Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

O PT acusou e Gilmar e Moro se calaram Cínico, mentiroso, faccioso, protetor de tucano - e ficou tudo por isso mesmo!

bessinha republica morinha
O maior partido político do Brasil, que governo o Brasil desde 1º de janeiro de 2003 acusou um ministro do Supremo Tribunal Federal de mentiroso e cínico.

E um Juiz Federal de cometer o crime de acobertar crimes.

Trata-se do documento "Em defesa do PT, da verdade e da democracia", da Comissão Executiva Nacional do PT, assinado por seu presidente Rui Falcão.

O documento foi divulgado na semana passada e, com a exceção do Conversa Afiada e outros blogueiros, acabou lançado à lata de lixo pelo PiG.

O Conversa Afiada gosta de ler documentos que o PiG menospreza ou falseia – como o check-up anual do brasileiro, a preciosa PNAD.

E leu o documento do Falcão com renovada atenção, porque o PT, finalmente, decidiu ir à garganta dos que tentam sufocá-lo – para prender o Lula, sua máxima obsessão.

O documento chama o Gilmar Mendes, também chamado, aqui, de Ministro (sic) Gilmar, ouGilmar Dantas de:

- cínico;

- mentiroso;

- notório adversário do PT;

- conspurca a toga;

- coronel da Velha República (lembra do Presidente Barbosa, quando enfrentava os poderosos ? Depois, passou a mão na cabeça do Daniel Dantas e mandou o bilionário Genoino para a cadeia...);

- mantém notórias ligações com o PSDB;

- escancara seu facciosismo no STF e no TSE;

- faltam-lhe a imparcialidade e o recato!

E sobre o Juiz Sergio “não vem ao caso” Moro, o que diz o PT?

Primeiro, o documento consagra a expressão que o Conversa Afiada dedicou ao Juiz, quando se vê diante do menor indicio de roubalheira dos tucanos: não vem ao caso!

É o juiz do não vem ao caso!

O documento do PT o acusa frontalmente de abafar a corrupção do PSDB.

Abafar.

Acusa o juiz “não vem ao caso” de manipular o notório criminoso Alberto Youssef, que abriu a “Conta Tucano” no Banestado, para abrigar FHC e Cerra, e agora desempenha – em troca de regalias -  o papel de santinho arrependido - para ferrar o PT e prender o Lula. 

E o Dr Moro dança essa valsa, de acordo com a denuncia do PT.

O PT acusa o “não vem ao caso” de se recusar a fazer pericia que provaria que não houve sobre-preço na venda de produtos à Petrobras.

Simplesmente não quis fazer!

Não vem ao caso!

O documento defende a tese de que a corrupção foi NA Petrobras e não DA Petrobras!

E, muito grave: o PT acusa o juiz não vem ao caso de abafar uma investigação contra o senador tucano Cunha Lima, o que se associa àquele inusitado fenômeno meteorológico da chuva de dinheiro.

Não vem ao caso.

E o que fizeram o Gilmar e o Moro diante das acusações do PT?

Nada!

Quem cala consente?

Ou é puro cinismo!

Cinismo que se acoberta nos pigais lençóis.

Acompanhe, agora, uma seleção das graves acusações do PT aos dois magistrados (sic) da oposição.

Sobre o ministro (sic):

"Mentem sob a proteção da toga, nos mais altos tribunais, afrontando a consciência jurídica da Nação em rede nacional de TV."

"Tentam atribuir ao PT - e exclusivamente ao  PT - os crimes de bandidos confessos vinculados a diversos partidos, inclusive da oposição, que agiam impunemente há décadas e hoje negociam depoimentos em troca de benefícios, sem apresentar prova do que dizem."

"... dados financeiros das empresas investigadas na Lava Jato vêm sendo manipulados, na esfera da Justiça Eleitoral, com o objetivo de criminalizar o PT. Trata-se de manobra arbitrária e politicamente cínica, conduzida por um notório adversário do PT, que se constrange em conspurcar a toga da Suprema Magistratura agindo como um coronel da Velha República".

"... São notórias as ligações de Gilmar Mendes com os tucanos, assim como é escancarado seu comportamento faccioso contra o PT, tanto no STF quanto no Tribunal Superior Eleitoral".

"As manobras e declarações anti-petistas de Mendes, incompatíveis com a imparcialidade e o recato de um juiz …"

O papel do juiz do “não vem ao caso”quando se trata de tucano 

"As empresas investigadas que fizeram contribuições ao PT - todas registradas, conforme a lei - doaram recursos semelhantes e até maiores ao PSDB e a seus candidatos.  Fizeram obras e assinaram contratos  com governos estaduais tucanos. Os mesmos criminosos que tentam incriminar o PT apontaram o dedo para o PSDB, mas, para os cabeças da operação (Lava Jato), isso " não vem ao caso". Como "não vem ao caso" investigar as doações ao PSDB por parte das empresas envolvidas no escândalo do Trensalao. O alvo é o PT, apenas o o PT."

