Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sábado, 7 de julho de 2012

Colunista da Veja xinga Dilma e acusa institutos de pesquisa

É insólita recente matéria do colunista da Veja Augusto Nunes sobre episódios igualmente recentes em que a presidente Dilma Rousseff teria sido “vaiada”. O colunista insultar a presidente não chega a espantar, pois, quando escreve sobre políticos petistas ou seus aliados, esse fenômeno é recorrente. O que espanta é a tese sobre os institutos de pesquisa.
Dilma é recorrentemente chamada por esse jornalista de “neurônio solitário”, ou seja, teria apenas um neurônio. A figura de linguagem pretende vender a idéia de que a primeira mandatária da República seria estúpida. Nada demais. É regra esse e outros colunistas da Veja usarem xingamentos como se fossem argumentos.
Impressionante mesmo é a tese de Nunes que afirma que Ibope, Sensus e Vox Populi falsificam a popularidade da presidente da República, apesar de que o único grande instituto de pesquisa não citado, o Datafolha, também confere a ela alta aprovação – segundo pesquisa Datafolha de abril, 64% consideram desempenho de Dilma bom ou ótimo.
O alvo principal da ira que os fatos despertam no colunista da Veja, no entanto, parece ser o Ibope. Visivelmente enraivecido, Nunes considera incompatível o recorde de popularidade da presidente com o fato de ela ter sido vaiada duas vezes em 24 horas pelo mesmo grupo de estudantes e professores universitários.
De repente, para aumentar o espanto que o tal de Nunes provoca, o mensalão entra na história. A tese é a de que vaias de grupos descontentes com Dilma combinados com o julgamento “do maior escândalo de corrupção da história” acabariam com a credibilidade de Ibope, Sensus e Vox Populi – e, por tabela, do Datafolha.
Os quatro grandes institutos estariam a serviço da presidente da República por detectarem alta aprovação. A pergunta é se essa premissa vale quando detectam alta aprovação do governador Geraldo Alckmin, por exemplo, ou se pesquisa positiva só é falsa quando é sobre Dilma e outros petistas.
Detalhe: essa tese também induz à crença de que não só as pesquisas são forjadas para favorecer Dilma e outros governantes, mas, também, os processos eleitorais pelos quais esses políticos se elegem, processos que acabam se coadunando com as pesquisas…
Vale a pena ler, a seguir, a tese insólita desse colunista. Ela dá a medida de um planejamento meio destrambelhado para as ações políticas de certa mídia no segundo semestre, que coincidirão com a campanha eleitoral que tomará o país. A aposta na burrice do público parece ser bem alta, assim como foi em todas as eleições anteriores.
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Dilma, duas vaias em 24 horas
Augusto Nunes
Ainda convalescendo da vaia em São Bernardo do Campo, Dilma Rousseff voltou a ouvir no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira, o mais desconcertante dos protestos sonoros. O neurônio solitário deve estar pálido de espanto com o enigma .
No fim de junho, uma pesquisa do Ibope informou que apenas 8% dos brasileiros reprovam o desempenho da presidente. E comunicou à nação que o recorde estabelecido pela chefe de governo colocou Dilma Rousseff à frente de todos os seus antecessores desde a Proclamação da República.
Como combinar as duas informações do Ibope com duas vaias separadas por apenas 24 horas? Se o preço da encomenda for suficientemente estimulante, o comerciante de porcentagens escolhido para o serviço conseguirá decifrar o enigma com uma pesquisa restrita aos participantes das manifestações.
Ficará provado que os mesmíssimos 8% de eternos descontentes, disfarçados de estudantes, juntaram-se ─ para fingir que são muitos ─ tanto no ato de protesto em São Bernardo quanto na reprise ocorrida no Rio.
A pesquisa provaria que esses inimigos da pátria resolveram piorar o péssimo humor da presidente e, sobretudo, atrapalhar a vida mansa dos fabricantes de estatísticas com a invenção de outra brasileirice: a vaia ambulante. E Dilma ficaria feliz ao saber que a vaia desta sexta-feira saiu das mesmas gargantas que a hostilizaram na véspera. E já se preparam para a terceira rodada de apupos.
Mas convém apressar o serviço. Se o bando de manifestantes continuar perturbando as aparições públicas da recordista, e se a temporada de protestos estender-se até o ínício do julgamento do mensalão, nem o mais crédulo dos devotos da seita vai levar a sério a usina de pesquisas convenientes administrada em conjunto pelos ibopes, sensus e voxpopulis que prosperam no Brasil Maravilha. Em todas, o vitorioso é sempre quem está no poder.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Globalização, ou “o mundo é dos EUA”

