Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 26 de abril de 2011

Os adoradores de dinheiro e o deus mercado



As corporações deixam que 50.000 pessoas morram a cada ano porque não podem pagar uma assistência médica adequada. Já mataram milhares de iraquianos, afegãos, palestinos e paquistaneses e a isso contemplaram com alegria enquanto quadruplicava o preço das ações dos fabricantes de armamentos. Transformam o câncer numa epidemia nas minas de carvão da Virgínia Ocidental, onde as famílias respiram ar contaminado, bebem água envenenada e observam os Montes Apalaches irem pelos ares, convertendo-os em uma planície deserta enquanto as companhias carboníferas acumulam milhões e milhões de dólares. O artigo é de Chris Hedges.

Discurso feito pelo jornalista Chris Hedges em Union Square, em 15 de abril passado, na cidade de Nova York, durante um protesto feito em frente a uma das agências do Bank of America.

Estamos aqui hoje em frente a um de nossos templos das finanças. Um templo no qual a cobiça e o lucro são os bens supremos, onde o valor de cada pessoa é determinado por sua capacidade de misturar riqueza e poder à custa de outras, onde as leis são manipuladas, se reescrevem e se violam, onde o ciclo infinito do consumo define o progresso humano, onde a fraude e os crimes são os instrumentos dos negócios.

As duas forças mais destrutivas da natureza humana – a cobiça e a inveja –impulsionam os homens de finanças, os banqueiros, os mandarins corporativos e os dirigentes de nossos dois principais partidos políticos, todos eles beneficiários deste sistema. Colocam-se no centro de sua criação. Desdenham ou ignoram os gritos dos que se encontram abaixo deles. Retiram nossos direitos e nossa dignidade e frustram nossa capacidade de resistência. Fazem-nos prisioneiros em nosso próprio país. Vêem os seres humanos e o mundo natural como simples mercadorias a serem exploradas até ao esgotamento e ao colapso. O sofrimento humano, as guerras, as mudanças climáticas, a pobreza, tudo serve ao custeio dos negócios. Nada é sagrado. O Senhor dos Lucros é o Senhor da Morte.

Os fariseus das altas finanças que podem nos ver esta manhã de suas salas e seus escritórios pelas esquinas debocham da virtude. A vida para eles só tem o significado do proveito próprio. O sofrimento dos pobres não os preocupa. As seis milhões de famílias expulsas de suas casas não os preocupam. As dezenas de milhões de aposentados, cujas economias para a aposentadoria foram anuladas pela fraude e pela desonestidade de Wall Street não os preocupam. Que não se consiga deter as emissões de carbono, isso não os preocupa. A justiça não os preocupa. A verdade não os preocupa. Uma criança faminta não os preocupa.

Fiódor Dostoyevski em “Crime e Castigo” concebeu o mal absoluto por trás dos anseios humanos não como alguma coisa vulgar, mas como algo extraordinário, como o desejo que permite a homens e mulheres se servirem de sistemas de autoglorificação e cobiça. No romance, Raskolnikov acredita – como os que vivem nos tempos atuais – que o gênero humano pode se dividir em dois grupos. O primeiro se compõe de gente comum, humilde e submissa. Gente comum que faz pouco mais do que se reproduzir segundo a sua própria imagem, envelhecer e morrer. E Raskolnikov despreza essas formas inferiores de vida humana.

O segundo grupo, acredita Raskolnikov, é extraordinário. São os Napoleões do mundo, os que desprezam o direito e os costumes, os que se desvencilham das convenções e tradições para criar um futuro mais refinado, mais glorioso. Raskolnikov argumenta que, mesmo vivendo todos no mesmo mundo, podemos nos libertar das conseqüências de viver com outros, conseqüências que nem sempre estarão a nosso favor. Os Raskolnikovs do mundo põem uma fé desenfreada e total no intelecto humano. Desdenham os atributos de compaixão, empatia, beleza, justiça e verdade. E essa visão demencial da existência humana leva Raskolnikov a assassinar uma agiota e a roubar o seu dinheiro. 