"O notório Pedro Barusco confessou que cobrava propinas milionárias já em 1967. No mesmo período, Alberto Youssef movimentou US$ 56 milhões na "Conta Tucano", do caixa das campanhas de FHC e José Serra. Mas, a Força Tarefa (do Ministério Público) e o Juiz Sergio Moro se recusam a investigar o Petrolão do PSDB. A TV Globo proibiu expressamente seus repórteres de mencionarem as ligações do FHC com a Lava Jato."

"Se não houve sobrepreço não há que se falar em prejuízo da Petrobras. Mas, para o juiz Moro é "irrelevante " constatar se houve ou não superfaturamento nos valores estabelecidos em contratos e pagos pela Petrobras. Moro indeferiu o pedido de perícia judicial contábil-financeira feito pelos advogados da OAS para que fosse apurada a existência ou não de sobre-preço nas obras das refinarias Abreu Lima, em Pernambuco, e Getulio Vargas, no Paraná."

"Cabe ainda um alerta sobre o Juiz Sergio Moro, que não deu seguimento ao inquérito 3404, que tramita no Supremo, aberto para investigar denúncias de crimes eleitorais cometidos pelo tucano Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)."

(Trata-se do inusitado fenômeno meteorológico da "chuva de dinheiro". PHA)

Sobre os Procuradores fanfarrões e os delegados que mandam no zé da Justiça:

"Mentem sob a proteção da autonomia funcional, forjando procedimentos investigatórios sem base alguma, para produzir manchetes."

"Mentem sobre a proteção do anonimato covarde, contrabandeando para a mídia dados parciais e manipulados por meio de vazamentos criminosos".

O "Procurador do MPF Carlos Fernando (da Lava Jato), quando servia em Curitiba, foi quem recebeu e manteve engavetado desde 1998 o dossiê detalhadissimo sobre sobre o caso Banestado é uma lista de de 107 pessoas que figuram na queixa crime sobre remessa de dólares via agencia em Nova York."

O delegado da PF Igor Romário de Paula elogiou Aecio na campanha presidencial - " esse é o cara" - e afirmou em redes sociais:  " fora PT" e " o Brasil precisa se livrar da Dilma e eleger o Aecio".

O delegado da PF Marcio Anselmo declarou "alguém segura essa anta, por favor", sobre o Presidente Lula.

domingo, 15 de novembro de 2015

Check-up anual: o Brasil de 2014. Se você desligar a Globo … melhora!

A queda da desigualdade é constante desde que Lula chegou lá!
globo interna.jpg
IBGE divulgou na sexta-feira (13/11) a Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar, o check-up anual do brasileiro.

Como sempre, o PiG destacou as más noticias, como por exemplo, que a taxa de desocupação aumentou 9,3% - sao as pessoas que não trabalham nem procuraram trabalhar.

Isso é muito ruim – 627 mil pessoas.

Mas, convém descer aos detalhes: 34% são jovens de 18 a 24 anos de idade, que, em muitos casos, foram estudar !

E 30% nunca tinham trabalhado.

Portanto, não se trata de uma CRISE no mercado de emprego, como fez parecer a Globo.

A desocupaçao, ou seja, dos que procuraram emprego e não encontraram, chegou em 2014 a 6,9%, contra 6,5% em 2013.

Grave, claro, mas é a crise da e na Globo.

A questao do desemprego é conjuntural.

Melhora e piora.

É importante fazer o check-up que a PNAD faz para contrapor o desemprego a questoes de estrutura da sociedade.

Que vao lá no fundo da sociedade.

Por exemplo: não é conjuntural a queda da desigualdade de renda que o Lua e a Dilma promoveram.

E só eles !

Mas, vamos falar disso adiante.

A populaçao brasileira chegou a 203 milhoes de pessoas, com um aumento de apenas 0,9%.

O que significa que o Brasil vai precisar de imigrantes.

Que bom !

Além disso,  é bom enfatizar:

- caiu a taxa de analfabetismo (para 8,3%, provavelmente concentrado nas redaçoes do PiG);

- a escolarizacao das crianças entre 4 e 5 anos de idade cresceu para 83,7% - viva o Bolsa Familia !

- a media de estudos da populaçao passou de 7,6 para 7,7 anos;

- o numero de universitários passou de 12,6% para 13,1% entre 2013 e 2014;

E isso não é conjuntural !

Depois que vai para a escola, não há CRISE na e da Globo que tire o que a criança botou pra dentro da cabeça !

- o rendimento médio real (grana no bolso) das pessoas com mais de 15 anos é de (na media) R$ 1.774, o que é 0,8% superior ao de 2013. Ou seja, descontada a inflação, a grana no bolso do brasileiro aumentou !;

- para os mais pobres – os 10% mais pobres da populaçao – os rendimentos subiram 4% e ficaram em R$ 256;

- para os mais ricos – os 10% de renda mais alta – a renda cresceu APENAS (diria o Pit Bonner !) 0,4%, e ficou em R$ 7.154;

- é por isso que a os paneleiros de São Paulo estão nervosos. Eles não lêem o IBGE, mas sentem no aeroporto, no supermercado, nos engarrafamentos – que a renda do pobre cresce mais rapido do que a dele;

- mesmo assim – e isso é uma PÉSSIMA noticia – os mais pobres recebem na media apenas 3,6% do que recebem os mais ricos;

- ainda assim, a desigualdade de renda diminuiu no periodo trabalhista, ou seja, no Governo Lula/Dilma: o indice de GINI, “em trajetoria decrescente desde 2004”, segundo o IBGE, desde 2004 ! - passou de 0,495 em 2013, para 0,442 em 2014.

