Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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domingo, 3 de fevereiro de 2013

Assange Vai Abrir o Bico Sobre o Brasil




No Cachete

"NÃO É MAIS PRECISO SER DA GLOBO PARA FAZER SUCESSO"


Roberto Gurgel desmoraliza MPF



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A Constituição de 1988 dotou o Ministério Público do Brasil de funções, competências e garantias sem precedentes em relação às Constituições anteriores. As prerrogativas conferidas à instituição pelo texto constitucional por certo permitiram um significativo avanço de nossa ainda imberbe democracia. Contudo, o MP brasileiro se encontra sob ameaça.
O Ministério Público Federal (MPF) é parte do Ministério Público da União (MPU), também composto pelos Ministérios Públicos do Trabalho, Militar, do Distrito Federal e de Territórios (MPDFT). Juntos, MPU e Ministérios Públicos Estaduais formam o Ministério Público Brasileiro.
Atribuições e instrumentos do Ministério Público estão previstos no artigo 129 da Constituição, no capítulo “Das funções essenciais à Justiça”. Funções e atribuições do MPU estão na Lei Complementar nº 75/93.
Os leitores deste blog por certo já leram, nos preâmbulos das representações ao MPF aqui publicadas, que “O Ministério Público (MP) é uma instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (art.127, CF/88)”.
O MPF é chefiado pelo procurador-geral da República, escolhido e nomeado pelo presidente de turno após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal.
Desde a fundação do Ministério Público da União, determinada pela Carta de 1988, o cargo de  Procurador Geral da República foi ocupado por Geraldo Brindeiro (1995-2003), nomeado por Fernando Henrique Cardoso, e por Cláudio Lemos Fonteles (2003-2005), Antonio Fernando Barros e Silva de Souza (2005-2009) e Roberto Monteiro Gurgel Santos (2009- ), todos nomeados por Luiz Inácio Lula da Silva.
De todos esses procuradores-gerais, somente o último vem tendo um comportamento que, além de escandaloso, é arrogante e ameaçador à instituição que chefia. Dirão que o pior PGR foi o de FHC, que ficou no cargo de ponta a ponta daquele mandato presidencial, tendo engavetado tudo que não interessava ao governo que o nomeou.
Discordo.
Brindeiro, o inesquecível “engavetador-geral” da República, teve uma atuação discreta e limitou-se a não fazer nada. Apesar de ser vergonhosa a atuação daquele indivíduo, passou os oito anos do governo do PSDB sem ao menos ser notado.
Roberto Gurgel é diferente. Não se limita à inoperância e vai ao ataque sob um escandaloso viés político-partidário. A diferença dele para Brindeiro é que este defendeu o governo que o nomeou, enquanto que o atual PGR se transformou em adversário político de quem o nomeou e do partido de quem o nomeou.
Esse cargo, explica-se, não pode, em nome do melhor interesse democrático, ser ocupado nem por aliado, nem por inimigo de quem o preencheu.
Gurgel, porém, tornou-se infinitamente pior ao se transformar em ator político, com suas seguidas entrevistas à imprensa oposicionista, nas quais se converteu em detrator do partido da presidente da República enquanto, contra si, pesam omissões escandalosas como no esquema do bicheiro Carlos Cachoeira e suas relações perigosas com o ex-senador Demóstenes Torres e com o governador de Goiás, Marconi Perillo.
Denunciando petistas com fúria redobrada e acobertando demos e tucanos com singeleza e desvelo, Gurgel, agora, chega ao ponto máximo de sua atuação político-partidarizada no caso do novo presidente do Senado, Renan Calheiros.
As denúncias contra Calheiros explodiram em 2007, quando deixou o mesmo cargo para o qual acaba de ser empossado no âmbito de um escândalo que envolveu até uma ex-namorada que se valeu da fama que interesses políticos lhe delegaram para posar nua para uma revista masculina, a despeito da ausência de maiores atributos físicos.
Nos últimos cinco anos, a denúncia oportunista feita contra Calheiros dormitou nos escaninhos da Justiça e do Ministério Público. A “fartura” de provas contra o senador peemedebista que a mídia partidarizada alardeia, ao que tudo indica não teria virado denúncia formal se o mesmo não tivesse se candidatado à Presidência do Senado.
Qualquer cidadão que não seja um completo cara-de-pau – ou um completo idiota – achará que acatar de repente uma denúncia que ficou parada por anos, e justamente a uma semana da eleição para a Presidência do Senado, equivale a transformar a Procuradoria em linha auxiliar de um grupo político.
Existe alguma dúvida de que a denúncia do PGR contra Renan Calheiros tramitou em uma semana, após ficar parada durante anos, só por razões políticas? Quem tem coragem de exibir tanta falta de vergonha na cara negando que Gurgel transformou o Ministério Público em um organismo partidarizado e, mais do que tudo, desavergonhado?
É lamentável e altamente danoso à democracia que uma instituição como o Ministério Público, tão necessária, seja conspurcada por uma figura menor e que, de forma alguma, reflete o conjunto da instituição, pois, em verdade, ela abriga muita gente idealista e decente, ainda que, conjunturalmente, possa estar em minoria.
Conforme bem lembrou o site Brasil 247, caberá a Calheiros analisar representação do senador Fernando Collor de Mello contra Gurgel por ter acobertado durante anos o esquema de Carlinhos Cachoeira e as relações criminosas do ex-membro do Ministério Público e ex-senador Demótenes Torres, mas só até que a Polícia Federal fizesse o que o MP não fez.
Passou da hora de o Congresso se levantar contra essa escandalosa utilização política do Ministério Público do Brasil por ação de alguém que está enlameando e desacreditando a instituição e, assim, todos os seus membros, cada vez mais vistos como suscetíveis de serem corrompidos por grupos políticos e econômicos.
O ataque da trinca Ministério Público, “imprensa” e Supremo Tribunal Federal ao Poder Legislativo precisa de resposta, razão pela qual até senadores da oposição negaram a essa trinca a prerrogativa de coagir o Senado a eleger quem preferia para presidir a Casa. Que esse sentimento prospere e chame Gurgel às falas, em defesa da democracia.


