Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista
Mostrando postagens com marcador caosaquático. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador caosaquático. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Não desista de São Paulo

Na noite de quinta-feira publiquei crônica cheia de ironia em que disse que se realmente a foto com Maluf for motivo para enterrar a candidatura Haddad será melhor os paulistanos que pensam votarmos em Serra – pelo menos ficaríamos com uma desgraça conhecida.
Pouco depois, no Twitter, disse que esperava apanhar muito pelo que escrevi, o que seria sinal de que a militância não desistiu, ainda, de livrar São Paulo do pesadelo obscurantista em que está mergulhado. Valeu a pena esperar. Apanhei que nem gente grande.
Essa é uma das estratégias que proponho à campanha de Fernando Haddad: é preciso fazer as pessoas pensarem. Elas têm que refletir sobre o amanhã em vez de sobre idiossincrasias momentâneas.
Diante da constatação de que a militância não está morta exorto a você que com razão sentiu-se mal com a foto desastrada com Maluf a que não desista – não de Fernando Haddad, não de Lula, não do PT, mas de São Paulo.
Dizia ontem no Twitter, também, que quem quiser saber a desgraça que se abateu sobre a capital paulista que vá, por exemplo, ao Largo São Francisco no fim da tarde e veja a maré humana que vai chegando e ajeitando, no meio da rua, suas “camas” de papelão ou seus cobertores imundos.
Kassab (e Serra) fecharam todos os abrigos no centro expandido de São Paulo e os reabriram na periferia na esperança de empurrar para as franjas da cidade aqueles “indesejáveis”. Como resultado – já que a vida deles e seu ganha-pão estão no centro -, passaram a dormir nas ruas.
Agora, Kassab acha que vai expulsar essa população de rua tirando seus meios de se alimentar. Proibiu entidades privadas de servirem “Sopão” nos locais em que estão os que dele precisam. Sem cama, sem comida, esses mortos-vivos seriam, finalmente, defenestrados.
Kassab é um idiota.
A cidade está tomada pela população de rua. Desorientada, suja, drogada, surrada, desalentada, revoltada…
Não, eu não desisto de São Paulo. Não desisto da política porque alguém vai ganhar a eleição e vai governar. E vai influir na minha vida. Desistir de Haddad por aquela foto idiota significa desistir de São Paulo, de uma candidatura que poderia resgatar a cidade.
Se você for paulistano e estiver se sentindo assim, pense bem. Analise as alternativas. Se você pretendia lutar pela candidatura Haddad e desistiu pela foto com Maluf não está punindo o petista, mas a você mesmo e à sua família.
Alguém como você é capaz de perceber o estado em que está a cidade e como isso representa até perigos impensáveis para todos nós. Será que você tem o direito de tomar uma decisão como essa sem ao menos refletir um pouco mais?
Agora, se você não for daqui, por favor, tenha piedade de nós, paulistanos. Nem se Haddad tivesse tirado foto com o capeta valeria a pena entregar os pontos para os que estão demolindo São Paulo pedra por pedra. Se vencerem a eleição, vão continuar.
*
Abaixo, a provocação que escrevi. Os comentários publicados até por volta de 23 horas de quinta-feira mostram que muita gente não desistiu. Desceram o sarrafo em mim. Ainda bem
Se Haddad estiver “morto”
Publicado em 28 de junho às 18:02 hs.
Pesquisa Datafolha que acaba de ser divulgada não chega a ser promissora para a candidatura Fernando Haddad – caso a pesquisa seja verdadeira, claro. Mais ainda, os números sugerem que o candidato do PT pode ter sofrido um golpe mortal – a foto (e não o fato) de sua aliança com o “dono” do PP paulistano, Paulo Maluf.
Para piorar, a pesquisa também mostra que uma parcela muito pequena do eleitorado malufista se dispõe a acatar sua indicação de voto para prefeito da capital paulista. E, para coroar tudo, o fato de que essa “rebeldia” do eleitorado malufista se deve a que este, como o petista, considera inaceitável essa aliança específica entre PT e PP.
Ou seja: os pruridos “éticos” vicejam dos dois lados. Talvez até mais no PP do que no PT. O eleitorado petista ou o malufista consideram que não há justificativa em São Paulo para aliança que já existe em nível federal porque, aqui, Maluf e Haddad estarão se misturando com o inimigo de uma vida.
O eleitorado malufista, porém, sabe que não perde nada se não votar em Haddad – no dia seguinte à eleição Maluf estará compondo com o eleito, seja José Serra, Celso Russomano ou Gabriel Chalita, que, pela ordem, são os mais bem colocados na pré-disputa eleitoral.
Todavia, essa é uma pesquisa meio esquisita. A margem de erro é a maior estrela. Os três pontos são margem muito alta, pouco usual em um município, onde o campo da pesquisa é menor.
Haddad perdeu dois pontos percentuais, Russomano ganhou três e Serra subiu um, todos dentro da margem de erro da pesquisa. Esquisito, hein…
Poderia ser manipulação? Bem, não seria a primeira vez. Para quem não sabe, em 2010 a Procuradoria-Geral Eleitoral, a pedido do Movimento dos Sem Mídia, mandou a Polícia Federal abrir inquérito para investigar possíveis fraudes nos institutos Datafolha, Ibope, Sensus e Vox Populi.
Detalhe: o inquérito está correndo…
Mas digamos que o Datafolha tenha captado uma tendência. Se essa pesquisa for verdadeira, se não for só uma manipulação da margem de erro, Haddad está na UTI com chances não muito generosas de sobreviver.
Se assim for, vale a pena refletir que talvez seja mais seguro para uma metrópole combalida como São Paulo não deixar que Russomano ou Chalita se elejam. A situação está muito feia em minha cidade. Talvez seja melhor deixar quem a governa continuar governando do que pôr no lugar as alternativas.
Haddad é um candidato extremamente bem preparado. Tem propostas concretas para reverter a maquiagem da Cracolândia, para acabar com o vergonhoso dormitório a céu aberto em que as ruas do centro velho de São Paulo se transformam no finzinho da tarde, tem propostas para o transporte público, para o trânsito caótico, para as enchentes…
Haddad é um profissional da administração pública. Serra é tarimbado, também, e sabe tudo sobre São Paulo, ainda que suas idéias sejam horrorosas porque é hoje um despachante da elite paulista. Mas Russomano e Chalita são curiosos. Podem piorar o que já está ruim.
Para quem não vive em São Paulo, tanto faz. A derrota de Serra seria saborosa. Um ex-governador e ex-candidato a presidente por duas vezes perder uma eleição municipal para um dos políticos quase amadores que o enfrentarão será de fazer petista ir ao delírio, mas só se não viver nesta cidade.
Não sei da aliança com Maluf. Disse e repito que foi uma burrada, mas, agora, não há reversão possível. Se o PT romper a aliança ficará com o prejuízo de imagem e ainda perderá o tempo de televisão e rádio. Quero pensar, portanto, no Day After .
A eleição de Haddad é – ou era – a esperança de reerguer isto aqui, mas, pelo que vi entre a militância petista, somando com os indícios (nada mais do que indícios) do Datafolha, não me parece demais dizer que o petista pode estar eleitoralmente morto. Sendo assim, talvez seja melhor votar na desgraça conhecida.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

