Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Criada CPI da Espionagem para investigar braço da CIA no Brasil


*Sindicatos levam pautas progressistas às ruas e afrontam a receita conservadora de arrocho contra a crise:  ninguém rasgou bandeiras vermelhas, nem ofendeu as legendas de esquerda nos atos unitários. Protestos contra a Globo e o monopólio das comunicações arrematam as jornadas em várias capitais. O 11 de julho decepcionou profundamente o dispositivo midiático, que transformou um dia de luta progressista em cobertura de trânsito. Saiba mais sobre as manifestações e sua repercussão, ouvindo os boletins da RádioBrasil Atual'http://www.redebrasilatual.com.br/radio/capa/ao-vivo  .  

CRIADA A CPI DA ESPIONAGEM: CONSULTORIA DO 

GOVERNO FHC  ERA  O BRAÇO DA CIA NO BRASIL 

O Congresso tomou a decisão incontornável diante de sua obrigação soberana: por iniciativa da Senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB, será instalada uma CPI da Espionagem  para investigar a base de operação da CIA que operou diuturnamente em território brasileiro, pelo menos até 2002. A sociedade tem direito de saber o que ela monitorou e com que objetivos. Há outras perguntas de vivo interesse do momento político nacional, que uma CPI não pode ignorar. O pool de espionagem apenas coletou dados no país ou se desdobrou em processar, manipular e distribuir informações, reais ou falsas, cuja divulgação obedecia a interesses que não os da soberania nacional? Fez o que fez de forma totalmente clandestina e ilegal? Ou teve o apoio interno de braços privados ou oficiais e mesmo de autoridades avulsas? Ainda opera? Uma Comissão Parlamentar de Inquérito tem a obrigação de se debruçar sobre essas e outras indagações, de evidente relevância nos dias que correm. Há, ainda, coincidências que gritam por elucidação. A empresa que coordenava o trabalho de grampos da CIA, a Booz-Allen, na qual trabalhava o agente Snowden, é uma das grandes corporações de consultoria mundial. No governo FHC, ela foi responsável por estudos estratégicos contratados pela esfera federal. Inclua-se aí desde o "Brasil em Ação" (primeiro governo FHC) até o "Avança Brasil" (segundo governo FHC) e outras, como as dos programas de privatização e de reestruturação do sistema financeiro nacional, com o descarnamento dos bancos públicos. Vale repetir: a mesma empresa guarda-chuva do sistema de espionagem que operou no Brasil até 2002, a Booz Allen, foi a mentora intelectual de uma série de estudos e pareceres, contratados pelo governo do PSDB, para abastecer uma política de alinhamento (‘carnal', diria Menen) do Brasil com a economia dos EUA. A turma da versátil Booz Allen trabalhava em segmentos estanques? Ou aqueles encarregados de assessorar o governo tucano também coletavam informes do interesse imperial no país? (Leia nesta pág)

A Booz Allen, que deu consultoria ao governo de Fernando Henrique Cardoso
O Congresso tomou a decisão incontornável diante de sua obrigação soberana: por iniciativa da Senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB, será instalada uma CPI da Espionagem  para investigar a base de operação da CIA que operou diuturnamente em território brasileiro, pelo menos até 2002.
A sociedade tem direito de saber o que ela monitorou e com que objetivos. Há outras perguntas de vivo interesse do momento político nacional, que uma CPI não pode ignorar. O pool de espionagem apenas coletou dados no país ou se desdobrou em processar, manipular e distribuir informações, reais ou falsas, cuja divulgação obedecia a interesses que não os da soberania nacional? Fez o que fez de forma totalmente clandestina e ilegal? Ou teve o apoio interno de braços privados ou oficiais e mesmo de autoridades avulsas? Ainda opera?
Uma Comissão Parlamentar de Inquérito tem a obrigação de se debruçar sobre essas e outras indagações, de evidente relevância nos dias que correm. Há, ainda, coincidências que gritam por elucidação. A empresa que coordenava o trabalho de grampos da CIA, a Booz Allen, na qual trabalhava o agente Snowden, é uma das grandes corporações de consultoria mundial.
No governo FHC, ela foi responsável por estudos estratégicos contratados pela esfera federal. Inclua-se aí desde o “Brasil em Ação” (primeiro governo FHC) até o “Avança Brasil” (segundo governo FHC) e outras, como as dos programas de privatização e de reestruturação do sistema financeiro nacional, com o descarnamento dos bancos públicos.
Vale repetir: a mesma empresa guarda-chuva do sistema de espionagem que operou no Brasil até 2002, a Booz Allen, foi a mentora intelectual de uma série de estudos e pareceres, contratados pelo governo do PSDB, para abastecer uma política de alinhamento (‘carnal’, diria Menen) do Brasil com a economia dos EUA.
A turma da versátil Booz Allen trabalhava em segmentos estanques? Ou aqueles encarregados de assessorar o governo tucano também coletavam informes do interesse imperial no país?