sábado, 2 de fevereiro de 2013

JN DERRETE E PODE ACELERAR MUDANÇAS NA TV GLOBO


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Sobre mal-entendidos, preconceitos e hipocrisia


Por Sylvia Debossan Moretzsohn em 29/01/2013 na edição 731


Em Campinas (SP), a Polícia Militar divulga uma ordem de serviço orientando patrulhamento em determinado bairro com atenção especial a suspeitos “de cor parda e negra” (ver aqui). No Rio, um menino negro é enxotado de uma concessionária de carros de luxo pelo funcionário que viu nele apenas mais um moleque importuno e não supôs que pudesse ser filho adotivo do casal branco a quem atendia.
Diante da repercussão negativa, a polícia paulista tentou minimizar o episódio: explicou que a nota dizia respeito a um grupo específico de jovens com aquelas características, que vinham cometendo crimes na região – daí a especificação não apenas do bairro, mas do dia da semana e do horário –, mas reconheceu que “o texto foi redigido de forma equivocada”. No Rio, a concessionária demorou uma semana até se desculpar com os fregueses dizendo que tudo não passara de um mal-entendido, e aí sim a história ganhou destaque, primeiro nas redes sociais, e em seguida na imprensa.
O “mal-entendido” da PM disfarça precariamente o preconceito arraigado na corporação treinada para perseguir os marginalizados, e sintetizado na referência à “cor padrão” com a qual costumam ser identificados na comunicação entre policiais – muitos deles, por sinal, dessa mesma cor. Já o “mal-entendido” da concessionária provocou uma onda de protestos e até uma indignada manifestação da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro contra a discriminação racial. A ênfase nesse tema encobriu o principal: o preconceito social, presente nos mais variados aspectos da vida cotidiana e reiterado sistematicamente pela própria mídia hegemônica.
Os limites do protesto
O caso ocorreu num sábado (12/1): o casal disse que foi com seu filho mais novo, um menino negro adotado de 7 anos, a uma concessionária da BMW na Barra da Tijuca. O menino teria ficado numa sala vendo TV e quando se aproximou dos pais foi tratado rispidamente pelo funcionário, que lhe deu ordem para sair dali, numa improvável suposição de que seria mais um desses garotos que perambulam vendendo balas ou pedindo esmolas: a qualidade de seus trajes não deveria deixar dúvidas quanto a isto, embora esse ponto não tenha sido mencionado nas entrevistas.
O casal formalizou seu protesto e, como o pedido de desculpas saiu pela tangente, decidiu abrir uma página no Facebook com a denúncia: “Preconceito racial não é mal-entendido, é crime“. A iniciativa rapidamente ganhou a adesão de milhares de pessoas, embora não fossem raros os comentários depreciativos, que apontavam intenções escusas de alardear e exagerar o episódio para lucrar com ele. Também – e aqui reside o mais importante – apareceram ressalvas quanto à relevância do caso, comparado ao que ocorre sistematicamente com a população pobre de modo geral.
Daí as acusações de hipocrisia: se fosse um menino maltrapilho a circular entre os reluzentes modelos importados, mesmo que apenas para admirá-los, qual seria a reação dos clientes? Quantas vezes já vimos esses meninos serem escorraçados de lojas, bares, restaurantes, supermercados? O que costumamos fazer quando os avistamos nas ruas, perambulando ou encolhidos debaixo de marquises? Como essa gente é rotineiramente tratada pelos jornais?
