po francesa ao Nunca Dantes.

A imprensa argentina, no Página 12,  se indignou com o comportamento dela.

Aqui, o PiG (*) se calou.

Talvez porque concorde com as restrições preconceituosas da notável militante correspondente.

O PiG (*) parece numa escalada.

Aonde chegará ?, pergunta-se o amigo navegante.

Chegará ao ponto em que o Paulo Bernardo permitir.

Ele, Bernardo, que não tira a Ley de Medios do Franklin da gaveta.

E não passa perto do controle remoto, para não haver o perigo de tirar da Globo.

Porque, se a Ley de Medios estivesse na agenda do país, a Berlinck e o Chade talvez se contivessem.

Mas, viva o Brasil !

Sim, porque a Berlinck e o Chade, esses não têm a menor importância.

O problema é o patrão deles.


Paulo Henrique Amorim



(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

UDN já tem seu futuro ministro da educação

AFINIDADE: O pres. Zezinho emocionou-se ao ler a biografia do seu futuro ministro da educação.
O Mais Preparado dos Brasileiros, o futuro pres. Zezinho, já está pensando na composição de seu ministério, quando assumir o lugar que é seu, por direito, em 2015.
Dada a importância que dá ao tema, o primeiro nome já definido pelo Presidente de Nascença é o futuro ministro da educação.
Trata-se de um ilustre parlamentar udenista, o Sr. Dario Bueno (PFL-SP), vereador de Jacareí-SP e grande educador pátrio. Ele é, carinhosamente,  chamado por seus amigos, correligionários e familiares de Dario Burrro, em uma clara brincadeira com seu intelecto superior.
INTELECTUAIS QUADRÚPEDES: o Sr. Burrro costuma convidar o Cachorro-Lagosta para seus saraus literários em Jacareí.
O Sr. Burrro (foi necessário acrescentar um terceiro “r” por conta do tamanho incomum de sua inteligência), tem se notabilizado pelo seu compromisso com o magistério e seu grande amor aos educadores pátrios, comparável apenas à ternura devotada pelo Almirante do Tietê a  essa maltratada classe.
O importante parlamentar asinino já aceitou o convite do Maior dos Educadores Brasileiros, e declarou-se honrado em ocupar a cadeira que já foi de Jorge Bornhausen, Hugo Napoleão e Jarbas Passarinho.
Talento disputado
Enquanto 2015 não chega, algumas das principais lideranças da UDN estão disputando a o auxílio do Sr. Burrro como secretário de educação, já que o petista ignorante que é prefeito de sua cidade despreza a contribuição desse novo Anísio Teixeira.
NA HORA CERTA: Geraldinho do Vale estava à procura de um novo educador, depois que seu Chalita mudou de lado e de preferências.
O muy amigo do pres. Zezinho, Geraldinho do Vale, já convidou o Sr. Burrro para assumir a secretaria estadual de educação. Ao convidá-lo, disse que o Sr. Burrro era o nome ideal para continuar o legado do inesquecível Paulo R. Gates de Souza, primeiro como secretário estadual, depois como ministro.
Também o pitta de estimação do pres. Zezinho tem assediado o Sr. Burrro para assumir  a direção da Secretaria Municipal de Educação. Além disso, Tancredo Neves tem cogitado convidá-lo à assumir a pasta da educação em sua pirâmide administrativa em Minas Gerais.
Comentário da tia Carmela
QUADRILHA: O futuro ministro da educação adora as festas juninas da UDN.
O Zezinho sempre gostou de burros. Quando ele era criança, na Mooca tinha o seu Odair, um peixeiro que passava todo dia vendendo peixe em sua carroça puxada por um burrinho. O Zezinho gostava de ir olhar o burrinho, quando ele passava. Uma vez, ele inventou que o burrinho era capaz de falar, e convenceu o Reinaldinho Cabeção, que foi conversar com o burro, que, é claro, não respondia. O Reinaldinho Cabeção foi se queixar ao Zezinho, que disse: o burro não quer conversar com você porque você é mais burro que ele. O Reinaldinho Cabeção voltou chorando pra casa. No dia seguinte, os dois estavam brincando quando o seu Odair apareceu, com o burrinho puxando a carroça. O Reinaldinho Cabeção, todo animado, virou para o Zezinho e disse: Zezinho, será que hoje o burro vai querer falar comigo?

