Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 14 de junho de 2013

HADDAD: O TRANSPORTE É CARO. O AUMENTO, INADIÁVEL Haddad não acredita que o movimento chegue a atingir a Dilma.


O transporte publico é tema central de qualquer candidato em São Paulo
O ansioso blogueiro reproduz observações do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, por telefone, numa entrevista nesta manhã de sexta-feira:

Ainda como Ministro da Educação e como pré-candidato a prefeito, ele tinha a percepção de que a questão do transporte urbano é um problema central da administração pública de São Paulo.

“Transporte” foi o tema central da sua campanha.

O transporte é muito caro, pesa muito no bolso do trabalhador e exige uma política mais ampla do que abrir corredores de ônibus.

Corredor demora a fazer efeito, e é preciso tomar providências, já !

Quando sobe o salário do trabalhador, a gente se esquece de que sobe também o salário do motorista e do cobrador.

O salário do motorista e do cobrador subiu 8% ao ano, por três anos consecutivos, com a tarifa congelada e o subsidio correndo solto.

Era uma situação economicamente insustentável.

Com a redução dos 6% dos tributos federais e o aumento de R$ 0,20  – o primeiro em três anos – a conta fechou.

Mas, há quatro, cinco anos, há uma insatisfação subterrânea, silenciosa.

Que, agora, se tornou mais violenta, claro, porque ele é o prefeito e do PT. 

(Clique aqui para ler “As manifestações e a hipocrisia do PiG, especialmente da Globo”.)

Partidos políticos, como o PSTU e o PSOL, vão para a rua e ajudam a criar – com a mídia – um caldo de cultura de insubordinação.

Mas, o problema é real: o transporte é muito caro !

E ineficiente ! 

Mas, a prefeitura não tem com quem conversar.

As lideranças são frágeis, que se organizam nas redes sociais.

(Que organizam movimentos, mas dificultam a formação de lideranças – PHA)

Haddad tem notícia de professor que liberou aluno que “queria ver a manifestação”.

A maioria a favor da manifestação não toma ônibus.

Tem a mão de gato dos que querem derrubar a Dilma ?, perguntou o ansioso blogueiro.

Em parte, sim, Haddad acredita.

Tem, no subterrâneo, aquela turma que diz que a inflação saiu do controle – por isso o Governo teve que aumentar a tarifa -, que a economia foi para o beleléu.

Tem, sim, tem isso. 

O pessoal que agora critica a Dilma porque aumentou a tarifa e antes criticava porque não aumentava.

Mas, Haddad não acredita que o movimento consiga atingir a Dilma: ele tem um caráter inequivocamente local.

Embora a mídia (aqui chamada de PiG (*) – PHA) possa querer espalhar o movimento.

E segunda-feira ?

A certa altura vamos ter que conversar, ele disse.

Não pode ser tudo ou nada !, concluiu.


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Provocar câncer em alguém é fácil como tirar doce de criança