As primárias de Iowa podem dar força ao ultradireitista Rick Santorum
Começam hoje as eleições primárias que não escolher o candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos – entre os democratas, a escolha de Obama é óbvia.
E, por mais decepcionante que possam ter sido as atitudes do atual presidente, a alternativa republicana é mil vezes pior.
Hoje, numa expressão crua do que é a economia globalizada, um dos candidatos favoritos, Mitt Roomey, disse que os EUA não ajudariam “nem com um dólar” a Europa a vencer a crise; crise, aliás, que tem suas origens exatamente no sistema bancário americano.
Outro republicano – que pode crescer nas pesquisas com o resultsdo da primeira prévia, hoje, em Iowa – o ultradireitista Rick Santorum começou o ano afirmando que, eleito, bombardearia o Irã.
Decadentes ou não, o fato é que os EUA ainda são o império. E impérios, na decadência, tornam-se pateticamente agressivos.

sábado, 8 de outubro de 2011

Divino Império

“Em um discurso polêmico, o pré-candidato republicano a presidência Mitt Romney afirmou nesta sexta-feira (07/10) que Deus criou os Estados Unidos para que o país comandasse o mundo.
“Deus não criou este país para que fosse uma nação de seguidores. Os EUA não estão destinados a ser um dos vários poderes globais em equilíbrio”, afirmou Rommey. O discurso foi feito em um colégio militar no estado da Carolina do Sul.
Segundo o pré-candidato, “os EUA devem conduzir o mundo ou outros o farão”. As afirmações ocorrem no dia que marca os 10 anos da invasão do Afeganistão pelos EUA. Na época, o país justificou a invasão afirmando que deveria capturar o saudita Osama Bin Laden, responsável por articular os ataques de 11 de setembro.
Para Romney, o mundo seria muito mais perigoso caso os EUA não tivessem um papel de liderança. “Deixem-me ser claro: como presidente dos Estados Unidos, eu me dedicarei a um século americano. Nunca, jamais, pedirei perdão em nome dos EUA”, concluiu.
Romney está em primeiro lugar nas intenções de voto entre os pré-candidatos republicanos, segundo informaram as últimas pesquisas. “Isso é muito simples: se você não quer que os EUA sejam a nação mais forte do planeta, eu não sou seu presidente”, concluiu o pré-candidato.”
Heil!
No Tijolaço

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

EXEMPLO DO TEA PARTY NACIONAL , E SUAS ESCÓRIAS.

Porco Marco Antonio Arcoverde Cals elogia Miss Universo Leila Lopes


Observação: Eu chamo todos meus amigos e conhecidos de "Porco". Nada pessoal nem ofensivo, porco Cals

Falta pouco, quase nada

Se a presença de tal ou qual ministro é tudo que falta para dona Maria Cristina zurrar, convenhamos que não falta nada, pois isso não depende da vontade dela...
BURROS DE CARGA
Com mais três anos de Haddad à frente do Ministério da Educação, estaremos todos zurrando. É só o que falta para sermos burros de carga completos.

Maria Cristina Rocha Azevedo crisrochazevedo@hotmail.com
Florianópolis 
Seção de burros cartas do Estadão
Beservaçao: Fui dar uma procurada no Facebook para ver se tinha uma foto boa da dona Maria Cristina e não achei nada apresentável. Em compensável ela ostenta uma falsificação de uma charge do Angeli, coisa típica de quem defende a mesma ética na vida pública e na privada.


Leia mais em: O Esquerdopata
Under Creative Commons License: Attribution

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Deputado diz que africano é uma maldição. Não, não somos racistas


Eis ai o deputado Feliciano, valoroso combatente do racismo inexistente
Não se trata do Bolsonaro do Rio.

Não, amigo navegante.

Trata-se do Marco Feliciano, do PSC de São Paulo.

Ou seja, não ser racista é uma preferência nacional, não é isso, Ali Kamel ?

