Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Médico gaúcho a Dilma: "procure um cubano, FDP"

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Intolerância pré-eleitoral cobre o Brasil de ódio; ontem, logo após a presidente Dilma se sentir mal, no debate do SBT, o médico gaúcho Milton Pires postou a seguinte mensagem no Facebook: "Tá se sentindo mal? A pressão baixou??? Chama um médico cubano, sua grande filha da puta!"; entre seus seguidores, urros pela agressão; um dos internautas disse que Dilma deveria buscar proteção da Lei Maria da Penha, depois de ter sido espancada; dias atrás, o alvo da violência foi o ator Gregório Duvivier; hoje, é a presidente Dilma; em artigo, colunista Breno Altman alerta para a ascensão de um neofascismo na sociedade brasileira, atiçado por meios de comunicação conservadores; médico intolerante tem sido defendido, na mídia brasileira, pelo extremista Augusto Nunes, de Veja 

247 - "Tá se sentindo mal? A pressão baixou??? Chama um médico cubano, sua grande filha da puta!". A mensagem foi postada no Facebook pelo médico gaúcho Milton Pires, funcionário da prefeitura de Porto Alegre, formado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e especialista em terapia intensiva, logo após a presidente Dilma Rousseff se sentir mal, com uma queda de pressão, no debate do SBT, ocorrido na tarde de ontem. Entre seus seguidores, urros de ódio. Um deles dizia que a presidente Dilma deveria buscar proteção da Lei Maria da Penha, após ter sido espancada no debate. 

A postagem é mais um exemplo do ódio que se alastra pela sociedade brasileira, às vésperas do segundo turno da eleição presidencial. Ontem, a notícia mais relevante do dia, foi a onda de insultos ao ator Gregório Duvivier, do grupo Porta dos Fundos, motivada por seu apoio declarado à reeleição da presidente Dilma Rousseff (leia aqui). O também ator Dado Dolabella, condenado por agressão a mulheres, comparou Duvivier a alguém contaminado pelo vírus ebola (leia aqui).

As duas agressões, a Duvivier e à presidente Dilma Rousseff, fazem parte do mesmo fenômeno: o neofascismo que se alastra pela sociedade brasileira. Em artigo publicado ontem no 247, o colunista Breno Altman afirma que os "conservadores perderam a vergonha na cara" e que o ódio ao PT retirou do armário todos os demônios da sociedade brasileira, como o racismo, a homofobia, o culto à desigualdade e o preconceito regional (leia aqui).

Extremista radical, o gaúcho Milton Pires tem um aliado na mídia conservadora, que há vários anos vem preparando o terreno para esse neofascismo. Trata-se do jornalista Augusto Nunes, de Veja.com, que o defendeu quando ele foi suspenso por 60 dias do trabalho em um hospital.

Leia, abaixo, o post de Nunes, em setembro deste ano:

Médico é suspenso por dois meses pelo crime de discordar dos jalecos estatizados que controlam um hospital em Porto Alegre

O médico Milton Pires enviou à coluna, nesta terça-feira a carta abaixo reproduzida. É um relato sucinto das perseguições movidas pela direção do Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre, contra um profissional que pensar com independência — e dizer sem medo o que pensa. A mais recente abjeção foi consumada neste 22 de setembro: baseados em acusações difusas, inconsistentes ou mesquinhas, formuladas por testemunhas anônimas, os comandantes da instituição comunicaram a Milton Pires a decisão de suspendê-lo por 60 dias. Confiram:

O SILÊNCIO DE TODOS NÓS
Milton Pires

Meus amigos:  

Trabalhando desde junho de 2010 na UTI do Hospital Nossa Senhora da Conceição em Porto Alegre, minha contínua luta contra as barbaridades feitas contra a saúde pública no Brasil são do conhecimento de todos. No início de 2013, Ricardo Setti publicou em seu blog no site de VEJA o artigo com o título “Santa Maria e a Guerra do Vietnam”, uma séria advertência sobre a vinda dos médicos cubanos. Depois de “Carta à Presidente Dilma” e de outros textos publicados tanto no meu blog “Ataque Aberto” quanto no grupo de Facebook “Inglourious Doctor”, comecei a pagar, pessoalmente e profissionalmente, o preço das minhas opiniões políticas.

