Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

domingo, 5 de abril de 2015

Janio deixa FHC nu Roda, roda, roda e os tucanos tentam entregar o pré-sal à Chevron


Como diria o Pedo Malan das ideias do Cerra – o que é novo não é bom; o que é bom não é novo.

(Como se sabe, o Cerra combateu os oito anos do Malan na Fazenda. 

Valia-se dos colonistas amigos, como o dos chapéus, que atacava o que chamou de Ekipeconômica …)

O Farol de Alexandria fez a 671a. aparição no PiG, nas duas últimas semanas.

Naquele estilo de gordura saturada, se propõe a “reconstruir” a Oposição em artigo que publica simultaneamente em dois pilares (em demolição) do PiG: o Estadão e o Globo.

“As oposições devem começar (sic) a desenhar outro percurso na economia e na politica. Devem iniciar (sic) no Congresso o dialogo sobre a reforma politica.”

(Interessante … a Oposição dorme há doze anos …)

E o que propõe o Príncipe da Privataria ?

Nada de novo !

Porque o pacote de maldades dos tucanos está mais vazio do que o do PPS …

voto distrital do Cerra.

Um teto de R$ 800 mil para doações de empresas a campanhas eleitorais.

(Não seria mais fácil ligar para o Ministro Gilmar – a mais nociva de suas heranças -  e dizer “devolve, Gilmar” ? 

E o fim do regime de partilha para explorar do pré-sal !

Bingo !

Os tucanos giram, rodam, voltam e se escondem nas mesmas cavernas: governar sem voto (com o voto distrital e o parlamentarismo) e entregar ao pré-sal à Chevron.

A integridade da Petrobras está no centro do debate politico do país.

Como demonstrou o grande brasileiro Haroldo Lima.

O resto é o luar de Paquetá, diria o Nelson Rodrigues.

E, como demonstra, nesse mesmo domingo, antológico artigo de Janio de Freitas, na Fel-lha    http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/214736-de-olho-no-oleo.shtml , que deixa nus FHC e sua troupe.

(Troupe medíocre, obsoleta, provecta e branca – nos quadros do PSDB não há jovens nem negros …

O PSDB é apenas expressão do verdadeiro partido ideologico do Brasil, segundo Stedile – a Globo )


Ao Janio !

DE OLHO NO ÓLEO


Há 60 anos, ‘O Petróleo é Nosso’ foi mais do que uma campanha, foi uma batalha. Olha aí o século 20 de volta

A pressão para que seja retirada da Petrobras a exclusividade como operadora dos poços no pré-sal começa a aumentar e, em breve, deverá ser muito forte. Interesses estrangeiros e brasileiros convergem nesse sentido, excitados pela simultânea comprovação de êxito na exploração do pré-sal e enfraquecimento da empresa, com perda de força política e de apoio público. Mas o objetivo final da ofensiva é que a Petrobras deixe de ter participação societária (mínima de 30%) nas concessionárias dos poços por ela operados.

Como o repórter Pedro Soares já relatou na Folha, a Petrobras está extraindo muito mais do que os 15 mil barris diários por poço, previstos nos estudos de 2010. A média da produção diária é de 25 mil barris em cada um dos 17 poços nos campos Lula e Sapinhoá, na Bacia de Santos (de São Paulo ao Espírito Santos). Perto de 70% mais.

Não é à toa que, se a Petrobras perde a confiança de brasileiros, ganha a da China, que a meio da semana concedeu-lhe US$ 3,5 bilhões em empréstimo com as estimulantes condições do seu Banco de Desenvolvimento.

O senador José Serra já apresentou um projeto para retirada da exclusividade operativa da Petrobras nos poços. Justifica-o como meio de apressar a recuperação da empresa e de aumentar a produção de petróleo do pré-sal, que, a seu ver, a estatal não tem condições de fazer: “Se a exploração ficar dependente da Petrobras, não avançará”.

A justificativa não se entende bem com a realidade comprovada. Mas Serra invoca ainda a queda do preço internacional do petróleo como fator dificultante para os custos e investimentos necessários às operações e ao aumento da produção pela Petrobras. Mesmo como defensor do fim da exclusividade, Jorge Camargo, ex-diretor da estatal e presidente do privado Instituto Brasileiro do Petróleo, disse a Pedro Soares que “a queda do [preço do] petróleo também ajuda a reduzir o custo dos investimentos no setor, pois os preços de serviços e equipamentos seguem a cotação do óleo”. E aquele aumento da produtividade em quase 70% resulta na redução do custo, para a empresa, de cada barril extraído.

