Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista
Mostrando postagens com marcador malafaia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador malafaia. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

De insanidade, basta a dos terroristas do “Estado Islâmico”

reload

Qualquer pessoa de bom senso sabe que não é por falta de bomba que Afeganistão, Iraque, Líbia, Síria, Líbano, Iêmem e uma série de nações árabes estão mergulhadas em conflitos sectários. Afinal, o Ocidente está jogando bombas, foguetes, mísseis, drones e tudo o quanto mais se dispõe de tecnologia há mais de uma década. Ninguém de  boa-fé e juízo acredita que bombardear o Estado Islâmico (ISIS) resolverá o problema da violência fundamentalista no Oriente Médio.


A “onda” que a imprensa brasileira, com sua notória imparcialidade, faz em cima do assunto  se desmancha com um simples parágrafo da entrevista da presidenta em Nova York:
“Dilma também defendeu que os conflitos sejam resolvidos dentro dos marcos legais internacionais. “Quais são eles? É o Direito Internacional e o fato de qualquer ação ter de se submeter ao acordo do Conselho de Segurança da ONU.”

A posição brasileira é mais do que clara e se expressa muito bem nas palavras do embaixador Paulo Sergio Pinheiro, presidente da comissão da ONU que investiga as violações de direitos humanos na Síria, em entrevista que deu à Istoé, no dia 23, antes, portanto, da manifestação de Dilma:
ISTOÉ – E quem financia esse grupo terrorista?

Pinheiro – Há vários financiadores. Eu não posso citar os países, mas, basicamente, quem banca o EI são as monarquias do Golfo, que são sunitas e têm interesses muito antigos na Síria. A Síria sempre foi um polo independente na luta contra Israel e hoje é ligada ao Irã. Essas monarquias do Golfo querem que a Síria se desligue do Irã. É um conflito muito regional. Quem domina a Síria é uma vertente dos xiitas, que são os alauítas, minoria à qual pertence o presidente Assad. E os membros do EI são todos sunitas. No início, o conflito na Síria não era uma luta tão sectária. Mas hoje a presença do EI é o ápice de uma luta entre sunitas e o governo, que é xiita. Isso posto, o próprio EI tem recursos extraordinários. Eles saqueiam bancos e exploram e contrabandeiam petróleo. Têm recursos, armas e experiência em combate, e até pagam salários aos combatentes.

ISTOÉ – Qual é a responsabilidade de países como os Estados Unidos e os membros da União Europeia na ascensão do Estado Islâmico?

Pinheiro – Os EUA e a Europa, assim como o Qatar, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e a Turquia, em determinado momento, apoiaram os grupos armados contrários ao governo de Assad. Em 2011, o início desses movimentos na Síria parecia uma vertente da Primavera Árabe, mas que logo foi militarizada. Se no começo esses grupos eram moderados, hoje são todos militarizados. Nenhum tem um projeto claro de democracia. Os desejos nutridos no berço dessa revolução síria se perderam. O objetivo do EI hoje é a restauração do califado, algo que terminou com o fim do Império Otomano. Eles querem criar uma autoridade que irá confrontar diretamente a Arábia Saudita, atual guardiã de Meca e de lugares sagrados para os islâmicos. Os membros do grupo terrorista contestam essa autoridade. Isso é curioso, já que muitos combatentes sauditas estavam na origem desses grupos radicais na Síria.
Precisa ser mais claro para dizer que esta monstruosidade de hoje é filha do intervencionismo ocidental, ou pró-ocidental?
Antes do bombardeio americano, o embaixador Pinheiro elogiava, inclusive, a prudência de Barack Obama:

ISTOÉ – O presidente Barack Obama tem sido criticado por não combater militarmente o EI. O que o sr. acha disso?

Pinheiro – O presidente Obama está hesitante, mas, a meu ver, ele está agindo certo. Atacar o EI com bombardeios afetaria muito a população civil. Sem um acordo com o governo Assad, qualquer ação militar estrangeira na Síria seria muito complicada e limitada. Por enquanto não há indicação de que o governo americano irá de fato despachar tropas terrestres para a Síria. Oficialmente, a posição dos EUA continua sendo a de não enviar soldados para lá. E o EI é uma bomba de efeito retardado. Na medida em que forem atacados no Iraque, irão voltar para a Síria. Se forem atacados no Iraque e na Síria, os combatentes voltarão para os países de origem, especialmente europeus, o que fatalmente irá ocorrer, já que a identificação e o controle desses indivíduos são muito difíceis.

