Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Baltasar Garzón, a justiça e a corrupção

O julgamento, pelo Tribunal Supremo da Espanha, do juiz Baltasar Garzón, é um exemplo de nossos tempos, nos quais a subversão da lógica e da ética é a mais pavorosa forma de terrorismo. Como no século passado, estamos assistindo aos recados do fascismo, que se reergue, dos subterrâneos da História.

Se alguém, ao ler estas notas, lembrar-se de Montesquieu com suas Cartas Persas, e de Tomás Antonio Gonzaga, que nelas se inspirou, para redigir as Cartas Chilenas, estará fazendo a ilação correta. O assunto nos interessa de perto, assim como o texto do barão de La Brède interessava aos mineiros de Vila Rica daquele tempo. O julgamento, pelo Tribunal Supremo da Espanha, do juiz Baltasar Garzón, é um exemplo de nossos tempos, nos quais a subversão da lógica e da ética é a mais pavorosa forma de terrorismo. Como no século passado, estamos assistindo aos recados do fascismo, que se reergue, dos subterrâneos da História, para retomar a mesma sintaxe de sempre, que faz do crime, virtude; e, da dignidade, delito desprezível.

No passado, era comum a frase esperançosa de que ainda havia juízes em Berlim. Embora ela viesse de uma obra de ficção, é provável que tenha sido autêntica, porque se referia a Frederico II, cuja preocupação para com a equidade da justiça era conhecida, conforme recomendações a seus ministros. Segundo a obra de François Andrieux (Le meûnier de Sans-Souci) e de Michel Dieulafoy (Le Moulin de Sans-Souci), ambos contemporâneos do grande monarca, essa foi a resposta de um moleiro, vizinho ao castelo famoso, quando o soberano, diante de sua recusa de vender-lhe sua propriedade, ameaçou confiscá-la. O humilde moleiro – talvez confiado na própria conduta habitual de Frederico II, disse-lhe que isso não seria possível, porque ainda havia juízes em Berlim. Havia juízes em Berlim e ainda os há, aqui e ali, mas quando homens como Garzón são submetidos a julgamento – e pelas razões alegadas pelos seus contendores – é de se perguntar se, em alguns lugares, ainda os há. Em alguns lugares, como em Washington, em que a Suprema Corte de vez em quando espanta os cidadãos, com suas decisões. E em outros lugares.

Baltasar Garzón surpreendeu a sociedade espanhola, com sua obstinação na luta contra os que lesam os direitos humanos, o crime organizado, a corrupção no Estado, os delitos dos serviços secretos em suas relações com grupos terroristas. Sua grande vitória, ao obter a prisão, em Londres, do ex-ditador Pinochet e seu posterior julgamento, pela justiça chilena, fizeram dele uma personalidade mundial. É certo que essa obstinação o transformou em magistrado incômodo. Alguns o vêem com a síndrome do justiceiro enlouquecido, espécie de Torquemada de hoje. Mas o pretexto que arranjaram para conduzi-lo ao mais alto tribunal da Espanha é, no mínimo, pífio. Garzón, a pedido das autoridades policiais, autorizou a escuta telefônica de algumas pessoas, detidas e em liberdade, com o propósito de impedir a destruição de provas e a continuação de remessas ilegais de dinheiro obtido do erário, ao exterior, e sua “lavagem”, mediante os métodos já denunciados no Brasil.

Trata-se do famoso caso Gurtel, um entre muitos outros, na Espanha de hoje, em que a presença do franquismo e da Opus dei continua firme. Um grupo de empresários da comunicação e eventos, chefiados por Francisco Correa, intermediava contratos de toda natureza com os governos autônomos e municípios, chefiados pelos homens do Partido Popular, quando este estava à frente do governo nacional, e que agora retornou ao poder. O grupo corrompia as autoridades, com presentes, viagens e, sendo necessário, dinheiro vivo ou depositado na velha Suíça, em nome de políticos e seus laranjas. O dinheiro vinha das empresas candidatas aos bons negócios com o Estado, que “superfaturavam” os contratos.