(Esse indice mostra que zero significa perfeita igualdade e um a completa desigualdade);

Para entender a dimensão dessa informaçao, cabe ler o Mauricio Dias em “Lula não faz parte do Clube dos Eleitos”)

Essa é a questao estrutural número um.

Diz respeito a INCLUIR, aproximar o pobre do rico, tornar a sociedade mais igual.

Como se cansa de dizer a Dilma – há diferenca entre um brasileiro e outro, mas as oportunidades (na educacao, na creche, no Bolsa, na luz eletrica, no acesso à agua) tem que ser iguais !

Não é isso, Urubologa ?

- a mulher continua a ganhar menos que o homem: o salario da mulher era de 73,5% do salario do homem e melhorou para 74,5%;

- houve um aumento de 2,9% no numero de domicilios proprios (Minha Casa Minha Vida !) entre um ano e outro: são 67 milhoes de casas proprias;

- as casas passaram a consumir mais maquina de lavar roupa (59% dos domicilios). É para a mulher poder trabalhar fora, ou porque as filhas estao na escola e não podem mais lavar a roupa para a mãe … Um horror !);

- houve um aumento de 6,7% no numero de domicílios com pelo menos um carro (são 30,4 milhoes de casas com um carro na garagem…);

(O que não tem mais é comprador de carro por classificado em jornal. Por isso, o PiG impresso foi para o saco – entre outros motivos. Foi o que disse um motorista de taxi ao ansioso blogueiro. Ele trabalhava no Jornal do Carro do Estadao ...)

- aumentou o consumo de motocicletas em 6,4% (estão em 21% dos domicilios brasileiros);

- e a melhor de todas as noticias, que ficou para o fim: o numero de brasileiros que acessam a internet aumentou 11,4% em um ano !

11% ao ano.

Uma festa !

95 milhoes de brasileiros acessaram a internet em 2014.

Pela primeira, Nunca Dantes, a proporçao de internautas é maior do que metade da populaçao: 54,4% !

A PNAD mostra também que aumentou o acesso à populaçao ao celular – que já atinge 78% dos brasileiros.

Que horror !

Não há dinheiro que pague, se livrar do Pit Bonner !

Chora, Urubologa, chora !

(Em tempo: alguns comentarios aqui não são de responsabilidade do IBGE).