ISTOÉ – E como o sr. vê a posição do Brasil nessa questão?

Pinheiro – É muito clara a posição do governo brasileiro de que não há solução militar para o conflito na Síria. O Brasil compartilha com a visão da Comissão de que a negociação política tem de recomeçar. Todas as propostas de derrubada do governo Assad foram equivocadas. Três anos depois ele ainda está no poder. Se nada for feito, essa guerra pode continuar por dez anos, e aí a Síria seria destruída. 

malafaia

Mas Aécio Neves e o porta-voz religioso do
marinismo, Silas Malafaia,  querem transformar isso em “dialogar com assassinos” – assassinos, aliás, em alguma época armados e pagos pelo Ocidente – numa pobreza mental e num oportunismo sem par, procurando assustar as pessoas menos informadas e, se depender da imprensa, sempre mal informadas.

Quer dizer, então, que ser contra a invasão do Afeganistão e do Iraque seria “dialogar com terroristas que explodem prédios com aviões”?

Que proveito se tira em dizer o óbvio, que é chocante e repugnante fazer execuções e espalhar suas imagens pela internet, no que o embaixador chamou de “pornografia do terror”?

O que cabe a chefes de Estado ou a quem pretenda sê-lo é romper este círculo de morte e barbárie que parece interminável.

Não é nenhum site esquerdista, mas a conservadoríssima The Economist quem compara hoje as ações unilaterais de Barack Obama com as de George Bush após o 11 de Setembro.

O triste deste primarismo é bem retratado numa mensagem de  twitter reproduzida pelo Brasilpost, alguns dias atrás: ““A Primeira Guerra do Golfo gerou a Al Qaeda. A segunda, o ISIS. Mal posso esperar para ver os horrores que nos esperam depois da terceira!”

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Marina você desbotou


Paulo Roberto Costa, o ex-diretor da Petrobras que agora recorre à delação premiada, foi demitido da estatal em 27 de abril de 2012
 
Dilma, ao Estadão: nós investigamos tudo, doa a quem doer; mas não foi assim (em março de 2001) quando afundou uma plataforma de petróleo no governo FHC. Não é próprio das plataformas saírem por aí afundando E aquela custou R$ 1,5 bilhão, são duas Pasadenas, viu? E não investigaram.
 
Dilma, em entrevista ao Estadão: Quem acha que vai governar sozinho (com os bons) normalmente tem algum poderoso por trás e normalmente é alguém muito rico. Isto não é nova política; é uma política velha, que levou a crises no passado
 
Aprovação à Presidenta Dilma sobe 5 pontos e vai a 52,4%; avaliação de seu governo soma 76,5% entre regular, ótimo e bom (pesquisa CNT).
 

Nas últimas horas a 'nova política' de Marina adquiriu o frescor de uma Margareth Thatcher de museu de cera.

por: Saul Leblon
Reprodução/Muda Mais

A exemplo do que ocorre em praticamente todo o planeta, a dominação financeira tornou-se um problema estrutural do desenvolvimento brasileiro.

A novidade é que nestas eleições ela se transformou, também, em um tema divisor da democracia.

Trata-se de uma novidade vertiginosa.

Que injeta transparência histórica à disputa presidencial, e tem potencial esclarecedor capaz de impulsionar as grandes viradas eleitorais.

Justiça seja feita, deve-se isso em parte ao fervor novo-cristão da candidatura Marina Silva.

A independência do Banco Central, viga mestra do programa do PSB, funcionou como esse coágulo polarizante, incômodo e revelador, que atropelou a pauta do Brasil aos cacos, imposta pela mídia conservadora à disputa.

O ‘ruído’ empresta transparência política aos interesses alinhados em torno das duas candidaturas mais competitivas de 2014.

E isso não é bom para quem se avoca o estuário dos melhores, dos bons e dos justos.

A polaridade está posta há muito tempo na sociedade brasileira e em todo o mundo.

Mas foi o surgimento de uma terceira voz, empenhada em conquistar audiência junto ao mercado financeiro, que catalisou a dimensão histórica daquilo até então expresso de forma técnica pelo conservadorismo. E contornado de maneira mitigada pelo campo progressista.

Eduardo Campos e Marina chegaram com sede ao pote, determinados a disputar com o PSDB a primazia na representação dos interesses graúdos na vida do país.

A oferta teria que vir acompanhada de uma contraprova de vantagem e validade insofismável.

O selo de garantia foi a inclusão da independência do BC no alicerce programático da dupla.