Os advogados dos bandidos – nessa inversão moral de nossos tempos – conseguiram processar o juiz Garzon, sob a alegação de que as escutas haviam sido ilegais. Ocorre que um juiz, que substituiu Garzón na causa, manteve as escutas e o próprio tribunal de Madri, de segunda instância, confirmou a autorização das interceptações telefônicas. O fato é que o julgamento de Garzón é de natureza política, seja ele um magistrado incorruptível, como é visto pela opinião pública, ou um deslumbrado pela notoriedade, como dele falam os inimigos. E é a inversão da lógica: ele está sendo processado por ladrões.

Na segunda metade dos setecentos ainda havia juizes em Berlim,
de acordo com o modesto moleiro de Potsdam. Resta saber se ainda os há em Madri. E em outros lugares.

Mauro Santayana é colunista político do Jornal do Brasil, diário de que foi correspondente na Europa (1968 a 1973). Foi redator-secretário da Ultima Hora (1959), e trabalhou nos principais jornais brasileiros, entre eles, a Folha de S. Paulo (1976-82), de que foi colunista político e correspondente na Península Ibérica e na África do Norte.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Começa a perseguição bolchevista: jornalista dos homens bons defenestrado injustamente

 

Recebemos atônitos a notícia do defenestramento indevido do grande jornalista Carlos Prates, uma verdadeira punhalada pelas costas nos homens bons do sul, que agora ficam órfãos de uma voz isenta, imparcial e inteligentíssima na luta contra o comunismo brasileiro. Telegrafarei ainda esta noite ao nobre jornalista oferecendo espaço neste humilde sítio para veicular seus lúcidos comentários e análises (que rivalizam com os do Boris e do Alexandre) semanalmente. É hora de união.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Prêmio 'C Elite' de Ouro

PARABÉNS À RBS DEPOIS DO ESTUPRO.......ISTO!!!!!!!!

Atendendo a inúmeros pedidos - até agora três - dos leitores deste blog sujo, resolvemos instituir o Prêmio 'C Elite' de Ouro.
E o vencedor deste mês é...
o gaúcho Luiz Carlos Prates!

 
Lembramos que de acordo com o regulamento do Concurso 'C Elite' de Ouro, o vencedor deverá procurar seu prêmio em nossas dependências, no prazo de 24 h após a divulgação do resultado, acompanhado de dois beneficiários do Bolsa Família, residente em sua vizinhança, e de um novo proprietário de veículo automotor, com renda familiar de até 5 salários mínimos, adquirido no último mês, e que tenha lido pelo menos um livro no ano de 2010.
Parabéns Prates!
Tu venceu, tu mereces!
Te esperamos aqui, com urgência!
PALHAÇO!!!
FASCISTA.

sábado, 13 de novembro de 2010

Dilma: Ley de Medios vem aí. Não adianta o PiG (*) chorar



Este ordinário blogueiro (e também “crápula”, segundo o porta-voz do Serra – clique aqui para ler também “Mino sabe que o Serra é quem fala pelo Itagiba”) conversou com amigo navegante que assistiu a importantíssima I Conferência de Comunicação, ou a “Conferência do Franklin”.

O amigo navegante acredita que o Franklin conseguiu construir um volume de informação suficiente para desmontar a tese esdrúxula e extra-terrena do PiG (*), da ABERT e da ANJ da Judith.

É a tese de que regular a comunicação é censurar a imprensa.

É mais ou menos o que se dizia quando o presidente Andrew Jackson, no século XIX, criou o Banco Central americano: era uma ameaça à liberdade de empreender dos banqueiros.

Estados Unidos, Canadá, França, Inglaterra, Portugal e Argentina, onde a imprensa é livre, há regulação.

A imprensa é livre e o regime capitalista está em vigor.

(Sim, porque, aqui, a Globo não quer que mais ninguém ganhe dinheiro na televisão: só ela.)

Não se trata só de preservar o direito de resposta; o noticiário político isento e distribuído igualmente entre oposição e Governo; o respeito à programação regional e às minorias; proibir que político seja dono de uma ou duas emissoras de tevê (como acontece no Ceará, no Maranhão e em Sergipe, por exemplo).