Paulo Henrique Amorim

sábado, 14 de novembro de 2015

Levandowski dá tiro de misericórdia no golpe numa sexta-feira 13

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lewandowski

Mais uma vez se confirmam as previsões do jurista Dalmo de Abreu Dallari, quem deu a honra a esta página de fazer aqui a sua primeira previsão de que o golpe naufragaria no Supremo Tribunal Federal – em que pese tudo que aconteceu no julgamento do mensalão.
Mais adiante, o jurista, em entrevista ao programa de Web TV Contraponto, voltou a afirmar a este blogueiro que o golpe não passaria no STF. Lembrado do comportamento daquela Corte durante o julgamento do mensalão, o jurista ponderou que o atual STF difere muito daquele que condenou petistas sem provas, via invenção do “domínio do fato”.
Em 26 de agosto deste ano, naquela entrevista ao Blog, Dallari já deixava ver o que ocorreria se a Câmara insistisse em promover a farsa de mudar o rito constitucional para processos de impeachment de forma a afastar Dilma Rousseff por maioria precária daquela Casa Legislativa.
À época, o jurista chamou as pretensões de cassar Dilma de “fantasia política”.
Confira, abaixo, a pergunta e a resposta do jurista:
Blog da Cidadania — Alguns analistas já estão dizendo que a derrubada da presidente da República e a posse daquele que ela derrotou são favas contadas. O senhor concorda com isso ou acredita que o jogo não terminou e, apesar dessa decisão, é possível reverter o quadro no decorrer da ação?
Dalmo Dallari – Eu acho que não há o mínimo risco [de derrubada do governo] porque não tem consistência jurídica. Antes de mais nada, essa decisão [do TSE] foi só para reabertura [do processo], não é decisão do Tribunal condenando, reconhecendo falhas, erros, ilegalidades. É só reabertura da discussão. Isso tudo vai muito longe e a presidente Dilma tem o direito de ser ouvida, inclusive de exigir a verificação de documentos, a busca de provas e, eventualmente, até oitiva de testemunhas. Derrubada da presidente pelo TSE é apenas uma fantasia política. Do ponto de vista jurídico está muito distante a possibilidade de que, a partir daí [da decisão do TSE de reabrir o processo], se afaste a presidente Dilma Rousseff.
Eis, portanto, que o golpe falece em uma sexta-feira 13. Nesse dia, durante palestra em uma faculdade de Direito da capital paulista, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, deu a mais contundente declaração contra as tentativas de interrupção do mandato da presidente Dilma Rousseff.
Lewandowski disse que o País precisa ter maturidade para aceitar o resultado das eleições passadas. “Com toda a franqueza, devemos esperar mais um ano para as eleições municipais. Ganhe quem ganhe as eleições de 2016, nós teremos uma nova distribuição de poder. Temos de ter a paciência de aguentar mais três anos sem nenhum golpe institucional”, afirmou o presidente do STF.
Para Ricardo Lewandowski, a crise vivenciada atualmente no país tem mais fundo político do que econômico. “Estes três anos [após o ‘golpe institucional’] poderiam cobrar o preço de uma volta ao passado tenebroso de trinta anos. Devemos ir devagar com o andor, no sentido de que as instituições estão reagindo bem e não se deixando contaminar por esta cortina de fumaça que está sendo lançada nos olhos de muitos brasileiros”, afirmou.
Uau!
Sabe quem disse isso? O presidente de um dos três Poderes da República, o Judiciário. Agora, pois, dois terços dos Poderes constituídos estão contra o golpe. E, de quebra, Lewandowski ainda citou a conspiração golpista em curso ao acusar que uma “cortida de fumaça” está sendo “lançada nos olhos de muitos brasileiros”.
Não é pouco devido ao poder quase discricionário que tem o presidente do STF. Qual seja, a Pauta. Lewandowski põe e tira de pauta o que quiser, quando quiser. Dirão que o poder do presidente da Corte não é absoluto, não pode impedir que matérias entrem em votação. É verdade, mas aquele colegiado já demonstrou, recentemente, que não deixará que estuprem a Constituição com fins político-partidários-eleitorais.
A grande sorte deste país é que o momento político mais dramático desde a sua redemocratização se abateu sobre nós no momento em que um Poder tão determinante quanto o STF está sendo presidido por alguém da estatura moral e intelectual de um Ricardo Lewandowski, de quem passei a privar de uma relação mais próxima lá em 2012, quando publiquei o post mais lido desta página desde sua criação.
Em 11 de agosto, esta página publicou um desagravo ao ministro que recebeu 5.084 comentários. Alunos, ex-alunos, parentes, amigos, artistas deixaram mensagens de desagravo após a campanha difamatória que ele sofreu por ter se recusado a condenar réus do mensalão sem provas.
Diante disso, o ministro, mui gentilmente, convidou este blogueiro a ir ao STF entregar-lhe as manifestações dos leitores desta página em defesa de um homem íntegro, corajoso, que não teve medo de seguir a sua consciência apesar da campanha de desmoralização que a mídia e grupos políticos dispararam contra ele.
Naquela oportunidade, o ministro chegou a gravar um vídeo com uma mensagem aos leitores deste Blog
Há muito tempo este Blog vem dizendo que os devaneios golpistas estão fadados ao fracasso por conta do temor de ruptura institucional que moldou a Constituição de 1988. Confundem a facilidade que o Congresso teve para cassar Collor nos estertores de 1992.
O caso do ex-queridinho de Globo, Folha, Veja e Estadão foi muito diferente. Houve vários rastreios de dinheiro do esquema PC Farias nas contas pessoais do ex “caçador de marajás” que a mídia construiu no primeiro dos 26 anos durante os quais mantém uma guerra de aniquilação contra o PT e, sobretudo, contra Lula, quem a vem derrotando há quase 13 anos ininterruptos.
Não se sabe o que poderá ocorrer em 2018. A direita nunca teve chance melhor de voltar ao poder desde que Lula venceu sua primeira eleição presidencial. Pode ser que o quadro político continue como o de hoje durante os próximos três anos e um tucano – ou Marina Silva – vença.
Esse é o pior quadro para o PSDB. Mesmo que Lula não saia candidato ou seja um candidato sem força suficiente para enfrentar tudo que se armou contra ele mesmo e contra a PT – e também tudo o que o partido fez consigo mesmo -, uma coisa é certa: o PSDB fica mais longe do Poder sem uma perspectiva de impeachment.
Marina Silva seria a adversária mais à esquerda e, na ausência de opções, a esquerda – inclusive a petista – votará nela em peso para impedir a volta dos tucanos, que todos sabem o que significaria para o país.
Não que eu ache Marina uma boa opção ou uma opção de esquerda – se acham que Lula endireitou, esperem para ver o que aconteceu com Marina se ela chegar ao poder.
Mas é claro que ela não representa a volta da ultradireita que se envolveu nessa orgia política com o ex-partido da “social democracia” brasileira, o PSDB.
Enfim, só posso concordar com o amigo Ricardo Lewandowski, quem diagnosticou bem um dado alentador que deve nos fazer refletir muito: as instituições brasileiras estão resistindo bem ao famigerado golpismo que marcou a história política deste país.
Alvíssaras!

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Moro: o que vai vazar do PT? Lulinha vendeu parte da Friboi ao Pablo Escobar e aplicou em Genebra​


bessinha lista de furnas com teia de aranha
O Juiz Sergio “não vem ao caso” Moro reacendeu no PiG a chama incandescente do Golpe.

Cada “repórter”, cada chefe de “reportagem”, cada “editor”, cada um deles se prepara para entrar para a História e prender o Lula.

Agora, a coisa vai!

Com o fracasso retumbante do impítim – nem o Ataulpho Merval de Paiva apoia mais… -, agora a sanha Golpista se alimentará dos vazamentos que começam a ocorrer, já nas edições desse domingo, da quebra do sigilo telefônico da sede do PT!

