Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Sem militância na rede, Aécio usa “robôs” indianos e sul-coreanos


A “virada” de Dilma Rousseff nas pesquisas de intenção de voto tem várias razões, muitas das quais oferecidas pelos próprios adversários, sobretudo por Marina Silva e suas contradições, idas e vindas, discursos dúbios e alianças esdrúxulas. Contudo, por certo a militância petista na internet pode se arrogar grande parte desse mérito.
De meados de agosto em diante, uma certa apatia que vicejava entre essa militância, tanto nas ruas quanto na rede, foi cedendo espaço a forte engajamento de centenas de milhares de filiados e não-filiados do PT que passaram a enfrentar a avalanche pró Marina e Aécio Neves na grande mídia.
A força do PT na internet ou nas ruas tem razão de ser. Segundo a Justiça Eleitoral, o PT é o segundo partido com mais filiados no país. Porém, em termos de engajamento desses militantes, é, de longe, o primeiro.
Oficialmente, o PMDB é o partido com o maior número de filiados, com 2,3 milhões de inscritos (15,36% do total de filiados a partidos políticos no país). E, conforme dados divulgados em abril pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em seguida vem o PT, com 1,5 milhão de filiados (10,37% do total).
Vale dizer que o Brasil tem, ao todo, 15.329.230 de cidadãos filiados a partidos políticos.
O PMDB tem mais filiados porque, por muito tempo, foi um dos dois únicos partidos tolerados pela ditadura militar – o do governo (Arena) e o de oposição (MDB). É o partido político mais antigo do Brasil. Sob o nome de Movimento Democrático Brasileiro (MDB), foi fundado dois anos após o golpe de 1964 – em 1966. Já o PT, foi fundado 14 anos depois – em 1980.
O caráter aguerrido da militância do PT é histórico e nem os inimigos do partido negam tal caráter. Com o advento da internet e a popularização da rede no Brasil a partir do início do século XXI, a militância massiva das ruas tornou-se muito mais eficiente.
No início da campanha eleitoral deste ano, Marina, cuja militância na rede e nas ruas é insipiente, espalhou que o PT havia contratado militantes pagos para atuar na internet. Contudo, essa versão jamais foi comprovada. Até porque, o PT não precisa pagar militantes tendo tantos que trabalham espontaneamente, muitas vezes tirando dinheiro do bolso para militar.
Palavras de Marina: “Eles [o PT] têm milhares de pessoas pagas nas redes sociais para mentir. É um verdadeiro mensalete”. E, depois, ela se queixa de ser alvo de virulência dos adversários. Faz uma acusação dessas e não apresenta uma só prova. E quando o PT revida, Marina se faz de vítima.
Mas há candidatos usando militância paga, sim. O campeão é o PSDB. Mas esse uso de militantes pagos tem se resumido a eventos de rua, carreatas, comícios etc. Na rede, estudos recentes mostram que os tucanos preferem usar “robôs”.
O estudo mais recente foi feito pelo Laboratório de Estudos Sobre Imagem e Cibercultura (Labic), da Universidade Federal do Espírito Santo. O campo de estudo escolhido pelo Labic foi o debate entre candidatos a presidente levado ao ar no domingo, pela TV Record.
O Laboratório da UFES passou a monitorar desde a tarde do último domingo as menções na internet aos candidatos Dilma Rousseff, Marina Silva e Aécio Neves. O gráfico abaixo mostra um dado surpreendente – mas não tanto – que o Labic apurou.
Como se vê, desde as 16 horas do último domingo até o fim do debate na Record (por volta dos 45 minutos da madrugada de segunda-feira), as menções a Marina e a Dilma nas redes sociais se mantiveram, subindo levemente durante o início do debate. Já no caso de Aécio, as menções ao seu nome subiram abruptamente pouco antes do debate.
Pesquisando um pouco mais, descobre-se por que isso aconteceu. E que aconteceu porque o PSDB usa “robôs” – programas que simulam comentários humanos nas redes sociais – para suprir a falta de militantes, que sobram a Dilma e que Marina tampouco têm. Por conta disso, no gráfico acima o leitor percebe que fora do horário do debate da Record Aécio era bem menos mencionado nas redes sociais.
Faça-se Justiça a Marina: o estudo mostra que ela não usou os mesmos recursos de Aécio.
O mais surpreendente, porém, foi a descoberta de um estudo independente que mostra mais provas de que Aécio usa fraudes para suprir a falta de militância de seu partido. Esse estudo foi feito por um cineasta mineiro.
Esse cineasta produziu um documentário intitulado Gagged in Brazil (Amordaçado no Brasil).  Trata-se de Daniel Florêncio, cineasta mineiro radicado em Londres.  Ele produziu esse comentário para a Current TV, do ex-vice-presidente norte-americano Al Gore.
O documentário mostra como o então governador de Minas Gerais Aécio Neves utilizou meios de comunicação comerciais do Estado para promover a sua imagem e calar adversários. Daniel Florêncio utiliza trechos do filme “Liberdade, Essa Palavra”, sobre o mesmo tema, realizado em 2006 como trabalho de conclusão de curso do então estudante de jornalismo da UFMG, Marcelo Baeta.
Florêncio descobriu que Aécio mandou fazer um vídeo para se contrapor ao documentário “Liberdade, Essa Palavra”. O título do documentário tucano: “Aécio Neves responde a Liberdade, Essa Palavra”.
O cineasta mineiro ficou intrigado porque o documentário-resposta do tucano em pouco tempo conseguiu cerca de 50 mil visualizações no You Tube. Assim, decidiu verificar as estatísticas que todo vídeo postado nessa rede social tem e que possibilitam saber quantos assistiram, quando assistiram e de onde são os que assistiram.
Como se vê, praticamente todas as visualizações ocorreram em duas datas específicas: outubro de 2009 e março de 2010.
Não satisfeito, Florêncio decidiu pesquisar de onde eram aqueles internautas que acorreram maciçamente ao documentário-resposta do tucano nas duas datas supracitadas e descobriu que praticamente todos os que assistiram eram da Índia e da Coreia do Sul… (?!!).

