Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

INFORMAÇÃO PELA INTERNET PULVERIZA TELEJORNAIS

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

TEM QUE DECIFRAR O QUE QUEREM DIZER ...... OU SEJA QUEREM DESINFORMAR

1º -  REUTERS

Superávit comercial brasileiro tomba 75% em novembro

 
SÃO PAULO (Reuters) - O superávit da balança comercial brasileira teve forte queda em novembro na comparação com outubro, em meio à desaceleração da economia e à crise internacional, registrando o menor saldo desde janeiro, informou nesta quinta-feira o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Em novembro, o saldo ficou positivo em 583 milhões de dólares, um tombo de 75,24 por cento frente aos 2,355 bilhões de dólares em outubro.
O resultado do mês passado veio de 21,774 bilhões de dólares em exportações e de 21,191 bilhões de dólares nas importações.
Das cinco semanas do mês, o saldo da balança foi negativo em três. Entre segunda e quarta-feira desta semana, por exemplo, houve déficit de 298 milhões de dólares.
Mas na segunda semana do mês passado as operações comerciais brasileiras tiveram um superávit de 1,575 bilhão de dólares, o que ajudou a manter o saldo do mês no campo positivo.
No acumulado do ano até novembro, as vendas externas superaram as compras em 25,971 bilhões de dólares. As exportações somaram 233,913 bilhões de dólares, enquanto as importações totalizaram 207,942 bilhões de dólares.
A economia brasileira vem dando sinais de esfriamento, devido principalmente ao agravamento da crise de dívida na zona do euro, que também já tem afetado a China, maior parceiro individual comercial do Brasil.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a comentar em outubro que a preocupação maior com a crise decorreria de uma desaceleração mais forte da China, o que poderia impactar o comércio externo brasileiro, conforme sugeriram os números de novembro. "Essa é a preocupação, porque aí sim nos afeta", disse Mantega na ocasião.

(Reportagem de José de Castro)




2º - Brasil Econômico   (redacao@brasileconomico.com.br)
Comércio Exterior

Superávit comercial atinge US$ 583 milhões no mês



No ano, a balança comercial acumula superávit de US$ 25,9 bilhões
No ano, a balança comercial acumula superávit de US$ 25,9 bilhões

Após registrar déficit de US$ 298 milhões na última semana de novembro (de 28 até 30), a balança comercial encerra o mês com superávit de US$ 583 milhões.

O saldo da balança comercial foi positivo em US$ 583 milhões em novembro, resultado de US$ 21,774 bilhões em exportações e US$ 21,191 bilhões em importações.
Segundo os dados divulgados nesta quinta-feira (1/12) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a corrente de comércio (soma das duas operações) atingiu US$ 42,9 bilhões, o que representou, em média, movimentação de US$ 2,148 bilhões por dia útil.
No ano, a balança comercial acumula superávit de US$ 25,9 bilhões, correspondendo a US$ 233,9 bilhões em exportações e US$ 207,9 bilhões em importações.
O saldo é 75,3% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando a balança comercial foi superavitária em US$ 14,8 bilhões.

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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Obama, Sarkozy e Netanyahu. E como a imprensa mente

É para fingir que é assim

O Conversa Afiada reproduz artigo de Luiz Claudio Cunha, publicado no Observatório da Imprensa:

A gafe dos presidentes, a mentira da imprensa

Por Luiz Cláudio Cunha

O fato mais retumbante da fracassada reunião do G-20, dias 3 e 4/11, em Cannes, não saiu em nenhum comunicado oficial, nem nas entrevistas dos líderes das 20 nações mais ricas deste planeta empobrecido. Num descuido técnico capaz de matar de inveja ao inconfidente Julian Assange, vazou no sistema de som da cúpula um diálogo inacreditável dos presidentes da França, Nicolas Sarkozy, e dos Estados Unidos, Barack Obama, desancando um amigo ausente, o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu.

Os jornalistas receberam seus equipamentos de tradução simultânea, enquanto aguardavam a chegada de Sarkozy e Obama para a entrevista coletiva. Os dois presidentes, com aquela sinceridade que só habita documento secreto vazado pelo WikiLeaks, falavam em privado, na sala ao lado, o que nunca diriam em público sobre o primeiro-ministro israelense.

“Não posso nem vê-lo. É um mentiroso”, bufou Sarkozy, em francês. “Se você está cansado, imagina eu, que tenho de lidar com ele todos os dias”, ecoou Obama, sob o solitário testemunho do intérprete. Um descuido jogou esta conversa franca no sistema de som que os jornalistas haviam recebido, minutos antes da coletiva iminente.