Assassinar reputações de inimigos não é uma prática nova da esquerda brasileira. O doutor Romeu 
Tuma Júnior provou isso em seu livro. Trabalhando num grupo hospitalar que atende 100% dos pacientes pelo SUS, no qual entrei por concurso público e que é controlado por gente do PC do B, não é necessário ser um teórico da conspiração para compreender e admitir o que acontece quem se opõe ao modelo de gestão de saúde no Brasil. Antiga, mas eficiente, a tática é sempre a mesma – mau desempenho nas avaliações funcionais e relatos de conflitos e dificuldade de relacionamento no local de trabalho funcionam como estopim dos processos administrativos em que se pretende “limpar” o serviço público dos opositores.
Neste 22 de setembro, chegando ao Hospital Conceição para trabalhar na UTI, fui notificado de que meu ponto estava “suspenso”. Encaminhado ao setor de RH, fui informado de que eu mesmo, como médico, estou suspenso do hospital por 60 dias, sem perda de remuneração. Argumenta a instituição que isso visa não prejudicar o processo administrativo disciplinar (PAD número 51/14, que tem como objetivo a minha exoneração. Desconheço os termos de acusação. Não sei ao que respondo e não tive, até agora, nenhuma chance de defesa.

Em apelação administrativa de avaliação funcional prévia considerada muito insuficiente, testemunhas identificadas como “trabalhador da saúde 1,2,3,4..etc..” me acusam de “não examinar os pacientes, não lavar as mãos, de conflitos com familiares de pacientes da UTI , de jogar equipamentos no chão e não usar equipamentos de proteção individual”. Não sei, oficialmente, o nome de NENHUMA das pessoas que disseram isso naquele processo. Não lhes foi exigida prova alguma para que declarações que acabaram com a minha vida funcional se transformassem em VERDADES corroboradas por meus chefes.

O que está acontecendo comigo não é exceção; é a regra aplicada aos médicos brasileiros que decidem contestar a maneira com que essa gente conduz a saúde pública. Minhas chances no processo administrativo, do qual sequer tenho cópia, não são muitas. Acredito que haja alguma alternativa na Justiça comum. Neste momento, resta-me apelar àquilo que essa gente mais teme: a publicidade, a divulgação em massa pela imprensa do que se pretende fazer em silêncio. Eles são especialistas em assassinar reputações, apoiados no total aparelhamento do serviço público e terror infundido nos seus subordinados. Os efeitos são garantidos por por lei. A Lei do Silêncio de todos nós.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A sabedoria dos espertalhões.






Os mandachuvas da economia mundial simulam que seu poder é fruto de sua inteligência. Mas só parecem inteligentes por ter poder

No domingo, 14 de outubro, a manchete da Folha de S.Paulo proclama “Intervenções de Dilma e PIB fraco afastam investidores estrangeiros”. No corpo da reportagem, a jornalista Patrícia Campos Mello esclarece que a deplorada queda no ingresso de capitais está concentrada em ações e títulos de dívida, o chamado investimento de portfólio. Entre janeiro de 2011 e agosto de 2012, essa modalidade de investimento estrangeiro apresentou queda de 1,8% para 0,3% do PIB. Já o investimento direto subiu no mesmo período de 2,3% ­para 2,8% do PIB.

Nas palavras da jornalista, esses números transmitem melhor o humor (sic) dos investidores porque (o investimento de port­fólio) são mais voláteis do que o investimento direto estrangeiro, bem como menos influenciados por uma grande operação.

Em seguida, ela organiza um desfile de opiniões de gestores de fundos dedicados à especulação e à arbitragem com os movimentos esperados de juros e câmbio. Certo Ruchir Sharma, chefe da área de Mercados Emergentes do Morgan Stanley, disparou: “É uma decepção, o Brasil terá crescimento de 1,5% a 2%, nem a metade da média dos emergentes. Para completar, o governo adotou medidas intervencionistas que aproximam o Brasil de países como a Venezuela de Chávez e terão efeito negativo a longo prazo”.

O insigne Michel Shaul, presidente da Marketfield Asset Management, entregou o ouro: “O governo implementou uma série de medidas anticapital que podem até ser boas para a população que vai pagar menos juros no cartão de crédito, mas que não agradam ao investidor”. Já um grande investidor estrangeiro que preferiu o anonimato lamentou: “O governo começou a caça às bruxas contra os bancos, as ações despencaram. Dilma espremeu as elétricas e os papéis desabaram”.