Quando Dante entra na selva escura no Inferno (canto III) ouve os gritos daqueles que “pelo mundo transitaram sem merecer louvor ou execração”, os rejeitados pelo céu e pelo inferno, os que dedicaram suas vidas somente em busca da felicidade. São os “bons”, os que nunca causaram confusões, os que preencheram suas vidas de coisas vãs e vazias, inofensivas talvez, para divertirem-se, que nunca tiveram uma posição perante nada, nunca arriscaram nada e foram somente figurantes. Jamais analisaram suas vidas criticamente, nunca sentiram necessidades, nunca quiseram ver. Os sacerdotes desses templos corporativos, em nome do lucro, matam ainda com mais inclemência, fineza e astúcia do que Raskolnikov.

As corporações deixam que 50.000 pessoas morram a cada ano porque não podem pagar uma assistência médica adequada. Já mataram milhares de iraquianos, afegãos, palestinos e paquistaneses e a isso contemplaram com alegria enquanto quadruplicava o preço das ações dos fabricantes de armamentos. Transformam o câncer numa epidemia nas minas de carvão da Virgínia Ocidental, onde as famílias respiram ar contaminado, bebem água envenenada e observam os Montes Apalaches irem pelos ares, convertendo-os em uma planície deserta enquanto as companhias carboníferas acumulam milhões e milhões de dólares. 

E após saquear o tesouro dos Estados Unidos, essas corporações requerem, em nome da moralidade, que se eliminem programas alimentares para crianças, a ajuda para a calefação, a assistência médica para nossos idosos e a boa educação pública. Reivindicam que toleremos uma classe inferior permanente que deixará em cada seis trabalhadores um sem trabalho, que condena dezenas de milhões de estadunidenses à pobreza e que lança os doentes mentais às grades de calefação. Os que não têm poder, aqueles que as corporações consideram gente comum, são atirados ao lado como lixo humano. É o que exige o “deus mercado”.

E os que perseguem o arco iris brilhante da sociedade de consumo, os que apóiam a ideologia pervertida da cultura consumista, se convertem, como já o sabia Dante, em covardes morais. Têm a cabeça feita por nossos sistemas corporativos de informação e se mantêm passivos enquanto nossos poderes legislativo, executivo e judicial de governo – instrumentos do Estado corporativo – nos retiram a capacidade de resistir. Democratas ou republicanos, liberais ou conservadores. Não há diferença. Barack Obama serve aos interesses corporativos com a mesma diligência de George W. Bush. E colocar nossa fé em algum partido ou instituição estabelecida como mecanismo de reforma é deixarmo-nos hipnotizar pelo mito das sombras nas paredes da caverna de Platão.

Devemos desafiar essa geringonça da cultura do consumo e recuperar a primazia da piedade e da justiça em nossas vidas. E isso requer coragem, não só a coragem física, mas também a coragem moral, o que é mais difícil... A coragem moral de ouvir nossa consciência. Se tivermos que salvar ao nosso país e ao nosso planeta, devemos ultrapassar a exaltação do próprio ego e incorporar a isso o ego do nosso próximo. O auto-sacrifício desafia a doença da ideologia corporativa. O auto-sacrifício destrói os ídolos da cobiça e da inveja. O auto-sacrifício exige que nos rebelemos contra o abuso, contra a ofensa e a injustiça que nos impõem os mandarins do poder corporativo. Há uma profunda verdade na advertência bíblica: “Aquele que ama a sua vida a perderá”

A vida não tem a ver só conosco. Jamais poderemos ter justiça enquanto o nosso próximo não tiver justiça. E jamais poderemos recuperar a nossa liberdade até que estejamos dispostos a sacrificar nosso conforto por uma rebelião aberta. O presidente (Obama) nos decepcionou. Nosso processo de democracia eleitoral nos decepcionou. Não restam estruturas ou instituições que não tenham sido contaminadas ou destruídas pelas corporações. E isto significa que tudo dependerá de nós mesmos. A desobediência civil, que significa dificuldades e sofrimentos, que será longa e difícil, que significa essencialmente auto-sacrifício, é o único recurso que resta. 