Acompanhe agora, amigo navegante o que o implacavel Stanley Burburinho descobriu:


Corregedoria da Câmara analisará caso de deputado que ofendeu africanos no Twitter



Guilherme Balza
Do UOL Notícias
Em São Paulo

O caso envolvendo o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), que afirmou nessa quarta-feira (30), no Twitter, que os “africanos descendem de um ancestral amaldiçoado”, deverá será analisado pela Corregedoria da Câmara dos Deputados. A presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, deputada Manuela d’Avila (PCdoB-RS), disse que irá encaminhar as mensagens do parlamentar para o órgão.


Em seu perfil na rede de microblogs, Feliciano disse: “africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato. O motivo da maldição é polêmica. Não sejam irresponsáveis twitters rsss”. Em seguida, outra mensagem, afirma que “sobre o continente africano repousa a maldição do paganismo, ocultismo, misérias, doenças oriundas de lá: ebola, Aids. Fome…(sic)”, afirmou Feliciano, que também é empresário e pastor evangélico.


Para Manuela d’Avila, as declarações são “bem graves” e “lamentáveis”. “Esse argumento religioso que justifica o racismo foi usado pela Igreja Católica há dois séculos para justificar a escravidão”, afirmou a parlamentar, em entrevista ao UOL Notícias.


A deputada disse que irá reunir as mensagens, apresentar na próxima reunião da Comissão e encaminhá-las à Corregedoria. “É o espaço adequado para se julgar e para que ele [Feliciano] possa se defender”, disse.


Para a parlamentar, é possível que, dependendo da decisão da Corregedoria, o caso vá parar no Comitê de Ética da Casa. “Na minha opinião, imunidade parlamentar não protege o crime de racismo. É garantido o direito da opinião, desde que honrada a Constituição”, afirmou D’Avila.


Por telefone, Feliciano disse que as mensagens foram publicadas por assessores, sem a sua aprovação. O parlamentar afirmou também que não considera as mensagens racistas. “Não foi racista. É uma questão teológica”, disse. “O caso do continente africano é sui generis: quase todas as seitas satânicas, de vodu, são oriundas de lá. Essas doenças, como a Aids, são todas provenientes da África”, acrescentou.


Após o contato da reportagem com a assessoria de Feliciano, a primeira mensagem foi apagada. Depois da entrevista ao UOL Notícias, o parlamentar republicou a mensagem.


Hoje, quase 20h depois das declarações, o deputado negou ser racista também no Twitter. “Tenho raízes negras como todos os brasileiros. Bem como dos índios e também europeus! Rejeito essas calunias infames! Aqui não seus desalmados”, disse Feliciano.


Marco Feliciano foi eleito deputado federal nas eleições do ano passado, com mais de 211 mil votos, e diz ter 30 mil seguidores no Twitter. “Sou afrodescendente, meu nariz é largo, meu cabelo é crespo. Tenho apoio do líder do movimento dos negros, pastor Albert Silva, de São Paulo”, defendeu-se.


Albert Silva, no entanto, nega que apóie Feliciano e discorda das opiniões do parlamentar. “As considerações dele são de foro íntimo. Como pastor negro e militante do movimento negro, eu considero um absurdo essa visão teológica do deputado. Viola o sentido explícito do relato bíblico”, afirma.


No perfil do deputado no Twitter, há também várias mensagens direcionadas a homossexuais.  O deputado afirma que vários internautas da comunidade gay o perseguem e convoca os “cristãos” a despejarem mensagens nas páginas de seus críticos. Em seguida, o parlamentar listou uma série de usuários do Twitter que supostamente o atacam.


http://noticias.uol.com.br/politica/2011/03/31/caso-de-deputado-que-ofendeu-africanos-no-twitter-ira-para-corregedoria-da-camara.jhtm

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

WikiLeaks: ex-senador do DEM quis armar o país contra a Venezuela

Um telegrama obtido pelo site WikiLeaks aponta que o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) sugeriu que o governo dos Estados Unidos estimulasse a produção de armas no Brasil para conter supostas ameaças da Venezuela, Irã e Rússia.

Em correspondência assinada pelo ex-embaixador americano Clifford Sobel, o diplomata relata o diálogo com Heráclito, que na época presidia a Comissão de Relações Exteriores e Defesa do Senado. O senador nega a conversa. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.



De acordo com o documento, o senador pediu uma reunião "urgente" com Sobel. Na conversa, Heráclito teria se declarado "verdadeiramente preocupado" com a influência do presidente venezuelano, Hugo Chávez. Ele teria sugerido um plano para armar Brasil e Argentina contra a suposta ameaça bolivariana, "antes que fosse tarde".