CAOSAQUÁTICO - INSPIRAÇÃO JN NO AR MAÇÃO

Dilma avisa ao PiG: Bezerra fica

A Presidenta  Dilma mandou convocar uma entrevista no Palácio do Planalto com a presença dos ministros ligados à questão do “caosaquático”: Gleisi Hoffman, da Casa Civil, Aloizio Mercadante, da Ciência, Alexandre Padilha, da Saúde, e Fernando Bezerra Coelho, da Integração, que a Globo resolveu demitir.

Bezerra anunciou medidas acertadas com a Presidenta, o que inclui a aplicação de R$ 400 milhões em obras de emergência.

Mercadante tratou de radares e pluviômetros.

Tudo muito importante, mas secundário.

O objetivo da reunião foi fortalecer Bezerra.

Mostrar que ele faz parte de um Governo mobilizado para enfrentar o problema.

Que a Globo e o PiG batam em outra freguesia.

O Fernando fica.

O poder de governar o Governo está provisoriamente suspenso.

Em tempo extraído do G1: A presidente da República, Dilma Rousseff, determinou nesta segunda-feira (9) a criação de uma Força Nacional de Apoio Técnico de Emergência, grupo interministerial que atuará na prevenção de desastres naturais e reconstrução de municípios atingidos.

O anúncio foi feito nesta segunda pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, após reunião com a presidente e mais outros sete ministros ligados à área de infraestrutura e atendimento à população.


Paulo Henrique Amorim

sábado, 7 de janeiro de 2012

As 5 barragens em PE. Onde afogar o jn

Saiu no Blog do Planalto explicação adicional sobre o dispendio de recursos de emergência em Pernambuco, onde morreram 42 cidadãos tão brasileiros quanto os da elite branca de olhos azuis:

Governo está trabalhando para evitar a ocorrência de tragédias durante as chuvas, diz Planejamento


O Ministério do Planejamento informou hoje (6) que o governo federal está trabalhando para evitar a recorrência de tragédias provocadas pelas chuvas e enchentes por meio do aprimoramento da gestão e da liberação de recursos, deixando de atuar apenas nos momentos em que ocorrem. Em nota, o Ministério cita o repasse de R$ 1,429 bilhão, em 2011, para drenagem de rios em áreas de enchentes em todo o país. Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais receberam 63% do valor repassado pelo Ministério das Cidades.


Além da liberação de recursos, o governo federal investiu no aprimoramento da gestão com a criação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemanden), focado no monitoramento das condições climáticas, e do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenadc).