Pouco depois do anúncio oficial da morte de Hugo Chávez pelo presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, este acusou publicamente os Estados Unidos de estarem por trás do câncer que acometeu o ex-presidente e, en passant, aproveitou para atribuir à potência os cânceres que, quase simultaneamente, atingiram vários outros presidentes sul-americanos.
Esse boato encampado pelo provável novo presidente que os venezuelanos elegerão em semanas, porém, não é novo. Há cerca de dois anos, especulou-se largamente sobre a estranha “coincidência” de cinco líderes sul-americanos que não se alinham a Washington terem contraído câncer quase simultaneamente.
Detalhando: Dilma Rousseff, Lula, o ex-presidente paraguaio Fernando Lugo, a presidente argentina, Cristina Kirchner, e o próprio Chávez contraíram câncer quase todos ao mesmo tempo.
Não foi a primeira vez que os Estados Unidos foram acusados de cometer assassinatos políticos sem uso de violência, apelando para a tecnologia. O ex-presidente brasileiro Jango Goulart ou o líder palestino Yasser Arafat foram alguns entre tantos outros que se acredita que tenham sido assassinados pelos norte-americanos dessa forma.
Nesse aspecto, o leitor Carlos Alberto Rocha deixou comentário que, no mínimo, leva à reflexão:
“(…) O assassinato de Arafat foi abafado e contou com a ajuda da tradição muçulmana, que não procede a autópsia dos seus mortos. Mas a disposição de sua viúva Suha e uma criteriosa investigação da TV Al-Jazeera levaram à descoberta do assassinato e a um pedido formal da Autoridade Nacional Palestina para que um comitê patrocinado pela ONU proceda o desdobramento da investigação feita por médicos suíços, que já levou à exumação do corpo do líder palestino.
Após nove meses, um trabalho meticuloso dos especialistas suíços e exame de roupas e objetos que Arafat usou nos dias que antecederam sua morte – roupa, escova de dente e até seu icônico kefiyeh que não tirava da cabeça – revelaram uma quantidade anormal de polonium, um elemento radioativo raro ao qual poucos países têm acesso, ou seja, apenas os do restrito clube atômico (…)”
Os títeres dos EUA na imprensa e os admiradores da potência hegemônica na sociedade civil tratam de ridicularizar a suspeita. Sobre o câncer que acometeu um homem forte e sadio como Chávez, que jamais adoecera gravemente em mais de cinquenta anos de vida, apegam-se a excessos retóricos e generalizações para desmoralizar a teoria.
Nesse aspecto, os casos de Lula e Dilma são emblemáticos. Ela contraiu câncer antes de se tornar presidente e Lula teve a doença justamente na parte do corpo que ele mais forçou ao longo da vida de líder sindical e político, a garganta, sendo sua voz rouca indicativa de que pode até ter nascido com algum problema nela que se agravou pelo esforço repetitivo. Além disso, Lula e Dilma são moderados e mantiveram e mantêm relações civilizadas com os EUA.
Todavia, se isolarmos os casos em que os EUA teriam interesse real em exterminar os que supostamente quem exterminou foi o câncer, não há como descartar uma hipótese como essa.
Em primeiro lugar, alguém seria tão cínico a ponto de afirmar que os americanos não exterminariam um líder político que os confrontasse? Só pode ser uma piada.
Alguém se lembra do soldado americano Bradley Manning, que entregou documentos secretos ao WikiLeaks, sobretudo o vídeo que ficou conhecido como “Collateral Murder” [Assassinato Colateral], em que se veem militares americanos num helicóptero assassinando civis desarmados, dos quais dois eram jornalistas da Agência Reuters, e ferindo duas crianças?
Chávez, não vamos nos esquecer, é o líder político que foi à tribuna da Assembleia Geral da ONU e, ali mesmo, declarou que o então presidente dos Estados Unidos, que acabara de precedê-lo, havia deixado, no local, cheiro de enxofre por ser a encarnação do diabo. E que vinha contrariando todos os interesses geopolíticos ianques, sobretudo no Oriente Médio.
Razões para matar Chávez não faltavam aos EUA. Se tivesse a tecnologia para instilar câncer em adversários, matando-os sem poder ser acusado de tê-lo feito, a potência certamente não hesitaria em usá-la.
Bem, se assim é então vou contar um segredinho a você, leitor: a tecnologia para causar câncer já existe, até porque não é tecnologia, mas um efeito físico advindo do contato humano com substâncias chamadas de cancerígenas.
Trocando em miúdos: basta bombardear o alvo por curto período com doses de intensidade controlada de radiação para ter quase certeza de que essa pessoa contrairá câncer. E o que é mais espantoso é que, aqui, não se faz revelação alguma, pois esse fato é conhecido por qualquer um.
Na mesma viagem aos Estados Unidos em que Chávez insultou o ex-presidente George Bush filho, por exemplo, equipamento colocado num quarto de hotel poderia bombardear o alvo por algumas horas com doses controladas de radiação e o efeito fatalmente poderia ser o câncer.
Dizer que uma potência que leva o homem ao espaço e que desenvolveu os drones, que lhe permitem matar populações inteiras à distância, não teria a tecnologia para induzir câncer em alguém, é piada. Tecnologia há. Motivação, no caso de Chávez, havia – e muita. Se isso de fato ocorreu, porém, é outra história.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

