Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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segunda-feira, 9 de julho de 2012

Mensalão: se os mervais podem a CUT também pode


A CUT tem muito mais representatividade que os mervais, que, aliás, representam a liberdade de imprensa de seus patrões e mais nada.

Saiu na Folha (*):

CUT diz que irá às ruas para defender réus do mensalão


MARIANA CARNEIRO
DE SÃO PAULO

O novo presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas, 46, diz que pode levar às ruas a força da maior central sindical do país para defender os réus do mensalão, que começarão a ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal em agosto.

“Não pode ser um julgamento político”, disse Freitas à Folha. “Se isso ocorrer, nós questionaremos, iremos para as ruas.” Freitas será empossado presidente no congresso que a CUT realizará nesta semana em São Paulo.

A abertura do evento hoje deverá contar com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A central nasceu como uma espécie de braço sindical do PT nos anos 1980 e a maioria dos seus dirigentes é filiada ao partido.

Freitas disse temer que o julgamento do mensalão se transforme em mais um campo de batalha entre os petistas e seus adversários, e afirmou que isso poderia colocar em risco os avanços sociais conquistados pelo país após a chegada do PT ao poder.

“Nós vivemos um bom momento político e a estabilidade é importante para os trabalhadores”, disse o sindicalista. “Não queremos um país desestabilizado por uma disputa político-partidária, entre o bloco A e o bloco B.”

Se isso acontecer, a central não ficará de braços cruzados: “A CUT é um ator social importante e não vai ficar olhando”, afirmou Freitas.


Como se sabe, o mensalão vai ser julgado em agosto, a tempo de o Ministro Peluso, que está para aposentar-se, condenar o Dirceu, segundo máxima merval aspiração.
O julgamento foi marcado para coincidir com a eleição e atender ao clamor da “opinião pública”.
O Supremo não costuma ouvir o Zé Mané da esquina, nem a turba.
Mas, nesse caso, apurou os ouvidos.
O ansioso blogueiro duvida que o Supremo condene o Dirceu.
O ansioso blogueiro duvida que o Ministro Peluso vá para casa com uma condenação sem provas: porque os mervais somem na poeira da estrada e a biografia fica.
Mas, se os mervais do PiG (**) exigiram o “mensalão já !”, com o expediente paraguaio de omitir uma edição extra que justificasse o julgamento fora do prazo, se os mervais podem, a CUT pode muito mais.
A CUT tem muito mais representatividade que os mervais, que, aliás, representam a liberdade de imprensa de seus patrões e mais nada.
Clique aqui para ler: “STJ – juiz Araújo não tem medo de ‘dantas’”.
A CUT tem o dever de expor o caráter político do julgamento.
Mas, deveria expor antes de o Ministro Peluso votar.
Antes.
Para ficar claro que o mensalão está por provar-se.
Que o mensalão é um trampo do PiG (**) para condenar o Nunca Dantes e a Dilma.
Que o PiG (**) transformou o mensalão no terceiro turno das eleições de 2002, 2006 e 2010.
Antes, a UDN só ganhava eleição em quartel.
Agora, quer ganhar no Supremo.
Só que, ao se submeter ao clamor da “opinião pública” para condenar o Lula, o Supremo criou-se uma saia justa: terá que acelerar o julgamento do pai de todos os mensalões, o dos tucanos e Minas, e legitimar a Operação Satiagraha uma vez por todas.
Ou o Supremo absolverá Dantas pela terceira vez ?
Quando a Satiagraha entra em pauta ?
O ansioso blog recomenda, também, que a CUT vá para as ruas defender a Ley de Medios, como se vê nesta entrevista.
O que ajudaria muito a acelerar a merval irrelevância.




Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Inacreditável! STF surtou! Britto adverte Lewandowski!

Presidente Lula, data vênia, que Supremo é esse que o Senhor montou ?
Saiu na Folha (*):

Ministro cobra colega sobre risco de atraso no mensalão


O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Carlos Ayres Britto, enviou ofício ao ministro Ricardo Lewandowski advertindo que ele precisa devolver hoje a revisão do processo do mensalão para que o julgamento comece no dia 1º de agosto.