O estudo do FMI intitulado Recent Experiences in Managing Capital Inflows, de fevereiro de 2011, reconhece que a volatilidade dos investimentos de carteira não só é elevada como aumentou depois da crise financeira, com consequências indesejáveis na gestão da política econômica ao provocar o desalinhamento nas taxas de câmbio. No pós-crise, os fluxos líquidos de “dinheiro quente” ganharam força com as sucessivas rodadas de injeção de liquidez pelos bancos centrais. O movimento de capitais de curto prazo na busca de rendimentos mais parrudos cresceu rapidamente e alcançou 435 bilhões de dólares entre o terceiro trimestre de 2009 e o segundo de 2010. Ultrapassou, assim, os picos anteriores à crise em países como ­Brasil, Indonésia, Coreia e Tailândia.

Na maioria dos casos, diz o estudo, o influxo de capitais de portfólio foi determinado pelos diferenciais de taxas de juro, crescimento rápido ou posições fiscais e de endividamento saudáveis, num ambiente global de maior apetite pelo risco. “Em sua maioria, os países adotaram medidas de vários tipos para obviar a valorização das taxas de câmbio. As medidas visaram conter os impactos dos movimentos de capitais de curto prazo sobre os mercados de ativos, ao mesmo tempo preservando o ingresso de capitais produtivos e resguardando a economia das súbitas reversões.”

Nos anos 1990, tempos de glória da globalização financeira, a olímpica tranquilidade dos encantadores de serpente fundava-se nas convenientes falácias da liberalização das contas de capital do balanço de pagamentos. A economia brasileira, ensinavam por aqui, vai pegar no tranco, impulsionada pela entrada pródiga de capitais, aqueles que voavam nas asas da globalização.

Os custos dessa aposta, qualquer um sabe, foram: 1. Perda significativa na liberdade de manejar a taxa de câmbio para conter a invasão das importações e impedir a perda de competitividade das exportações. 2. Rápida ampliação do déficit em conta corrente, derivada de um déficit comercial em expansão e de um passivo externo em processo de ampliação. 3.Crescente e perigosa dependência do financiamento forâneo, ou seja, submissão da política econômica e das metas de crescimento da economia aos humores (sic) dos mercados de capitais internacionalizados, que, como é notório, passam abruptamente da euforia à depressão.

Na inesquecível década dos 90, entre tantas loucuras, os apologetas do capitalismo desbragado e seus ideólogos trataram de convencer a população e a si mesmos de que só eles sabiam das coisas, eram detentores do monopólio das boas ideias, aquelas capazes de salvar a humanidade de suas agruras.

Como toda loucura, essa também tem método: os mandachuvas devem sempre simular que seu poder é fruto da inteligência. É preciso ocultar que só parecem inteligentes porque têm poder. Os sábios globais deram de ombros para as advertências dos críticos. Passada a euforia do dinheiro fácil, os chamados emergentes se afogaram na maré vazante dos capitais em fuga e na repetição dos ajustamentos assimétricos entre países de moeda forte e aqueles de moeda fraca.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Band ameaça governo: “Cuidado”

Posted by eduguim no Blog da Cidadania


Por sugestão do leitor George Alckmin, fui conferir editorial do Jornal da Band lido ontem à noite pelo comentarista Joelmir Betting. Segundo o leitor, tratou-se de um editorial “golpista”. O texto critica “omissão desse governo” em reprimir greve dos Correios que já dura semanas e elenca prejuízos que paralisação de serviço tão essencial causa à sociedade.
Até aí, ok. Parece razoável. O problema está no fecho do editorial. Pretende-se expressão da “justa indignação dos milhões de cidadãos prejudicados” e, após citar o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e o presidente dos Correios dizendo que têm “medo” dos sindicalistas que encabeçam a greve, enigmaticamente recomenda “cuidado” ao governo.
Inicialmente, o leitor pareceu exagerar ao usar o termo “golpista”. Pode-se argumentar que o “cuidado” que o editorial da emissora paulista recomenda ao governo Dilma Rousseff refira-se a possível punição que poderia advir das urnas devido ao descontentamento da população com uma greve que obviamente gera inconvenientes a todos.
Parece, entretanto, exagerado insinuar que mera greve nos Correios seja capaz de fazer a “sociedade” passar a repudiar o grupo político que colhe sucessivos êxitos eleitorais desde 2002 e que já atravessou crises bem piores.
Por fim, quando o editorial da Band diz que “enganam-se esses farsantes que não estão à altura dos cargos que ocupam se pensam que poderão afrontar o interesse público por muito mais tempo”, afiançando que a continuidade da greve poderia vir a “acender o sinal vermelho da paciência nacional”, pareceu estranho. Sobretudo o tom.
Como o leitor que recomendou a matéria, este blog tampouco entendeu direito a que se referiu o comentarista. O que pode acontecer com “esse governo”, com o ministro Paulo Bernardo, com o presidente dos Correios? Essas foram as autoridades citadas. Note-se que o governo inteiro está inserido no contexto. O que é o “sinal vermelho da paciência nacional”?
Terminei de assistir ao vídeo com a mesma sensação do leitor de que, em curto prazo, alguma coisa aconteceria por conta da greve dos Correios se ela não tivesse um ponto final, e que o que aconteceria seria conseqüência do esgotamento da “paciência nacional”. O que pode acontecer em “curto prazo”, no Brasil?
Melhor que você, leitor, confira (abaixo) o vídeo do editorial e decida se os termos “ameaça” e “golpista” também lhe parecem cabíveis diante do que foi dito na concessão pública de canal de televisão que a família Saad detém. Enquanto isso, seria bom que a emissora esclarecesse melhor seu editorial. Que pareceu ameaça, pareceu. Mas de quê?