Isso mesmo, muito mais indianos e sul-coreanos se interessam por Aécio do que brasileiros.
Eis um dado interessantíssimo sobre o desempenho de Aécio Neves nesta campanha eleitoral. Apesar de tanto dinheiro para formular fraudes, apesar de todo o apoio da mídia e dos bancos, ele não consegue mais do que um pífio terceiro lugar na corrida pela sucessão de Dilma. Dá vontade de torcer para que substitua Marina no 2º turno, se houver.
Assista, abaixo, ao vídeo explicativo de Daniel Florêncio sobre as fraudes marqueteiras de Aécio.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Como pode justo William Bonner chamar alguém de “robô”?




Se faltava prova da diferença com que o Jornal Nacional tratou os candidatos à Presidência da República ao longo das duas últimas semanas, mensagem que o “âncora” William Bonner postou no Twitter (vide imagem acima) em resposta à enxurrada de críticas que recebeu na internet por desrespeitar Dilma Rousseff (como pessoa), dirime a questão.
Das quatro entrevistas que o telejornal apresentou, só a de Dilma Rousseff levou Bonner a se manifestar publicamente, apesar de, em sua mensagem no Twitter, ter tentado vender a tese de que as militâncias de todos os candidatos não gostaram do seu trabalho.
Muitos se divertiram, em blogs e redes sociais, com a alusão de Bonner a “blogueiros sujos”, expressão criada por José Serra na campanha eleitoral de 2010 para se referir aos blogueiros que se opuseram à sua candidatura presidencial e apoiaram a de Dilma Rousseff. Porém, o mais “espetacular” da assunção pelo âncora do JN de seu papel político é ter chamado de “robôs” aqueles que o criticaram.
O termo “Robot” apareceu na literatura de ficção científica nos primórdios do século XX. Em 1920, o dramaturgo tcheco Kapel Kapec escreveu a peça “R.U.R – Rossum Universal Robot”. A palavra robô, portanto, derivou da palavra tcheca “Robota”, sinônimo de trabalho escravo. Na peça, o cientista Rossum cria humanos mecanizados, os Robot, que exerciam funções repetitivas sob controle de seu criador.



Dezenas de milhares de pessoas manifestaram na internet que sentiram-se desrespeitadas pelo comportamento dos “âncoras” do JN, que chegaram a pôr o dedo no rosto da presidente da República, que a interromperam 21 vezes contra 6 vezes com Aécio Neves e 7 com Eduardo Campos, que gastaram mais tempo interrompendo-a do que ela lhes respondendo.



Bonner dizer que todas as pessoas que o criticaram são “robôs” ou “corruptos” ou “blogueiros sujos” é um desrespeito com o público, verdadeiro dono da concessão que a Globo recebeu da ditadura militar, mas que, ao fim e ao cabo, pertence à sociedade.
Claro que alguns dos que sentiram-se desrespeitados pela agressão à presidente são militantes de partidos políticos, mas mesmo os militantes de partidos têm mais liberdade de expressão do que um âncora de telejornal. Sobretudo se for de um telejornal da Globo, pois nessa emissora a liberdade do jornalista simplesmente não existe. Sobretudo se for em questões políticas.
Sim, Bonner é o editor do Jornal Nacional, mas sua liberdade de expressão termina onde começa o ponto de vista dos três filhos de Roberto Marinho. Como editor do JN, ele tem toda liberdade de pautar o programa noticioso desde que não saia um milímetro das diretrizes que os funcionários graduados da Globo nem precisam receber, já que se destacaram na empresa pela capacidade de intuir o que o patrão quer.
Como se sabe, TelePromPter é uma engenhoca acoplada às câmeras de tevê que exibe o texto que o apresentador de telejornais deve ler. Âncoras dos telejornais da Globo – entre outros – são meros leitores do que aparece na telinha diante de si. Apesar de ser Booner quem escolhe o que vai ao ar no Jornal Nacional, ele escolhe o que o patrão quer que escolha. Ponto.