Imprensa e preconceito social
Não é preciso muito esforço para verificar que os marginalizados são sistematicamente apresentados ora como um estorvo, ora como um perigo, a conspurcar ou ameaçar a tranquilidade dos “cidadãos de bem” que moram nos bairros mais valorizados da cidade. Tomemos, só para ilustrar, dois exemplos do Globo ao longo dos últimos anos: em 9/4/2008, o jornal expôs na capa um “menor” caído, rodeado por policiais, e a legenda sobre o sucesso da operação “Ipa-total”, em Ipanema, que havia recolhido “22 moradores de rua e quatro caminhões de lixo”. Alguma dúvida sobre o sentido da frase? De modo semelhante, em 11/3/2012, o jornal exibia três adultos maltrapilhos dormindo de manhã no Campo de Santana, uma das muitas “desprotegidas áreas verdes da Rio+20”. Pois, é claro, desprotegido está o parque, não aqueles indigentes que o transformam em casa.
Convenientemente, as reportagens sobre o episódio ocorrido com o menino acolhido pela família rica se mantiveram nos limites do preconceito racial. Na grande imprensa, uma rara menção quanto ao sentido mais amplo do preconceito social, que os frequentadores das redes sociais já notavam, foi a de Zuenir Ventura, ao final de seu artigo em O Globo (26/1), que também citava a discriminação contra babás em clubes de elite, objeto do noticiário recente.
O lugar de cada um
Em meados do ano 2000, um grupo de ativistas mobilizou mais de uma centena de pessoas, moradores da periferia do Rio, para uma “visita” ao shopping Rio Sul. O choque provocado com aquela “invasão” surtiu efeito: de repente, um monte de gente pobre e mal vestida entrava em lojas chiques, experimentava sapatos e roupas caras, deslumbrava-se com eletrodomésticos, comia marmitas nas praças de alimentação, andava pela primeira vez numa escada “volante”. Algumas lojas fecharam, outras os atenderam como se fossem clientes comuns, os vendedores fingindo naturalidade, a informar que aquela gigantesca televisão de plasma – então a última palavra em tecnologia, de preço proibitivo mesmo para a classe média – podia ser adquirida em suaves prestações.
Como meninos negros – e pobres – em concessionárias de carros de luxo, o lugar deles, evidentemente, não era ali.
***
[Sylvia Debossan Moretzsohn é jornalista, professora da Universidade Federal Fluminense, autora de Pensando contra os fatos. Jornalismo e cotidiano: do senso comum ao senso crítico (Editora Revan, 2007)
]

COLLOR: SENADO NÃO PODE SE CURVAR A UM PREVARICADOR.


Collor também denunciou os que Tem “os meios de divulgação”!





No encaminhamento da votação para Presidente do Senado, o senador Fernando Collor lembrou que no próprio Senado tramita uma denuncia para julgar o brindeiro Gurgel como “chantagista e prevaricador”.

Denuncia feita pelo próprio Senador Collor.

Collor lembrou que poucos dias antes da eleição no Senado, o brindeiro Gurgel encaminhou denuncia ao Supremo contra Renan.

E horas antes da votação apareceu na Globo a íntegra da denuncia até então “secreta”.

Collor também denunciou o PiG – aqueles que, segundo ele, tem os meios de divulgação.

Ou seja, Collor peitou a Globo !

Clique aqui para ver o que Collor tem dito, da tribuna do Senado sobre o brindeiro Gurgel

Collor vota em Renan.


Clique aqui e assista a fala de Collor.