A morte de Campos e a radicalização da disputa fez o resto.
 O alegre consenso em torno da ‘nova política’ impôs ao próprio governo, e ao PT, a necessidade de explicitar o polo oposto de um braço e ferro que a crise de 2008 já havia revelado em sua natureza inconciliável: quem vai ordenar o passo seguinte do desenvolvimento, a soberania democrática ou despotismo financeiro?

A disjuntiva, agora clara, depois de um hiato de perplexidade com o aluvião conservador, desembarcou nesta 3ª feira na campanha eleitoral de Dilma na televisão.

E o fez da forma como Lula cobrou em encontro com a militância na última 6ª feira: demarcando a natureza de classe da disputa em curso no país (assista aqui).

Ou seja, dando a essa contraposição um simbolismo que expõe causas e consequências com uma clareza poucas vezes presente na narrativa dos embates vividos desde 2003.

Se o governo e o PT são requisitados a dar expressão política literal a um conflito antes tratado de forma difusa (leia ‘A nau de Marina e o dilúvio antipetista’), do lado contrário fica cada vez mais difícil levitar na ‘terceira via’, depois de atravessar o Rubicão da parceria carnal com os mercados.

A verdade é que nas últimas horas a  ‘nova política’ de Marina Silva adquiriu o frescor de uma Margareth Thatcher de museu de cera.

E esse não é um problema de natureza geriátrica.

Mas de um arrendamento histórico conferido ao capital financeiro em seu programa de governo, que tem no Banco Central independente um pilar de sustentação política e ao mesmo tempo um garrote de credibilidade eleitoral.

A 25 dias da urna o PT aprendeu a girar a rosca.
 Fica difícil a Marina despir-se desse marcador ideológico com a mesma frivolidade com que desembarcou os direitos GBLT de sua plataforma, 24 horas após a intervenção tutelar do bispo Silas Malafaia.

Seu bonde eleitoral derreteria em menos tempo ainda se tentasse uma guinada dissimuladora para fora da dominância financeira que encampou.

O sacrossanto “tripé”, do qual Marina se tornou uma defensora ardorosa, enlaça assim o pescoço da nova-cristã ameaçando esganá-la qualquer que seja o seu ponto de fuga.

Uma espécie de enforcador à distância, o tripé consiste de uma coleira dentada que permite ao dinheiro grosso submeter governos, partidos e demais instâncias sociais a um comando de desempenho monitorado por três variáveis.

A saber:
1. regime de metas de inflação, ancorado no chicote dos juros “teatrais”, se necessários, asseverou Marina  para delírio do mercado;

2. câmbio livre, leia-se, nenhum aroma de controle de capitais, o que condena o BC ‘independente’ a se tornar uma correia de transmissão da irracionalidade especulativa dos mercados globais para dentro do país;

3. o superávit “cheio” – leia-se arrocho fiscal para garantir os juros dos rentistas.

Marina descobriu que quando abre a boca pautada por essa melodia encanta banqueiros e rentistas em geral.

Os meetings de seus assessores com a turma do mercado frequentemente são interrompidos por aplausos calorosos.

Escavar um fosso entre a representação política da sociedade e o poder efetivo do dinheiro sobre o seu destino é tudo o que esses auditórios almejam.

Se alguém trata isso com leveza, sedução e aroma popular como resistir?

A resistência teria que vir do outro lado da radicalização rentista introduzida por Marina na disputa de 2014.

É o ponto onde estamos.E essa será a toada da campanha progressista de agora em diante.

Trata-se de espetar em Marina as suas próprias propostas na forma de perguntas emolduradas pela contradição determinante em nosso tempo. 

Serve ao Brasil um Presidente da República que terá apenas o orçamento fiscal para governar, já que a moeda, o juro, o câmbio e o poder de compra das famílias serão ordenados pela banca através do BC independente?

Serve ao Brasil um Presidente da República que tem como meta programática desregular o mercado de crédito no país? E desobrigar a banca privada da destinação obrigatória de parte dos depósitos à vista e da poupança ao crédito agrícola e ao financiamento habitacional?

Serve ao país um Presidente da República que se propõe a reforçar a hipertrofia de um poder financeiro, cuja participação na Bolsa brasileira já é o dobro da registrada pelo seu equivalente nos EUA, mas que não financia a produção e menos ainda a infraestrutura?

Serve ao país um Presidente da República que se avoca herdeira dos protestos de 2013 por melhores serviços e maior qualidade de vida, mas que se apoia em uma terceirização do poder de Estado desse calibre?