CPI convoca Paulo Preto. (E o Cerra também)


Cerra e Paulo Preto vão ter que explicar o que fizeram com o Cavendish na marginal (sic).

A CPI tarda, mas não falha

Saiu no UOL:

CPI do Cachoeira aprova convocação de Cavendish e Pagot para depor


Os integrantes da CPI do Cachoeira aprovaram nesta quinta-feira (5) a convocação do empresário Fernando Cavendish, ex-presidente e sócio da Delta Construções S.A, para prestar esclarecimentos sobre as atividades da construtora com o esquema de corrupção, chefiado pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que envolvia políticos e empresários.

Também foi aprovada a convocação do ex-diretor do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antônio Pagot, e de mais cinco testemunhas: Adir Assad, Andréa Aprígio, Paulo Vieira de Souza, Paulo Moreira Lima e Raul Filho. As datas dos depoimentos ainda não foram definidas.

A maioria dos convocados tem relação com a empresa Delta: Pagot se colocou à disposição da comissão para contar o que sabe a respeito dos contratos do órgão com a construtora; Adir Assad é o dono da empresa Rock Star, que recebeu recursos da Delta; e Paulo Vieira de Souza, mais conhecido como Paulo Preto, é ex-diretor da Dersa (que tinha contratos com a Delta).

Paulo Preto ganhou notoriedade depois que a então candidata do PT em 2010 à Presidência, Dilma Rousseff, durante o debate da Rede Bandeirantes, citou um desvio de R$ 4 milhões do caixa de campanha de José Serra. O dinheiro teria sido arrecadado por Paulo Preto em empreiteiras e depois desaparecido.

(…)


Cerra e Paulo Preto vão ter que explicar o que fizeram com o Cavendish na marginal (sic).
O Cerra vai ter que explicar que história é essa de o Pagot acusá-lo de ficar com a parte do leão nas empreitagens.

Paulo Henrique Amorim

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Coimbra: quem nasceu para FHC não chega a Lula


Saiu na Carta Capital, pág 15, excelente artigo de Marcos Coimbra sobre o elogio fúnebre de Fernando Henrique para o Padim Pade Cerra, na revista Economist.

Foi quando o Farol de Alexandria detonou o Cerra: por causa da Privataria, nem ele aguenta mais o Cerra.

(Dizem que, neste domingo, num artigo obscuro, FHC voltou atrás, mais ou menos, não é bem assim, esqueçam o que eu escrevi, disse ou pensei, mudei de ideias, por enquanto, assinei sem ler etc e tal.)

Coimbra faz uma preciosa comparação entre o papel que o Farol e o Nunca Dantes ocuparão na História:

O fascinante na formulação é que ele (FHC) nunca se considera responsável pelo que faz o partido que preside. O presidente da República era ele em 2002, mas, como estava “cansado de exercer a liderança política” – e “não apenas por generosidade”-, resolveu lavar as mãos. Em 2010, achava que Serra não era a melhor opção, mas ficou quieto (ou não conseguiu fazer nada para impedi-lo de, outra vez, se arrogar o direito de ser candidato).


Essa liderança que não lidera conflita com a autoimagem que tem. Sem qualquer modéstia – e pouca visão da realidade-, FHC acha que ele e Lula são “os dois únicos líderes” brasileiros dos “últimos 20 anos” (o que entende ser pouco para “um país tão grande’).