quarta-feira, 10 de julho de 2013

EXCLUSIVO: A EMPRESA QUE ESPIONAVA O BRASIL PRESTAVA CONSULTORIA AO GOVERNO DO PSDB.Empresa do espião Snowden foi consultora-mor do governo FHC


*'A crise é constitutiva do capitalismo; não é uma doença em corpo sadio; não deriva da corrupção, como quer o moralismo; não existe capitalism0 sem crise e não é ela que vai superar o sistema, mas sim a ação organizada de milhões de homens e mulheres' (José Paulo Netto; assista nesta pág)

*PT convoca ato em SP, dia 11, às 12 hs, no vão livre do MASP 

O Congresso não pode tergiversar diante do incontornável:uma base de espionagem da CIA operou diuturnamente em território brasileiro, pelo menos até 2002. A sociedade tem direito de saber o que ela monitorou e com que objetivos. Há outras perguntas de vivo interesse do momento político nacional. O pool de espionagem apenas coletou dados no país ou se desdobrou em processar, manipular e distribuir informações, reais ou falsas, cuja divulgação obedecia a interesses que não os da soberania nacional? Fez o que fez de forma totalmente clandestina e ilegal? Ou teve o apoio interno de braços privados ou oficiais e mesmo de autoridades avulsas? Ainda opera? Quem, a não ser uma Comissão Parlamentar de Inquérito, teria acesso e autoridade para responder a essas indagações de evidente relevância nos dias que correm? Há, ainda, coincidências que gritam por elucidação. A empresa que coordenava o trabalho de grampos da CIA, a Booz-Allen, na qual trabalhava o agente Snowden, é uma das grandes corporações de consultoria mundial. No governo FHC, ela foi responsável por estudos estratégicos contratados pela esfera federal. Inclua-se aí desde o "Brasil em Ação" (primeiro governo FHC) até o "Avança
Brasil" (segundo governo FHC) e outras, como as dos programas de privatização e de reestruturação do sistema financeiro nacional, com o descarnamento dos bancos públicos. Vale repetir: a mesma empresa guarda-chuva do sistema de espionagem que operou no Brasil até 2002, a Booz Allen, foi a mentora intelectual de uma série de estudos e pareceres, contratados pelo governo do
PSDB, para abastecer uma estratégia de alinhamento (‘carnal', diria Menen) do Brasil com a economia dos EUA. A turma da versátil Booz Allen trabalhava em segmentos estanques? Ou aqueles encarregados de assessorar o governo do PSDB também coletavam informes do interesse imperial no país e na América Latina? (Leia nesta pág).




No governo de Fernando Henrique Cardoso, a Booz-Allen, na qual trabalhava o espião Edward Snowden, foi responsável por consultorias estratégicas contratadas pela esfera federal. Incluem-se aí o "Brasil em Ação" (primeiro governo FHC) e o "Avança Brasil" (segundo governo FHC), entre outras, como as dos programas de privatização (saneamento foi uma delas) e a da reestruturação do sistema financeiro nacional.



A rápida reação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso às denúncias de que os EUA mantiveram uma base de espionagem no país, durante o seu governo, suscita interrogações e recomenda providências.