O Juiz “não vem ao caso” Moro resolveu quebrar o sigilo da sede nacional do PT!

Telefone fixo ou celular?

Inclui whatsapp? 

É bom demais!

O que vai vazar para a imprensa?

- o Lula combina com o José Genoino como depositar na conta do Serjão, em Luxemburgo, o que sobrou na Privataria da Telebrás;

- o Dirceu acerta com o seu gerente em Cayman a parte do PT no trensalão tucano;

- o Vaccari instruiu o Youssef como pagar em dinheiro a compra de uma fazendola em Minas;

- o Lulinha aplica na Bolsa de Genebra o produto da venda de parte das ações da FriBoi ao Pablo Escobar;

- o Paulo Okamoto descreve ao Frei Betto de que vive o Cerra.

 Sobre a obsessão do '”não vem ao caso” em prender o Lula, não deixe de ler, até o fim, o importante documento do PT, em que acusa o Moro e o Gilmar de arquitetar o fechamento do PT e a prisão do Lula.

Paulo Henrique Amorim

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Merval: PSDB errou ao colocar suas fichas no impeachment. E as suas, Merval?

merpichment
No seu comentário, hoje, na rádio CBN, ainda comemorando a miniaturização de Lauro Jardim depois do “quebrei a cara na estreia” de “O Globo errou” sobre Lulinha, Merval Pereira voltou a assumir, com toda a autoridade, o ar de grande estrátego da oposição brasileira.
“O PSDB errou muito ao jogar todas as suas fichas no impeachment, não apenas no impeachment, mas em encontrar um caminho para o impeachment passando por cima de várias etapas…Pressionado pelos movimentos de rua, os jovens deputados do PSDB foram muito afoitos, achando que podiam apressar, não entendendo que com isso estavam dando condições ao governo de denunciar um golpe…”
Apressar, “seo” Merval? Mas quem mais apressadinho que o senhor, que  na véspera da eleição, embalado pela criminosa capa da revista Veja, escrevia que se as delações mostrassem beneficiamento de Dilma e de Lula – algo em que duzentas vezes ele disse ter havido, de lá para cá –  “o impeachment da presidente será inevitável, caso ela seja reeleita no domingo“.
Se alguém jogou todas as fichas no impeachment na mídia, tirando os siderados da Veja – aquela turma que acha comunismo até em videogame – foi o senhor Merval Pereira, que agora joga a toalha, apesar de, olimpicamente, fazer a ressalva de que, na condição de membro honorário do STF, do Senado e da Santíssima Trindade, está “convencido de que há razões para o impeachment”.
Ah, a propósito, Merval desanca Eduardo Cunha, dizendo que ele era um político suspeito desde antes de aparecerem as contas na Suíça. O estimado leitor e a cara leitora devem se lembrar de como o colunista de O Globo combateu Eduardo Cunha, como o denunciou, como protestou contra sua eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, não é?
Não lembram, não? Como vocês são desmemoriados…
O fato objetivo é que Merval fala como porta-voz da “velha guarda” tucana, que está furiosa com o que Merval chama de “cabeças-pretas” do partido, aecistas todos, que transformaram o partido numa sucursal parlamentar do “Revoltados Online” e acena para que usem o documento do PMDB como eixo de articulação da oposição.
O problema, Merval, continua. Com quem negociar com o PMDB sem que se desenhe o golpismo? Com o próprio Cunha? Com Michel Temer que, se assumir uma posição “impixista”  vai se expor à condição de traidor que quer abocanhar o poder presidencial?
O projeto golpista – parte I – ruiu. E está difícil assumir que a fase dois é bloquear a candidatura Lula em 2018. E não é no voto, é na mídia e na manipulação de delações, ações e investigações policiais e judiciais.
Porque as fichas da UDN, a velha e a esta versão 2.0 que temos por aí, não foram nunca os votos, e sua mesa não eram as urnas, onde só teve um rápido e frustrante sucesso, com Jânio Quadros, assim mesmo “de carona”.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

