Aluna do Ciência sem Fronteiras, Amanda Oliveira foi entrevistada pela emissora em reportagem sobre o programa, mas alertou que as informações foram deturpadas: "Gostaria de dizer que tudo o que foi dito a meu respeito naquela reportagem é MENTIRA!", desabafou no Facebook; "A Globo, além de sensacionalista, ainda não é capaz de pesquisar as coisas direito antes de falar... A minha experiência com o 'Ciência sem Fronteiras' não poderia ter sido melhor"
Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quarta-feira, 13 de maio de 2015
Quem está gastando dinheiro para tirar o Blog da Cidadania do ar?
Desde o último sábado (9), o Blog da Cidadania começou a sair do ar de forma intermitente e o problema foi aumentando até a tarde de terça-feira (12), quando a página praticamente saiu de vez do ar e só voltou a funcionar plenamente na madrugada desta quarta.
Contatada a empresa que hospeda o Blog, o primeiro “diagnóstico” foi o de que a audiência da página havia subido muito e, portanto, seria necessário contratar mais “memória”, ou seja, pagar para a empresa para a página ter mais capacidade para receber visitas de supostos leitores.
Nenhuma providência como essa foi suficiente. Foi contratada mais memória e não adiantou Quanto mais memória, mais “audiência” fajuta que esgotava a capacidade da página.
O técnico particular do Blog – que não trabalha na empresa que hospeda a página – estava fora de São Paulo pelo feriado e só voltou a atuar na segunda-feira à tarde, quando detectou que o que estava acontecendo era, na verdade, um “ataque de negação de serviço” também conhecido como DoS Attack, um acrônimo em inglês para Denial of Service.
Isso significa uma tentativa de tornar os recursos de um sistema indisponíveis para seus utilizadores, ou seja, para fazer “cair” o Blog.
Isso é feito da seguinte forma: quem quer “derrubar” um determinado site CONTRATA – ou seja, paga – para criar um servidor – de preferência, fora do país – e nele instalar um “robô” – um programa – que envia requisições de acesso ao site atacado, só que em uma quantidade imensa.
Milhares de requisições de acesso são enviadas pelo “robô” àquele site e ele acaba “travando” por excesso de demanda.
Isso vem sendo feito contra o Blog da Cidadania desde o sábado até o presente momento. Algumas dezenas de servidores foram contratados para enviar milhares e milhares de requisições de acesso à página, razão pela qual desde o último sábado ela está saindo do ar de forma intermitente.
Na última terça-feira à tarde, o problema se agravou e o Blog saiu do ar de vez.
Eis alguns IPs (endereço dos computadores) e sites de onde vêm sendo feitos os ataques.
185.62.188.91
185.62.188.98
118.123.14.86
80.82.78.96
89.248.171.135
37.115.185.56
14.33.247.130
136.243.36.80
185.62.188.91
185.62.188.98
hospedado em: blazingfast.io
Isso é só um pequeno exemplo de quantas máquinas ficaram enviando requisições ininterruptas de acesso ao Blog de forma a sobrecarregá-lo e tirá-lo do ar. Há muito mais.
Por precaução, na noite de terça o técnico do Blog tirou a página do ar para preparar o sistema para tentar impedir novos ataques, mas, também, para obter informações sobre quem está atacando.
Como não se sabe quanto dinheiro quem está fazendo isso pretende gastar, não se sabe se a página não sairá do ar de novo. Já foi reforçada a estrutura defensiva, mas, como já foi dito, se o sabotador tiver muito dinheiro para gastar isso não para nunca.
Evidentemente que isso é feito para impedir o Blog da Cidadania de continuar no ar. Alguém está sentindo-se muito incomodado pelo que é publicado aqui e não está poupando recursos – sobretudo financeiros – para esmagar a liberdade de expressão.
Como não existe acusação que possa ser feita ao autor desta página, quem está promovendo esse ataque partiu, literalmente, para a violência.
Vamos entender o que está acontecendo. Usando uma metáfora muito apropriada, é como se alguém se sentisse muito incomodado pelo que publica um pequeno jornal e mandasse um bando de brutamontes invadir esse jornal e quebrar tudo por lá.