Mais espantoso do que o tom cabeludo do papo presidencial entre dois tradicionais aliados de Israel foi o comportamento cúmplice da grande imprensa, que se mostrou uma aliada ainda mais incondicional de Sarkozy e Obama. Esta conversa aconteceu numa quinta-feira (3/11), numa sala reservada do suntuoso Palais des Festivals de Cannes, e foi ouvida casualmente por seis jornalistas de grandes órgãos internacionais, que ainda testavam seus fones de ouvido. Um deles era da Associated Press (AP), uma gigantesca agência de notícias que abastece 1.700 jornais e 5.000 rádios e TVs em 120 países. Outro era da Reuters, a maior e mais antiga agência do mundo, com 14 mil funcionários falando 20 idiomas em mais de 200 grandes cidades do mundo. Apesar disso, ninguém ficou sabendo da conversa ouvida por acaso pelos jornalistas simplesmente porque os jornalistas ocultaram a notícia.

Cortesões do poder

Uma das anônimas testemunhas dessa gafe histórica explicou à agência estatal France Presse (3.000 funcionários em 110 países, com notícias em seis idiomas) a razão de seu deliberado mutismo: “Nós fomos avisados para sermos prudentes e proteger as pessoas do Palácio Eliseu, com as quais trabalhamos todos os dias, e acima de tudo sobre a natureza da conversa, que poderia ser explosiva”.

Outro jornalista, mais servidor público do que servidor do público, o israelense Gidon Kutz, de uma rádio oficial de Tel-Aviv, explicou que os repórteres acharam melhor esconder o que ouviram por “uma questão de correção” e por uma inesperada cortesia com os anfitriões: “Eles não quiseram embaraçar o serviço de imprensa do Governo Sarkozy”.

A rede britânica BBC acrescentou outra vergonhosa explicação dos jornalistas que decidiram dissimular a notícia: “A divulgação do diálogo poderia constranger Sarkozy”, disseram, ocultos no anonimato e encharcados de constrangimento por seu mau profissionalismo.

Com esse inusitado pacto de silêncio, a conversa sem censura de Sarkozy e Obama acabou sendo vítima de uma inusitada autocensura dos repórteres que testemunharam a derrapada presidencial mas preferiram ser servis ao poder, em vez de servir ao público a que deveriam informar. Tudo isso ficou sepultado num obsequioso sigilo durante cinco dias. A conversa vazada da quinta-feira (3) só ganhou as manchetes do mundo na terça-feira (8/11), por obra e graça de um site francês especializado nos bastidores da mídia eletrônica, o Arrêt Sur Images(ASI), algo como “Imagem sob Julgamento”. Os jornalões brasileiros só deram a notícia uma semana depois (quinta, 10/11).

Carne com cenoura

Sustentado apenas pelos assinantes e sem espaço para publicidade, o ASI fez o que o resto da imprensa não conseguiu fazer – reconheceu o conteúdo da conversa vazada como de “utilidade pública” e fez dela um “furo” de repercussão mundial, com esta manchete: “Netanyahu ‘mentiroso’ – a conversação secreta de Obama e Sarkozy”. Até as grandes agências de notícias, que tinham afanado a informação, foram obrigadas a reproduzir a gafe mundo afora para não ampliar o vexame. Ela ganhou destaque até nos sites dos maiores jornais de Israel, com exceção do diário Israel Hayom, conhecido por sua notória intimidade com o premiê Netanyahu desde que foi lançado, em 2007.

O site Arrêt Sur Images é dirigido pelo jornalista Daniel Schneidermann, 53 anos, que escreve semanalmente sobre TV nos jornais Le Monde e Libération. O sucesso de seus comentários o levou a criar em 1995 um programa no canal estatal France 5 com um objetivo claro: “A vocação de Arrêt Sur Images é a reflexão crítica sobre as mídias”. Os jornalistas de TV, incomodados com essa espécie de “observatório televisivo”, apelidaram o programa semanal de Schneidermann de boeuf-carottes (carne com cenoura), gíria francesa para uma repartição pública, a IGS, conhecida como “a polícia das polícias”. Tinha uma audiência média de 7%, o que representava mais de 700 mil telespectadores, mas a fricção interna na rede estatal levou à sua exclusão da grade de programação em setembro de 2007.