domingo, 29 de maio de 2011

Época supera Veja em imundície e quer matar Dilma


Alertado por um leitor, fui ver a capa da Época, na qual uma foto da presidenta, de olhos fechados, é usada para ilustrar uma matéria sobre uma suposta gravidade de seus problemas de saúde.
É sordidamente mórbida.
Registra que os seus médicos dizem que ela “apresenta ótimo estado de saude”, mas a partir daí tece uma teia mal-intencionada e imunda sobre os problemas que ela apresentou e os outros que tem, normais para uma mulher da sua idade.
O hipotireoidismo, por exemplo, é problema comuníssimo entre as mulheres de mais idade. É por isso que todo médico pede a eles, sempre, o exame de TSH. E o hormônio T4 – Synthroid, Puran, Levoid, Euthyrox e outros – tomado em jejum, é a mais básica terapêutica, usada por anos e anos por milhões de mulheres do mundo inteiro.
A revista publica uma lista imbecil de “medicamentos” que a presidente tomava, em sua recuperação de uma pneumonia, listando tudo, até Novalgina, Fluimicil e Atrovent (usado em inalação até por crianças), e chegando ao cúmulo de citar “bicarbonato de sódio – contra aftas”.
Diz que o toldo que abrigou Dilma de uma chuva, em Salvador, ” lembrava uma bolha de plástico”.
Meu Deus, o que esperavam que fizessem com uma mulher que se recuperava de um pricípio de pneumonia? Que lhe jogassem um balde de água gelada por cima?
Essa é a “ética” dos nossos grandes meios de comunicação. Não precisam de fatos, basta construírem versões, erguendo grandes mentiras sobre minúsculas verdades.
Esses é que pretendem ser os “fiscais do poder”.
Que imundície!