ATOR TONICO PEREIRA COBRA RETRATAÇÃO DE LÍLIAN WITTE FIBE NO CASO LULA


Salmão para os juízes, espinhas para a secretária que mandou comprar

juizes
Do Estadão:
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) exonerou nesta segunda-feira, 9, a coordenadora do setor de Serviços Gerais, Valéria Márcia Carvalho Ildefonso, uma das responsáveis por elaborar o polêmico edital que previa a compra de filé mignon e salmão para os “lanches” dos juízes e desembargadores mineiros. A decisão ocorreu após o Estado revelar a polêmica licitação e o Conselho Nacional de Justiça abrir um procedimento para cobrar explicações da corte e causou grande repercussão entre os servidores do órgão.
Abalada com o caso, a servidora procurou ajuda médica e não quis falar com a reportagem. Valéria continua trabalhando na corte mineira em outra função. Desde 2012 o nome dela aparece nos editais para o fornecimento de lanches, feitos anualmente, como “apoio técnico” ao certame.
Toda a história nasceu do fato de ter sido a D. Valéria a encarregada de fazer um “upgrade” nos lanches de Suas Excelências, com a posse da nova gestão do Tribunal. O orçamento passou de pouco mais de R$ 700 mil por ano para R$ 1,7 milhão, o que é natural, dadas as dificuldades por que passam todas as administrações estaduais e, evidente, como os juízes e desembargadores ganham pouco – em torno de R$ 27 mil – e mais uns complementozinhos (10% de auxílio saúde, perto de R$ 5 mil de auxílio moradia, mais auxílio-alimentação, creche e escola para os filhos) – era preciso dar-lhes um repasto à altura de sua divindade.
Seria, só, mais um dos episódios de abuso, insensibilidade e falta de austeridade. Não que os poderes não possam ter, nos seus órgãos dirigentes – e sempre com moderação – com o que receber visitantes, autoridades ou mesmo “enganar o estômago” durante reuniões prolongadas ou tardias. Ou até que lhes sirvam, um dia ou outro um prosaico filé com fritas, no gabinete , para o Presidente e auxiliares, para que seu caro dia de trabalho renda mais.
Ninguém está fazendo demagogia de pedir que Sua Excelência vá ao botequim da esquina. Com parcimônia e austeridade, é natural o suporte à função.
O que chama a atenção é a covardia de, diante de uma repercussão negativa da compra de alimentos para o lanche, tomar a providência de… demitir a subalterna a quem alguém mandou fazer a compra.
Se Suas Excelências são capazes de fazer isso com uma funcionária, que está ali servindo-os e obedecendo as ordens que lhe dão, o que serão capazes de fazer a uma pessoa humilde, do povo, na hora de julgar?
Porque o caráter de um homem – chato ter de lembrá-los de que não têm a condição divina – é o mesmo em tudo o que faz quando no exercício da autoridade.
E a autoridade sem caráter é o que de mais perigoso pode haver para uma sociedade.


segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Mais escândalos tucanos para a Justiça engavetar