Dias depois de sair do ar na TV, o Arrêt Sur Images voltou pela internet, com o mesmo nome e ousadia. Até o blog ganhar visibilidade mundial com o “furo” inesperado de Cannes.

A questão que fica sem resposta não é o previsível mal-estar que dominará os futuros encontros entre os líderes dos Estados Unidos, França e Israel, agora desnudados pela conversa nua e crua de Sarkozy e Obama.

A grande, desafiadora pergunta que paira no ar sobrevoa a gafe monumental da grande imprensa mundial surpreendida em flagrante delito: o que levou à deliberada ocultação de uma notícia de evidente interesse público, de forte implicação política, de grave repercussão internacional no contexto das relações diplomáticas?

A ferida e o manto

É inacreditável que experientes profissionais de grandes órgãos e de redes de comunicação de alcance planetário se vejam, de repente, enredados em questões menores, mesquinhas, provincianas. Não cabe aos jornalistas, em nenhuma circunstância, o delito de esconder deliberadamente uma notícia sob o falso argumento de que ela possa “constranger” o poder ou a autoridade pública.

Nada constrange mais do que a autocensura ou o servilismo da imprensa às instâncias do poder, público ou privado. A imprensa e seus profissionais vivem e dependem da fé pública que deriva de sua eterna vigilância e de sua permanente independência em relação aos governos e aos governantes, em todos os tempos, em todos os lugares.

Os repórteres enviados a Cannes não estavam lá a passeio, para aproveitar as delícias da Promenade de la Croisette, a charmosa avenida a beira-mar lambida pelo sereno Mediterrâneo. Diante do inesperado vazamento, não cabia a eles “proteger” os descuidados funcionários do Palácio Eliseu ou evitar embaraços aos presidentes distraídos. Uma das virtudes dos bons jornalistas é justamente embaraçar governantes e expor as falhas de suas administrações.

Esconder uma notícia não é “uma questão de correção”. É exatamente o contrário. Quando se estabelece um sistema de cumplicidade e uma prática de quadrilha para fazer o que não é correto e para cometer um ato servil que subverte a função essencial do bom jornalismo, abre-se uma ferida de mau comportamento que exige uma discussão aberta e transparente, sem códigos de silêncio ou conluios de sigilo, todos envergonhados, todos vergonhosos.

É surpreendente descobrir que, oculto por trás da grande gafe presidencial de Cannes, havia algo ainda maior, ainda pior: um grave vazamento ético de má conduta da imprensa. A única forma de estancá-lo é abrir, já, um amplo debate sobre este monumental erro coletivo, que abafa até o jornalista mais inocente sob o espesso manto do constrangimento.

Luiz Cláudio Cunha é jornalista.

sábado, 5 de novembro de 2011

Entendendo a Agressão de Israel e EUA ao Povo Palestino


          Durante muitos séculos não houve conflito algum no Oriente Médio. Até o Século XIX a terra da Palestina era habitada por uma população multicultural – atingindo aproximadamente 86% de muçulmanos, 10% de cristãos e 4% de judeus em meados do século XIX – vivendo em paz.




A região em 1917, antes da criação de Israel


O Sionismo
No final do século XIX, um grupo na Europa decidiu “colonizar” aquela terra. Conhecidos como Sionistas, aquele grupo compunha uma pequena minoria do povo judeu. A vontade última do movimento sionista era criar um Estado Judeu, cogitando lugares na África e nas Américas antes de se decidir pela Palestina.
          A migração de judeus da Europa para a Palestina, no início, não causou problema algum. Contudo, à medida que mais e mais Sionistas migraram para a Palestina – muitos com o desejo expresso de tomar posse da terra para criar um Estado Judeu – a população local ficou alarmada. Num determinado momento a luta começou e ondas de violência se tornaram crescentes. A subida de Hitler ao poder na Europa e as atrocidades nazistas, combinadas às atividades sionistas de sabotagem aos esforços de alocação de refugiados judeus em países ocidentais conduziram a uma escalada na migração daquele povo para a Palestina. O conflito cresceu.

O Plano de Partilha da ONU

         Em 1947, finalmente, a ONU decidiu intervir. Contudo, ao invés de adotar o princípio democrático esposado décadas antes por Woodrow Wilson, de “auto-determinação dos povos”, pela qual os povos criariam seu próprio Estado e sistema de governo, a ONU escolheu reverter ao princípio medieval segundo o qual um poder externo decide a partilha da terra de outro povo.

          Debaixo de considerável pressão sionista, a ONU recomendou a cessão de 55% da Palestina ao novo Estado Judeu – apesar do fato de aquele grupo representar à época cerca de 30% do total da população e possuía menos de 7% da terra.