Não é só isso.

É o direito capitalista de abrir o mercado e permitir, também, que o produtor independente de Caruaru possa ganhar dinheiro com seus programas em homenagem ao Luis Gonzaga – e não só os filhos do Roberto Marinho fiquem ricos.

Além disso, lembra o meu amigo navegante, parece claro que o Governo Dilma será diferente do Governo Lula.

O Presidente Lula empurrou o PiG e a Globo para debaixo do tapete.

E, por isso, quase foi impeachado e quase não faz a sucessora.

Lula é carismático.

Ele levou o PiG e a Globo no bico.

Mas, não pode ser assim numa democracia.

O Lula vai embora e como fica a democracia ?

Na mão do Serra, do Fernando Henrique e do Papa ?

O PiG e a Globo são incompatíveis com um regime democrático.

A Dilma, provavelmente, pensa o amigo navegante, vai tratar a questão de forma prioritária.

E estratégica.

Não duvida o meu amigo navegante que o Ministério da Comunicação entrará na cota pessoal dela.

Não vai entrar na negociação com os partidos da coalizão vencedora.

É dela.

E ela, então, poderá tratar a Comunicação como tratou a Energia, quando assumiu o Ministério.

Do jeito dela.

Se for assim, pela primeira vez na história da Nova República o Ministro da Comunicação não será da confiança (visível ou invisível) da Globo.

Diz o meu amigo navegante: caiu a ficha.

Ou, como diz o Conversa Afiada: ou a Dilma faz a Ley de Medios ou cai.

Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Movimento Tea Party e o fascismo à brasileira

BLOG EDU GUIMARÂES
Atualizado às 12h50m de 3 de novembro de 2010
O resultado da eleição presidencial no Brasil, com a vitória da centro-esquerda governista contra uma coalizão oposicionista que ia da centro-direita à ultra-direita radical e que inclui, dizem a boca pequena, até movimentos neonazistas, suscita temor quanto à possibilidade de ocorrer por aqui o que ocorre neste exato momento nos Estados Unidos, com a “entrada triunfal” do movimento radical conservador Tea Party no congresso.
O Tea Party (em inglês: Tea Party movement) é um movimento social, político, conservador e liberal surgido nos Estados Unidos nos últimos anos através de uma série de protestos em resposta a diversas leis federais como o Plano de resgate econômico de 2008, a Lei de Recuperação e Reinvestimento dos Estados Unidos de 2009 e projetos de reforma do sistema de saúde estadunidense.
O caráter fascista – ou nazista – do Tea Party é inegável pelo seu lado obscuro e não assumido, que guarda similitude com movimentos racistas anti-imigrantes que ganham corpo na Europa Central, onde asiáticos, latinos, africanos e gays chegam a ser atacados por jovens que cultuam idéias nazistas que em nada perdem para as que se vê em redes sociais no Brasil, com manifestação explícita contra nordestinos,sobretudo, mas também contra negros e homossexuais. E, lógico, contra o aborto.
Durante a recente campanha eleitoral brasileira, com o abalo da candidatura Dilma Rousseff ao fim do primeiro turno por conta de movimentos conservadores cristãos radicais sob orquestração da campanha do tucano José Serra, com táticas de panfletagem difamatória contra a adversária, com sites acusando-a de “homossexualismo” e com criação de pretextos para violência como o factóide da bolinha de papel atirada na careca de Serra, que gerou suspeita de que fora atirada por um dos seus próprios seguranças, tudo isso concede fôlego às teorias de que a ascensão da ultra-direita neonazista ocorre em nível planetário.
A “entrada triunfal” do movimento Tea Party no congresso norte-americano após a eleição legislativa desta semana sugere a institucionalização de movimentos ultra-conservadores em uma democracia que tanto exerce influência sobre os usos e costumes da nossa política.
As dificuldades que Obama enfrenta devido à resiliência da crise econômica o têm obrigado a assistir impotente à direita do partido Democrata assumir o controle de seu governo, dando asas à ultra-direita republicana.
Esse fenômeno ainda não está no campo de visão brasileiro, mas os crimes de racismo de movimentos neonazistas e de inocentes úteis na internet e o surgimento – ainda insipiente – de violência em nossas relações políticas devem colocar os democratas brasileiros com as barbas de molho.
Há leis neste país que podem – e precisam – ser usadas contra a onda neonazista que vem promovendo agressões verbais a negros, nordestinos e homossexuais em redes sociais como Orkut, Facebook e Twitter. Lamentavelmente, a liberdade para essas manifestações odiosas ainda é tanta que até mesmo jovens de classe média alta as praticam despreocupadamente, muitas vezes sem perceber que estão cometendo crimes.
É inevitável a associação entre os movimentos cristãos radicais e as forças ultra-conservadoras que seaglutinaram no entorno da candidatura do PSDB, do DEM e do PPS à Presidência. É inevitável supor, também, que a tolerância da Polícia Federal e do Ministério Público com os movimentos racistas e ultra-conservadores nas redes sociais pode ter relação com existência de simpatizantes desses grupos  nos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
Faz-se urgente que não só o presidente Lula mas também a presidente eleita, Dilma Rousseff, comecem a se inteirar e a se manifestar contra essas ameaças à democracia e ao Estado de Direito. O que não faltam são indícios de que um câncer social tenta se infiltrar no seio de uma sociedade em que os alvos do preconceito e da intolerância são freqüentemente vitimados sem que punições exemplares ocorram.
Vídeo mostra manifestações de racismo em redes sociais
Por Ju Freitas