Estamos falando de censura, de um ataque à liberdade de expressão que se vale de poder econômico, pois cada servidor usado custa uns 50 reais para ser contratado, e foram dezenas.
Há uma outra possibilidade de se fazer isso sem gastar dinheiro. Quem quer derrubar o site pode invadir outros servidores e de lá fazer esse tipo de ação. Só que aí tem que ter um técnico muito bom, que tem que ser muito bem pago, o que talvez fique até mais caro.
A pergunta final é a que intitula o texto. Quem teria tanto trabalho apenas para tirar um blog como este do ar? A quem esta página está incomodando tanto?
Não é difícil saber quem são as pessoas ou grupos que se sentem incomodados pelo que é publicado aqui. Basta ler o Blog e tirar conclusões. Não há tantas possibilidades assim.
Quem está atacando esta página está cometendo crime. Esse crime obviamente que será denunciado nos próximos dias à delegacia especializada em internet. Porém, isso não será suficiente. Para fazer a coisa andar não basta o boletim de ocorrência.
A outra providência a ser tomada será fazer uma representação ao Ministério Público Federal e outra à Polícia Federal.
A investigação irá andar? Será que essas instituições estão preocupadas com ataques à liberdade de imprensa e de expressão? Descobriremos em breve.
O que está acontecendo é do interesse de todos os que defendem essas liberdades. Hoje é este site, amanhã será o seu. Ah, mas eu não tenho site, blog, nada. Mas deve ter um perfil em uma rede social. Se você se tornar relevante de alguma maneira, serão usados métodos análogos para calá-lo.
O que você pode fazer em defesa da liberdade de expressão, de pensamento, de imprensa é divulgar esta denúncia e repudiar publicamente iniciativas como a dos que estão tentando tirar o Blog da Cidadania do ar.
Para finalizar, vale dizer que é lamentável que o Brasil esteja sendo submetido a ações como a supra descrita. Milhares e milhares de ataques como esse são feitos todos os dias em todo o mundo, mas por razões políticas concretas, não. O caso relatado é muito específico.
Alguém está gastando dinheiro que não será recuperado só para calar alguém – no caso, este Blog. Isso equivale a contratar um capanga para surrar ou até matar alguém por não gostar do que pensa e diz. Essa é uma reflexão que tem que ser feita.
Será que esse problema também é seu?
terça-feira, 12 de maio de 2015
LULA: YOUSSEF DIFAMA QUEM A OPOSIÇÃO TEME ENFRENTAR
Sem citar diretamente o nome de Alberto Youssef, ex-presidente diz ser "inacreditável" que o Brasil seja "refém de um criminoso notório e reincidente, de um réu que negocia depoimentos" e que ainda garanta a ele "palco para atacar e caluniar, sem nenhuma prova, algumas das principais lideranças políticas do país"; em crítica dura, por meio de nota, ele lamenta ainda "que parte da imprensa brasileira venha tratando bandidos como heróis" e anuncia sua volta em 2018 quando diz que "tais pessoas [da imprensa] se prestam a acusar, sem provas, os alvos escolhidos pela oposição" e a "difamar lideranças que a oposição não conseguiu derrotar nas urnas e teme enfrentar no futuro"; em depoimento ontem à CPI da Petrobras, Youssef disse que Lula ordenou pagamento a empresa ligada à estatal
247 – Um dia depois de ter sido novamente citado pelo doleiro Alberto Youssef em mais um de seus depoimentos, agora à CPI da Petrobras, o ex-presidente Lula publicou um texto com duras críticas ao fato de o Brasil ter se tornado "refém" de um "criminoso notório e reincidente" e ainda dar "palco para atacar e caluniar, sem nenhuma prova, algumas das principais lideranças políticas do país".
Youssef reafirmou ontem que o ex-presidente ordenou um pagamento à agência de publicidade Muranno Marketing, que prestava serviços à Petrobras. Ele também declarou acreditar que o Palácio do Planalto sabia do esquema de corrupção na estatal investigado pela Operação Lava Jato. Depois das declarações, o PSDB pediu a inclusão de Lula na CPI.