Segundo a correspondência, o senador sugeriu ainda acionar empresas privadas para mascarar a ação americana. Em outro telegrama, de 2008, Sobel afirma que Heráclito relatou a suposta presença de terroristas em uma organização não governamental (ONG) controlada por petistas no Piauí e disse temer a instalação de uma guerrilha esquerdista em Rondônia.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Santayana: Tucson, a doença americana


Santayana: os que decidirem matar, como o rapaz de Tucson, sempre encontrarão armas


Por Mauro Santayana


Não há povos felizes, e poucas são as pessoas no mundo que se sentem em paz. Viver não é apenas perigoso: é uma aventura difícil. Sempre foi assim, mas como o passado pesa, e nos conduz, a cada época os homens se sentem mais impotentes diante das circunstâncias, que escapam de sua vontade e poder.


Os Estados Unidos são o país mais poderoso, mais rico, mais adiantado do ponto de vista científico e cultural do mundo. Talvez em razão disso, a angústia de viver ali seja mais acentuada.


Em seu editorial de ontem, Le Monde atribui à liberdade de portar armas de fogo os repetidos atentados – políticos em sua maior parte – nos Estados Unidos. É verdade que essa liberdade favorece os crimes, desde a morte de Lincoln até a dos Kennedy e os assassinatos em massa de nossos dias. Esta é uma das causas, mas há outras.


Um historiador de um futuro distante, se o mundo chegar a esse futuro, verá os Estados Unidos como um caso singular no conjunto das civilizações. Logo depois da independência, decidiram que, para garantir a liberdade individual e proteger o povo contra a eventual tirania do governo, todos poderiam portar armas.


O direito é previsto na segunda emenda do Bill of Rights, aprovado em 15 de dezembro de 1791. É importante notar que James Madison, o redator das dez emendas históricas, colocou-a logo depois da primeira, que assegura a liberdade religiosa e a liberdade de expressão. Sendo necessária a um estado livre uma bem regulamentada milícia, o direito de o povo portar armas não deverá ser infringido.


O problema não está nas armas, em si mesmas. A arma é um instrumento, que tanto pode servir para o ataque como para a defesa. Em princípio só deveriam andar armadas as pessoas que tivessem pleno domínio de sua mente e de suas emoções.


A proibição do uso de armas, nos Estados Unidos, não resolverá o problema dos atentados políticos. Os que decidirem matar, como decidiu o rapaz de Tucson, sempre encontrarão armas para usar.


A arma é uma mercadoria, como qualquer, e o mercado, na sociedade norte-americana, como na do mundo em geral, prevalece sobre o Estado, a sociedade, e suas razões. Os arsenais encontrados nos morros cariocas comprovam essa verdade.


Mais ainda: grande parte dessas armas só chegou aos morros por intermédio da polícia. Qualquer repórter encarregado de cobertura policial sabe como é fácil conseguir uma arma – em alguns casos, de graça.


Como lembrou Paul Krugman, em artigo no New York Times, há uma retórica de direita na imprensa e nas emissoras de rádio, tevê e outros meios de comunicação, nos Estados Unidos, contra o governo de Barack Obama e os democratas.


A pregação do ódio é diária, e alimenta psicopatas como o assassino de Tucson. Não foi a sua pistola Glock que disparou contra a parlamentar democrata e matou seis pessoas, mas a instigação continuada da extrema-direita, em seu ódio contra as tímidas reformas pretendidas pelo governo de Obama.


Para nós, brasileiros, é uma séria advertência. Também aqui estamos percebendo uma orquestração da extrema-direita contra o governo que se inicia. Há um limite para a tolerância democrática.


Como lembrou Marcuse, em seu ensaio sobre o tema, quando Hitler iniciou sua pregação na Alemanha, estava bem claro o que ele e seus sequazes pretendiam. A República de Weimar não soube contê-los a tempo, e dezenas de milhões de vítimas pagaram por esse descuido.


Os sinais da rearticulação da direita, no Brasil, mediante a imprensa, o rádio e a televisão, e da extrema-direita, pela internet, são evidentes. Os jornais, as emissoras de rádio e de televisão que lhes dão acolhida, ao que parece, não se lembram do que ocorreu durante o regime militar. Ou disso não querem lembrar-se.