A resposta da candidata do PSB é flutuar no tempo e no espaço que resta de campanha na tentativa de escapar ao atrito corrosivo que contrapõe os interesses populares aos da hegemonia financeira acolhida em seu projeto para o país.

Ao campo progressista cabe o desafio de maximizar o giro do ponteiro eleitoral.

Com propostas que articulem a verdadeira nova política para um novo ciclo de desenvolvimento em meio à desordem neoliberal: aquela ancorada na repactuação do futuro com ampla participação democrática da sociedade.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O TAMANHO DA VITÓRIA DO NUNCA DANTES l e ll


No Supremo é assim, agora: na dúvida, pau no réu. Na vida real, é assim: na dúvida, com o Lula.



O Nunca Dantes derrotou o principal líder da oposição.

O Nunca Dantes derrotou o principal líder da oposição, que jogava em casa, com a plateia dele.

O Nunca Dantes derrotou a extrema-direita mais obscurantista, o malafismo medieval.

O Nunca Dantes derrotou a campanha mais baixa, mais suja da República.

O Nunca Dantes ganhou em São Paulo capital e no cinturão vermelho em torno da capital, logo, do Palácio dos Bandeirantes.

Caiu a Stalingrado tucana.

O Nunca Dantes ganhou em 68 cidades de São Paulo – o que nunca tinha acontecido antes.

O Nunca Dantes botou a batata do Alckmin pra assar.

Falta cair Moscou.

O Nunca Dantes derrotou o único ideólogo da extrema direita, o Farol de Alexandria.

Ele é um jênio: disse que o PSDB precisa renovar-se e considerou que Cerra foi um bom candidato.

O Nunca Dantes derrotou o Supremo.

Derrotou a cronologia do julgamento do Supremo, afinada com a Superintendência de programação da Globo.

O Nunca Dantes derrotou o Ayres Britto, que organizou os prazos e as datas.

O Nunca Dantes derrotou os 18′.

A mais deslavada tentativa de Golpe da Globo: 18′ na ante-véspera da eleição, para ferrar o Haddad.

Foi uma derrota acachapante, a tal ponto que o filho do Roberto Marinho deveria mandar o Ali Kamel embora, pra escrever “Memórias de uma Guerra Suja – II”.

O Nunca Dantes fincou a bandeira do PT na classe média paulistana.

O partido do Nunca Dantes passará a comandar a maior parcela dos orçamentos municipais do país – e, portanto, governar para os pobres.

O partido do Nunca Dantes sai da eleição com a vitória sobre o maior número de eleitores do país – logo, um eleitor com mais chances de votar na Dilma do que no Padim Pade Cerra, o eterno candidato da Globo.

O principal partido da oposição, os tucanos, encolhe desde 2000.

Ou seja, Cerra é o Jim Jones do partido.

O Nunca Dantes saiu engrandecido da eleição.

A derrota de Haddad seria um tiro no peito.

Por isso o PiG (*) e o Supremo se uniram, no tempo e no espaço.

No Supremo é assim, agora: na dúvida, pau no réu.

Na vida real, é assim: na dúvida, com o Lula.

Em tempo: um pedaço da vitória do Nunca Dantes e do Haddad se deve ao trabalho de José Dirceu, o arquiteto da obra do PT amplo, fora do gueto que o professor Wanderley chamou de “sindicalismo messiânico”. Essa obra foi tão profunda – clique aqui para ler o que disse o André Singer sobre “o  reformismo do Lula vai durar muito tempo” – que é preciso algemá-lo diante das câmeras da Globo. 


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

NUNCA DANTES: 


O TAMANHO DA VITÓRIA – II

O Cerra ainda vai destruir o PSDB, eleição após eleição:
Basta ler os títulos da seção “Política” do jornal Valor:

- PT comandará a maior parcela dos orçamentos municipais: R$ 77 bilhões (para governar em benefício dos pobres – PHA);

- Violência, um tema em ascensão para 2014, em São Paulo;

- Haddad finca a bandeira do PT no centro da cidade de São Paulo;

- PT sai reforçado para a disputa do Governo de São Paulo em 2014;

- Vitória em SP amplia coesão e cacife de Lula no PT;

- “Provou-se que o sistema político suporta o desgaste do mensalão”, Renato Lessa;

Na Folha (*):

- Com a vitória em SP, PT vai governar o maior número de eleitores;

- Em relação a 2008, o total de eleitores governados por prefeitos petistas crescerá 29%;

- Os tucanos vão governar MENOS 3% de eleitores;

- Os tucanos vão governar MENOS 12% de prefeituras.