Sem citar diretamente Youssef, Lula também lamenta, na nota publicada no Facebook, "que parte da imprensa brasileira venha tratando bandidos como heróis" quando se presta a "acusar, sem provas, os alvos escolhidos pela oposição". Ele anuncia sua volta em 2018 ao concluir a frase: "quando se presta a difamar lideranças que a oposição não conseguiu derrotar nas urnas e teme enfrentar no futuro".
Leia abaixo a íntegra:
É inaceitável que uma grande democracia como o Brasil, com 200 milhões de habitantes, uma das maiores economias do mundo, seja transformada em refém de um criminoso notório e reincidente, de um réu que negocia depoimentos – e garante para si um percentual na recuperação do dinheiro que ajudou a roubar.
É inacreditável que um bandido com oito condenações, que já enganou a Justiça num acordo anterior de delação premiada, tenha palco para atacar e caluniar, sem nenhuma prova, algumas das principais lideranças políticas do país, legitimadas democraticamente pelo voto popular. Que se dê crédito a criminosos para apontar quem é e quem não é honesto neste País.
É uma pena que parte da imprensa brasileira venha tratando bandidos como heróis, quando tais pessoas se prestam a acusar, sem provas, os alvos escolhidos pela oposição; quando se prestam a difamar lideranças que a oposição não conseguiu derrotar nas urnas e teme enfrentar no futuro.
O Brasil merece ser tratado com mais responsabilidade e seriedade.
Assessoria de Imprensa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
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Fachin apequena Oposição. Aloysio vira um anão !
Acreditar na Democracia é acreditar em seus
instrumentos, como a liberdade de expressão.
Luiz Fachin fez um corajoso pronunciamento na abertura da sabatina do Senado que analisou sua indicação ao Supremo. (Veja na TV Afiada.)
O senador paulista Aloysio 300 mil, como primeiro debatedor, retomou o tema de obsessão do Ataupho (ver no ABC do C Af): Fachin não poderia advogar enquanto Procurador do Estado do Paraná.
Fachin demonstrou que fez o concurso público quando isso era possível.
Foi ao Procurador-Geral do Estado perguntar se podia advogar enquanto Procurador.
Procurador considerou que não havia impedimento.
Que a resposta à pergunta estava na sua nomeação e Fachin foi aprovado em primeiro lugar.
Ou seja, o Procurador só não podia advogar contra o Estado.
Fachin não se deu por satisfeito.
Foi à seção da Ordem dos Advogados do Brasil – 2ª Câmara Especial – que trata de Constitucionalidade.
E a Ordem dos Advogados ratificou a decisão do Procurador.
Ele podia advogar.
Fachin mostrou aos senadores a carteira da Ordem e lá está manuscrito: ele podia advogar.
Mais tarde, a Emenda Constitucional de 1999 ratificou.
Na replica, Aloysio recolheu-se à sua notória insignificância: admitiu que não podia falar de Direito com um professor de Direito.
E sua argumentação foi se esborrachando como um castelo de areia em dia de maré cheia.
Na tréplica, Fachin reforçou o argumento.
Com a Emenda Constitucional de 199 ele foi vingado !
O pronunciamento de abertura de Fachin foi emocionante – e competente !
- sou um sobrevivente – vendi laranjas, fui pacoteiro de tecidos e vendi passagens em rodoviária;
- sou um garantista;
- fui intenso, vivi as nossas circunstâncias;
(Ao lembrar dos pais e dos tios, Fachin se emocionou e interrompeu a leitura do pronunciamento. Alguns senadores o aplaudiram. Caiado lia. E Aloysio falava no celular.)
- ressaltou a vinda da família da Itália, para vir fazer a América;
- foi alfabetizado pela mãe, numa escola agrícola do Paraná;
- admite que foi seco, mas não sectário;
- “tenho formação cristã”;
- “Sou um garantista” (viu, Gilmar ?).
- “O Legislativo tem primazia !”;
(E não o Supremo, viu, Gilmar ?);
- “O julgador não pode substituir o Legislador”;
(Viu, Gilmar ? )
- “Quem celebra a Democracia celebra seus instrumentos – entre eles, a LIBERDADE DE EXPRESSÃO, o direito de expressar seus pensamentos !”