Na prática, o presidente do STF cobra pressa do colega de corte para que o calendário do principal julgamento do ano seja obedecido.


Britto tomou essa iniciativa na noite de quinta-feira (21) depois de tentar, sem sucesso, conversar com Lewandowski sobre o assunto naquele dia.


A atitude do presidente do Supremo, segundo ministros, é incomum no dia a dia da corte, mas se tornou necessária (na opiniao do douto repórter da Folha – PHA) devido ao risco de atraso.


Lewandowski tem reclamado nos bastidores da pressão interna que sofre dos colegas para correr com o caso.

Navalha
Não bastasse a hipótese de ter ocorrido um “Golpe paraguaio” na hora de fixar a data do julgamento, agora mais essa !
Ministro passa pito em Ministro !
Amigo navegante, a coisa está feia !
O PiG (**) marca a data, determina quando o relator tem que relatar e se prepara para condenar sem prova ?
Tudo isso porque Ayres Britto e Cezar Peluso querem participar do Maior Julgamento de Todos os Séculos (segundo os mervais globais), antes da aposentadoria ?
Presidente Lula, data vênia, que Supremo é esse que o Senhor montou ?
Ou a toga encobre a Razão ?
O pudor ?
Ou isso aqui é um grande Paraguai ?



Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

sábado, 21 de abril de 2012

Barbosa não pode falar. É a “crise” na Casa Grande


 

Marco Aurélio (Collor de) Melo dá entrevista toda terça-feira.

Até a colona (*) social metida a consultora jurídica ele fala.

O Gilmar dá entrevista toda quinta-feira.

Quando Joaquim Barbosa fala, só aí, então, o PiG  (**) instala uma “crise” no Supremo.

É o que fizeram neste sabado os editorialistas e colonistas do PiG.

Porque Barbosa chamou Peluso – o Merval quer votar o mensalão logo, para que o Peluso possa condenar o Dirceu – de caipira tirânico e manipulador de resultado.

Se Barbosa ficasse quieto, de boca calada, quando Peluso disse que ele é inseguro, porque não tem certeza de suas virtudes intelectuais para estar na Suprema Corte, se Barbosa enfiasse a viola no saco, aí não haveria “crise” nenhuma.

Seria tudo muito natural.

O conservador imperial da Província espinafra o liberal, e o liberal inseguro se acovarda.

Do jeito que a Casa Grande – na acepção do Mino Carta – gosta.

Só que Barbosa foi pra cima.

Defendeu-se e atacou o jenio caipira – quem teve a ideia de jerico de indicar o Peluso ao Nunca Dantes ?

O Supremo está irremediavelmente misturado ao show business brasileiro, à “sociedade  do espetáculo”.

A culpa é do ministro (Collor de ) Mello, que, na presidência do STF, decidiu transformar as sessões num reality show.

Sob o pretexto de dar transparência à Justiça – e ele votou contra o CNJ … – deu, sim, curso a suas exibições de pedantismo e prolixidade inútil.

Depois, o Supremo se acovardou diante da Globo e abriu as portas para a vulgarização.

Foi quando o fotógrafo do Globo e da Globo violou a intimidade e o sigilo dos ministros Lewandowski e Carmen Lucia, ao divulgar sua troca de e-mails.

A então presidenta do STF, Ellen Gracie, aquela que entrou para a História da Magistratura Tropical, ao decidir que Daniel Dantas não é Daniel Dantas, mas Daniel Dantas, essa notável presidenta calou-se e não processou a Globo.

Calou-se diante da Casa Grande – na acepção do Mino Carta.

E o Supremo desvalorizou-se.

Pelas próprias mãos.

O STF anistiou os torturadores do regime militar.

Inventou o HC Canguru de 48 horas.

Enrolou-se na Ficha Limpa.

E agora se deixa imprensar contra parede pela Globo – que dorme na maior suíte da Casa Grande -  que quer votar logo o mensalão.

(O Conversa Afiada concorda com o Vander e acha que  se poderia votar logo o mensalão.

Mas, antes, prefere que o Supremo legitime de uma vez por todas a Satiagraha.

E, no caso do mensalão, o C Af quer ver o Supremo condenar o Dirceu – com ou sem o Peluso.)