Dificilmente elas serão contempladas sem uma decisão soberana do Legislativo brasileiro, para instalação de uma CPI que vasculhe o socavão de sigilo e dissimulação no qual o assunto pode morrer.

Entre as inúmeras qualidades do ex-presidente, uma não é o amor à soberania nacional.

Avulta, assim, a marca defensiva da nota emitida por ele no Facebook, dia 8, horas depois de o jornal "O Globo" ter divulgado que, pelo menos até 2002, Brasília sediou uma das estações de espionagem nas quais funcionários da NSA e agentes da CIA trabalharam em conjunto.

‘Nunca soube de espionagem da CIA em meu governo, mesmo porque só poderia saber se ela fosse feita com o conhecimento do próprio governo, o que não foi o caso. De outro modo, se atividades deste tipo existiram, foram feitas, como em toda espionagem, à margem da lei. Cabe ao governo brasileiro, apurada a denúncia, protestar formalmente pela invasão de soberania e impedir que a violação de direitos ocorra...”, defendeu-se Fernando Henrique.

O jornal afirma ter tido acesso a documentos da NSA, vazados pelo ex-agente Edward Snowden, que trabalhou como especialista em informática para a CIA durante quatro anos, nos quais fica evidenciado que a capital federal integrava um pool formado por 16 bases da espionagem para coleta de dados de uma rede mundial. 

Outro conjunto de documentos, segundo o mesmo jornal, com data mais recente (setembro de 2010), traria indícios de que a embaixada brasileira em Washington e a missão do país junto às Nações Unidas, em Nova York, teriam sido grampeadas em algum momento. 

Espionagem e grampos não constituíram propriamente um ponto fora da curva na gestão do ex-presidente.

Durante a privatização do sistema Telebrás, grampos no BNDES flagraram conversas de Luiz Carlos Mendonça de Barros, então ministro das Comunicações, e André Lara Resende, então presidente do BNDES, articulando o apoio da Previ para beneficiar o consórcio do banco Opportunity – que tinha como um dos donos o economista Pérsio Arida, amigo de Mendonça de Barros e de Lara Resende.

O próprio FHC foi gravado , autorizando o uso de seu nome para pressionar o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.

Em outro emaranhado de fios, em 1997, gravações revelaram que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil para votar a favor da emenda da reeleição, que permitiria o segundo mandato a FHC.

Então, como agora, o tucano assegurou que desconhecia totalmente o caso, que ficou conhecido como ‘a compra da reeleição’.

As sombras do passado e as do presente recomendam a instalação de uma CPI como a medida cautelar mais adequada para enfrentar o jogo pesado de interesses que tentará blindar o acesso do país ao que existe do lado de dentro da porta entreaberta pelo espião Snowden.

O PT tem a obrigação de tomar a iniciativa de convoca-la. 

Mas, sobretudo, o PSDB deveria manifestar integral interesse em sua instalação.

Soaria no mínimo estranho se não o fizesse diante daquilo que o ex-presidente Fernando Henrique definiu como exclamativa ilegalidade: “Se atividades deste tipo existiram, foram feitas, como em toda espionagem, à margem da lei...”

O Congresso não pode tergiversar diante do incontornável: uma base de espionagem da CIA operou em território brasileiro pelo menos até 2002. 

A sociedade tem direito de saber o que ela monitorou e com que objetivos.

Há outras perguntas de vivo interesse nacional que reclamam uma resposta.

pool de espionagem apenas coletou dados no país ou se desdobrou em processar, manipular e distribuir informações, reais ou falsas, cuja divulgação obedecia a interesses que não os da soberania nacional?

Fez o que fez de forma totalmente clandestina e ilegal? Ou teve o apoio interno de braços privados ou oficiais, ou mesmo de autoridades avulsas?

Quem, a não ser uma Comissão Parlamentar, teria acesso e autoridade para responder a essas indagações de evidente relevância política nos dias que correm? 

Toda a mídia progressista deveria contribuir para as investigações dessa natureza, de interesse suprapartidário, com a qual o Congresso daria uma satisfação ao país depois da lenta e hesitante reação inicial do Planalto e do Itamaraty, cobrada até por FHC. 