(Fachin foi jornalista !)
- a Democracia – ele lembrou Bobbi – é o respeito às regras do jogo !
E, para concluir: “eu acredito no futuro do Brasil !”.
(Gilmar talvez não compartilhe desse sentimento, nem os anfitriões do FHC em Nova York.)
Em tempo: a reprodução de frases de Fachin não são literais !
Paulo Henrique Amorim
Leia também:
LIBERDADE DE EXPRESSÃO: FACHIN PODE SER O ANTI-GILMAR !
VÍDEO: FACHIN DESMORALIZA “DENÚNCIA” DO MERVAL
POR QUE MERVAL BARRA FACHIN ?
MERVAL VETA A INDICAÇÃO DE FACHIN !
sábado, 9 de maio de 2015
Richa quer que professores peçam desculpas – não é piada
Os professores paranaenses foram espancados pelo governo do Estado pela segunda vez na noite desta sexta-feira, 8 de maio. Desta vez, porém, o principal agressor decidiu fazer o serviço sujo pessoalmente, em vez de mandar a polícia.
Após o Jornal Nacional, entre outros, noticiar as sucessivas quedas de membros do governo Beto Richa devido à brutal agressão que esse governo promoveu contra os professores diante da “casa do povo” paranaense, ele apareceu na reportagem.
Em vez de o governador que os paranaenses elegeram há poucos meses explicar por que membros de seu governo e até da PM caíram após a agressão, já que, como dissera antes, a atuação da tropa foi contra os professores foi “uma reação natural”, preferiu esbofetear aqueles que agrediu.
No vídeo abaixo, Richa teve mau-caráter suficiente para falar em nome dos professores. É isso mesmo: ele pediu “desculpas” ao povo paranaense em nome de seu governo e EM NOME DOS PROFESSORES.
Confira, abaixo, trecho da reportagem do Jornal Nacional supracitada.
Palavras do governador do Paraná, Beto Richa:
— Queremos pedir desculpas – acho que governo e associação do sindicato dos professores – à sociedade paranaense e à sociedade brasileira pelo ocorrido aqui na frente da Assembleia Legislativa.
Eu não sou professor, não sou paranaense, mas me senti insultado. Pessoas que se feriram gravemente, que levaram tiros de bala de borracha nos olhos, que quase morreram por ter uma artéria da coxa triturada por mordida de um (cão) pit bull da PM, devem desculpas aos paranaenses e ao resto do Brasil?
Será que Richa estava em estado normal de consciência ao proferir essa declaração? Seria a única forma de tolerar o que disse – se estivesse embriagado.
Richa, mais cedo, declarou-se “o mais ferido” pelo episódio que ocorreu sob suas ordens e fuças. Miseravelmente, tentou eximir-se da responsabilidade, como quem diz: “Massacraram os professores, mas não sei quem fui”.
Se este blogueiro sentiu-se esbofeteado pelo governador de um Estado que não é o seu, imagino como o povo paranaense e, mais especificamente, os professores sentiram-se com as suas declarações.
Se eu fosse a “associação do sindicato dos professores” (sic) a que Richa se referiu, abriria, já, um processo na Justiça por danos morais. Para alguns professores, a declaração dele deve ter doído mais do que as pancadas e bombas da PM.
sexta-feira, 8 de maio de 2015
ÉPOCA QUESTIONA LULA POR CONTRATO DA ERA FHC
Depois de publicar uma denúncia fajuta contra o ex-presidente Lula na semana passada, a revista Época, da Editora Globo, decidiu dobrar sua aposta no erro; nesta sexta-feira, o repórter Thiago Bronzatto procurou o Instituto Lula com uma série de questões sobre os financiamentos do BNDES ao metrô de Caracas, na Venezuela; a obra, executada pela Odebrecht e financiada pelo banco brasileiro de fomento, foi contratada ainda no governo FHC, em 2001; além de responder, o Instituto Lula também divulgou a íntegra da mensagem enviada pelo repórter, desnudando o chamado 'método Época de jornalismo'; perguntas chegaram no fim da manhã e o prazo para respostas terminava às 16h; resposta de Lula também mandou um direto no queixo da revista das Organizações Globo; "informamos que o ex-presidente Lula não considera esta revista uma fonte de informação digna de crédito"; leia a íntegra
247 - Depois de publicar uma acusação comprovadamente falsa contra o ex-presidente Lula, sobre uma investigação que não existe (leia mais aqui), a revista Época, da Globo, decidiu dobrar sua aposta no erro e na desinformação.