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Apoio de reacionários a Serra causa mal-estar nas universidades



Se alguns continuam a apostar na proficiência do gestor tucano dentro da academia, avulta nos últimos dias um mal-estar crescente provocado pelos indícios sucessivos de que a candidatura Serra foi empalmada, com aquiescência do candidato, pelo que há de mais obscurantista e reacionário na sociedade brasileira.

"Nunca imaginei que o Serra pudesse reunir em torno de sua candidatura tantas forças reacionárias" (Ricardo Carneiro, economista e professor da Unicamp à Carta Maior)
 

O tucano José Serra tem amigos na academia. Tem --ou pelo menos tinha-- eleitores entre economistas desenvolvimentistas que o consideram 'afinado' com essa agenda. Seu trunfo era a propalada disposição de 'enquadrar o Banco Central', cujas taxas de juros, de fato exorbitantes, são alvo de um consenso crítico que interliga acadêmicos de diferentes cepas partidárias, inclusive petistas. O professor Ricardo Carneiro é um desses críticos, à esquerda. Dilma, é sabido, opõe-se igualmente à condução da política monetária, mas por razões de coesão governamental prefere atuar internamente.
A professora Maria da Conceição Tavares adiciona a esse recorte mais uma diferença entre os dois candidatos . Conceição classifica Serra como 'um desenvolvimentista de boca'. Seu vínculo com essa corrente do pensamento brasileiro, no entender da economista, seria de recorte conservador. Serra é um adversário das causas sociais; um inimigo assumido dos sindicatos. Isso torna suas concepções de desenvolvimento distintas daquelas abraçadas por Lula e Dilma, sobretudo no segundo mandato. Mas é, também, o que o faz o candidato preferido de círculos empresariais mais conservadores.

A ênfase na recomposição dos salários, como se sabe, e a disseminação dos programas sociais --que Serra e o PSDB desdenhavam até as eleições-- tiveram papel central na resistência na sustentação do crescimento brasileiro na crise mundial. O salário mínimo no governo Lula acumulou um reajuste real, acima da inflação, superior a 72%. Os ganhos reais dos salários este ano ultrapassam em até 5% o INPC. Graças a investimentos que agregam ganhos crescentes de produtividade à indústria, os salários no Brasil tem avançado sistematicamente sem gerar tensões de custos. A obtusidade de sua visão social --aliada ao menosprezo ideológico pelos impactos econômicos dessas políticas-- levou o 'eficiente gestor' José Serra a cometer um escandaloso erro de avaliação no início da crise, quando pontificou previsões apocalípticas para o país, ao contrário do que fez o Presidente da República [veja o vídeo com os vaticínios do tucano na excelente coluna de Marco Aurélio Weissheimer em Carta Maior].