O tema pré-sal suscita mais do que aparenta. As condições que reservaram para a Petrobras posições privilegiadas não vieram só das fórmulas de técnicos. Militares identificaram no pré-sal fatores estratégicos a serem guarnecidos por limitações na concessão das jazidas e no domínio de sua exploração. A concepção de plena autoridade sobre o pré-sal levou, inclusive, ao caríssimo projeto da base que a Marinha constrói em Itaguaí e à compra/construção do submarino nuclear e outros.

Há 60 anos e alguns mais, “O Petróleo é Nosso” foi mais do que uma campanha, foi uma batalha. Olha aí o século 20 de volta.



Em tempo: FHC congelou os recursos para Aramar, onde a Marinha fez as pesquisas com urânio e seu beneficiamento, para instalar no submarino movido a energia nuclear. Quem decidiu refinanciar o trabalho foi o Lula.

Quando vendeu a Eletrobras à MCI americana (e agora, sob controle  do mexicano Slim) – naquele memorável “se isso der m…” -  o FHC entregou junto os meios de comunicação das Forças Armadas brasileiras …

O entreguismo dos tucanos tem uma lógica, diria o William !  - PHA



Leia mais:

GILMAR É DENUNCIADO POR IMPEDIR ANDAMENTO DE AÇÃO





terça-feira, 31 de março de 2015

DEMÓSTENES AFIRMA QUE CACHOEIRA FINANCIOU CAIADO

terça-feira, 24 de março de 2015

Jornal Nacional, diz o UOL, vê sua audiência “se derreter”. Dá duas “Chiquititas”

Autor: Fernando Brito
jnchic
Ricardo Feltrin, colunista de TV do UOL, diz que a noite de ontem foi de “terremoto” na Globo, pelo fato de o Jornal Nacional ter caído a uma das mais baixas audiências de sua história, registrando 20 pontos em São Paulo.  Apenas o dobro da versão da novela “Chiquititas” ou do telejornal da Record.
Foram 20 pontos, para um telejornal que – registra Feltin – tinha quase  36 pontos no Ibope há dez anos e quase o dobro nos anos 70.
Claro que estes “recordes negativos” guardam relação com a explicação de sempre: o baixo desempenho das novelas que cercam o noticiário.
Mas representa, também, o contínuo declínio não apenas da Globo, mas da TV como meio de informação, que não apenas perdeu a hegemonia com a popularização da internet como, a esta altura, caminha para perder também a liderança como principal fonte de informação para os brasileiros.
E é aí que se encontra a principal explicação para a fúria com que se investe contra os blogs desvinculados das grandes empresas de comunicação.
Engana-se quem acha que isso se deve a uma inexistente “disputa por verbas publicitárias do governo”.
O objetivo é sinalizar que qualquer iniciativa publicitária privada nestes veículos é “acumpliciamento” do anunciante com a “maldita esquerda”.
O leitor do Tijolaço, é claro, toma cerveja, usa creme dental ou compra sabão em pó tanto quanto qualquer outra pessoa.
Mas não interessa aos anunciantes brasileiros e só consegue publicidade pelas formas abertas com que empresas estrangeiras a fazem, a começar pelo Google, embora outros grupos estejam entrando neste segmento de mercado..
E o fazem com pagamentos muito menores que a veiculação tradicional de publicidade – sem que isso a torne igualmente barata para o anunciante – e pelo controle das métricas de audiência e, sobretudo, dos “cliques” sobre os anúncios, que é o que mais define o valor a ser pago.
Não pensem que o “vende mais porque é mais fresquinho ou é mais fresquinho porque  vende mais” das relações Globo-Ibope não se reproduz nos meios eletrônicos.
Só que a realidade é um bicho teimoso e acaba se impondo.
O partido único da mídia, tal como “a voz do dono” do Jornal Nacional, apesar de todo o imenso poder de que ainda dispõe, é um dinossauro.
E não é culpa da mocinha Mili.

No DCM, o vídeo sobre a sonegação da Globo.