Nesta sexta-feira, o repórter Thiago Bronzatto enviou uma série de perguntas ao Instituto Lula, em que o ex-presidente é questionado por um financiamento do BNDES a uma obra iniciada no governo FHC.
Leia, abaixo, a nota do Instituto Lula, que contém também as perguntas enviadas pelo repórter:
Respostas à revista Época sobre Venezuela
Recebemos nesta sexta-feira (8) novas perguntas da Revista Época (seguem abaixo) para sua edição de amanhã. As perguntas voltam para um assunto tratado pela revista em matéria publicada pelo mesmo repórter, Thiago Bronzatto, no dia 3 de abril de 2015, na qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foi ouvido, mesmo com a matéria se referindo ao ex-presidente.
Na época, o BNDES respondeu a matéria, apontando vários equívocos nela. Segue a nota. Esperamos que a revista ao repetir a matéria ao menos não repita os erros do mês passado.
Segue abaixo a resposta que foi enviada para a revista nesta tarde.
Caro Thiago,
Como deve ser de seu conhecimento, os financiamentos do BNDES para a construção do metrô de Caracas, na Venezuela, tiveram início em contratação datada de 13 de dezembro de 2001, antes, portanto, do governo do ex-presidente Lula. O valor inicial desta contratação foi de U$ 107 milhões, conforme relatório assinado pelo então presidente do BNDES, em conformidade com uma política de incentivo às exportações de serviços brasileiros. Naquela ocasião, o presidente da Venezuela, país contratante, era Hugo Chávez.
Como deve ser também de seu conhecimento, ao longo de seu governo o ex-presidente Lula manteve reuniões trimestrais com o então presidente Chávez, para tratar de temas bilaterais e regionais. O encontro a que se refere, em maio de 2009, insere-se neste quadro.
Como também deve ser de seu conhecimento, depois que deixou o governo o ex-presidente Lula continuou mantendo contatos com chefes de Estado e de Governo de outros países, nas viagens que faz ao exterior ou recebendo-os no Brasil. Em 2011, Lula viajou para Caracas para realizar uma palestra contratada pela Odebrecht, realizada no Hotel Marriott de Caracas, às 10h do dia 2 de junho de 2011, para empresários, diplomatas e autoridades governamentais, e noticiado então pela Folha de S. Paulo. Na viagem, Lula foi recebido pelo então presidente Hugo Chávez. O ex-presidente Lula não é parte citada em qualquer procedimento investigatório de que tenha conhecimento, por parte do Ministério Público ou do Tribunal de Contas da União. Quanto aos procedimentos do TCU relativos ao financiamento de exportações de serviços brasileiros, já noticiados pela revista ÉPOCA em 3 de abril e mencionados em sua mensagem, informamos que o ex-presidente Lula não considera esta revista uma fonte de informação digna de crédito.
Assessoria de Imprensa do Instituto Lula
Mensagem do repórter de Época, Thiago Bronzatto, ao Instituto Lula
Tudo bem?
Estamos fazendo uma matéria para a próxima edição da revista Época deste fim de semana sobre o financiamento concedido pelo BNDES para a construção do metrô de Caracas. Eu gostaria, portanto, de esclarecer algumas dúvidas com vocês que dizem respeito ao senhor ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Seguem abaixo as minhas questões:
Estamos fazendo uma matéria para a próxima edição da revista Época deste fim de semana sobre o financiamento concedido pelo BNDES para a construção do metrô de Caracas. Eu gostaria, portanto, de esclarecer algumas dúvidas com vocês que dizem respeito ao senhor ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Seguem abaixo as minhas questões:
1-) Em maio de 2009, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o então presidente da Venezuela Hugo Chávez em Salvador. Nesse encontro, foi discutida a liberação de uma linha de crédito do BNDES para a construção do metrô venezuelano?