Mas se alguns continuam a apostar na proficiência do gestor tucano dentro da academia, avulta nos últimos dias um mal-estar crescente provocado pelos indícios sucessivos de que a candidatura Serra foi empalmada, com aquiescência do candidato, pelo que há de mais obscurantista e reacionário na sociedade brasileira.

A manifestação do economista Ricardo Carneiro, professor da Unicamp, onde Serra tem amigos, é uma tradução política, -- "estritamente política, não pessoal", observa o professor a Carta Maior-- desse mal-estar latejante, que já rompeu a fronteira das manifestações de corredor.

Seus antecedentes são conhecidos. No dia 14 de setembro, o jornal o Estado de São Paulo publicou reportagem onde a esposa do candidato tucano, Monica Serra, pretendeu mudar o voto declarado de um evagélico em Dilma disparando a seguinte ameaça em tom de advertência: "Ela é a favor de matar as criancinhas!'. Dias depois, em reunião da cúpula do PSDB, em São Paulo, membros da TFP, Tradição, Família e Propriedade, circulavam com desenvoltura --"pega e passa!"-- um manual de como denegrir a imagem de Dilma Rousseff com acusações habituais desfechadas por essa organização a qualquer referencia iluminista e progressista. A análise dos resultados do 1º turno evidenciou que as duas iniciativas não refletiam um ponto fora da curva, mas , sim, uma endogamia induziada e indigesta entre política conservadora, calúnia e regressividade religiosa. Cultuivada na superfície pela candidatura Marina --sem o ingrediente da calúnia-- esse coquetel tornou-se o passaporte consciente de Serra para chegar ao 2º turno.

O que se assiste agora é a radicalização dessa sombra a demarcar claramente o campo da coalizão que impulsiona o ex-governador de SP em busca do voto do medo. Serra tem se esponjado alegremente nesse lamaçal de água benta falsificada e detritos históricos que ameaçam ressuscitar o que há de pior na política nacional. Os ataques ao Programa Nacional de Direitos Humanos que envergonham até tucanos históricos, como Paulo Sergio Pinheiro, consolidam seu nome como um assustador cavalo-de-Tróia de ressurgências que se revelaram brasa-dormida.

A gota d'água que talvez multiplique reações como a do professor Ricardo Carneiro foi a revelação recente de que uma das centrais de abastecimento dessa engrenagem é coordenada de Brasília por Nei Mohn, presidente da “Juventude Nazista” em 1968. [leia em Carta Maior:"Dilma é alvo de grupos de extrema-direita e neonazistas"]. Iinformante do Cenimar, Mohn tem uma ficha corrida que não deixa dúvida quanto à especialidade de seus serviços, entre eles atentados a bomba, na década de 80, mas, sobretudo, a falsificação de informações para denegrir a reputação de religiosos que denunciavam torturas, assassinatos e desaparecimentos.

Seu filho, o advogado Bruno Degrazia Möhn trabalha para um grande escritório de advocacia de Brasília contratado para prestar serviços a Daniel Dantas, cuja irmã foi sócia da filha de Serra em polemica empresa de serviços. O mesmo provedor que hospeda o site do candidato José Serra [Newssender/Locaweb Serviços de Internet S/A] está integrado à rede de boatos contra Dilma, coordenada pelo assustador braço do ex-agente da Ceimar.

Evidencias de que uma coalizão de direita e extrema-direita tomou de assalto a candidatura demotucana com o beneplácito de seus principais personagens, incluindo-se o candidato e a própria esposa, embaraçam amigos e conhecidos e explicam o mal-estar que tende a se espalhar na academia.

Sedimenta-se cada vez mais a percepção de que, no caso de Serra, mais uma vez, os fatos caminham à frente das idéias. Não importa o que o candidato 'desenvolvimentista' diz que pensa; não importa o que seus amigos pensam que ele pensa. Objetivamente, hoje, Serra é o estuário do que há de mais regressivo e ameaçador no leque de interesses econômicos e políticos da sociedade brasileira.

