Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 28 de maio de 2013

Miriam Leitão para o BC, já!

Nestes tempos de gritaria dos comentaristas econômicos contra os gastos públicos, bem que nós poderíamos substituir a diretoria do Banco Central pela clarividência indubitável da colunista Miriam Leitão.
Ela cravou, hoje cedo, no Bom Dia, Brasil, que o BC vai subir os juros. Não assegura se será em 0,25 ou 0,5%, mas decreta: “De qualquer maneira, os juros sobem amanhã.”
O mais triste é que são maiores as chances de que ela esteja certa que errada.
Porque parece haver um medo generalizado de confrontar o terrorismo inflacionário, que  segue de vento em popa na mídia. A inflação continua sendo uma espécie de “cisco no olho” que impede suas visões medíocres de olharem o financiamento público – porque é isso o que são as taxas de juros do BC – como ferramenta de políticas econômicas de médio e longo prazo.
Dêem uma olhada e vejam se o Fed ou o Banco Central Europeu ficam mudando taxas de juros de dois em dois meses e a cada subida de índice de inflação.
Aqui, a inflação não saiu  de flutuação fixada pelo próprio BC e não tem uma tendência altista que seja consolidada. Mesmo assim, basta o mercado prever que ela vá aumentar, nem que seja 0,1%, para os “juristas da economia” gritarem por mais juros.
Como não há dia que se passe sem que ataquem a política de investimentos do Governo, da Petrobras e do BNDES.
Por isso, não houve nenhum destaque para um relatório da  Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE,  sobre perspectivas de desenvolvimento mundial, onde o Brasil “é fartamente citado  como exemplo de boas práticas de políticas industriais eficazes”, segundo artigo publicado no Valorpelo professor Mauro Borges Lemos, da UFMG. Segundo ele, o país está plenamente alinhado às recomendações do OCDE:
“1) construção de legitimidade institucional para políticas industriais de longo prazo (em vez de resultado de curto prazo, a maioria das medidas do PBM é de longa maturação); 2) construção de políticas industriais baseadas em alianças público-privado (exatamente o desenho do sistema de gestão do PBM); 3) abertura de espaço político institucional para a emergência de “novos setores” críticos para a competitividade (convergente com a “criação de novas competências” do PBM); 4) garantia de financiamento estável e de longo prazo para pesquisa e desenvolvimento (como prevê o recém lançado “Inova Empresa”); 5) reconstrução de capacidades em países onde as instituições de política industrial foram desmanteladas (caso típico do Brasil, em que já foi voz corrente que a “melhor política industrial é não ter política industrial”).
PBM, para quem não identificou, é o Plano Brasil Maior, do Governo Federal, aquele que, segundo o ínclito tucano Álvaro Dias achou “cansativo” votar no Senado.
Bem, com esse nível de análise econômica, nada impediria a gente de tomar providências para economizar dinheiro. Sairiam o IBGE, com seus índices econômicos, e entrariam o Boletim Focus, onde os analistas dos bancos fazem previsões sobre tudo, com direito a manchetes semanais, e Alexandre Tombini, presidente do BC que se comportou mal, ano passado, quando fez a traquinagem de baixar os juros contra a vontade da imprensa.
Vamos ver se a maioria do Copom, que vai decidir amanhã sobre a taxa de juros, lê análises e indicadores econômicos ou apenas os colunistas, como Míriam Leitão.
 Por: Fernando Brito

segunda-feira, 22 de abril de 2013

INFLAÇÃO E JUROS BAIXAM, MAS ESPECULADORES APERTAM


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terça-feira, 20 de março de 2012

A “surpresa” todos sabiam, menos o jornal

 

Quando a gente fala aqui do péssimo nível do jornalismo econômico brasileiro não está se referindo, em geral, à qualidade dos jornalistas, mas à transformação das editorias em máquinas de propaganda política.
Escrevi no Tijolaço, o quanto era ridículo dizer que o Banco Central estava “pressionado” a baixar juros.
Como é evidente que o BC, em nome do Estado brasileiro, é quem define quanto o Estado brasileiro vai pagar de juros, ser “pressionado” a pagar menos é um paradoxo.
Se fosse “inflação em alta pressiona BC a aumentar juros”, bem. Mas o contrário?
Ontem foi O Globo que, além de repetir a dose, cria um curioso – e revelador – clima conspiratório em torno da redução dos juros.
“Um dia após a divulgação de que a economia brasileira cresceu só 2,7% em 2011, o Comitê de Política Monetária (Copom) aprovou uma redução de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros, que ficou agora em 9,75%. Mas a decisão não foi unânime. A medida foi aprovada por cinco votos a dois. Os dissidentes queriam cortar apenas 0,5 ponto, como apostava a maior parte dos analistas econômicos.”
“Os dissidentes”, observem só…Parece que são pobres perseguidos dos países da antiga Cortina de Ferro, não é? Lutando, em nome dos princípios do liberalismo contra uma feroz ditadura, os dissidentes queriam garantir a liberdade de uma taxa completamente diferente: 0,25%!!
E depois, diz que “a maior parte dos analistas econômicos” previa um corte de 0,5%… Que maior parte? Onde? Há dias, e até mesmo neste modesto blog aqui,  antecipava-se corte de 0,75%. Todos os jornais fizeram o mesmo e os mercados futuros de juros já tinham essa projeção…
O mercado sabia, apenas não queria, e já por diversas vezes se apontou aqui que as “projeções” das instituições financeiras – diretamente interessadas em que estes índices fiquem o mais alto possível – são eivadas de parcialidade. Tanto que, em qualquer análise séria, não há como explicar que se “pagasse o mico” de prever no dia 2 de março  um Índice de Preços ao Consumidor da Fipe de 0,45%, quando os resultados semanais que a instituição publicava há mais de um mês não chegavam a isso e, pior, caíam fortemente.
Todos eles sabem que a inflação de fevereiro virá abaixo das “previsões” oficiais de 0,46% que espelham no Boletim Focus, para o qual o Banco Central coleta as “previsões” do mercado.
Mas, hoje, teremos uma nova “surpresa”…

Por: Fernando Brito

terça-feira, 31 de maio de 2011

Acabou a crise da inflação. Como o PIG (*) vai derubar a Dilma?

E ainda tinha a urubóloga

Saiu no Estadão online a informação da Agência Nacional de Petróleo sobre a queda do preço do etanol em todo País.

Em São Paulo, quartel general do PiG (*), o etanol no mês caiu 4%.

Já de manhã, a pesquisa Focus do Banco Central indica que a expectativa do “mercado” para a inflação cai há três semanas.

E olha que o “mercado”, ou seja, os economistas das maiores instituições financeiras do País que participam da Focus, costuma chutar a inflação para cima e forçar o Banco Central a elevar os juros.

Isso deu certo quando o presidente do BankBoston, Henrique Meirelles, acumulava a função de presidente do Banco Central.

Hoje, não há ninguém do “mercado” na diretoria do Banco Central.

A pirueta da pesquisa Focus hoje faz menos efeito.

Como o PiG (*) tentará derrubar a Dilma, sem a crise da hiperinflação ?

Os filhos do Roberto Marinho já trataram de “matá-la” na capa da revista Época.

Sobra agora o Tony Palocci que, a cada dia, solapa a estabilidade e a credibilidade da Presidenta.

Mas, por motivos óbvios, o PiG (*) bate leve no Palocci.

Tão leve quanto bate no Ricardo Teixeira.


Paulo Henrique Amorim