2-) Naquela ocasião, o ex-presidente Lula sabia que a Odebrecht seria a responsável pela obra?
3-) Em junho de 2011, o ex-presidente Lula viajou para a Venezuela para se encontrar com o então presidente Hugo Chávez. O que foi discutido nesse encontro?
4-) Essa viagem foi paga pela Odebrecht? Por quê?
5-) O senhor ex-presidente Lula tem conhecimento de que o financiamento concedido pelo BNDES para a construção do metrô venezuelano está sendo investigado tanto pelo TCU quanto pelo MPF?
O meu prazo final é hoje às 16h.
O meu prazo final é hoje às 16h.
Qualquer dúvida, estou nos contatos abaixo.
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João Moraes, da FUP: “Se o Brasil abrir a operação para as estrangeiras no pré-sal, podemos dizer adeus aos royalties do petróleo para Educação e Saúde”
por Conceição Lemes
Em entrevista no último domingo, 2 de maio, o ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB-AM), durante entrevista realizada antes da Offshore Technology Conference, em Houston, nos Estados Unidos, deixou abertas duas portas perigosas. Acenou com mudanças no marco regulatório do pré-sal e abrandamento da norma de conteúdo local, que determina à Petrobras a compra preferencial de equipamentos e serviços de origem nacional.
Verdadeira sinfonia para os ouvidos das grandes petroleiras estrangeiras, como Shell, ExxonMobil, Chevron, BP e Total.
Até agora, Eduardo Braga não desmentiu a entrevista, que saiu em vários veículos da mídia brasileira.
Para João Antônio de Moraes, diretor de relações internacionais da Federação Única dos Petroleiros (FUP), é muito grave a declaração de Braga nos EUA.
“Onde já se viu abordar uma questão estratégica para o Brasil, fora do Brasil, num lugar onde a disputa pelo petróleo é gigantesca?”, critica. “Se já está havendo pressão sobre o Congresso Nacional para flexibilizar a partilha, com essa declaração absurda, a tendência é que a pressão só aumente.”
Nota da FUP (na íntegra, abaixo) publicada nessa quinta-feira 7 lembra: “Só o PSDB já tem três projetos em andamento no Congresso para alterar o modelo de partilha e retirar da estatal o papel de operadora única”.
Têm projetos para abrir o pré-sal às petroleiras internacionais os senadores tucanos José Serra, Aloysio Nunes e o deputado federal Jutahy Júnior. O deputado federal Leonardo Picciani (PMDB-RJ) também projeto nessa linha.
Moraes adverte: “Flexibilizar a partilha, não garantir a Petrobras como operadora única do pré-sal e abrandar a exigência de conteúdo local, como prega o ministro, significam abrir as portas para o Brasil ser saqueado novamente nos seus recursos naturais por interesses externos como já aconteceu ao longo da história, com o pau-brasil, o ouro, por exemplo”.
Ele enfatiza: “A operação só nas mãos da Petrobras nos garante desenvolvimento, segurança ambiental e segurança energética. Essas três coisas ficariam fragilizadas se empresas estrangeiras entrarem na operação”.
Ele denuncia: “Se o Brasil abrir a operação para as petroleiras estrangeiras, podemos dizer adeus aos royalties do petróleo para Educação e Saúde. No mundo inteiro, a história das petroleiras é uma história de não cumprimento da destinação social das riquezas”.
Segue a íntegra da nossa entrevista.
Viomundo — O que achou da declaração do ministro Eduardo Braga nos EUA?
João Moraes – Muito grave. Onde já se viu abordar uma questão estratégica para o Brasil, fora do Brasil, num país onde a disputa pelo petróleo é gigantesca? Se já está havendo pressão sobre o Congresso Nacional para flexibilizar a partilha, com essa declaração absurda, a tendência é que a pressão só aumente. Lembre-se de que há no Congresso vários projetos de tucanos que visam justamente flexibilizar o modelo de partilha no pré-sal.
Viomundo – O que acontece se o Brasil alterar o modelo?
João Moraes — Flexibilizar a partilha, não garantir a Petrobras como operadora única do pré-sal e abrandar a exigência de conteúdo local significam abrir as portas do Brasil para que seja saqueado novamente nos seus recursos naturais por interesses externos, como já foi ao longo da história, com o pau-brasil, o ouro, por exemplo.