quarta-feira, 9 de março de 2011

Revista VEJA mente e será processada por dano moral


O Projeto Emancipa já é um sucesso. As incrições ainda não terminaram, mas já temos mais inscritos do que as 100 vagas disponíveis. O apoio que temos recebido é enorme. Este apoio se expressou inclusive na imprensa gaúcha, que através de vários comunicadores e jornalistas ajudou a divulgar o projeto pela sua relevância social, não se prestando a reproduzir as “denúncias” da revista Veja . Todos sabem da lacuna existente na preparação dos jovens oriundos das escolas públicas que desejam entrar na universidade. Então, quem poderia querer detonar um projeto que oferece preparação para o vestibular e o Enem GRATUITAMENTE para estudantes de escolas públicas? Aqui no Rio Grande do Sul, só os “viúvos” de Yeda Crusius.
Entretanto, em respeito às pessoas que me apoiam e respeitam e que têm sido questionadas por quem não conhece a minha trajetória, esclareço:
- Vou processar a revista Veja por danos morais, visto que o jornalista que assina a matéria sequer me ouviu, publicando uma reportagem absolutamente fantasiosa sobre o Projeto Emancipa, coordenado por mim no Rio Grande do Sul.
- A Secretaria de Educação não me concedeu nenhum privilégio como insinua a reportagem. A direção do Colégio Júlio de Castilhos, assim como outras escolas estaduais, proporciona a execução de diversos projetos nas suas dependências. O Emancipa é um deles e paga à escola R$ 600,00 por mês pelas duas salas.
- Os (as) professores(as) não serão “bem remunerados” como maliciosamente diz a reportagem. Receberão R$ 20,00 a hora aula. Como são apenas duas turmas, a média de remuneração de cada professor deverá ser por volta de R$ 300,00.
- A cota de patrocínios do Emancipa está fechada com 5 empresas e não estamos em busca de mais 
patrocinadores como mentirosamente afirma a reportagem.
- Sobre a Icatu Seguros, um empresa que atua no mercado gaúcho através do Banrisul há mais de 10 anos, muito me estranha que somente agora, para me atacar, a Veja levante suspeitas sobre esta relação. Eu não respondo pelas atividades de nenhuma empresa, mas a verdade é sempre útil: basta verificar o balanço 2010 do Banrisul, disponível na internet, para comprovar a mentira. A seguradora Icatu não tem contrato de exclusividade com o Banrisul. Além disso esta empresa apóia diversas OSCIPs e ONGs, não apenas o Emancipa.
- Quanto à afirmação de que “Luciana, que na política criticava o pai, na vida empresarial usa de seu prestígio para lucrar”, quem terá que se explicar é a Veja. E terá que fazê-lo no Justiça. Primeiro, porque não estou “lucrando” e nem sequer estou na “vida empresarial”. O Emancipa não é uma empresa e não pode dar lucro. Não é por que deixei de ser deputada que vou abrir mão de realizar atividades socialmente relevantes, mesmo que de forma privada, mas que respondam a interesses coletivos. Quanto ao suposto uso do prestígio do meu pai, Tarso Genro, minha trajetória me autoriza a ter certeza que os parceiros do Emancipa avaliaram em primeiro lugar o meu próprio prestígio para decidir pela participação no projeto.
Luciana Genro, ex-deputada federal (PSOL), é Coordenadora do Projeto Emancipa-RS.

terça-feira, 1 de março de 2011

A Folha de sempre


Muito interessante a reportagem abaixo: um alto funcionário do Estado de São Paulo que ocupa o cargo durante vários governos tucanos, vende dados sigilosos aos quais tem acesso por sua função ao próprio governo. Sujeira da grossa. Belo trabalho do repórter, mas vejamos o estilo editorial da Folha: quando é o governo da Bahia, é o governo petista, o governador petista, o sujeito "ligado ao PT". Lembrem-se do terrível episódio no Pará onde toda a mídia culpou a governadora PETISTA por atos bárbaros do judiciário e da polícia. Até aí tudo bem, mas por que quando um escândalo interessante como esse acontece no Tucanistão o governo, a priori, não tem culpa? O sujeito foi nomeado por Geraldo Alckmin, continuou no cargo com José Serra e seu poste Goldman e continua agora com o mesmo Alckmin e o jornal trata o governo como se fosse vítima da malandragem alheia.

Pesquisas mostram que um número imenso de leitores só dão uma olhada nas manchetes e não leem as matérias. "Governo" e "Funcionário da Estado" são termos muito ambíguos e geralmente associados com o governo federal. Notem a total ausência da sigla PSDB e do adjetivo tucano. Imaginem se exatamente a mesma coisa acontecesse, digamos, no Acre, quantos petistas, PT e ligado ao PT existiriam na manchete e no texto. Talvez até réu do mensalão aparecesse em algum lugar.
Estatístico do Estado vende dado sigiloso 
Túlio Kahn, coordenador da Secretaria da Segurança de SP, disponibiliza informações criminais por meio de sua empresa

Ele já forneceu dados como furtos a pedestres na região de Campinas e os bens mais visados em roubos a condomínios
MARIO CESAR CARVALHO
DE SÃO PAULO

Um funcionário do alto escalão da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo vende serviços de consultoria por meio de uma empresa da qual é sócio e que disponibiliza dados que o governo considera sigilosos.
O sociólogo Túlio Kahn é desde 2005 sócio-diretor da Angra Consultoria e Representação Comercial, segundo documentos obtidos pela Folha. Ele detém 50% da empresa -a outra metade é de André Palatnik.
Desde 2003 Kahn é coordenador da CAP (Coordenadoria de Análise e Planejamento), o órgão que concentra todas as informações estatísticas sobre violência no Estado. Já atravessa três governos na função. Quem o nomeou para o cargo foi o secretário Saulo de Castro, no governo de Geraldo Alckmin (2003-2006).
Entre outros dados sigilosos, Kahn já forneceu, por exemplo, informações como furtos a transeuntes na região metropolitana de Campinas e os bens que são levados com mais frequência nos roubos a condomínios na cidade de São Paulo.
O levantamento sobre roubo a condomínios foi feito a pedido do Secovi (sindicato das empresas imobiliárias de São Paulo) e pago pela GR, uma das maiores empresas de segurança do Estado, segundo o próprio Kahn relatou à Folha. A GR nega ter feito pagamentos à Angra.