FHC AÉCIO

O processo do mensalão tucano contra o ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB) segue parado desde março de 2014, quando caiu do STF para Justiça de Minas Gerais. Apesar de a ação ter saído do Supremo pronta para julgamento.
Demorou um ano para o processo caminhar, ou se arrastar, até as mãos da juíza substituta da 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte, Melissa Pinheiro Costa Lage. No dia 30 de outubro, o caso completou sete meses em suas mãos à espera de sentença, mas a magistrada se finge de morta.
O mensalão tucano é considerado embrião do mensalão petista e apontado pelo Ministério Público Federal como um esquema de desvio de R$ 3,5 milhões (cerca de R$ 14 milhões, corrigidos) de empresas públicas mineiras para financiar a fracassada campanha de reeleição do ex-governador tucano Eduardo Azeredo, em 1998.
Em 2014, Azeredo era deputado federal e renunciou ao cargo para que o processo voltasse à primeira instância, onde são possíveis mais recursos. Com 67 anos, Azeredo chegará aos 70 em 2018, quando as acusações contra si prescreverão e ficarão impunes.
Desde março, o ex-governador é diretor executivo da Fiemg (Federação de Indústrias de Minas) e tem um salário de R$ 25 mil. Ele e os outros réus do caso sempre negaram as acusações.
No passo em que o processo caminha, dificilmente terá algum desfecho antes da prescrição, pois de qualquer sentença haverá recurso até chegar ao STF novamente, quando ainda levará mais tempo para voltar a ser apreciado. A impunidade de Azeredo, devido a esse tempo todo em que seu processo ficou parado, é líquida e certa.
Até os personagens corruptores envolvidos no mensalão tucano são quase iguais aos do mensalão petista. Além disso, não há razão para que o processo não caminhe. Apesar de, anualmente, algum jornal, para cumprir tabela, noticiar o absurdo dessa paralisia, a Justiça mineira simplesmente faz ouvidos moucos e pronto. Fica por isso mesmo.
Diante de tal escândalo, há pouca expectativa de que novos escândalos envolvendo o PSDB noticiados no fim de semana resultem em qualquer tipo de constrangimento para os envolvidos ou para o partido.
Um desses escândalos envolve o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Laudo da Polícia Federal recém-divulgado revelou que a Construtora Norberto Odebrecht pagou R$ 975 mil ao Instituto Fernando Henrique Cardoso entre dezembro de 2011 e dezembro de 2012. Foram 11 pagamentos mensais de R$ 75 mil e um de R$ 150 mil.
A investigação revela que os valores foram pagos ao ex-presidente em troca de uma palestra, mas a Polícia Federal diz não haver elementos que mostrem que tal palestra foi dada. Desse modo, não se sabe a troco de que os pagamentos foram feitos ao ex-presidente.
Assim como os pagamentos feitos pela mesma empreiteira ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a troco de palestras estão registrados na contabilidade de seu instituto, os pagamentos feitos ao ex-presidente tucano também estão.
Não há diferença alguma entre os dois casos. Se os inimigos do PT disserem que a Odebrechet pagou Lula para obter favores do governo federal devido à influência do petista nesse governo, os inimigos do PSDB poderão dizer que a empreiteira pagou FHC devido à influência do tucano no governo do Estado de São Paulo.
A única diferença entre os dois casos é que aquele que envolve o petista desencadeou inquérito contra ele, enquanto que o caso envolvendo o tucano não desencadeou coisa alguma.
O mais engraçado em tudo isso é que, recentemente, o ex-presidente tucano deu entrevista ao programa Roda Viva, veiculado por emissora pública controlada pelo governo estadual de seu partido em São Paulo, e, nesse programa, acusou Lula de ter recebido dinheiro da Odebrechet para lhe dar palestra e não a deu.
Confira, abaixo, trecho do programa em que FHC dá essa declaração.
No mesmo fim de semana, surge acusação contra o ex-governador mineiro e candidato derrotado a presidente em 2014 Aécio Neves, outro tucano que vive fazendo acusações de abusos éticos contra adversários políticos.
Desta vez, porém, a iniciativa da investigação nem mesmo partiu de autoridades policialescas como a PF ou o Ministério Público; a investigação foi feita, autonomamente, pelo jornal Folha de São Paulo, que, através da lei de acesso à informação, conseguiu do governo do Estado de Minas Gerais relação dos 1.423 voos feitos entre janeiro de 2003 e março de 2010 nos quais o nome de Aécio figura como solicitante.
O resultado é impressionante. A legislação mineira que disciplina o uso das aeronaves oficiais se resume ao decreto 44.028 e à resolução 3, ambos de 2005. O decreto define que “a utilização das aeronaves oficiais será feita, exclusivamente, no âmbito da administração pública estadual (…) para desempenho de atividades próprias dos serviços públicos.”
A resolução, que regulamenta o decreto, estabelece que as aeronaves “destinam-se ao transporte do governador, vice-governador, secretários de Estado, ao presidente da Assembleia Legislativa e outras autoridades públicas ou agentes públicos, quando integrantes de comitivas dos titulares dos cargos”.
Registros do Gabinete Militar de Minas Gerais mostram que durante o governo do tucano Aécio Neves aeronaves do Estado foram cedidas para deslocamentos de políticos, celebridades, empresários e outras pessoas de fora da administração pública a pedido do então governador mineiro.
Em 198 dos 1423 voos pesquisados pela Folha não houve a presença nem de Aécio nem de agentes públicos autorizados pela legislação a usar essas aeronaves, como secretários de Estado, vice-governador e o presidente da Assembleia Legislativa.
Mais comprometedor ainda é o fato de que os transportados são celebridades e donos de meios de comunicação que apoiam ostensivamente o PSDB e que, ano passado, chegaram a fazer campanha eleitoral para Aécio.
Luciano Huck, a dupla Sandy e Júnior, o dono falecido da Veja Roberto Civita, o bambambam da Globo José Bonifácio Oliveira Sobrinho e o enroladíssimo ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira são alguns dos apoiadores de Aécio que, apesar de serem ricos, foram brindados com “cortesias” pagas pelo povo mineiro.
O custo desses deslocamentos aéreos – atividade que vai se mostrando um fetiche de Aécio Neves – remonta a milhões e milhões de reais de dinheiro público, mas, tal qual aeroporto construído com o dinheiro dos mineiros para beneficiar a família do tucano, já se pode ter certeza que não dará em nada assim como nos casos supracitados.
Não para de crescer a lista de escândalos envolvendo o PSDB que jamais geram qualquer tipo de consequência para os envolvidos enquanto que casos similares levam petistas à cadeia, o que mostra que o Brasil vive uma ditadura jurídico-policial que funciona dentro do Estado.
O melhor conceito para definir uma ditadura é o uso da lei de formas diferentes para casos iguais, variando exclusivamente por conta da orientação política do envolvido – o célebre “Para os amigos, tudo; para os inimigos, a lei”.

domingo, 8 de novembro de 2015

Yes, nós temos “bananas”. Brasileiros que nos dão e nos vendem aos EUA

bananas
Volta e meia é preciso que alguém nos lembre que somos – ou deveríamos ser – um país soberano.
Mauro Santayana faz isso, em artigo publicado em seu blog, indignado com a submissão brasileira aos Estados Unidos, vista como algo normal e até positivo – “civilizado”, eu diria – para uma eterna vocação de colônia.
Ele pergunta  se é possível imaginar promotores norte-americanos vindo ao Brasil para serem premiados por investigações nas estatais dos EUA – sim, eles as têm, sabia? Ou se a nossa polícia, com sua expertise, iria ser chamada para abrir um escritório antidrogas em Nova York.
Não é novo, claro, que há muitos aqui que nos vendem. Aos portugueses, como Silvério dos Reis, depois aos ingleses e, há um século, aos americanos.
O novo é que há, agora, os que não nos vendem. Dão-nos de graça, por simples submissão mental, cultural, sabuja.
Yes, nós temos bananas.