Carta Maior alinha-se a esse mutirão com algumas sugestões de fios a desembaraçar. 

Por exemplo: o repórter Geneton Moraes Neto acaba de publica no G1 (um site do sistema Globo) um relato com o seguinte título: "O dia em que o ministro Fernando Henrique Cardoso descobriu o que é “espionagem”: secretário de Estado americano sabia mais sobre segredo militar brasileiro do que ele" (http://g1.globo.com/platb/geneton/).

A reportagem, que vale a pena ler, remete a uma entrevista anterior, na qual FHC comenta seu desconhecimento sobre informações sigilosas do país dominadas por um graduado integrante do governo norte-americano.

O tucano manifesta naturalidade desconcertante diante do descabido.

A mesma naturalidade com a qual comenta agora seu esférico desconhecimento em relação às operações da CIA durante o seu governo.

Ter sido o último a saber, no caso citado por Geneton, talvez seja menos grave do que não procurar, a partir de agora, informar-se sobre certas coincidências, digamos por enquanto assim.

Há questões que gritam por elucidação.

A empresa que coordenava o trabalho de grampos da CIA, a Booz-Allen, na qual trabalhava Snowden, é uma das grandes empresas de consultoria mundial.

No governo FHC, ela foi responsável por consultorias estratégicas contratadas pela esfera federal.

Inclua-se aí desde o "Brasil em Ação" (primeiro governo FHC) até o "Avança Brasil" (segundo governo FHC) e outras, como as dos programas de privatização (saneamento foi uma delas) e a da reestruturação do sistema financeiro nacional. 

Todos os trabalhos financiados pelo BNDES. Alguns exemplos:

- Caracterização dos Eixos Nacionais de Desenvolvimento. Programa Brasil em Ação. BNDES. Consórcio FIPE/BOOZ-ALLEN. 1998;

- Alternativas para a Reorientação Estratégica do Conjunto das Instituições Financeiras Públicas Federais. 

- Relatório Saneamento Básico e Transporte Urbano. Consórcio FIPE/BOOZ-ALLEN & Hamilton. BNDES/Ministério da Fazenda. São Paulo. 2000

Vale repetir: a mesma empresa guarda-chuva do sistema de espionagem que operou no Brasil até 2002, a Booz Allen, foi a mentora intelectual de uma série de estudos e pareceres, contratados pelo governo do PSDB, para abastecer uma estratégia de alinhamento (‘carnal’, diria Menen) do Brasil com a economia dos EUA.

Mais detalhes desse ‘impulso interativo’ podem ser obtidos aqui: 

http://www.uff.br/geographia/ojs/index.php/geographia/article/viewArticle/267

Na aparência, sempre, a perfeita identidade com os inoxidáveis interesses nacionais.

O estudo dos Eixos Nacionais de Integração e Desenvolvimento, por exemplo, foi realizado por um consórcio sugestivamente abrigado sob o nome fantasia de "Brasiliana". 

Por trás, o comando a cargo da Booz-Allen & Hamilton do Brasil Consultores, com suporte da Bechtel International Incorporation e Banco ABN Amro.

O ‘mutirão’ (até a consultoria do banco) foi pago com dinheiro público pelo governo federal, sob a supervisão das equipes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. 

Os resultados do trabalho levaram a dois eixos centrais da concepção tucana de desenvolvimento: o "Brasil em Ação" e o "Avança Brasil".

Reconheça-se, tudo feito às claras, em perfeita sintonia entre o Estado brasileiro e a empresa guarda-chuva do sistema de espionagem em operação dupla no país.

Na pág. 166 de uma publicação do BNDES, a "contribuição" da Booz-Allen está explicitamente citada:

http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/revista/rev1406.pdf

Uma análise de como a turma da versátil Booz-Allen teve robusta influência na modelagem do sistema financeiro nacional (leia-se, menos bancos públicos, conforme o cânone da concepção de Estado mínimo) pode ser avaliada e aqui:

http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/3391/000337454.pdf?sequence=1

Um fato curioso e que não pode ser desconsiderado na avaliação criteriosa de uma incontornável CPI sobre o assunto: a ex-embaixadora dos Estados Unidos no Brasil Donna Hrinack, tão logo se despediu do cargo no país, sentou-se na cadeira de assessora qualificada da Kroll.