Os banqueiros e os gestores de fundos de alto risco, as elites corporativas e governamentais, são a versão moderna dos hebreus desencaminhados que se prostraram diante do bezerro de ouro. A centelha da riqueza brilha diante de seus olhos e os impulsiona cada vez mais rápido para a destruição. E querem que nos prostremos também diante do seu altar. Enquanto nos inspirarmos na cobiça, ela nos manterá cúmplices e em silêncio. Na medida, porém, que desafiemos a religião do capitalismo sem escrúpulos, uma vez que exijamos que a sociedade atenda verdadeiramente as necessidades dos cidadãos e que o ecossistema sustente a vida, ao invés das necessidades do mercado, uma vez que aprendamos a dialogar com uma nova humildade e a viver com uma nova simplicidade, uma vez que amemos ao nosso próximo como a nós mesmos, romperemos as correntes que nos aprisionam e faremos com que a esperança seja percebida.

(*) - Christopher Lynn Hedges é jornalista, autor e correspondente de guerra dos Estados Unidos, especializado em políticas e sociedades dos EUA e Oriente Médio. Seu livro mais recente se intitula “A Morte da Classe Liberal” (2010)

(**)-Fonte: http://www.truthout.org/throw-out-money-changers/1303110000

Tradução do espanhol feita por Izaías Almada. 

domingo, 3 de outubro de 2010

jornal nacional pensa que o Brasil é um aterro sanitário




Na foto, a “pesquisa” do jornal nacional
Na véspera de uma eleição com 136 milhões de eleitores, o telejornal de maior audiência é uma sucessão de “resultados” de pesquisas eleitorais.

O programa foi quase todo dedicado a um conjunto de hipóteses realizadas por duas instituições com um histórico de manipulação e erro.

Ao longo mesmo dessa eleição, o Datafalha e o Globope foram flagrados num e noutro caso: manipular e errar.

O Datafalha sempre esteve – como hoje – na companhia do candidato da elite branca (e separatista) de São Paulo.

E o Globope é uma “subsidiária” da Globo e de seus interesses.

NENHUM PAÍS DO MUNDO LEVA PESQUISA ELEITORAL A SÉRIO. SÓ O BRASIL.

Nenhum !

Por que o Brasil leva a sério ?

Porque três famílias controlam o PiG (*) e duas das quatro maiores empresas de pesquisa.

Essas duas empresas de pesquisa desfrutam da audiência do PiG (*) – maior do que a  audiência dos dois outros institutos, a Vox e a Sensus.

A pesquisa casada com o PiG (*) – especialmente a Globo e, especialmente o jornal nacional – é uma arma política.

Do PiG (*) – ou seja, da elite branca (e separatista, no caso de São Paulo).

O PiG (*) e seus institutos de pesquisa são, por definição, imunes a revisão.

Não há como refazer uma pesquisa.

Mas, é possível suspeitar dos “critério técnicos” do Datafalha, sobretudo, o que mais erra.

O Datafalha ouve mais eleitores do Serra.

O pesquisador do Datafalha submete o entrevistado a uma sessão de tortura.

O Datafalha tem tanta relação com o IBGE quanto com o Census Bureau americano.

E o Datafalha pesquisa por telefone.

Todas essas observações já foram feitas pelos blogs sujos, como este ordinário blogueiro e o Luis Nassif, por exemplo.

Este ordinário blogueiro, como se sabe, trabalhou na Rede Globo, trabalhou em cobertura de eleições e é testemunha de como o Globope “fecha” pesquisa em cima da eleição.

O Fernando Henrique se elegeu prefeito por São Paulo pelo Globope.

E por que foi possível chegar a esse ponto ?

Por causa da provisória supremacia da Globo e do PiG (*).

Eles, juntos, de propósito e por incompetência, conseguiram desidratar o debate político do Brasil.

O PiG (*) e especialmente a Globo não têm espaço para debater políticas públicas.

As tevês educativas e públicas foram devidamente desidratadas.

Os partidos políticos também desidrataram a política.

A política no Brasil se faz ao largo dos foros públicos, das arenas para confrontar ideias.

O PT saiu da rua.

O Governo Lula tirou o PT da rua.

E o PSDB tem medo da rua: quantos comícios fez o Serra nessa campanha ?

Resulta que as informações mais relevantes da campanha apareceram nos programas do João Santana no horário eleitoral da Dilma.

Desde o primeiro, ainda sem que a Dilma fosse candidata, quando o Santana pendurou o FHC no pescoço do Serra.

Tem culpa também essa excrescente legislação eleitoral.

Primeiro, revelou-se “imparcial”, como a Dra Sandra Cureau.