SIGILO

As informações sigilosas sobre a criminalidade na Grande Campinas constam de um relatório feito para a Agemcamp (Agência Metropolitana de Campinas), autarquia do Estado que auxilia o planejamento na região.
Foi a Emplasa (Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano S/A), empresa do governo paulista, que contratou a Angra.
Ou seja, o governo pagou a uma empresa privada para obter dados sobre crimes que são desse mesmo governo.
No relatório para a Agemcamp, a Angra oferece informações do Infocrim que não são públicas, as quais "permitem um maior detalhamento da situação criminal da cidade de Campinas".

PÂNICO

Graças aos mapas de Kahn, é possível saber em que áreas se concentram os roubos de veículos e os locais onde ocorrem mais roubos a condomínios.
A secretaria se nega desde 2008 a fornecer à Folha informações similares, e de grande interesse público, como as ruas que concentram os roubos e furtos de veículos em São Paulo.
A alegação de Kahn para a negativa é que essas informações poderiam gerar alarmismo entre os moradores e desvalorizar a área.
Parte das informações criminais é publicada trimestralmente, de acordo com a resolução 160, que criou em 2001 as regras para divulgação de estatísticas.
A divulgação, porém, não inclui dados estratégicos, como o local do crime. Com isso, não dá para se saber a rua onde se mata mais na cidade de São Paulo ou as faculdades que concentram o furto de veículos. Não há esse veto para a clientela da Angra.

PREÇOS

Os valores dos contratos da empresa de Kahn variam de R$ 80 mil a R$ 250 mil.
Por exemplo: um projeto de pesquisa que ensina prefeituras a fechar bares para reduzir a violência, que inclui acesso a dados sigilosos de boletins de ocorrência, está orçado em R$ 100 mil.
Apenas uma empresa com livre trânsito no governo poderia oferecer "visitas às delegacias para consulta aos boletins de ocorrência". Delegacias vetam a consulta a boletins sob o pretexto de que haveria violação da intimidade das vítimas.
Em outro projeto em que a Angra aparece como intermediária, o Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo paga R$ 7.000 a dois funcionários para produzir estatísticas sobre roubo de cargas dentro da CAP. O sindicato diz que o acordo é legal.

Leia mais em: Ф Еskеrдоpата 

Bomba ! Bomba ! O day after do Cerra ! KKKK....Olha a cara dos cornos!!!!!


The Day After (the election)


Jatinho Pigtasso (Tenho Porque Posso), Cessna Citation XLS+,

US$ 11,6 milhões (Paulo Afro precisaria de mais 7,6)


TV LED 15′ (sempre sintonizada na Piglobo), mostrando resultado das eleições 2010,

R$ 600


Chapéu de Coroné autografado por ACM, “O DEMO-mor”,

R$ 699


Latinha de Cachaça Pitu 473 ml, importada da terra do Nunca Dantes,

R$ 3,99


Fivela com boi, a mais alta condecoração concedida a um político traído pelos eleitores cearenses,

R$ 45 (homenagem ao casal45)


Chapéu papal Saturno-Galero do Padim Padre Cerra,

R$ 300 (homenagem ao Aloysio300)


Orelhas e Nariz de PIGnóquio, autenticados pelo Richard PigMolina durante a campanha,

R$ 6000 (salário mínimo do Padim)


Crucifixo usado para ganhar os votos das beatas indecisas de Guarulhos,

R$ 15


Garrafa de cachaça Pitu Gold, comprada para comemorar a vitória? para uma mulher,

R$ 69


Bolinha de Papel, materialização incontestável da propaganda enganosa do PIG-JN,

R$ 6000 (salário mínimo do Itaético)


Saber que todas as taxas de sucesso não foram suficientes para impedir esse

porre-derrota e dar gargalhadas com esta cena patética…,


N ã o   T e m    P r e ç o!


-


Oi Homer,


Aqui vai uma do Padim com o Coroné!

divirta-se!

Jliano

PIG IconoLEAKS