O Cerra ainda vai destruir o PSDB, eleição após eleição.
Mas, ninguém no Partido tem mais grana e PiG (*) do que ele.
Ele saiu “revigorado” da derrota para o Haddad.
E com o Supremo no coldre.

Paulo Henrique Amorim




(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

*Kit-contagioso: Serra isola Malafaia da mídia; pastor embarca para a Inglaterra e só volta após o 2º turno.


Furo MTV - Serra quer salvar jovens com "propensão ao crime"


A derrota das oposições

A derrota, nestas eleições de 2012, fica com as oposições. Em primeiro lugar, há uma derrota moral. Sem alternativas a propor, desossada do ponto de vista programático, em sua retórica nacional, capitaneada pela mídia conservadora e pelo candidato pessedebista à prefeitura de S. Paulo, tudo o que as oposições apresentaram foi a consigna de “remember Mensalão”.

Reykjavik

Ainda não se sabe qual será o resultado do segundo turno. Vamos aguardar. Mas uma coisa já se sabe: a derrota, nestas eleições de 2012, fica com as oposições.

Em primeiro lugar, há uma derrota moral. Sem alternativas a propor, desossada do ponto de vista programático, em sua retórica nacional, capitaneada pela mídia conservadora e pelo candidato pessedebista à prefeitura de S. Paulo, tudo o que as oposições apresentaram foi a consigna de “remember Mensalão”.

Requentaram o prato inventado, nunca provado. Inventaram seu “herói alternativo”, o ministro Joaquim Barbosa, também de origem humilde, como Lula, o arqui-inimigo daquela direita. Ele, de bom, de mau ou de nenhum grado, acabou entrando no papel. Sobretudo, ao enfrentar de modo irado seu rival – o dr. Silvana para a mídia esclerosada – o ministro Lewandovski, que, sendo revisor, teimava em revisar.

Enquanto isso, em S. Paulo, o candidato excelso (pelo menos para ele) do conservadorismo promovia o pastor Silas Malafaia e seu obscurantismo a cabo eleitoral. Para o opositor, o candidato petista, meu colega de FFLCH/USP e amigo Fernando Haddad, a resultante não podia ser melhor. Contra ele pesava, por exemplo, o apoio do ex-menino dos olhos da direita brasileira, Paulo Maluf. Pois Serra veio lembrar que quem tem Malafaia no próprio telhado não joga Maluf no dos outros.

Em segundo lugar, há uma derrota temporal e espacial. Mais uma vez a direita brasileira demonstra seu anacronismo irreversível. No momento, a pensar nas pesquisas (vamos ver, ainda assim, o que sai das urnas no domingo), a sua melhor cartada é o renascimento de um carlismo defasado em Salvador. E, como em S. Paulo, estribado na diferença de classes. Bom, pelo menos isso está mais claro: rico reacionário vota na direita, e quem com isso se identifica também. Pobre, remediado, povo, povão, vota na esquerda. A direita rifou o povão. Este só entra em suas preocupações se for abençoado pelo pastor Malafaia.

Finalmente, em terceiro lugar, há uma derrota política insofismável e intragável para as nossas direitas. Talvez até para alguns setores da esquerda também. Porque a presidenta Dilma sai reforçada da eleição. E o ex-presidente Lula deu um show de bola. Lula sacou, avaliou, compreendeu que o PT, sobretudo em seu setor paulista, precisava de uma renovação. E apostou nisso. E deu certo. Aliás, a renovação deu certo até onde ela não foi planejada, como em Osasco.

Mesmo que não ganhem, Pochmann e Haddad entrarão para a história do partido, de S. Paulo e do Brasil. Dilma já entrou. Agora é a vez deles. Aliás, de Edmilson, em Belém do Pará, PSOL, agora apoiado por Lula e Dilma também. Aos golpes por vezes no fígado de algumas lideranças do PSOL, Lula e Dilma respondem com a generosidade da visão política avançada.

A direita não agüenta. Talvez um dia ela se reerga das próprias cinzas. Então deixará de fazer campanha para derrotar Lula em 2002.

Ou Vargas em 1950 e 1954, ainda quem sabe.