O PiG é um fabricante de “crise”.

Faz parte da ideologia Golpista anunciar o Fim do Mundo toda semana, para desmontar as instituições  que legitimam a vontade popular.

É o caos semanal.

É diante do caos, só sobrevivem os banqueiros e os neolibelês que a Urubóloga entrevista – só eles, os Sábios, sabem o Caminho da Salvação para a Grécia, Portugal e o Brasil.

Se o Ministro Barbosa tivesse ficado quieto, diante das tirânicas provocações caipiras, estaria tudo bem.

Até segunda-feira.

Porque na segunda-feira o jornal nacional tentará, de novo, abrir as portas do Supremo com a gazua do mensalão.

Que, como diz o Mino, ainda está por provar-se.

A Veja, a Globo e o Crime Organizado têm que condenar o Dirceu antes de a CPI – que terá um relator petista – expor suas vísceras pretas.

Antes de a Satiagraha botar na cadeia quem de lá não deveria ter saído.

E tudo isso correria com mais fluidez se o Barbosa não ousasse subir as escadas da Casa Grande – na acepção do Mino.


Paulo Henrique Amorim


(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (**) que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

STF: Barbosa acusa Peluso de manipular resultados




Saiu no Globo:

‘Peluso manipulou resultados de julgamentos’, diz Joaquim Barbosa


BRASÍLIA – Dois dias depois de ser chamado de inseguro e dono de “temperamento difícil” pelo ministro Cezar Peluso, o ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa respondeu em tom duro. Em entrevista ao GLOBO, Barbosa chamou o agora ex-presidente do STF de “ridículo”, “brega”, “caipira”, “corporativo”, “desleal”, “tirano” e “pequeno”. Acusou Peluso de manipular resultados de julgamentos de acordo com seus interesses, e de praticar “supreme bullying” contra ele por conta dos problemas de saúde que o levaram a se afastar para tratamento. Barbosa é relator do mensalão e assumirá em sete meses a presidência do STF, sucedendo a Ayres Britto, empossado nesta quinta-feira. Para Barbosa, Peluso não deixa legado ao STF: “As pessoas guardarão a imagem de um presidente conservador e tirânico, que não hesitava em violar as normas quando se tratava de impor à força a sua vontade.”


- O GLOBO: Ao deixar o cargo, o ex-presidente do STF, ministro Cezar Peluso, deu entrevista na qual citou o senhor. Em um dos momentos, diz que o senhor não recusará a presidência do tribunal em circunstância alguma. É verdade?

JOAQUIM BARBOSA: Para mim, assumir a presidência do STF é uma obrigação. Tenho feito o possível e o impossível para me recuperar consistentemente e chegar bem em dezembro para assumir a presidência da Corte. Mas, para ser sincero, devo dizer que os obstáculos que tive até agora na busca desse objetivo, lamentavelmente, foram quase todos criados pelo senhor… Cezar Peluso. Foi ele quem, em 2010, quando me afastei por dois meses para tratamento intensivo em São Paulo, questionou a minha licença médica e, veja que ridículo, aventou a possibilidade de eu ser aposentado compulsoriamente. Foi ele quem, no segundo semestre do ano passado, após eu me submeter a uma cirurgia dificílima (de quadril), que me deixou vários meses sem poder andar, ignorava o fato e insistia em colocar processos meus na pauta de julgamento para forçar a minha ida ao plenário, pouco importando se a minha condição o permitia ou não.


O senhor tomou alguma providência?

BARBOSA: Um dia eu peguei os laudos descritivos dos meus problemas de saúde, assinados pelos médicos que então me assistiam, Dr. Lin Tse e Dr. Roberto Dantas, ambos de São Paulo, e os entreguei ao Peluso, abrindo mão assim do direito que tenho à confidencialidade no que diz respeito à questão de saúde. Desde então, aquilo que eu qualifiquei jocosamente com os meus assessores como “supreme bullying” vinha cessando. As fofocas sobre a minha condição de saúde desapareceram dos jornais.


Qual a opinião do senhor sobre a entrevista dada por Cezar Peluso?