Definitivamente, se o povo brasileiro não garantir esses três sustentáculos do modelo brasileiro, o ciclo econômico do petróleo vai repetir o que já aconteceu em outros ciclos econômicos. Vai embora o recurso natural, não fica o desenvolvimento aqui. Então, nós temos de realmente nos mobilizar para impedir que iniciativas para alterar o modelo de partilha tenham sucesso.
Viomundo – Em que setor do pré-sal as petroleiras internacionais podem atuar?
João Moraes – O modelo de partilha permite que elas invistam junto com a Petrobras. Foi o que aconteceu no campo de Libra, na Bacia de Campos, Rio de Janeiro. Em Libra, a Petrobras ficou com 40% dos investimentos, os europeus (Total e Elf), também com 40%, e os chineses com 20%.
Na verdade, o modelo de partilha só não permite atuar na operação. A declaração do ministro toca justamente nesse ponto. A declaração dele e os projetos dos tucanos no Congresso Nacional vão todos no mesmo sentido: o de abrir a operação do pré-sal para as petroleiras estrangeiras. Em resumo, é isso que eles e elas querem.
Viomundo – Qual o mérito da partilha?
João Moraes – As empresas estrangeiras podem investir junto com a Petrobras, mas quem vai operar é a Petrobras.
Viomundo — O que significa operar?
João Moraes – É a Petrobras que vai pegar esses investimentos, comprar os equipamentos, desenvolver os projetos e o mais importante – depois vai controlar a produção de petróleo. A Petrobras é que vai dizer se vai vai produzir 100 mil, 200 mil, 300 mil barris.
Viomundo — Com isso o que o Brasil tem a lucrar?
João Moraes – Primeiro, a garantia do conteúdo local, porque as empresas estrangerias não estão cumprindo o conteúdo local nas áreas em que atuam.
Viomundo – Não estão cumprindo?!
João Moraes – Não. Elas encontram um monte de subterfúgios para não comprar aqui. A Shell, por exemplo, é a segunda produtora no Brasil. Ela tem ativos importantes nas áreas já licitadas do pré-sal. Mas a Shell não tem nenhuma plataforma encomendada aos estaleiros brasileiros.
Se flexibilizar o pré-sal vai acontecer o que já acontece com áreas licitadas antes da lei da partilha.As petroleiras estrangeiras não cumprem o conteúdo local. Não cumprindo o conteúdo local, elas não geram emprego aqui, não geram renda aqui, não geram desenvolvimento aqui. Essa é uma etapa importante do ponto de vista do desenvolvimento.
Viomundo – O que Brasil tem a ganhar mais com o modelo de partilha?
João Moraes — Soberania energética e meio ambiente. Por que aconteceu aquele acidente importante da Chevron, no Campo de Frade, em 2012? Por que a Chevron avançou na produção além do que podia e dos equipamentos que detinha. Isso causou uma fratura no subsolo do oceano, provocando dano ambiental muito grande.
Viomundo – Mas a Petrobras não está livre de produzir danos ambientais.
João Moraes – Não está. Nenhuma petroleira está livre disso. Mas os mecanismos de pressão do povo brasileiro sobre a Petrobras são muito maiores do que sobre as petroleiras estrangeiras. Então, a Petrobras como operadora única nos dá uma garantia ambiental muito maior do que as estrangeiras.
Viomundo – O que mais o Brasil tem a lucrar mais com a partilha?
João Moraes – Impedir a produção predatória. Qual é o grande dilema que a Argentina vive hoje em dia? A Argentina privatizou a YPF. A maior empresa que assumiu foi a Repsol espanhola. A Repsol começou a ter produção predatória , não investiu em desenvolvimento de novas reservas nem em novas tecnologias. Resultado: hoje a Argentina é dependente da importação de petróleo e gás.
Viomundo — Por quê?
João Moraes — Justamente porque não era uma empresa estatal nacional que detinha a operação. Então esse é outro aspecto muito negativo dos projetos dos tucanos que estão no Congresso e buscam garantir a entrada de estrangeiras na operação.