Paulo Henrique Amorim

Lula, Cristina e... Obama criticam papel da imprensa


Nesta semana, líderes criticaram a imprensa e seu papel político. Em Havana, Cuba, o ex-presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que os meios de comunicação garantem a manutenção do status quo. O mandatário dos EUA, Barack Obama, declarou que a mídia “modela os debates”. Já a presidenta argentina, Cristina Kirchner, denunciou que a imprensa “utiliza a dor das pessoas para desgastar governos”.


Lula Cristina e Obama
 Presidentes da Argentina, Cristina Kirchner, dos EUA, Barack Obama, e ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva
Discursando no encerramento da 3ª Conferência Internacional pelo Equilíbrio do Mundo, realizada em Cuba em homenagem ao 160º aniversário de nascimento do herói independentista, José Martí, Lula defendeu ser necessária uma “revolução na comunicação” no continente. 

Para ele, o tratamento midiático dispensado à esquerda, e principalmente aos líderes boliviano, Evo Morales, e venezuelano, Hugo Chávez, deve-se à “ira” pelo sucesso das políticas socioeconômicas: “não é que a imprensa não simpatize com Chávez porque se diz socialista e usa camiseta vermelha, não simpatiza porque ele promove políticas de inclusão”.

Obama

A visão de que a imprensa pauta de maneira desigual o debate político é compartilhada também pelo presidente Barack Obama que, em entrevista concedida à revista New Republic, afirmou: “um dos maiores problemas que temos na maneira como as pessoas retratam Washington é que os jornalistas valorizam a aparência de imparcialidade e objetividade e isso é uma praga tanto para republicanos, como democratas. Em quase todas as questões, agem como se democratas e republicanos não pudessem concordar – ao invés de questionar por que é que eles não podem concordar. Quem exatamente está nos impedindo de concordar?”, questiona.

Sobre a questão, o presidente afirma ainda que “se um membro republicano do Congresso não for punido na Fox News ou por Rush Limbaugh [um comentarista conservador] por trabalhar com um democrata em um projeto de lei de interesse comum, então você poderá ver mais deles fazendo isso”.

Cristina

A presidenta argentina – que trava uma batalha contra o conglomerado midiático do grupo Clarín para implantar a Ley de Medios que impede o monopólio de mídia no país – aproveitou as declarações de Obama para reforçar, nesta quarta-feira (30), em seu Twitter, sua posição. 

Ela questiona o lugar ocupado pelos grupos midiáticos que utilizam a “dor do próximo como estratégia política comunicacional para desgastar governos”. E ressaltou que, sob a pretensa defesa da liberdade de expressão, a imprensa nunca pode ser questionada ou criticada: “se um veículo de comunicação e um jornalista são questionados [na
Argentina]: ‘Perigo para a liberdade de imprensa’ seria a manchete doClarín”. 

Da Redação do Vermelho,
Vanessa Silva


ÚLTIMO TIRO DE GURGEL: PGR VAZA DENÚNCIA CONTRA RENAN


:
Procurador-geral da República, Roberto Gurgel tem se esforçado em dizer que a denúncia contra o senador Renan Calheiros, candidato favorito à presidência do Senado, não tem motivações políticas, mas é no mínimo estranho que a ação seja divulgada na íntegra à imprensa poucas horas antes de a eleição ser realizada na Casa
247 – Apesar das tentativas do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, em afirmar que a denúncia contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) não tem motivações políticas, causa no mínimo estranheza a divulgação do processo, na íntegra, no mesmo dia da eleição à presidência do Senado – Renan é o candidato favorito a assumir o posto.

O documento foi publicado pelo site da revista Época nesta sexta-feira 1º, às 5h04, enquanto a eleição está marcada para acontecer às 10h no Congresso. "ÉPOCA teve acesso na noite de quinta-feira (31), com exclusividade e na íntegra, à devastadora denúncia oferecida pelo procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, contra o senador Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, no dia 24 de janeiro", noticia a publicação da Editora Globo.
peemedebista já disse considerar a atitude de Gurgel – de segurar a denúncia por dois anos e apresentá-la apenas a duas semanas das eleições no Senado – "completamente estranha". "Os fatos falam por si só", disse Renan, que é acusado pelos crimes de peculato (desvio de dinheiro público), falsidade ideológica e uso de documento falso.
Clique aqui e confira na íntegra do documento publicado no site da revista Época.