Segundo, inútil, porque teve que depositar a Ficha Limpa e os dois documentos no vácuo cinzento que fica entre as ilustres poltronas ministeriais do Supremo.

E terceiro, porque, com medo da parcialidade da Globo e do PiG (*),  permitiu que os partidos engessassem a cobertura da campanha – como fizeram com o debate.

Clique aqui para ler “por que o debate da Globo não presta”.

Só uma Ley de Medios dá jeito nisso.

Só uma Ley de Medios leva o debate para a rua.

Sem Ley de Medios, os eleitores da Dilma de hoje votarão no Berlusconi em 2014.

É o que o Wanderley Guilherme dos Santos também disse, em excelente artigo no Valor desta sexta-feira. 

Vamos, então, esquecer que esta foi uma eleição entre uma candidata trabalhista e dois conservadores, unidos pelas tripas.

Vamos relevar as diferenças ideológicas, óbvias, entre trabalhistas e conservadores.

Quem diz que “esquerda” e “direita” acabaram é a direita.

Vamos ficar nas figuras públicas, nas personas em disputa.

Nada mais “televisivo”, nada mais “notícia” do que “personagem”.

De um lado, José Serra, uma “spent force”, diriam os professores dele em Cornell.

(Como é que um exilado político, que saiu do Chile de Allende, foi parar nos Estados Unidos, assim, numa “nice” ?)

Gasto, “força desgastada”, superado, ideologicamente envelhecido.

Ancorou-se em 2002, quando teve 39% dos votos (contra 61% do Lula) e achou que venceu a eleição. 

Tanto que o PiG (*) sempre o tratou como “presidente eleito”, depois de 2002.

Faltava tomar posse. 

O Serra não percebeu que o Brasil mudou com Lula.

Que o Lula engordou a Classe C.

Para os tucanos de São Paulo, costuma dizer o Paulo Henrique Amorim, a “Classe C” fica entre a Business e a Primeira.

A ascensão social é mais do que uma questão econômica, que o IBGE possa medir.

Isso tem a ver com política, com visão de mundo.

É “cidadania”, como o Lula repete.

Ou, como diria o Albert Hirschman, que o Fernando Henrique leu e finge que não leu: o consumidor vira cidadão.

(Por falar nisso: cadê o Fernando Henrique ? Não vai segurar a alça do caixão ?)

Essa poderia ser uma discussão interessante, em torno de candidatos e personagens da Classe C.

Mas, o jornal nacional preferiu fazer uma tournée aero-rocambolesca para mostrar o que o Brasil tem de pior.

Um esgoto sanitário em cada esquina.

Bom mesmo, que este ordinário blogueiro tenha visto, o jornal nacional só achou em … onde ?, amigo navegante ?

Em São Paulo !

Em Lençóis Paulista …

O PiG (*) e a Globo poderiam falar do “verdismo” da Marina.

Como fez o meu amigo Mauro Santayana: a candidata de duas caras.

Pela frente, a pobrinha que anda num jato de US$ 50 milhões.

Por trás, os americanos e o James Cameron.

Como foi a jestão da Marina no Ministério ?

Um desastre ecológico, uma British Petroleum.

Além de traíra, ela é uma péssima administradora.

Como aquele outro traíra, o Cristovão Buarque, que foi mandado embora a tempo de salvar o programa educacional do Lula.

Por que a urubóloga Miriam Leitão acusava a Marina Ministra de desmatar o Brasil e, depois, viu nela uma cruza de Joana D’Arc com Angelina Jolie ?

Clique aqui para ler “Lucia Hippolito vota na Marina. Por que a Globo trocou de candidato ?”.

(Este post chega a dizer – que absurdo ! – que as eleitoras da Marina usam Kelly bag com sandália haviana verde ! 

Quá, quá, quá !)

A Dilma será a primeira mulher presidente da Brasil.

A Dilma será o primeiro presidente que é da primeira geração de imigrantes.

A Dilma será a primeira presidente que lutou na clandestinidade – e se orgulha disso ! – contra o regime militar.

E, muito importante, como ressalta o sábio Fernando Lyra – a Dilma se elege FORA da política partidária: ela nunca foi eleita para cargo nenhum.

Ela é uma renovação, nesse sentido também.