BARBOSA: Eis que no penúltimo dia da sua desastrosa presidência, o senhor Peluso, numa demonstração de “désinvolture” brega, caipira, volta a expor a jornalistas detalhes constrangedores do meu problema de saúde, ainda por cima envolvendo o nome de médico de largo reconhecimento no campo da neurocirurgia que, infelizmente, não faz parte da equipe de médicos que me assistem. Meu Deus! Isto lá é postura de um presidente do Supremo Tribunal Federal?


O ministro Peluso disse na entrevista que o tribunal se apaziguou na gestão dele. O senhor concorda com essa avaliação?

BARBOSA: Peluso está equivocado. Ele não apaziguou o tribunal. Ao contrário, ele incendiou o Judiciário inteiro com a sua obsessão corporativista.


Na visão do senhor, qual o legado que o ministro Peluso deixa para o STF?

BARBOSA: Nenhum legado positivo. As pessoas guardarão na lembrança a imagem de um presidente do STF conservador, imperial, tirânico, que não hesitava em violar as normas quando se tratava de impor à força a sua vontade. Dou exemplos: Peluso inúmeras vezes manipulou ou tentou manipular resultados de julgamentos, criando falsas questões processuais simplesmente para tumultuar e não proclamar o resultado que era contrário ao seu pensamento. Lembre-se do impasse nos primeiros julgamentos da Ficha Limpa, que levou o tribunal a horas de discussões inúteis; não hesitou em votar duas vezes num mesmo caso, o que é absolutamente inconstitucional, ilegal, inaceitável (o ministro se refere ao julgamento que livrou Jader Barbalho da Lei da Ficha Limpa e garantiu a volta dele ao Senado, no qual o duplo voto de Peluso, garantido no Regimento Interno do STF, foi decisivo. Joaquim discorda desse instrumento); cometeu a barbaridade e a deslealdade de, numa curta viagem que fiz aos Estados Unidos para consulta médica, “invadir” a minha seara (eu era relator do caso), surrupiar-me o processo para poder ceder facilmente a pressões…


(…)





Quem foi que teve a ideia de recomendar Peluso ao Presidente Lula ?
Clique aqui para ler “Britto abre a janela e deixa o sol entrar”.

Paulo Henrique Amorim

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Calmon cala a boca de Peluso e (Collor de) Melo




Saiu no UOL:


Coaf aponta operações atípicas de R$ 855 mi de juízes e servidores

Um relatório do Coaf (órgão de inteligência financeira do Ministério da Fazenda) revela que 3.426 magistrados e servidores do Judiciário fizeram movimentações consideradas “atípicas” no valor de R$ 855 milhões entre 2000 e 2010.

O documento ressaltou algumas situações consideradas suspeitas, como o fato de três pessoas, duas delas vinculadas ao Tribunal da Justiça Militar de São Paulo e uma do Tribunal de Justiça da Bahia, terem movimentado R$ 116,5 milhões em um único ano, 2008.

Segundo o relatório, 81,7% das comunicações consideradas atípicas estão concentradas no Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (Rio de Janeiro), Tribunal de Justiça da Bahia e o Tribunal de Justiça Militar de São Paulo.

Sem apontar nomes ou separar entre servidores e juízes, os dados também mostram que ocorreram depósitos, em espécie, no total de R$ 77,1 milhões realizados nas contas dessas pessoas.

O documento de 13 páginas, ao qual a Folha teve acesso, foi encaminhado na tarde desta quinta-feira ao STF (Supremo Tribunal Federal) pela corregedora do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Eliana Calmon. Ela disse ao STF não ter havido quebra de sigilo para se chegar às informações.

“Atipicidade” nas movimentações não significa crime ou irregularidade, mas apenas que aquela operação financeira fugiu aos padrões da norma bancária e do sistema nacional de prevenção à lavagem de dinheiro.

O Coaf apurou uma relação de 216 mil servidores do Poder Judiciário. Deste universo, 5.160 pessoas figuraram em 18.437 comunicações de operações financeiras encaminhadas ao Coaf por diversos setores econômicos, como bancos e cartórios de registro de imóveis.

As comunicações representaram R$ 9,48 bilhões, entre 2000 e novembro de 2010. O Coaf considerou que a maioria deste valor tem explicação plausível, como empréstimos efetuados ou pagos.