A partilha de 1947
A Guerra de 1947 – 1949
          Embora seja ampla e corretamente relatado que aquela Guerra, num dado momento, incluiu 5 Exércitos Árabes, menos conhecido é o fato de que durante aquela Guerra as forças judias mantiveram uma superioridade numérica de 3 judeus contra 1 árabe. Mais: ao contrário do que reza o senso comum incentivado pela propaganda os Exércitos Árabes jamais invadiram Israel. Todos os combates se deram em território que deveria ser o Estado Palestino – jamais reconhecido ou respeitado pelo Estado de Israel.
          Finalmente, é de alta relevância ressaltar que os Exércitos Árabes só entraram no conflito após as forças do Estado de Israel haverem cometido 16 massacres, incluindo o brutal massacre de 100 homens, mulheres e crianças em Deir Yassin. O futuro Primeiro-Ministro de Israel, Menachen Begin, líder de grupos terroristas, chamou aquele episódio de “esplêndido ato de conquista”, acrescentando: “em Deir Yassin, como em toda a parte, vamos atacar e massacrar o inimigo. Deus, Deus, O Senhor nos escolheu para a conquista”. Com esta filosofia em mente, forças Sionistas cometeram mais de 30 massacres a Palestinos até 1949.
          Ao final da Guerra, Israel havia conquistado 78% do território da Palestina; 75 milhões de Palestinos se transformaram em refugiados; mais de 500 cidades e aldeias foram destruídas; um novo mapa foi desenhado, no qual todas as cidades, todos os rios e montes receberam um novo nome em hebraico e todos os vestígios da cultura secular dos palestinos foram obliterados. Por muitas décadas o Estado de Israel negou até mesmo a existência da população palestina. A ex-primeira-ministra Golda Meir uma vez disse; “Não existe essa coisa de ‘Palestino’”.

 
Entre 1948 e 1967 - A Palestina vai sendo fagocitada por Israel


A Guerra de 1967 e o “USS Liberty”
Em 1967 Israel conquistou ainda mais território. Na sequência da Guerra dos Seis Dias, durante a qual forças israelenses lançaram um ataque bem-sucedido ao Egito, Israel ocupou um adicional de 22% do território Palestino, segundo as Fronteiras Internacionais decididas pela ONU em 1948 – na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Uma vez que as Leis Internacionais consideram inadmissível adquirir territórios através de Guerra, estes são territórios ocupados, não pertencem a Israel. Durante aquele conflito, Israel ocupou ainda partes do Egito – já devolvidas – e da Síria – as Colunas de Golam – até hoje ocupadas por Israel.
Um episódio grave e pouco divulgado foi o ataque de Israel a um navio estadunidense, o “USS Liberty”. 200 profissionais estadunidenses foram mortos no episódio. A respeito do episódio, o presidente Lyndon Johnson declarou, relembrando vôos de resgate e o apoio dos EUA a Israel, que “não é interessante causar embaraços a um aliado”; o episódio foi suprimido das notícias e livros de história...
(Em 2004, uma comissão de alto nível, dirigida pelo Almirante Thomas Moorer, declarou ser aquele “um ato de guerra contra os Estados Unidos da América", fato pouquíssimo noticiado pela mídia, se o foi...).

Após a Guerra - Seis países Árabes ocupados por tropas Israelenses


O Conflito Recente

Há duas questões primárias, que estão na raiz destes conflitos contínuos desde a criação do Estado de Israel até o dia de hoje:

1 – O efeito desestabilizante de se manter um Estado com preferências étnico-religiosas, particularmente quando é massiçamente composto por um povo de origem externa – a população original do que é hoje Israel era composta por 96% de muçulmanos e cristãos. Nos territórios ocupados por Israel, refugiados muçulmanos e cristãos são proibidos de retornar a suas casas e aqueles que vivem no Estado de Israel são submetidos a sistemática discriminação.