Como se houvesse qualquer semelhança entre as trajetórias de ambos: sem três ou quatro acidentes (a morte de Tancredo, o fracasso de Sarney, o impeachment de Collor, o desaparecimento de Covas), FHC não existiria (ou seria muito menor do que é), enquanto Lula continuaria a ser Lula, pois não precisou do acaso – e nem de um Plano Real – para chegar aonde chegou. Fernando Henrique diz que o PSDB tem de “reorganizar a hierarquia da liderança” (o que, em tucanês, quer dizer definir quem manda no partido), pois ninguém surgiu para ocupar o lugar que tinha. Quanto a si mesmo, explica que “tomou a decisão (…) de abrir espaço”, pois, na altura da vida em que está, “perdeu a vontade” de liderar.


A entrevista reflete o clima em que vive o PSDB. Seu presidente de honra divide, em vez de somar. É magnânimo na repartição das responsabilidades pelas derrotas, mas avaro na reivindicação dos sucessos. Acredita que cabem (somente) a Serra as culpas pelas decepções recentes.



Não fosse o PiG (*), esses tucanos de São Paulo não passavam de Pinheirinho, na via Dutra.
Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Folha perde a liderança em circulação



Por Altamiro Borges

Depois de 24 anos de hegemonia absoluta, o jornal Folha de S.Paulo perdeu a liderança de maior periódico em circulação no país. A informação, que deve ter tirado o sono da famiglia Frias e de alguns dos seus “calunistas” de plantão, foi divulgada na coluna “Em pauta”, do boletim Meio & Mensagem desta segunda-feira (24).

Segundo explica, ainda faltam alguns dados relativos a dezembro para que o Instituto Verificador de Circulação (IVC) feche seu balanço com o desempenho dos jornais brasileiros em 2010. Mas, nos números já finalizados, a principal novidade é a perda de liderança da Folha, que era o diário de maior circulação no país desde 1986.

Crescimento dos jornais “populares”

Embora já tivesse perdido a liderança em alguns meses, esta foi a primeira vez que o jornal sucumbiu no consolidado de um ano. O topo do ranking em 2010 foi do Super Notícia, título popular de Belo Horizonte. Enquanto a Folha manteve estabilidade, na casa dos 294 mil exemplares por edição, o Super Notícia cresceu 2%, atingindo média de 295 mil.

Meio & Mensagem publicou o ranking dos dez jornais de maior circulação em 2010 e suas respectivas médias por edição:

1º) Super Notícia: 295.701;

2º) Folha de S. Paulo: 294.498;

3º) O Globo: 262.435;

4º) Extra: 238.236;

5º) O Estado de S. Paulo: 236.369;

6º) Zero Hora: 184.663;

7º) Meia Hora: 157.654;

8º) Correio do Povo: 157.409;

9º) Diário Gaúcho: 150.744;

10º) Lance: 94.683.

Algumas razões do declínio

O declínio da Folha, que é consistente há vários anos – o jornal já chegou a ter um milhão de exemplares nas edições de domingo nos anos 1980 –, tem várias causas. A principal, que afeta toda a mídia impressa, no Brasil e no mundo, é o forte crescimento da internet, que permite maior volume de informações e maior interatividade e retira leitores dos jornalões tradicionais.

Fruto do florescimento desta nova mídia também houve a multiplicação, no mundo inteiro, dos jornais gratuitos e “populares”, a preços mais acessíveis. Os próprios monopólios midiáticos têm investindo neste novo filão para compensar a perda de leitores nos diários decadentes. São estes títulos “populares” que hoje explicam o tímido aumento da circulação de jornais no país.

Há ainda a perda de credibilidade da velha mídia. O sociólogo Emir Sader fala em “crise de moral” e o jornalista Pascual Serrano, em “crise de identidade”. A Folha, com seu falso ecletismo, engole seu próprio veneno. Ao qualificar a ditadura brasileira de “ditabranda” ou publicar uma ficha policial fajuta de Dilma Rousseff, ela é descartada por seus leitores mais críticos. Azar dela!