A Kroll, como se sabe, é uma empresa internacional de espionagem que operou a serviço de Daniel Dantas e de seu fundo, o Opportunity.

Trata-se, coincidentemente, de um dos braços financeiros mais importantes do processo de privatização no Brasil, estreitamente associado ao Citybank e, claro, a toda a "carteira" de acionistas que injetou dinheiro na farra neoliberal dos anos 90.

A Kroll foi usada para bisbilhotar autoridades e chegou a espionar ministros do governo Lula, como ficou evidente com a Operação Chacal, da Polícia Federal, deflagrada em 2004.

Como se vê, as revelações de Snowden, ao contrário do que sugere a nota de FHC, definitivamente, não deveriam soar como algo inusitado aos círculos do poder, em Brasília. Se assim são tratadas, há razões adicionais para suspeitar que um imenso pano quente será providenciado para evitar que as sombras fiquem expostas à luz.

A questão, repita-se, não se esgota em manifestar a indignação nacional pelo que Snowden denunciou. 

O que verdadeiramente não se pode mais adiar é a investigação pública do que foi espionado, com que finalidade e a mando de quem.

Isso quem faz é uma Comissão Parlamentar de Inquérito. 


Fotos: EBC 


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

'Yes, we care' do PSDB vira gozação



O PT ironizou hoje a sugestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para que o PSDB adote como bandeira o lema "Yes, we care" ("Sim, nós nos preocupamos"), numa adaptação de "Yes, we can" ("Sim, nós podemos"), usado na campanha de Barack Obama à Presidência dos EUA, em 2008. "Enquanto a oposição conservadora macaqueia em seminários um slogan americano, imaginando assim aproximar-se do povo, o governo vem mantendo a iniciativa das ações dando prioridade à garantia de continuidade das conquistas econômicas e sociais do povo brasileiro", diz a resolução da Executiva petista. O texto afirma, ainda, que foi "igualmente frustrada" a tentativa dos adversários de "gerar crises" no âmbito dos ministérios e na base de sustentação do governo no Congresso.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

EUA mandam e Cerra e FHC congelam a “Lei do Abate”



Engraçado, muito engraçado !

Os repórteres Rubens Valente e Fernanda Odilla, na Folha (*), pág.  A20, traçam um dos mais humilhantes capítulos da “Diplomacia da Dependência” do Governo Cerra/FHC.

(Não deixe de ler sobre o que Cerra e FHC pretendiam fazer com a ALCA (entrar nela) e o Mercosul (sepultá-lo).

Trata-se da reportagem “Brasil sofreu pressão dos EUA contra ‘Lei do Abate’.”

Na verdade, mais do que “pressão”, os Estados Unidos mandaram e FHC fez: congelou a Lei.

(A Lei do Abate permite abater aviões sobre o território BRASILEIRO, desde haja suspeitas de que se trate de um avião a serviço do tráfico de drogas.)

O Congresso Nacional, onde têm assento os representantes do povo brasileiro, aprovou a Lei do Abate em 1998.

O Presidente da República do Brasil, eleito pelo povo brasileiro pela segunda vez,  no mesmo ano sancionou a Lei.

Em janeiro de 1997, o Governo americano começa a pressionar  o Executivo e o Legislativo brasileiros.

O Legislativo resistiu e aprovou o projeto de Lei.

E o Governo Cerra/FGHC se sentou em cima de Lei que ele mesmo tinha assinado.

Em abril de 1999, o chanceler de FHC, Luiz Felipe Lampreia mandou um telegrama à Secretaria de Estado americano, Madeleine Albright, que é um exemplo vergonhoso da Diplomacia da Dependência.

Diz o grande chanceler Dependente:

Em face da conversa que tivemos antes, eu formalmente confirmo que congelamos a implementação (sic, “implementation”) da política do abate e não daremos prosseguimento a ela !