Fonte: Carta Maior

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Nazistas, velhos e novos, estão com Serra


O CAMINHO DA CALÚNIA
por Tony Chastinet

Recebi ontem à noite um daqueles e-mails nojentos e anônimos, que estão circulando na internet, com calúnias contra a candidata Dilma Roussef. Decidi gastar alguns minutos para tentar identificar os autores. Consegui, e repasso abaixo as informações sobre os autores da baixaria – incluindo as fontes da pesquisa.

Há um e-mail circulando na internet com o seguinte título: “Candidatos de esquerda”. Na mensagem há uma série de calúnias contra Dilma, e o pedido para se votar no Serra. Também recomenda a leitura do site www.tribunanacional.com.br.

Entrei na página e de cara me deparei com aquela foto montada da Dilma ao lado de um fuzil. Uma verdadeira central de calúnias ligada à extrema direita. Vejam uma amostra neste link http://www.tribunanacional.com.br/v2/editorial/a-terrorista/.

O e-mail foi enviado para minha caixa postal na noite de domingo. O remetente é um tal de Ingo Schimidt (ingo@tribunanacional.com.br). O site está registrado na Fapesp em nome do “Círculo Memorial Octaviano Pinto Soares”.

 
Essa associação tem CNPJ (026.990.366/0001-49), está localizada na SCRN, 706-707, Bloco B, Sala 125, na Asa Norte, em Brasília. O responsável pelo site chama-se Nei Mohn. Em uma pesquisa superficial na internet, descobre-se que ele foi presidente da “Juventude Nazista” em 1968. Era informante do Cenimar e suspeito de atos de terrorismo na década de 80 (bombas em bancas de jornais e outros atentados feitos pela tigrada da comunidade de informações). Também foi investigado por falsificar o jornal da Igreja Católica, atacando religiosos que denunciavam torturas, assassinatos e desaparecimentos (vejam abaixo nas fontes).

Nunca foi investigado e sequer punido pelas barbaridades que aprontou. Para isso, contou com a proteção dos militares e da comunidade de informações para abafar os escândalos e investigações.

Prossegui na pesquisa e descobri que o filho de Nei, o advogado Bruno Degrazia Möhn trabalha para um grande escritório de advocacia de Brasília contratado por Daniel Dantas para representar o deputado federal Alberto Fraga (DEM) em ação no TCU movida pelo deputado para tentar impedir a compra de ações da BRT/OI pelos fundos de pensão.

Interessante essa ligação entre a extrema direita, nazistas e Daniel Dantas. Mas tem mais.

No registro do site ainda há outros dois nomes apontados como responsáveis pela página: Antonio Afonso Xavier de Serpa Pinto e Zoltan Nassif Korontai.

===

Fontes:

– Tribuna Nacional – Dados do Registro.br

domínio: tribunanacional.com.br

entidade: Círculo Memorial Octaviano Pinto Soares

documento: 026.990.366/0001-49

responsável: Nei Möhn

2 – Nei Mohn

Matéria Veja de 1980 – http://www.arqanalagoa.ufscar.br/pdf/recortes/R06814.pdf

Matéria da Isto É de 1982 – http://www.arqanalagoa.ufscar.br/pdf/recortes/R03648.pdf

3 – Filho de Nei

Bruno Degrazia Möhn (OAB/DF 18.161)

Trabalha no escritório Menezes e Vieira Advogados Associados – http://www.migalhas.com.br/mostra_noticia_articuladas.aspx?cod=11457 – artigo defesa ppp

Escritório contratado por Dantas no caso BRT – http://www.anapar.com.br/noticias.php?id=6602
 Esquerdopata


Leia mais em: ¹³ O ESQUERDOPATA ¹³ 
Under Creative Commons License: Attribution

Dilma é alvo de grupos de extrema-direita e neonazistas


O jornalista Tony Chastinet fez um levantamento minucioso sobre a origem de um dos e-mails caluniosos que circulam contra a candidata Dilma Rousseff (PT). Não precisou de dinheiro, nem de ferramentas especiais. Usou basicamente o “Google”. Gastou alguns minutos e usou a experiência de quem já investigou dezenas e dezenas de picaretas em suas reportagens investigativas. Tony Chastinet descobriu que o email partiu de gente ligada à extrema-direita e a grupos neonazistas. Gente com nome, sobrenome e endereço. O jornalista apresenta as provas.
Publicado originalmente no blog Escrevinhador, de Rodrigo Vianna