E o jornal nacional adora “pesquisa”. 

O jornal nacional de sábado e a sucessão de DUAS  “pesquisas” por estado, com “margens de erro” que engolem tudo (manipulação, despudor, imprecisão técnica etc etc ), são reflexo de uma eleição sem política.

O jornal nacional trata a eleição – como tentou fazer do Brasil, na tournée aero-rocambolesca – como se fosse um aterro sanitário.

Onde nada germina.

O jornal nacional vai ver o que germina hoje à noite.

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

As curvas pirotécnicas do Datafolha

De acordo com o Datafolha, Dilma estava em curva de baixa, mas de repente acelerou de novo e ganhou um ponto.
Pode ser? Pode. As flutuações ficam sempre dentro da margem de erro, mas me parece incomum ver esses movimentos de “susto” estatístico em véspera de eleição.
No domingo, teremos um histórico confronto entre Vox Populi vs. Datafolha.
BLOG VIOMUNDO



quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Coimbra diz que Dilma vence no primeiro turno e desafia o Otavinho

O responsável pela Vox Populi, Marcos Coimbra, deu corajosa entrevista ao Viomundo, do Azenha.


Coimbra diz o que o tracking da Vox diz há 28 dias: não mudou nada e a Dilma vence no primeiro turno.

Ou seja, Coimbra desmoralizou a última “pesquisa” do Datafalha.

Faltam 5 dias para a eleição.

Coimbra joga a credibilidade de seu passado profissional e a integridade de sua empresa nessa afirmação: Dilma venceria no primeiro turno.

E o Otavinho, o que vai dizer?

Vai continuar com a ambiguidade da última manchete, ou seja, “tudo leva a crer”, “parece”, “se continuar assim”, “onda verde”, “o ser inanimado, o jenio, se anima” – por que ele não faz como o Coimbra: a eleição vai para o segundo turno.

Se o Otavinho tivesse a envergadura intelectual do Coimbra.

Se o Datafalha tivesse a consistência técnica da Vox Populi.

Se o Otavinho fosse o “seu” Frias, a Folha (*) amanhã publicaria um tijolinho e uma manchete na primeira página: “Juro que a eleição vai para o segundo turno”.

Mas, o Datafalha não merece a confiança nem do dono.


Paulo Henrique Amorim

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Nem Datafalha esconde vitória de Dilma



Conversa Afiada se recusa a analisar “tecnicamente” o Datafalha.

Aquilo tem tanta relação com a Ciência Estatística ou a Demografia quanto o Mutirão da Próstata com um Programa de Governo.

Mesmo assim, o Conversa Afiada reproduz contribuição de amigo navegante que se deu ao trabalho de ler o Datafalha:

Mesmo no Datafalha, Serra é quem tem a maior rejeição.

Serra não vence nem na Moóca.

Mesmo no Datafalha, Serra se mexe tanto quanto o Pão de Açúcar.

Mesmo se houvesse segundo turno, e mesmo no Datafalha, Dilma venceria fácil: 52% contra 39%

No Centro-Oeste/Norte, Dilma tem 44%, contra 31% de Serra e 17% de Marina. 

No Datafalha, no “Sul Maravilha”, Dilma, 39%, fora da margem de erro. O jenio tem 35% e a Bláblárina 10%.   

Na região Sudeste, onde fica São Paulo, “território do jenio”, o Datafalha é obrigado a admitir que a Dilma está disparada na frente de Serra: 41 x 31, e a Bláblárina Silva empata com o Gabeira: 10%.

Dilma vence em SP, MG, ES e RJ.

No Nordeste, aí, dá pena do Jarbas, quer dizer, do Paulo Souto: Dilma vence por 59% contra 19% de Serra e 11% de Marina. 20 milhões de votos de frente.

É dura a vida do dono do Datafalha.

Só o Ali Kamel salva o jenio (e a Folha (*)).

Clique aqui para ler “O Datafalha que o jornal nacional vai anunciar hoje”.

Clique aqui para ler “ Por que a Globo trocou o jenio pela Bláblárina”.


Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

No comício de SP Lula e Dilma convocou todos nós para uma prosa sobre o voto consciente


Quem enfrentou a ditadura, os preconceitos, as elites arcaicas, como Lula e Dilma não tem medo de cara feia, nem de Serra, nem da Folha, nem de Datafolha, nem do Estadão, nem da Veja e nem da Globo.