Para a região serrana do Rio, fortemente atingida pelas chuvas em janeiro de 2011, o governo federal também liberou R$ 320 milhões para contenção de encostas e drenagem de rios, R$ 415 milhões por meio do BNDES para financiar a reconstrução de empresas e a recuperação de estoques, e R$ 330 milhões para a contratação de seis mil unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida.


Na nota, o Ministério do Planejamento lembra a enchente ocorrida em junho de 2010 que atingiu Pernambuco e Alagoas ao longo da bacia dos rios Una, Sirinhaem, Piranji, Mundaú e Canhoto, levando 99 municípios a declararem situação de emergência. As chuvas causaram 46 mortes e deixaram 434.555 pessoas afetadas, das quais 98.460 desalojadas nos dois estados.


Segundo o Ministério, após as ações emergenciais, os governos federal e estaduais começaram a discutir medidas para prevenir novas tragédias. A solução apontada foi a construção de cinco novas barragens que receberiam do governo federal metade dos recursos necessários para execução das obras. Os recursos para a construção das barragens de Panelas II, Gatos e de Serro Azul, no estado de Pernambuco, foram repassados pelo Ministério da Integração por meio de crédito extraordinário autorizado por Medida Provisória, uma vez que as obras tinham caráter preventivo de risco.


“Esse é um procedimento usual para obras relacionadas à risco”, explicou o Ministério do Planejamento.


As barragens de Panelas II e Gatos estão em obras e já tiveram desembolso de R$ 22,6 milhões. A de Serro Azul teve sua licitação concluída em dezembro e aguarda o licenciamento ambiental para seu início.


“Esse procedimento mostra com clareza que o governo federal está trabalhando para evitar a recorrência dessas tragédias, deixando de atuar apenas nos momentos em que elas ocorrem”, afirma o Planejamento na nota divulgada à imprensa.



Clique aqui para ler “A Globo existiria na Rússia, na Índia ou na China ?”.

Aqui para ler “6ª Economia do Mundo. E não se defende da Globo”.

E aqui para ler “Enchente: a Globo manda na Dilma ?”.

Globo espalha o “caosaquático”. E atola o Governo


Saiu na primeira página do Globo reportagem que dá o tom parcial e alarmista de toda a cobertura da chuva do verão de 2012 (vamos ver como se comportará o Ali Kamel quando a chuva cair em São Paulo):

“Águas de janeiro: alerta de temporais só existe em 20% das cidades (do Rio) sob risco. Anunciado há um ano, sistema federal (leia-se Dilma – PHA) começou a funcionar em novembro”

“Minas (de Aécio – PHA) pouco aproveitou verbas contra cheias” (pág. 12).

“Japão: rápida reconstrução nas tragédias”, está na página 3 colonizada.

(Tão rápido que o Primeiro Ministro caiu …)

Na pág. 4, a Presidenta corre de volta da praia para enfrentar o caos que a Globo disseminou:

“Após dez dias de férias, na Bahia (onde já se viu isso ? – PHA) Dilma Rouseff voltou a Brasília para comandar pessoalmente (sic) as ações do Governo Federal … “

(A Globo ganhou: melou as férias da Presidenta !)


O jornal nacional foi o maior propagador do “caosaéreo”, a maior crise do Governo Lula, segundo o próprio Lula.
Agora, na interrupta batalha para Golpear o Governo (trabalhista), a Globo instala o “caosaquático”.
A técnico é simples: a culpa é do Governo (trabalhista).
Que culpa ?
De tudo !
No caso do sistema de alerta do Ministério da Ciência e Tecnologia caberia saber (se a Globo fôsse séria):
– do que se trata ?
É o melhor computador fora dos Estados Unidos que se instalou no INPE para prever chuva;
– de novembro para cá (como não se trata de uma pizzaria, levou algum tempo para o sistema entrar em atividade), o que já foi feito ? Como progredimos ?
– na própria cidade do Rio de Janeiro, debaixo do nariz da Globo, a prefeitura e o INPE montaram um sistema complexo que valeria a pena – fosse a Globo séria – ver como funciona neste verão;
- quantas encostas foram contidas, quantas casas removidas de áreas de risco, quantas casas do Minha Vida foram construídas no lugar ?
Nada disso interessa.
O jogo da Globo é quebrar a espinha da Dilma no “caosaquático” que quase derrubou o Lula.
Foi no “caosaéreo” que o PiG (*) impôs o Ministro cerrista Nelson Johnbim ao Presidente Lula e isso teve um custo altíssimo – para o Lula e para a Dilma.
Quem a Globo quer levar para o Ministério ?
O Wellington Moreira Franco, tão querido da casa ?
Enquanto isso, diria o Millôr Fernandes, o Governo é o “elefante no caos”.
Atolado, paralisado.
Sem reação.
A opinião pública amedrontada, com medo da chuva e do “caoasaquático” não tem alternativa: a Globo é a fonte primária de informação.
O Governo não sabe o que dizer.
E se soubesse não teria megafone.
Depois, não pode reclamar.



Clique aqui para ler “As cinco barragens de Pernambuco, onde se poderia afogar a Globo”.


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.