Não é difícil rastrear os caminhos da boataria que atingiu Dilma Rousseff, poucas semanas antes do primeiro turno. A campanha do PT parece não ter levado a sério a ameaça. E a boataria e as calúnias prosseguem.

O jornalista Tony Chastinet – colega com quem tive o prazer de dividir o prêmio Vladimir Herzog em 2007, e com quem produzi a série de reportagens sobre as centrais clandestinas de tortura durante a ditadura – fez um levantamento minucioso sobre a origem de um desses e-mails caluniosos. Não precisou de dinheiro, nem de ferramentas especiais. Usou basicamente o “Google”. Gastou alguns minutos e usou a experiência de quem já investigou dezenas e dezenas de picaretas em suas reportagens investigativas.

Tony Chastinet descobriu que o email partiu de gente ligada à extrema-direita. Gente com nome, sobrenome e endereço. Confiram…

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O CAMINHO DA CALÚNIA

por Tony Chastinet

Recebi ontem à noite um daqueles e-mails nojentos e anônimos, que estão circulando na internet, com calúnias contra a candidata Dilma Roussef. Decidi gastar alguns minutos para tentar identificar os autores. Consegui, e repasso abaixo as informações sobre os autores da baixaria – incluindo as fontes da pesquisa. 

Há um e-mail circulando na internet com o seguinte título: “Candidatos de esquerda”. Na mensagem há uma série de calúnias contra Dilma, e o pedido para se votar no Serra. Também recomenda a leitura do sitewww.tribunanacional.com.br.

Entrei na página e de cara me deparei com aquela foto montada da Dilma ao lado de um fuzil. Uma verdadeira central de calúnias ligada à extrema direita. Vejam uma amostra neste linkhttp://www.tribunanacional.com.br/v2/editorial/a-terrorista/.

O e-mail foi enviado para minha caixa postal na noite de domingo. O remetente é um tal de Ingo Schimidt (ingo@tribunanacional.com.br). O site está registrado na Fapesp em nome do “Círculo Memorial Octaviano Pinto Soares”.

Essa associação tem CNPJ (026.990.366/0001-49), está localizada na SCRN, 706-707, Bloco B, Sala 125, na Asa Norte, em Brasília. O responsável pelo site chama-se Nei Mohn. Em uma pesquisa superficial na internet, descobre-se que ele foi presidente da “Juventude Nazista” em 1968. Era informante do Cenimar e suspeito de atos de terrorismo na década de 80 (bombas em bancas de jornais e outros atentados feitos pela tigrada da comunidade de informações). Também foi investigado por falsificar o jornal da Igreja Católica, atacando religiosos que denunciavam torturas, assassinatos e desaparecimentos (vejam abaixo nas fontes).

Nunca foi investigado e sequer punido pelas barbaridades que aprontou. Para isso, contou com a proteção dos militares e da comunidade de informações para abafar os escândalos e investigações.

Prossegui na pesquisa e descobri que o filho de Nei, o advogado Bruno Degrazia Möhn trabalha para um grande escritório de advocacia de Brasília contratado por Daniel Dantas para representar o deputado federal Alberto Fraga (DEM) em ação no TCU movida pelo deputado para tentar impedir a compra de ações da BRT/OI pelos fundos de pensão.

Interessante essa ligação entre a extrema direita, nazistas e Daniel Dantas. Mas tem mais.

No registro do site ainda há outros dois nomes apontados como responsáveis pela página: Antonio Afonso Xavier de Serpa Pinto e Zoltan Nassif Korontai.

Serpa Pinto trabalha na Secretaria da Fazenda de Mato Grosso. Korontai é responsável pelo site http://www.projetovendabrasil.com.br. É um negócio estranho como pode ser visto na página da internet. Ele atua na área de tecnologia e fez concurso para analista de sistemas no TRE do Paraná.