Dos R$ 855 milhões considerados “atípicos” pelo Coaf, o ápice ocorreu em 2002, quando “uma pessoa relacionada ao Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região”, no Rio de Janeiro, movimentou R$ 282,9 milhões.

Em 2010, R$ 34,2 milhões integraram operações consideradas suspeitas.



Quer dizer, então que as Corregedorias dos tribunais estaduais são as instituições apropriadas para investigar essas minúsculas, irrelevantes “irregularidades”, que chegam a R$ 1 bilhão …
Quer dizer que a Dra. Calmon não entende de Constituição…
O Ministro Peluso e o Ministro (Collor de) Melo ainda não perceberam o que o Cerra e o FHC ainda não perceberam também: que a Casa Grande começou a pegar fogo.
Paulo Henrique Amorim

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

TJ-SP distribui dinheiro. Calmon desafia Melo


Saiu na Folha (*), pág. A7:

“Ex-chefe do TJ-SP liberou R$ 1,5 mi para si próprio.”


Tribunal investiga forma de pagamento.

É o maior benefício pago pelo tribunal a um desembargador.

O TJ tem cerca de 60 milhões de pagamentos mensais  e uma dívida com servidores e magistrados que supera R$ 3 bilhões.

No Estadão, na pág. A7, a Corregedora do Conselho Nacional de Justiça, Eliana Calmon desafia o Ministro Marco Aurelio de Melo, que inopinadamente, ao apagar das luzes do ano Judiciário, em 2011, votou para fechar o CNJ.

(Falta o conjunto do STF votar. Tradicionalmente, Melo é voto vencido, solitário. )

Soube-se que Melo deu ou ainda dará entrevista ao programa Roda Morta, de São Paulo.

Calmon declara ao Estadão: “o problema não são os juízes de primeiro grau. São os tribunais de Justiça.”

E mais, diz Calmon, que, hoje, simboliza a luta da sociedade por uma Judiciário transparente:

“Não desanimarei. … Todo mundo vê a serpente nascendo pela transparência do ovo, mas ninguém acredita que uma serpente está nascendo. Os tempos mudaram e eles (provavelmente ela se refere a Melo e a Cezar Peluso, que, publicamente, se manifestaram a favor de um virtual fechamento do CNJ – PHA) não se aperceberam, não querem aceitar.”

(Melo foi nomeado pelo parente Fernando Collor de Melo, quando no Brasil ainda não se criticava o nepotismo.)

“Eu já percebi que eles não vão conseguir me desmoralizar… Nunca vi uma mobilização nacional desse porte … Não desanimarei, podem ficar seguros disso. “

“Ele (Melo) continua muito sem focar nas coisas, tudo sem equidistância. É uma visão política … vem com uma série de sofismas… Ficou até muito feio, é até descer o nível.”

” É a última coisa (ela tem 67 anos e 3 para se aposentar – PHA) que estou fazendo pela carreira, pelo Judiciário. Vou continuar… (e) depois que responder à representação criminal ficarei mais faladora.”

Em tempo: não deixe de ler o palpitante post sobre a distribuição de privilégios na Justiça (?) de Minas, aqui devidamente analisada pelo Bessinha. Nada como ter um parente de prestigio, não é isso, Ministro (Collor) de Melo ?

Peluso e Melo fizeram um bem inestimável ao Brasil: criaram uma heroína !
Paulo Henrique Amorim