Brasil-EUA: A submissão, a “cooperação” e a soberania

Mauro Santayana
A vocação para submissão de parcelas do Judiciário e da área de segurança brasileiras às autoridades norte-americanas é impressionante.
Como exemplo, temos a “colaboração” prestada pelo Ministério Público e pela Operação Lava-a-jato a procuradores norte-americanos que estão recolhendo provas contra a Petrobras e oferecendo acordos de delação premiada a presos brasileiros submetendo-se colonizada, e alegremente – nas barbas do Ministério da Justiça – às autoridades de um país estrangeiro, como se elas tivessem jurisdição em território nacional, em uma causa que envolve uma empresa de controle estatal que pertence não apenas aos seus “investidores” diretos, mas a todos os cidadãos brasileiros.
Depois, temos a romaria de procuradores e juízes aos EUA, para receber “homenagens” relacionadas a assuntos internos nacionais, e a recente presença de ministros da Suprema Corte em reuniões do Diálogo Interamericano – uma espécie de Foro de São Paulo às avessas – nos EUA. Já imaginaram um procurador norte-americano se deslocando para o Brasil para ser premiado por sua atuação, na investigação, digamos, de corrupção na General Motors, ou na AMTRAK, uma das maiores empresas estatais dos EUA – tradicionalmente deficitária – com mais de 20.000 funcionários, e presente nos 48 estados da Federação?
Como se não bastasse, agora, chega a vez do Rio de Janeiro tomar a iniciativa de anunciar a próxima abertura de um escritório da agência norte-americana de controle de drogas no Estado, a pretexto de prestar, às autoridades fluminenses, “consultoria” no combate ao tráfico e ao contrabando de armas.
Perguntar não ofende.
Considerando-se que as áreas de defesa e de relações internacionais são prerrogativa da União, e o fato de a agência norte-americana ser federal e não estadual, não seria o caso desses convênios e acordos passarem antes pelo crivo e aprovação do Itamaraty, do Ministério da Defesa, do Ministério da Justiça e da Comissão de Defesa e Relações Externas da Câmara dos Deputados?
Quando é que o Brasil vai começar a impedir ou a controlar as atividades de agentes norte-americanos de inteligência – espiões, leia-se, porque de outra coisa não se trata – em nosso território?
Essas áreas, tão solícitas em implorar o prestimoso “auxílio” norte-americano, e em aparecer nos Estados Unidos, em eventos mais “sociais” do que outra coisa, já ouviram ou conhecem o significado do termo reciprocidade, aplicado à  relação entre estados soberanos?
Já se imaginou a Polícia Federal brasileira abrindo um escritório nos EUA, para prestar “consultoria” à polícia nova-iorquina no combate ao tráfico de armas?
Isso nunca ocorreria, pelo simples fato de que a população, a imprensa, o Judiciário e o Congresso dos EUA não o aceitariam, porque, ao menos nesse aspecto, eles têm vergonha na cara.
Vergonha, em nosso lugar, com esse tipo de atitude, não é outra coisa que países latino-americanos – com exceção do México, cada vez mais um estado norte-americano – vão sentir ao saber dessa notícia.
Vergonha, em nosso lugar e não outro sentimento, é o que vão ter nossos parceiros do BRICS, ao saber dessa notícia, já que todo o mundo sabe como os EUA agem: primeiro abrem um escritório em uma determinada área, depois um monte de escritórios de “cooperação” em várias outras áreas, e, depois, dificilmente dão o fora, sem  criar problemas, a não ser que sejam derrotados e escorraçados, como ocorreu ao fim da guerra do Vietnam.
Ou alguém aqui imagina a Rússia, a Índia e a China convidando a polícia e os órgãos de inteligência norte-americanos a instalar escritórios e operar em seus respectivos territórios?
Não.
Eles não fazem isso, assim como não admitem que imbecis, em seus comentários de internet, em portais russos, indianos ou chineses, preguem a entrega de suas empresas ou de seu país aos EUA, ou encaminhem petições de intervenção à Casa Branca, como comumente ocorre, nestes tempos vergonhosos que vivemos, em portais e sites brasileiros.
Talvez por isso, a Rússia, a China e a Índia, sejam potências espaciais, militares e atômicas, enquanto nós estamos  nos transformando,  cada vez mais, em um ridículo simulacro de província norte-americana, apesar de sermos, com mais de 250 bilhões de dólares emprestados, o terceiro maior credor individual externo dos EUA.
Em tempo: em sua comunicação com a imprensa, o governo do Rio de Janeiro conclui dizendo que não pode dizer quando vai começar a operar o escritório norte-americano em território fluminense.
O anúncio oficial da instalação não será feito por nenhuma autoridade brasileira.
Ele será feito – incrível e absurdamente – como se estivesse ocorrendo em território norte-americano, pelo próprio governo dos EUA.
Nesta toada, conviria começar a pensar, com urgência, na realização de um plebiscito para a entrega do Brasil aos Estados Unidos.
Com isso, os bajuladores poderiam exercer seu amor aos gringos sem precisar de visto, ou de se deslocar para Miami ou Nova Iorque.
Aprenderíamos o inglês como primeira língua, sem necessidade de pagar as mensalidades do curso de idiomas.
E todos nós receberíamos em dólares, trabalhando e descansando quando Deus nos permitisse, já que nos EUA não existe sequer a obrigação de pagar férias remuneradas, por exemplo. 
A questão é saber, se, juntamente com as riquezas e o território brasileiros, os EUA, tão ciosos de sua nacionalidade – aceitariam receber, sob sua bandeira, a “estirpe” de invertebrados morais, hipócritas, entreguistas, submissos e antipatrióticos em que estamos nos transformando.