Quer dizer, amigo navegante: o Congresso aprova, o Presidente sanciona e o Presidente, em carta secreta, se compromete a não dar “prosseguimento” e muito menos “implementar (sic)” a Lei.

Ou seja, para atender a uma exigência do Governo Clinton.

(Clique aqui para ver a cena histórica em que Clinton espinafra FHC em publico e FHC não defende o Brasil nem a si próprio.)

FHC transgride a Lei, em nome da Dependência.

Quer dizer, entre 1998, quando a lei foi sancionada, e 2004, quando, finalmente, o Nunca Dantes a regulamentou e a “implementou”, os aviões do tráfico nadaram de braçada sobre o território BRASILEIRO !

Duas palavrinhas sobre o chanceler Lampreia.
Lampreia faz parte daquilo que Tirésias, o profeta, uma vez chamou “embaixadores de pijama”.
São aqueles que vão para a CBN defender o interesse nacional americano e espinafrar a política externa independente de Lula e Celso Amorim, o grande chanceler.
Lampreia também é responsável por um ato sem precedentes na História da Diplomacia Ocidental.
Ele era chanceler da Diplomacia da Dependência, quando renunciou ao cargo POR FAX, para ir trabalhar com Daniel Dantas, aquele que, mais tarde, se tornou o banqueiro condenado.
Daniel Dantas é aquele a quem o Fernando Henrique chamou de “ brilhante”.
A irmã de Dantas é sócia (ou foi) da filha de Cerra numa empresa em Miami (em Miami !).
Não se sabe se a empresa ainda é “implementada” !
Viva o Brasil !



Em tempo: o amigo navegante há de se lembrar que outro ponto culminante da Diplomacia da Dependência foi quando o chanceler Celso Lafer tirou os sapatos para entrar nos Estados Unidos.


Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

terça-feira, 15 de março de 2011

Quem Muito se Abaixa mostra o Cú


Altamiro Borges: Folha se curva para a visita de Obama

O editorial da Folha de hoje é mais uma prova cabal do “complexo de vira-lata” que impera na mídia brasileira. O jornal, que mais se parece uma sucursal rastaqüera do Departamento de Estado dos EUA, aproveita a visita de Barack Obama ao país para fustigar a política externa do governo Lula e para aconselhar Dilma Rousseff sobre a melhor forma de relacionamento com o império.

Por Altamiro Borges

“Depois do período de esfriamento nas relações entre Brasil e EUA, no segundo mandato de Lula, a visita de Barack Obama ao Brasil de Dilma Rousseff, sábado e domingo, oferece boa oportunidade para reconstituir uma agenda de cooperação bilateral. O aumento do intercâmbio comercial com os EUA deve ser uma prioridade brasileira”, recomenda o diário colonizado.

Servil diante do protecionismo ianque
Parece até que a pretensa retração no “intercâmbio comercial” é culpa do Brasil. O editorial não fala uma linha sobre a grave crise econômica que abala os EUA e que contaminou o restante da economia mundial. Também não critica a política protecionista dos EUA, onde vigora a tese do “façam o que eu falo, não façam o que eu faço”. Ele isenta o império e responsabiliza o Brasil.

A política externa altiva e ativa do governo Lula seria a vilã. “O país insiste há anos nos mesmos contenciosos - aço, carne, suco de laranja, álcool -, quando mais de 85% das importações dos EUA se encontram livres de restrições tarifárias e cotas”. Para o jornal, o Brasil até pode denunciar as barreiras à exportação do álcool brasileiro, “mas não deve fazer disso uma precondição”.

Defesa do “alinhamento automático”
Na prática, o jornal defende que o Brasil volte à política do "alinhamento automático" com os EUA, como era praticada por FHC. “Após o estranhamento dos últimos anos, em parte conseqüência de inclinações ideológicas da diplomacia brasileira, chegou a hora de encetar uma nova parceria estratégica. Será um bom teste para a noção de que Dilma Rousseff busca inflexão mais substancial na política externa”. Haja servilismo!


Vermelho