Autor: Fernando Brito

docempire
Avisa-me um amigo de que o Diário do Centro do Mundo publica o vídeo onde o jornalista Joaquim de Carvalho mostra os descaminhos trilhados pela Rede Globo para sonegar o pagamento de impostos sobre a compra dos direitos televisivos das Copas de 2002 e 2006, que passam por uma empresa fantasma nas Ilhas Virgens, a Empire, e terminam na sacola de uma servidora da Receita Federal que, por exclusiva inspiração do Espírito Santo, resolver roubar e dar sumiço à autuação recebida pela empresa.
É um documento videográfico de um escândalo que, um dia, saberemos em toda as suas cumplicidades criminosas, e que – é bom lembrar – foi feito, por seus valores e época (1998) quando Roberto Marinho ainda se encontrava à frente do seu o império – e da fajuta Empire caribenha.
Durante anos, Marinho conseguiu manter sob censura no Brasil o documentário inglês “Muito além do Cidadão Kane“, onde se contava a história da criação e do uso de seu poder imperial.
Mas veio à tona, como virá esta história do dinheiro sonegado.
Pelo também, diria o Fisco,  “Cidadão Cano”.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Quem inventou Fernando Holiday?


holiday capa

A história pública de “Fernando Holiday” começa no dia 22 de janeiro de 2015, data em que sua página no Facebook foi criada. Sua primeira postagem naquela rede social foi da foto que encima este post e recebeu 25 curtidas.
No mesmo dia, o jovem de 18 anos – que, segundo reportagem da Folha de São Paulo, é morador da periferia de São Paulo (Carapicuíba), filho de uma auxiliar de enfermagem e de um garçom –, faz uma segunda postagem: um vídeo, bem editado, aparentemente profissional, que o levaria à “fama”.






“Holiday” chegou chegando ao Facebook. Seu vídeo inaugural recebeu 2.396 curtidas, 568 comentários e 3.126 compartilhamentos – o potencial de difusão de tantos compartilhamentos é considerável. Essa repercussão rendeu ao vídeo quase 40 mil visualizações.
O discurso bem-articulado do adolescente foi obviamente ensaiado e dirigido, a edição do vídeo e do áudio é competente e a “viralização” decorre de ter sido postada na página do Movimento Brasil Livre.
Como as 25 curtidas da primeira postagem de “Holiday” (sua foto) o transformaram nesse sucesso de público tão rápido? Verificando essas duas dezenas e meia de curtidas encontra-se um fato curioso: ao menos três pessoas que curtiram a foto do rapaz são de faixa etária distinta e, obviamente, de classe social muito diferente, além de residirem em outras cidades.
holiday 1

As postagens dessas três pessoas no Facebook se coadunam perfeitamente com as do Movimento Brasil Livre. Atacam o PT, Dilma Rousseff, exaltam o deputado do PP Jair Bolsonaro, Aécio Neves e, todas, usam exemplos de pessoas negras que apoiaram as manifestações anti Dilma de 15 de março como “prova” de que quem foi à avenida Paulista se manifestar não foi a “elite branca”.
Apesar disso, segundo pesquisa Datafolha feita no dia 15 de março, na manifestação anti Dilma 69% dos participantes se declararam brancos e 41% disseram ter renda acima de dez salários mínimos. Isso sem falar nas imagens da manifestação, que levaram até a imprensa estrangeira a considerar que foi um movimento da classe média branca.
Qual a possibilidade de um adolescente negro e de origem pobre da periferia de São Paulo conhecer pessoas como essas, de outras cidades, duas delas distantes? O que levou essas pessoas a curtirem a foto de um entre milhões de adolescentes que mantêm perfis no Facebook?
Boa parte das outras 22 pessoas que curtiram a foto de “Holiday” parecem ser brancas e de outras faixas etárias, apesar de algumas delas parecerem ser tão jovens quanto ele. Mas essas três pessoas destacadas chamam mais atenção por terem idade para ser pais do rapaz, sem falar da etnia e da aparente classe social mais alta.
Parece evidente que pessoas tão distintas do perfil de “Holiday” o conheciam antes de ele inaugurar sua página no Facebook e que, de alguma forma, estão relacionadas com a difusão de seu vídeo na página do Movimento Brasil Livre.
Sobre esse movimento, ainda segundo o jornal Folha de São Paulo, trata-se do principal grupo convocador das manifestações. O MBL é sediado na cidade de São Paulo e defende o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Em manifesto publicado na internet, o MBL cita seus cinco objetivos: “imprensa livre e independente, liberdade econômica, separação de poderes, eleições livres e idôneas e fim de subsídios diretos e indiretos a ditaduras”.
A revista Carta Capital afirmou, em matéria publicada em seu site no dia 13 de março, que o bilionário David Koch financia o MBL. Coch seria “Um dos poderosos irmãos Koch, donos da segunda maior empresa privada dos Estados Unidos, com um ingresso anual de 115 bilhões de dólares”.
holiday 2