Nós temos a melhor candidata, o melhor governo para ser continuado, com o apoio do melhor presidente, com os melhores resultados nos últimos 8 anos, e as melhores propostas para o futuro, o melhor projeto nacional, com a melhor e maior militância, e somos a força do povo.

Eles tem o preconceito, a mentirada, a baixaria, o cinismo da imprensa corrupta demo-tucana.

Por isso nós temos os melhores argumentos para discutir com qualquer um, sem nos deixarmos intimidar com a campanha de ódio terceirizada pela turma do Serra no noticiário do PIG.

Quem compara ponto por ponto, vota Dilma:

É Dilma X Serra.
É avanço X retrocesso.
É Lula X FHC.
É Petrobras X PetrobraX.
É Luz para todos X Apagão.
É emprego X desemprego.
É Reuni e ProUni X Universidade só para os ricos.
É SAMU-192 X Sanguessugas do Serra.
É rede de escolas técnicas X nada.
É Brasil soberano x FMI.
É aumento salarial dos professores X pauladas do Serra.
É pedágio de R$ 1,00 X pedágios de quase R$ 20,00.
É aposentadoria em meia-hora X FHC chamando aposentados de vagabundos.
É a CGU X a Dª Anadir que achava nada.
É a Polícia Federal Republicana X a que não investigava aliados no governo passado.
É o Procurador Geral da República independente X o engavetador.
É a 8ª economia do mundo (recuperada no governo Lula) x 13ª (no governo FHC).
É o amor ao próximo X abandono dos mais carentes.
É a imprensa livre, que Lula se recusou a comprar o silêncio X imprensa dócil, cooptada pelos demo-tucanos.

Quem vota consciente para um Brasil melhor, mais rico e mais humano, vota em Dilma. É só comparar.

Então vamos fazer o que o presidente Lula e Dilma sugerem: puxar uma prosa com os conhecidos e explicar o futuro do Brasil que está sendo decidido nestas eleições, com a seriedade que cada voto significa.

Tudo com muita consciência, falando apenas a verdade, porque contra fatos não há argumentos.

E não é só votar em Dilma, é importante votar também os candidatos a governador, a deputados e a senador comprometidos com o mesmo tipo de governo que Lula implantou no Brasil.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Datafalha não entrevista: faz sessão de tortura



Tati é uma brasiliense.

Não é petista mas vai votar na Dilma.

O Datafalha a entrevistou.

Logo de saída, ela disse: vou votar na Dilma.

Ela começou pela resposta “espontânea”.

Mas, a partir daí, foi submetida a uma sessão de tortura.

Você sabe que o filho da Erenice recebeu dinheiro ?

Você sabe que a Erenice sabia ?

Mesmo assim você vai votar na Dilma ?

O Lula sabia.

Mesmo assim você vota na Dilma ?

As perguntas comportavam, apenas, resposta “sim” ou “não”.

Não havia hipóteses: o filho da Erenice fez, a Erenice sabia, o Lula sabia – como se tudo fosse provado, julgado verdadeiro.

Quem disse que o Lula sabia ?, se perguntou a Tati.

Mesmo assim … mesmo assim você vota na Dilma ? – o entrevistador insistia.

Foi um constrangimento, diz a Tati.

Isso não é uma pesquisa de opinião pública.

Isso é uma sessão de tortura.

Uma especialidade da casa: clique aqui para ler sobre o livro de Beatriz Kushnir, “Cães de Guarda – jornalistas e censores, do AI-5  à Constituição de 1988”, editora Boitempo, págs. 213 a 274, “O jornal de maior tiragem: a trajetória da Folha – dos jornalistas aos policiais”.

aqui para ler “Folha ajudou a matar o pai de Ivan”.
Paulo Henrique Amorim


Clique aqui para ler “Bomba ! Bomba ! Folha (*) vai investigar como filha de Serra violou sigilos, com a irmã de Daniel Dantas”.