No magnífico documentário “Peace, Propaganda and The Promised Land”, dirigido por Sut Jhally e contando com a participação de intelectuais e ativistas judeus, ocidentais e palestinos, percebe-se como é difícil a vida dos palestinos nos territórios ocupados; entre complicações mil, particularmente relativas ao estrangulamento econômico e ao vandalismo praticado por Israel contra todos os aspectos de representação cultural palestina, ressalta-se:

_ destroem-se bairros inteiros de casas palestinas – sob a falsa alegação de se tratar de “retaliação” a homens-bomba – a fim de que se construam luxuosos condomínios israelitas.
_ o fornecimento da vital água corrente às populações nativas restringe-se a 2 horas por semana enquanto, nos vizinhos condomínios judeus fechados mantém-se piscinas e regam-se plantas ostensivamente todos os dias.
_ é verdade que os palestinos têm controle sobre suas próprias casas durante algum tempo (jamais sabem quando suas vivendas podem ser consideradas “de interesse da segurança nacional de Israel” e assim perder seu direito a moradia) contudo, todas a estradas e passagensdentro do território que em 1948 a ONU decretou ser o Estado Palestino mas Israel jamais respeitou, são controladas por Israel. Um quadro que é descrito como se tivéssemos controle sobre os cômodos de nossa casa mas, a cada vez que precisássemos sair de um cômodo a outro precisássemos da relutante autorização de soldados e fiscais estrangeiros que controlam todos os corredores.
2 – Os habitantes palestinos resistem como podem à contínua ocupação militar israelense e o confisco de propriedades fundiárias na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Estes espaços, reduzidos em 22% do que foi decidido pela ONU em 1947, deveriam se tornar o Estado Palestino, segundo os acordos de paz de Oslo, de 1993. Contudo, uma vez que Israel não apenas posterga há já 15 anos o cumprimento dos Acordos de Oslo como vem ampliando o confisco e a ocupação de terra naqueles territórios, os palestinos se rebelam.
          Os judeus moderados apontam estas táticas do Estado de Israel como potencialmente anti-sionistas. Esclarecem que há grupos anti-sionistas capazes de perpetrar atos realmente danosos contra os judeus em escala mundial e a postura agressiva do Estado de Israel, desrespeitando os direitos humanos, praticando crimes de guerras em base cotidiana e desrespeitando a legislação internacional há décadas, contribui violentamente para macular a imagem dos judeus no mundo.

O que resta da Palestina hoje... 

O envolvimento dos EUA
Noam Chomsky, filósofo judeu estadunidense, menciona, em “O Império Americano”, um episódio emblemático: em meados da década de 90, helicópteros israelenses mais uma vez reduziram a escombros duas aldeias palestinas pacíficas na fronteira norte do país, fronteira com o Líbano. Os palestinos reclamaram na ONU o uso de helicópteros “Apache” estadunidenses no massacre a populações desarmadas. O então presidente “democrata” norte-americano Bill Clinton tomou uma medida exemplar (contra a ONU e os Palestinos, como de hábito): mandou mais 5 helicópteros “Apache”, além de pessoal para treinamento das forças israelenses, possibilitando o aumento da eficácia em futuros massacres.
Segundo estimativa de Sut Jhally no documentário acima citado, os EUA enviaram a Israel, entre 1948 e 2008, mais de 100 trilhões de dólares! Anualmente, o contribuinte estadunidense subvenciona o genocídio dos EUA e Israel contra a população palestina em valores anuais de U$ 7 milhões. Certa feita o Governator Arnold Schwarzenegger, se queixou: a administração federal estava enviando mais recursos a Israel do que à Califórnia!
Enquanto os EUA apoiarem e Israel praticar a mais longa ocupação militar da história moderna, esta perpetrada na Cisjordânia e Faixa de Gaza, as chances de paz estão minimizadas.
Confira, no vídeo abaixo, as opiniões de Norman Finkelstein, um intelectual e ativista pela paz entre judeus e palestinos, sobre a ocupação e as brutalidades praticadas por EUA/Israel contra os Palestinos:

O Cachete

sábado, 29 de janeiro de 2011

Miguel Nicolelis e os blogs sujos - II



Em encontro com blogueiros potiguares, Nicolelis fala sobre ciência, democracia, política e jornalismo
O movimento dos Blogueiros Progressistas do Rio Grande do Norte recebeu, na noite desta sexta-feira (28), o neurocientista Miguel Nicolelis, professor da Universidade de Duke (EUA) e co-fundador do Instituto Internacional de Neurociência de Natal Edmond e Lilly Safra. O evento, realizado no auditório da Livraria Siciliano (Shopping Midway Mall), serviu como preparação para o 1º Encontro de Blogueiros Progressistas do RN, marcado para os dias 25, 26 e 27 de março.
O tema do bate-papo foi “Redes sociais, participação política e desenvolvimento da ciência”. Nicolelis iniciou dizendo que sua participação no evento demonstrava o poder dessas novas formas de comunicação. “Estou no Twitter há apenas 15 dias, mas já estou aqui para falar sobre redes sociais – mesmo sem saber nada sobre isso”, brincou, arrancando risos da plateia.
Em seguida, disse que o título da palestra poderia ser “Eu juro que eu sou eu”, fazendo referência ao debate travado com uma badalada blogueira potiguar, a quem teve que provar que seu recém-criado perfil no Twitter não era um fake.
Nicolelis aproveitou o episódio como gancho para tratar da questão da identidade no contexto das redes sociais. Ele sustentou que o modelo de mundo que conhecemos, bem como nossa identidade, não passa de uma “simulação” do cérebro. Emendou dizendo que a “cultura do ‘eu’ é uma ilusão”.
“Eu me defrontei com essa ilusão ao tentar provar que eu sou eu. Eu me engajei num debate com uma jornalista que foi uma das coisas mais fascinantes. Comecei a falar das minhas opiniões, primeiro sobre a política do RN, mas não funcionou”.
“Pare pra pensar: nós vivemos num mundo em que qualquer um pode ser eu, qualquer um pode assumir qualquer personalidade. O sucesso das redes sociais, em minha opinião de neurocientista, se deve, primeiro, a uma coisa que vou tratar no livro que será lançado no próximo mês. Daqui a algumas centenas de anos não vamos precisar disso aqui, teclado, celular… Nós vamos pensar e nos comunicar, nos amalgamar numa rede conscientemente sem a necessidade dessas coisas pouco eficientes, como os nossos dedos, os teclados… Nós já estamos observando, mesmo com os limites que temos, já vivemos os primórdios de uma sociedade onde a identidade real não faz diferença nenhuma”, discorreu.
O neurocientista destacou que as redes sociais “conseguiram fazer as identidades, às quais a gente se apegou tanto, desaparecerem”. “Você pode assumir o que você sempre quis ser, mas não podia por medo do preconceito. Nós ainda não conseguimos lidar com o fato que as pessoas são de diferentes matizes. As redes têm essa vantagem de permitir que as pessoas possam assumir [suas ideias] livremente”.
“Não existe isso de imparcialidade”
Após discorrer sobre as redes sociais e a dispersão da identidade, Nicolelis afirmou que a ideia da “imparcialidade”, tanto jornalística quanto científica, não passa de “balela”. “Como neurocientistas, estamos cansados de saber que não existe isso de imparcialidade, como pretendem os jornalistas. Não existe imparcialidade nem jornalística nem científica”.
Para comprovar sua sentença, relembrou a cobertura midiática das eleições presidenciais do ano passado, quando a imprensa tradicional, mesmo se dizendo “imparcial”, se alinhou à candidatura do candidato do PSDB/DEM, o ex-governador de São Paulo José Serra.
“O que aconteceu no Brasil na eleição passada foi a demonstração da falácia de certos meios de imprensa e do partidarismo que invadiu essa opinião dita imparcial. Mas o desmentido só ocorreu nesse lugar capilarizado chamado blogosfera. A guerra da informação foi travada aí. A eleição foi ganha na trincheira da blogosfera, porque os desmentidos eram instantâneos”, comentou.
Nicolelis defendeu que a “teia” – termo que disse preferir usar para se referir às redes sociais – que está se formando no Brasil “é um fenômeno mundial de relevância fundamental”. Para ele, a blogosfera teve um papel de destaque nas eleições de 2010.
“Essa teia já ganhou uma eleição do ponto de vista da informação, já derrotou o exército de uma mídia que tem opinião, mas que exerceu essa opinião sem dizer. Aí é que tá o engodo. A opinião é legítima, mas esconder que tem opinião não é”.
Miguel Nicolelis frisou que outro efeito provocado pelo surgimento dessa teia é o fato de considerar “inevitável a quebra do monopólio do conhecimento, da noticia e do fato”. “Cada um de nós pode ser o propagador de um fato, de uma interpretação do fato”.
Mesmo ressaltando sua condição de neófito, Nicolelis demonstrou entusiasmo com o potencial dessa “teia” desembocar no surgimento de um novo modelo de democracia, em que os indivíduos tenham um novo papel.
“A democracia representativa é muito interessante, mas ela faliu, porque o grande objetivo dos representantes dos indivíduos do planeta é representar a si mesmo. Existe um potencial imenso de uma nova democracia, onde os indivíduos tenham um novo papel, em que possam ser agentes atuantes e definidores da nossa cidadania”.
By: Alisson Almeida