Então ficamos assim: um ilustre desconhecido, muito jovem, inaugura uma página no Facebook poucos dias antes do protesto anti Dilma. Minutos depois, pessoas que obviamente não pertencem ao seu grupo social curtem uma foto dele sem nada de especial, ele posta um vídeo (profissional), o vídeo explode na internet (teria sido “patrocinado”?) e o rapaz acaba, cerca de um mês depois, virando notícia na home do UOL.
Qualquer busca que for feita no Google mostra que “Holiday” praticamente não existia na internet antes de inaugurar aquela página no Facebook. Foi inventado a poucos dias do protesto e fazendo um discurso – no vídeo acima – que recebeu toneladas de elogios de jovens brancos de classe média, em contrapartida a manifestações indignadas de jovens negros que sabem muito bem a importância da política de cotas “raciais” nas universidades.
Ao fim disso tudo, percebe-se que o movimento contra Dilma Rousseff e o PT está pouco se lixando para “corrupção”. O objetivo desse movimento é acabar com políticas públicas como a que, segundo essa gente, estaria “roubando” vagas de brancos nas universidades públicas.
Mas essas páginas e esses movimentos anti Dilma não se resumem a atacar petistas. O PSOL, inimigo figadal do PT, bem como sua última candidata a presidente, Luciana Genro, são atacados duramente, assim como MST, MTST, PSTU e tudo que esteja à esquerda dessa gente.
Além disso, as páginas desse e de outros movimentos de direita análogos se manifestam contra feministas, contra movimentos negros, contra homossexuais…
A esquerda brasileira, porém, ao contrário da direita se mantém dividida. A parcela mais radical recusa-se a apoiar não Dilma Rousseff, mas seu mandato constitucional. Enquanto isso, esses movimentos literalmente fascistas, irrigados por fortunas de origem difusa e obscura, vão tomando conta do cenário político.
Quem poderá unificar a esquerda? Está havendo diálogo entre o governo e a oposição de esquerda? Dilma já se convenceu de que é preciso construir uma pauta e assumir compromissos? A esquerda já se deu conta de que é alvo dessa direita hidrófoba tanto quanto a presidente e seu partido?
Em nenhum país em que esses métodos foram usados a ultradireita obteve uma vitória tão completa quanto a que está alcançando no Brasil. E, a cada dia que passa, esse quadro parece cada vez mais difícil de ser revertido.
Sem tomar partido do governo Dilma e do PT contra a esquerda oposicionista, o que se espera é que os dois lados tenham mais juízo. A esquerda precisa se reunir e encontrar uma pauta mínima.
Dilma não conseguirá nada afagando a direita, a esquerda oposicionista está no menu da ultradireita tanto quanto os petistas. Será que os dois lados entenderão isso a tempo? Petistas, psolistas, sem-teto, sem-terra, sindicalistas têm que acordar enquanto é tempo.
Não faltarão “Holidays” para ajudar a direita a oprimir a maioria dos brasileiros, sabidamente negra e pobre. O “Holiday” do vídeo é só um protótipo. Muitos outros serão construídos. Dinheiro não haverá de faltar.

Doações a PT e PSDB se equivalem. É propina?

:


Levantamento junto ao Tribunal Superior Eleitoral das doações eleitorais feitas pelas empresas investigadas na Lava Jato nos anos de 2010, quando a presidente Dilma Rousseff venceu José Serra, e de 2014, quando ela superou Aécio Neves, revela que os valores doados por Odebrecht, Galvão, UTC, Camargo Correa, OAS, Andrade Gutierrez, Mendes Júnior, Iesa, Queiroz Galvão, Engevix, Setal, GDK, Techint, Promon, MPE e Skanska aos diretórios petistas e tucanos são praticamente equivalentes; mais: o PMDB também recebeu valores muitos próximos; a questão é: por que as doações a alguns partidos são consideradas propina pelo Ministério Público Federal e a outros são classificadas como algo normal?