Os “blogueiros sujos” ou “robôs” aos quais se referiu o “robota” do JN, portanto, são livres para dizer o que pensam enquanto ele, Bonner, não é. Militantes partidários têm muito mais liberdade, pois todos os que conhecem de perto a política sabem que são sinônimo de rebeldia contra decisões de cúpula. Sobretudo no caso do PT.
Bonner considera o público formado por “Homers Simpsons”, ou seja, por idiotas manipuláveis. Desse modo, crê que o Brasil não notou a diferença de tratamento aos candidatos a presidente. Subestimou o público em 2002, em 2006 e em 2010. De lá para cá, não aprendeu nada sobre aqueles aos quais se dirige toda noite. Azar dele. E do patrão.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O reino da quinta-essência

Brasil é um país surrealista.
Hoje, O Globo anuncia que “somente 16 dias após o início do vazamento de óleo no litoral do Rio, a Agência Nacional do Petróleo decidiu suspender as atividades de perfuração da empresa americana Chevron no Brasil”.
A crítica poderia ser adequada, se o jornal não tivesse levado “apenas” dez dias para noticiar, com destaque, o vazamento de petróleo. Como, aliás, quase toda a imprensa.
A notícia segue, dizendo que o Tribunal de Contas da União determinou uma auditoria na Petrobras, para “verificar se há previsão contratual de ressarcimento das despesas que a estatal teve com equipamentos e mão de obra próprios nas ações de contingência.”
Ou seja, se a Petrobras, diante da emergência de óleo vazando no mar, tinha um contratinho para “cobrir” o empréstimo de equipamentos e pessoal especializado para agir na contenção imediata do vazamento de óleo.
Meu Deus, será possível numa hora daquelas, parar para que alguns advogados e procuradores fizessem um documento dessa ordem? “Os senhores deixem aí o óleo vazando até o parecer da assessoria jurídica, está bem?”.
Francamente, isso lembra a história fantástica de Rabelais e o seu reino da Quinta-Essência, onde as pessoas se dedicavam a questões de alta indagação, mas de absoluta inutilidade.
Se o Tribunal de Contas quer averiguar as relações contratuais entre a Chevron e a Petrobras, deve recuar até 1999, no Governo Fernando Henrique, onde o controle do campo de Frade, descoberto em 1986 pela Petrobras, foi transferido para a petroleira americana.
Foi uma operação conhecida no mercado como farm-in/farm-out, quando é comprada e vendida uma concessão pública adquirida por uma empresa.
Isso, sim, é uma boa providência, que vai às entranhas do criminoso processo de privatização brasileiro, quando negócios bilionários foram fechados nas barbas do Tribunal e ninguém determinou uma “auditoria de emergência”.
Agora, ver se tinha um contrato de locação para os dois robôs submarinos da Petrobras usados para descobrir o vazamento da Chevron é realmente, como faziam os súditos daquele reino rabelaisiano, se dedicar a desenhar na água e a medir o salto das pulgas.
Por: Fernando Brito