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Já é um começo de golpe


 
Se você faz parte dos 87% que apoiavam o governo Lula, fique alerta – no mais escondido covil de serpentes e escorpiões trama-se um golpe institucional contra o governo de Dilma, mesmo se esse governo começou com 62% de aprovação popular.
Desta vez, ao contrário do golpe de 1964 não se trama nos quartéis com o apoio declarado dos Estados Unidos. A trama é bem mais sutil – não se acena com a paranóia do perigo vermelho, mas com base em pretensos arrazoados jurídicos se quer desmoralizar e desautorizar o ex-presidente Lula e se colocar no ridículo a presidenta Dilma, que será destituída do poder de decisão.
O golpe não parece financiado só por dólares americanos, como no passado, mas igualmente por euros vindos da Itália. Aparentemente trata-se da extradição ou não extradição de um antigo militante italiano, Cesare Battisti, condenado num processo italiano fajuto à prisão perpétua, mas a verdade submersa do iceberg é bem outra.
Quem leu as revelações do Wikileaks quanto as opiniões dos EUA sobre Lula, considerado suspeito, e Celso Amorim, considerado antiamericano, e que acompanhou a campanha contra a eleição de Dilma, sabe muito bem haver interesses de grupos internacionais em provocar uma crise institucional no Brasil.
Será também a maneira de grupos econômicos estrangeiros impedirem a atual emergência do país como potência mundial. A Itália neofascista de Berlusconi com seu desejo de recuperar um antigo militante esquerdista é apenas uma providencial pretexto para os grupos políticos e econômicos internacionais incomodados com o Brasil líder do G-20 e vitorioso contra os EUA na OMC.
O que se quer agora, com o caso Battisti, é subverter as instituições brasileiras, mergulhar-se o país numa confusão entre o poder do Executivo e o poder do Judiciário, anular-se uma decisão do ex-presidente Lula para se abrir o caminho a que  governança do Brasil seja sujeita à aprovação do STF.Para isso conta-se, como em 1964, com os vendilhões da nossa soberania e com os golpistas da grande imprensa.
Simples e prático, para se evitar que a presidente Dilma governe, vai se tentar lhe por um cabresto e toda decisão sua que desagrade grupos internacionais deverá ser anulada pelo STFPor exemplo, a questão da exploração petrolífera do pré-sal poderá ser uma das próximas ações confiadas ao STF.
Se Dilma quiser renacionalizar as comunicações, já que a telefonia é questão estratégica, o STF poderá dizer Não e também optar pela privatização da Petrobras. Delírio ? Não, os neoliberais inimigos de Lula e da política nacionalista, derrotados nas eleições, poderão subrepticiamente retirar, pouco a pouco, os poderes da presidenta e do Legislativo, para que fique apenas com o STF o governo ou o desgoverno do Brasil.
O próprio advogado de Cesare Battisti, acostumado com leis e recursos, nunca viu uma decisão presidencial ser posta em dúvida por um ministro do STF, e por isso falou em « golpe » tal como havíamos alertado.
Por sua vez, o atual governador do Rio Grande do Sul, que aceitou o pedido de refúgio de Battisti quando ministro da Justiça, não aguentou a decisão do ministro Cezar Peluso do STF de colocar em, questão a validade da decisão do presidente Lula e declarou como « ilegal » e « ditatorial » o ato do ministro Peluso, do qual decorre um « prejuízo institucional grave » para o país e um « abalo à soberania nacional ».
Faz dois anos, Tarso Genro concedeu refúgio a Battisti, que deveria estar em liberdade desde essa época. Mas o ato liberatório foi sustado pelo ministro Gilmar Mendes, que submeteu a questão ao STF, o que já consistia um ato arbitrario. Embora os ministros tenham decidido por 5 a 4 pela extradição, competia ao presidente a decisão final, o que foi reconhecido, depois de uma tentativa de reabertura do julgamento.
O presidente Lula justificando seu ato, dentro do permitido pelo Tratado mútuo de Extradição entre Brasil e Itália, com base num documento da Advocacía Geral da União, negou a extradição e a própria Itália entendeu o ato como definitivo. Ora, a decisão do ministro Cezar Peluso de pôr em dúvida a decisão do presidente Lula e reabrir a questão vai além de sua competência e fere uma decisão soberana.
É tentativa ou já é golpe, no entender do advogado Luiz Roberto Barroso, é ilegal e ditatorial segundo o ex-ministro da Justiça Tarso Genro, opiniões que vão no mesmo sentido de Dalmo Dallari e de outros juristas.
O que iremos viver, quando o ministro Gilmar Mendes se dignar a colocar na agenda do STF o « julgamento da decisão do presidente Lula », se a maioria, por um voto que seja, decidir anular a decisão de Lula ? Será que a presidenta Dilma aceitará essa intromissão do STF no poder do Executivo ? Em todo caso, será o caos.
É hora de reagir, antes que seja tarde demais.