José Reinaldo: Miriam Leitão faz tremer a ossada do Barão


A mídia brasileira vendida aos monopólios e em absoluto conluio com os agressores imperialistas dos Estados Unidos e União Europeia, que através da Otan estão massacrando o povo líbio, está em ruidosa campanha para “provar” que o Brasil tomou uma posição “decepcionante” ao não reconhecer o Conselho Nacional de Transição da Líbia, acompanhando a posição tomada em maio pelos Estados Unidos e a União Europeia.


Com a evolução dos acontecimentos dos últimos dias, a campanha passou a ser para que o Brasil reconheça logo o “novo governo” do país norte-africano.

Para isso, mobilizou todo o seu arsenal propagandístico, entrevistou professores de relações internacionais, alguns dos quais, para sua decepção concordaram com a prudência do governo brasileiro. A CBN redistribuiu tarefas e por dois dias livrou o distinto público das diatribes de Miriam Leitão, “analista” sobre política macro-econômica. O que resultou num desastre, pois ao promover a jornalista a comentarista de política externa, fez remexer a ossada do Barão.

Para repetir o mantra de que o Brasil já devia ter reconhecido o “novo” governo da Líbia, porque os Estados Unidos e a União Europeia já o fizeram antes, a moça desancou a instituição fundada pelo velho Rio Branco. “O Brasil tem uma posição completamente equivocada quanto à Líbia e a Síria. Errou cem por cento do tempo”, sentenciou, confundindo o distinto público, que por um átimo foi levado a pensar que escutava uma catedrática do Department of State ou do Foreign Office. Pois com tanta sapiência, não creio que a moça quisesse passar por uma professora do Instituto Rio Branco ou da Fundação Alexandre de Gusmão.

A jornalista do sistema Globo falou barbaridades do Lula, cuja visita como chefe de Estado à Líbia, ela estigmatizou como “horrorosa”. E numa demonstração de que os “princípios editoriais” recentemente anunciados pelos herdeiros do Dr. Marinho não passam de uma farsa, mentiu desabridamente ao dizer que à época Kadafi “já era um pária internacional” . Não era, senhora jornalista. Na verdade tinha deixado de ser, pois então o dirigente líbio privava de amizade com líderes ocidentais como Berlusconi e Sarkozy, este último inclusive um mal-agradecido pois o “ditador” líbio financiou sua campanha eleitoral, como é notório, e o italiano fez com o país norte-africano bilionários negócios.

Durante os pouco mais de cinco minutos que durou a entrevista na CBN, a nova comentarista de política externa das organizações Globo bateu na tecla de que “a cúpula do Itamaraty” foi incapaz de interpretar os fatos e de entender “para onde os ventos sopram”.

E para evidenciar o contraste da orientação da Casa de Rio Branco com a que já adotou em outras épocas, a jornalista recorreu em apoio ao seu argumento à muleta de uma citação de fato histórico. Ela contou aos atentos ouvintes da emissora que na independência de Angola, “em 1974”, o governo militar brasileiro foi o primeiro a reconhecer o “governo comunista” do MPLA. Fosse afirmação feita numa prova de admissão do concurso de formação de diplomatas do Instituto Rio Branco, ela teria sido reprovada. A independência de Angola se deu em novembro de 1975. E o governo do MPLA, embora alinhado com a União Soviética e com muitos comunistas desempenhando nele papel de destaque, não era propriamente um “governo comunista”, mas patriótico, de libertação nacional.

Ouça a coluna de Míriam Leitão na CBN

José Reinaldo é editor do Vermelho