sábado, 25 de setembro de 2010

O robô do Aloysio pediu meu voto

por Luiz Carlos Azenha

Voltando para casa, depois de um longo dias de gravações, corro para atender: no telefone, quem fala é o robô do Aloysio Nunes, pedindo meu voto. Sinal de que estamos, mesmo, na reta final. É para quando são programadas as chamadas feitas por robôs.
Primeira pergunta: como é que a campanha dele conseguiu meu telefone?
Segunda pergunta: se meu telefone está inscrito na lista dos que não aceitam o telemarketing, qual o motivo do desrespeito?
Terceira pergunta: os robôs farão ligações com mensagens negativas, como aconteceu nos Estados Unidos, quando John McCain atacou Barack Obama?
Quarta pergunta: e o bombardeio via mensagens de texto, virá?
Não sei o quanto isso tudo funciona. Sei que o risco de um candidato perder um voto ao usar o robô é tão grande quanto o de ganhar um. Presumo que para os candidatos a deputado valha a pena o risco, já que muitos eleitores só farão sua escolha na véspera ou em 3 de outubro e o robô pode servir para propagar o nome e o número de quem pede voto.
De qualquer forma, vale constatar que hoje as eleições se tornaram de tal forma um evento de marketing que temos muita gente posando de “analista”, “especialista” e “consultor” e empurrando “técnicas eleitorais” milagrosas tão eficazes quanto o famoso “óleo de cobra”. Não viram o “consultor” da Folha, que também se dedicava à receptação de cargas roubadas, à distribuição de notas falsas e ao agasalhamento de um automóvel roubado? E o guru indiano de José Serra?
Sinceramente, prefiro acreditar no Marcos Coimbra e no Ricardo Guedes, do Vox Populi e do Sensus. Ambos são extremamente cautelosos com suas opiniões.
Querem ouví-los? O Coimbra está aqui. O Guedes, aqui.
Vocês vão notar que os dois trabalham com a escala de grandeza envolvida numa decisão que envolve milhões e milhões de votos.
É justamente isso o que se esconde por trás da curva amiga do Datafolha ou das análises do Jornal da Globo.
Eles inventaram as mentiras “verossímeis”, ou seja, uma leitura dos números que esconde que pouco mudou desde o início de setembro e a deflagração dos escândalos tucano-midiáticos.
Olhando o tracking do Vox Populi (IG/Band), por exemplo, temos que deste então José Serra perdeu dois pontos (de 25% para 23%) e Dilma Rousseff perdeu um (de 51% para 50%).
Marina Silva, sim, como notou Marcos Coimbra, tem avançado em algumas cidades e algumas regiões. Mas, quando você contextualiza o avanço de Marina para o total do eleitorado ele ganha sua real proporção.
O fato de que todos os seus 50 amigos decidiram votar em Marina pouco altera a equação se todos são jovens, urbanos, de classe média.
Dito isso, é fato que uma conjunção de fatores pode levar a disputa para o segundo turno.
Desastres de Dilma Rousseff nos debates da Record e da Globo. A campanha surda, subterrânea, movida por religiosos e militantes da extrema-direita, nos púlpitos e na internet.
Aqui, uma nota pessoal.
Nas últimas semanas, por causa do grande número de mensagens que recebo, fui obrigado a filtrar meu e-mail. Direcionei diretamente para o lixo aquelas correntes que me eram enviadas 50 vezes ao dia. Mas, antes, fui ver o conteúdo.
Algumas eram de gente que me pareceu bem intencionada, denunciando ataques a A ou B.
Relembrei mais uma vez a campanha nos Estados Unidos e uma entrevista que li de um encarregado de promover campanhas por e-mail. Ele se baseava em fórmulas matemáticas de reprodução de mensagens e na progressão geométrica dessas correntes para cobrir todo um distrito eleitoral em um determinado período de tempo.
O repórter perguntou, então, sobre os democratas do distrito, dizendo algo do gênero: “Os democratas não se revoltam com as mensagens?”. Ele: “Faz parte. Isso pouco importa. O que me importa é que eles não quebrem a corrente e continuem avançando a mensagem para todos os seus contatos de e-mail, que por sua vez vão mandar para os seus contatos e assim sucessivamente. O que importa é que eles não deixem de disseminar minha mensagem, mesmo que se revoltem contra o conteúdo”.
Pois olhando minha caixa de e-mail fiquei com a impressão de que tem muita gente dando tiro no pé, como o eleitor de um deputado que mandou uma mensagem para dezenas de contatos (inclusive o Viomundo) denunciando um vídeo em que o candidato dele aparece a bordo de uma limusine e de um jatinho. Ora, ele está ajudando a espalhar uma acusação sem a resposta! É o que chamo de fogo amigo involuntário. Fez direitinho o que os adversários do candidato dele queriam que fizesse: espalhou a acusação!
Mas essas minúcias, insisto, não são capazes de virar milhões de votos — e é disso que se trata.
Resta, portanto, o imponderável: quantos votos Dilma Rousseff perderá por causa da exigência de dois documentos na hora de votar?
Para onde vão os indecisos?
Qual o papel da imensa máquina partidária do PMDB na reta final? Qual o papel da militância do PT e do PCdoB?
Tenho comigo que Lula, espertamente, “atritou” a mídia nos dias finais de campanha baseado em alguma pesquisa qualitativa. Foi para agitar a militância dormente e os movimentos sociais, dos quais o PT se afastou por diversos motivos nos últimos anos mas que sempre são um fator decisivo na hora agá, pois fazem política muito melhor que qualquer robô (só o MST mobiliza, fácil, mais de um milhão e meio de pessoas em todo o Brasil).  Ainda que muita gente não se lembre disso, eleição ainda é fazer política — por ações pessoais e intransferíveis.