O cadastro do site dele está em nome da CliqueHost Internet Hosting e Eletro Eletrônicos (CNPJ 008.144.575/0001-90 – Avenida Doutor Chucri Zaidan, 246, SL 18, São Paulo). O responsável chama-se Frederich Resende Soares Marinho.

Marinho é consultor de informática e trabalha em Piraúba (MG). Há uma série de reclamações de que ele vendeu hospedagens de site e não entregou o serviço. Ele é membro da Assembleia de Deus em Sorocaba.

Outro dado interessante: Ingo coloca um link no e-mail para quem não quiser mais receber as mensagens. Esse link aponta para o seguinte endereço: ingo.newssender.com.br. Newssender é um serviço de marketing eletrônico (leia-se spam) registrado e vendido pela Locaweb Serviços de Internet S/A. O curioso é que é o mesmo provedor que hospeda o site do candidato tucano.

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Fontes:

– Tribuna Nacional – Dados do Registro.br

domínio: tribunanacional.com.br

entidade: Círculo Memorial Octaviano Pinto Soares

documento: 026.990.366/0001-49

responsável: Nei Möhn

2 – Nei Mohn

Matéria Veja de 1980 –http://www.arqanalagoa.ufscar.br/pdf/recortes/R06814.pdf

Matéria da Isto É de 1982 –http://www.arqanalagoa.ufscar.br/pdf/recortes/R03648.pdf

3 – Filho de Nei

Bruno Degrazia Möhn (OAB/DF 18.161)

Trabalha no escritório Menezes e Vieira Advogados Associados –http://www.migalhas.com.br/mostra_noticia_articuladas.aspx?cod=11457 – artigo defesa ppp

Escritório contratado por Dantas no caso BRT –http://www.anapar.com.br/noticias.php?id=6602

4 – Antonio Afonso Xavier de Serpa Pinto

Funcionário da secretaria estadual da fazenda de mato grosso

http://app1.sefaz.mt.gov.br/Sistema/Legislacao/legislacaopessoa.nsf/2b2e6c5ed54869788425671300480214/88e35b271696c3bf0425738500423ded?OpenDocument

5 – Zoltan Nassif Korontai

Site dele – http://www.projetovendabrasil.com.br/?pg=calculadora-de-ivestimento&p=253

Dados do registro.br

domínio: projetovendabrasil.com.br

entidade: CliqueHost Internet Hosting e Eletro Eletrônicos L

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

CNBB que agride Dilma é de SP. Qual a novidade ?



À direita da foto, José Serra

Saiu na Folha (*), pág. A4:

“Braço da CNBB (de São Paulo – PHA) distribui panfleto anti-Dilma a fiéis.” 

“Entidade diz que suas regionais não estão autorizadas a falar em nome  da cúpula, que não vetou candidatos.”

O Centro do Golpe do Estado Teocrático, presidido pelo Aiatolá das Mil Caras, é a Regional-Sul da CNBB, responsável pelo Estado de São Paulo, sob a liderança do Bispo Nelson Westrupp, de Santo André.

Navalha
A combinação da CNBB-SP com Serra resultaria num regime neofranquista.
Serra teria evoluído do neoliberalismo do Pinochet para a Monarquia do Generalíssimo.
Se eles ganhassem a eleição, ia ser assim: o Brasil do pecado de um lado, e um enclave virtuoso, que, hoje, corresponde ao Estado de São Paulo.
Neste enclave, nenhuma mulher faria aborto.
Nenhum homem seria adúltero.
O Aiatolá despacharia num Castelo ao lado da Igreja de Nossa Senhora da Aparecida.
O Castelo de Areia seria construído pelo Paulo Preto.
E, na porta, a Monica Serra venderia óculos da Daslu, de aro vermelho – devidamente banhados em água santa.
Viva o Brasil de 1964 !
Foi nisso o que deu o “avanço” do FHC.
Clique aqui para ler “Aborto é o que restou do legado do FHC”.

Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.