247 - Um dos pedidos de inquérito do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na Lava Jato compra a tese de que doações legais de empreiteiras a determinados partidos políticos, na realidade, seriam propina. Com base nesse argumento, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) chegou até a apresentar um projeto propondo a cassação do registro de partidos que possam ser enquadrados nessa classificação – seu alvo, obviamente, é o PT.

Para provar essa tese, o Ministério Público pretende fazer uma varredura em R$ 62 milhões doados pelas empresas investigadas na Lava Jato nos últimos anos (leia mais aqui).

Ocorre, no entanto, que um levantamento das doações de campanha feitas por essas mesmas empresas em 2010 e 2014, anos das duas últimas eleições presidenciais, mostra que os valores doados aos diretórios nacionais de PT e PSDB foram praticamente idênticos. E mais: o PMDB também recebeu um valor muito próximo, tendo sido o primeiro no ranking em 2010 e o terceiro em 2014.

O levantamento envolve as empresas Odebrecht, Galvão, UTC, Camargo Correa, OAS, Andrade Gutierrez, Mendes Júnior, Iesa, Queiroz Galvão, Engevix, Setal, GDK, Techint, Promon, MPE e Skanska.

Eis os números de 2010:

Partido Valor % sobre o total da arrecadação

PMDB 32.850.000,00 24

PT 31.400.000,00 23

PSDB 27.770.000,00 20

PSB 19.515.000,00 14

PR 6.501.000,00 5

PP 4.950.000,00 4

Fonte: TSE

Os dados revelam, portanto, que, em 2010, quando a presidente Dilma Rousseff superou José Serra na disputa presidencial, o PMDB recebeu R$ 32,8 milhões, seguido pelo PT, com R$ 31,4 milhões e pelo PSDB, com R$ 27,7 milhões. Nos três casos, a participação das empreiteiras sobre o total arrecadado foi próxima a 20%.

Em 2014, quando a presidente Dilma Rousseff superou Aécio Neves, não foi muito diferente.

Eis os números:

Partido Valor % sobre o total da arrecadação

PT 56.386.000,00 25

PSDB 53.730.000,00 24

PMDB 46.620.000,00 21

PSB 15.800.000,00 7

DEM 12.100.000,00 5

PP 10.255.000,00 5

Fonte: TSE

É novamente uma situação de equilíbrio entre os três maiores partidos: PT, PSDB e PMDB. E, de novo, com a participação das empreiteiras sobre o total arrecadado pouco superior a 20%.

Esses dados revelam a incoerência de quem pretende demonstrar que as doações a determinados partidos são "propina", enquanto a outros representam algum tipo de convicção ideológica ou cidadania corporativa. (A esse respeito, vale ler, aqui, a análise de Fernando Brito, editor do Tijolaço)

domingo, 22 de março de 2015

Advogado de Youssef entrega o jogo: objetivo é Lula

 Pre-sal bate recorde de produção com 735 mil b/dia em fevereiro; eficiência da Petrobras puxa a Bolsa brasileira que tem alta recorde na 6ª feira, mas Serra insiste em privatizar a estatal


Stédile: 'A classe média reacionária não quer assinar a carteira da empregada, esse é o problema; não quer preto no avião, não quer direitos sociais; esconde isso pedindo 'Fora Dilma'


 Apesar do jogral conservador incessante, 61% dos brasileiros, mostra o Datafolha, são contra a privatização da Petrobras, defendida por Serra, Aecio e a mídia. Inconsolável, Gustavinho Patu, da Folha, decreta: 'independentemente da opinião pública e da orientação oficial', a Petrobras não tem como explorar o pre-sal


 Mídia esconde denúncia que desmonta tese do Petrolão: empreiteira Setal confirma existência de cartel na Petrobras desde os anos 90; era o 'clube dos nove', diz empresário da Setal; notícia se soma a gravações de Yousseff e Costa que incriminam Aécio e o PSDB; em SP, justiça acata denúncia contra lambança no metrô tucano