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um  comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

Tracking aponta cenário de estabilidade

   Vox Desmoraliza Data Fraude

O tracking diário Vox Populi/Band/IG se manteve praticamente inalterado de ontem para hoje, com uma única oscilação de um ponto para cima entre os indecisos, que agora são 11%.
Com essa pequena alteração, Dilma tem 60% dos votos válidos, o que lhe assegura a vitória no primeiro turno, contra 28,23% de Serra, e 11,76% de Marina.
O rastreamento diário que o Vox Populi faz desde o dia 1º de setembro mostra que as oscilações entre os principais candidatos manteve-se na margem de erro de 2,2 pontos percentuais. Dilma tinha 52% no primeiro dia de setembro e hoje tem 51%. Serra tinha 24% e continua com o mesmo percentual. E Marina tinha 8% e agora tem 10%.
Na pesquisa espontânea, também se repetiram os percentuais de ontem: Dilma 44%, Serra 21% e Marina 8%. Lula continua sendo lembrado por 2% dos eleitores.
Essa estabilidade é confirmada pela grandes pesquisas nacionais, feitas pelo Vox Populi e outros institutos. Embora o tracking não possa ser inteiramente comparado com uma pesquisa nacional para a Presidência, seus números são muito próximos.
O Ibope dá Dilma com 51%, Serra com 25% e Marina, com 11%. O Vox indica Dilma com 51%, Serra com 24% e Marina, com 8%, e só o Datafolha de ontem sai um pouco da curva, dando Dilma com 49%, Serra com 28% e Marina com 13%.
Numa comparação direta entre o tracking e o Datafolha, Dilma oscila dentro da margem de erro, mas tanto Serra, quanto Marina, têm um crescimento bem superior no Datafolha.
Pelo tracking, Dilma mantém vantagem em todas as regiões do país, principalmente no Nordeste, com 63% (um a mais do que ontem), contra 15% de Serra (três a menos que ontem) e 5% de Marina (um a mais).
Hoje, o Vox divulgou o resultado na região Sul, onde Dilma lidera com 48%, Serra tem 30% e Marina 6%. Pela primeira vez, o Centro-Oeste apareceu desvinculado do Norte, e Dilma tem 46%; Serra, 29%, e Marina, 16%.
O tracking Vox/Band/iG conta com 2.000 entrevistas, sendo que um quarto dessa amostra é renovada diariamente.

FALTAM DEZ DIAS: CARTUCHOS DO DESESPERO


Datafolha, súbito, vê 'diminuir ' vantagem de Dilma ;
coordenação do PSDB lança coreografias da VEJA na rede


Serra, ansioso, pediu para apressar o 'serviço'. Não há tempo a perder. Faltam dez dias: lances cinematográficos do velho 'tudo ou nada' vão se suceder em velocidade vertiginosa a cada 24 horas. A estratégia da saturação surte efeito se obedecer a uma escalada que leve ao pânico antes de os eleitores levarem sua preferência racional às urnas.

Nesta 4º feira,a coordenação do PSDB deu um sinal para o conservadorismo nativo apertar o passo: jogou na rede o primeiro de um pacote de sete vídeos anti-PT contratados diretamente pelo presidente do partido, Sergio Guerra, com aprovação de Serra.

Grosso modo, os filmetes equivalem a uma coreografia sonorizada das piores capas de Veja. A mesma receita de fascismo primário com enredo infantilizado em cores berrantes. Sutileza zero.

Objetivo explícito: disseminar medo e ódio em relação ao governo, ao PT e Dilma num teste de degustação. A depender da receptividade, vai para o horário eleitoral.

Palpite: é tão caricatural e explicitamente totalitário que pode gerar um efeito bumerang; se for colocado na tevê é capaz de Serra perder votos em segmentos da própria classe média tucana.

O célebre 'medo' da namoradinha do Brasil, em 2002, é refresco delicado. A única certeza que se pode extrair da mão pesada que tomou a frente da propaganda serrista é que ingressamos numa etapa da campanha na qual todos os limites serão atropelados. A coalizão demotucana e seu dispositivo midiático assumiram a ordem unida sintetizada no grito ensandecido de Arnaldo Jabor, dia 22: ..."se queremos a paz, preparemo-nos para a guerra..."

(Carta Maior lembra: hoje, 23 de setembro, 19 horas, no Sindicato dos Jornalistas, Rego Freitas, 530, ato contra o golpismo midiático; 23-09)


Leia mais em: O esquerdopata
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