A operação só nas mãos da Petrobras nos garante desenvolvimento, segurança ambiental e segurança energética. Essas três coisas ficariam fragilizadas se empresas estrangeiras entrarem na operação.
Viomundo – Pela lei da partilha foi criado um fundo social – o Fundo Social Soberano – que prevê a destinação dos royalties para Educação e Saúde. As petroleiras estrangeiras fariam isso?
João Moraes – De jeito nenhum. A história das petroleiras no mundo é uma história de não cumprimento da destinação social das riquezas. Então, essa batalha importante que tivemos para garantir os royalties para Educação e Saúde vai para o espaço se a operação do pré-sal for aberta para as empresas estrangeiras. Portanto, é muito ruim se acontecer isso que o ministro Eduardo Braga disse.
Viomundo – Nos últimos meses, estamos assistindo ao acirramento na disputa do petróleo brasileiro. Teria a ver com as denúncias da Lava Jato?
João Moraes – Tudo isso é fruto da campanha de desmoralização da Petrobras desenvolvida pela grande imprensa nos últimos meses. Não tem a ver com corrupção. É uma campanha antinacional. É uma campanha antipatriótica como se as nossas grandes redes de comunicação fossem de outros países e estivessem fazendo aqui uma campanha de interesse delas.
Portanto, é um absurdo sem tamanho, nessa conjuntura, um ministro de Estado ir lá fora e dar uma declaração tenebrosa como a que deu.
Mesmo que o governo tivesse a intenção, o ministro não poderia fazer essa declaração. Porque ao fazê-lo, se um dia isso vier acontecer, a Petrobras vai estar com o preço rebaixado.
Olhando pela lógica do capital, mesmo que fosse uma decisão de governo fazer isso – o que eu não acredito que seja –, ele não poderia declarar isso no exterior. Realmente um despreparo, um absurdo. É um negócio descabido.
Viomundo – A FUP pretende fazer algo em relação a isso?
João Moraes — A direção da FUP está reunida, aqui, em Curitiba, nesta quinta e sexta em Curitiba, onde vamos discutir o assunto. Nós trouxemos a nossa reunião mensal para cá como forma de darmos a nossa solidariedade. Na quarta-feira, inclusive, participamos de atos de solidariedade aos professores.
Mas, desde já, a sociedade tem de estar ciente. Se houver flexibilização no modelo de partilha do pré-sal, o povo brasileiro pode dizer adeus ao Fundo Social e ao uso dos seus recursos para a Educação e Saúde.
Tirem as mãos do que é nosso!
Em vez de fortalecer a Petrobrás, ministro de Minas e Energia quer flexibilizar partilha
Enquanto a Petrobrás recebia o prêmio OTC Distinguished Achievement Award for Companies, Organizations and Institutions, o maior reconhecimento de uma operadora offshore por tecnologias desenvolvidas e desafios vencidos, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, pregava publicamente a redução da participação da estatal na exploração do pré-sal.
Em entrevista coletiva aos jornalistas que cobriam o evento em Houston (EUA), o ministro do PMDB não mediu palavras e anunciou que o Congresso (onde seu partido comanda a Câmara e o Senado) está aberto a alterar o modelo de partilha.
“O que se discute é a obrigatoriedade da operação. Defendo que a Petrobrás tenha direito à recusa”, declarou, alegando que a empresa não tem condições hoje de “alavancar os investimentos que a economia brasileira necessita”.
Na mesma linha foi a diretora geral da ANP, Magda Chambriard, que também participou da feira de petróleo em Houston e defendeu “uma flexibilização muito bem calibrada” da lei do pré-sal, com vistas aos leilões futuros.
Declarações deste tipo reforçam e alimentam os ataques da oposição contra a Petrobrás. Só o PSDB já tem três projetos em andamento no Congresso para alterar o modelo de partilha e retirar da estatal o papel de operadora única.
A defesa intransigente da soberania é um compromisso que deve ser honrado por um governo eleito pelos trabalhadores. A hora é de fortalecer a Petrobrás para que siga avançando na exploração do pré-sal, cuja riqueza deve ser servir ao povo brasileiro e não às multinacionais.
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