Carta Maior


 Autor: Miguel do Rosário
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Peixe morre pela boca.
O advogado de Alberto Youssef, o senhor Antonio Figueiredo Basto, não se conteve. Em entrevista à Monica Bergamo, ele entregou o jogo que vem fazendo, junto com a mídia, usando seu próprio cliente, Alberto Youssef, para criar fatos políticos através de vazamentos agendados de acordo com o momento.
Já tínhamos detectado isso, essa dobradinha esperta entre o senhor Costa e a mídia.
Por exemplo: por que Youssef depôs somente agora sobre o mensalão de Aécio Neves, uma informação que obteve não por “ouvi dizer”, mas que foi lhe passada diretamente por José Janene, que pagava a propina?
Por que não fez isso antes das eleições?
Basto admitiu suas estreitas ligações políticas e ideológicas com a oposição.
O objetivo é sangrar Dilma até a inviabilização de seu governo, e decapitar Lula, que volta hoje a ser o homem mais perigoso para as oposições, por ser o candidato do PT para 2018.
Os recados finais de Youssef revelam um homem intolerante e racista, defensor da “elite branca”:
Basto deu um conselho para a presidente Dilma. Segundo ele, “ela deveria se desvincular imediatamente do PT, porque PT significa atraso e corrupção”.

O advogado assumiu, ainda, uma postura ideológica contrária à esquerda. “A esquerda não gosta de pobre. Gosta é de sinecura, de empreguismo”, disse ele, que defendeu também os manifestantes do dia 15 de março. “A elite branca toca esse país há mil anos. Ela carrega esse país nas costas sozinha”.
*
ADVOGADO DE YOUSSEF ELOGIA DILMA E AMEAÇA LULA
Em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, o advogado Antonio Figueiredo Basto, que orienta a delação premiada do doleiro Alberto Youssef, antecipa o que podem ser os próximos passos da Operação Lava Jato; “A Dilma, não. O Beto [Alberto Youssef] sempre diz que ela não está envolvida com corrupção, isenta a Dilma totalmente”, diz ele; sobre Lula, a posição é distinta e Basto sugere que o ex-presidente estaria no topo da cadeia de comando; o advogado, que diz ter votado em Aécio Neves e ser amigo do governador Beto Richa, tem até uma proposta para Dilma; segundo ele, a presidente “deveria se desvincular imediatamente do PT”
21 DE MARÇO DE 2015 ÀS 20:32
247 – A colunista Mônica Bergamo publica, na edição dominical da Folha de S. Paulo, uma importante entrevista com o advogado Antonio Figueiredo Basto. Importante porque antecipa quais poderão ser os próximos passos da Operação Lava Jato. E o que ele deixa transparecer é que o alvo é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Essa é uma organização criminosa ligada a um projeto de poder. Há alguém por trás disso tudo”, diz o advogado, afirmando que seu cliente seria um “mero operador”.
Quem seria esse alguém? – pergunta a jornalista.
“Alguém aqui garantiu isso tudo. Se eu cortar o homem que tá aqui em cima, ou essa mulher, se eu cortar essa cabeça, o resto embaixo some”, disse ele.
Homem ou mulher? – tenta saber a jornalista.
“A Dilma, não. O Beto [Alberto Youssef] sempre diz que ela não está envolvida com corrupção, isenta a Dilma totalmente”.
E Lula?
Segundo Mônica Bergamo, Figueiredo Basto, que disse ter votado em Aécio Neves (PSDB-MG) e declarou ser amigo do também tucano Beto Richa, desconversou. Novas revelações sobre a Lava Jato, disse ele, serão feitas em novo depoimento, agendado para o dia 30 de março.
Basto deu ainda um conselho para a presidente Dilma. Segundo ele, “ela deveria se desvincular imediatamente do PT, porque PT significa atraso e corrupção”.
O advogado assumiu, ainda, uma postura ideológica contrária à esquerda. “A esquerda não gosta de pobre. Gosta é de sinecura, de empreguismo”, disse ele, que defendeu também os manifestantes do dia 15 de março. “A elite branca toca esse país há mil anos. Ela carrega esse país nas costas sozinha”.
Figueiredo Basto, que orienta os movimentos de Youssef, parece ter uma agenda. E não se trata do impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas sim inviabilizar o PT e a volta de Lula em 2018.