Flávio Aguiar é correspondente internacional da Carta Maior em Berlim.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

DEPOIS DE MALAFAIA, SERRA EVOCA LOMBROSO

*Jornal Nacional interfere ostensivamente nas eleições em parceria com o desfrutável protagonismo das togas do STF**O que seu viu nesta 3ª feira dá a dimensão do que vem aí nas horas que antecederem a votação deste domingo** Eles tem razão, o Brasil virou uma Venezuela --as mídias dos dois países se nivelaram no golpismo.

Quem achava que depois da caça ao kit gay estaria esgotado o estoque de excrescências desta campanha, errou. Nesta 3ª-feira, em entrevista à amigável rádio CBN (da Globo), o candidato que trouxe o obscurantismo religioso ao centro da disputa, voltou a provocar calafrios em sua base mais esclarecida. Serra --se eleito-- pretende criar um programa de monitoramento de  jovens com 'propensão' para cometer crimes. "Vamos fazer um trabalho preventivo, identificar quem tem potencial para ir para o crime ou para a droga", disse o tucano. Alguém já pensou isso antes.E decidiu combater o mal pela raiz.Cesare Lombroso, criminalista e psiquiatra italiano que viveu no século XIX tipificou 'características congênitas' do criminoso. Assim como as prisões em que fez o seu trabalho, as escolas das periferias em que Serra pretende agir também estão lotadas de pobres.A exemplo de seguidores de Lombroso, o passo seguinte será identificar na juventude pobre as 'características congênitas' da criminalidade.Oremos pelas urnas do dia 28.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Eleições 2010 - Entenda o que está acontecendo com os evangélicos em cena.


ABORTO - ASSISTAM O VÍDEO ONDE ESSE MOÇO AQUI ARRANCOU APLAUSOS DA GALERA CATÓLICA, DEIXANDO A DEPUTADA VISIVELMENTE ATORDOADA; NERVOSA. O PASTOR MALAFAIAÉ FORMADO EM PSICOLOGIA. UM GRAVE ERRO DELE. PELA LÓGICA BURGUESA E DA GRANDE IMPRENSA, TINHA QUE TER, NO MÁXIMO, O ENSINO FUNDAMENTAL
 ASAMENTO GAY - LIBERAÇÃO DE DROGAS – A VOLTA DO ENSINO RELIGIOSO CATÓLICO NAS ESCOLAS – ESTATUTO DO MENOR – NOVELAS DA GLOBO – “BIG BROTHERS”... ASSISTAM O VÍDEO MAIS ABAIXO.

OS EVANGÉLICOS CARIOCAS REELEGERAM O GOVERNADOR FLUMINENSE, UM SENADOR EVANGÉLICO, VÁRIOS DEPUTADOS (“Garotinho” é o campeão de votos!”), MASSACRARAM O VERDE GABEIRA, DA LIVRE MACONHA, E DERAM À MARINA OS VOTOS PARA O SEGUNDO TURNO DA POLARIZAÇÃO. 
PRA QUÊ?


QUEREM SER OUVIDOS. 


O CARDEAL DA IGREJA CATÓLICA DEVE IR JUNTO.


O CONGRESSO NACIONAL SÓ É LIBERAL E “HOLANDÊS” COM ESSES TEMAS, NA TROCA DE VOTOS POR “PASSEATAS”. NO SEIO DA FAMÍLIA DELES, DE JEITO NENHUM!!!


A propósito do que está na internet:


“A Dilma parou de subir e a Marina começou a subir com a questão religiosa.
A “irmã” Marina juntou tudo isso e enrolou numa bandeira “verde”, capitalista.
A “Traíra” (PARA OS PETISTAS) in natura – embora tenha perdido a eleição no Acre.”


Ela não ganhou voto porque seja do partido verde da Natura, e, sim, porque assumiu o evangelismo “fundamentalista” - temente só a Deus e a Jesus; nada de "homens" ou de "estátuas"! É aquela que não acredita em Darwin e ver no papa a figura do “inimigo” (satanás, na Bíblia).


A Dilma vai ter que tomar conselhos com o Vice do Lula, Zé Alencar.


O Serra talvez seja o que tenha maiores problemas com isso, porque ele é tão religioso quanto democrata, “economista” e criador do medicamento “genérico”.


Fernando Henrique uma vez “escapou” que o Serra tem um “demoniozinho” dentro do peito... rsrs!


O dono do SENSUS Ricardo Guedes dizia antes das eleições que só um fator tirava a vitória da Dilma no primeiro turno. A “questão religiosa”.


Cá pra nós, e eu conheço de sobra: TRATA-SE DE UM VOTO “PRESSÃO ALTA”; Hipertensão Eleitoral que pesquisa de opinião nenhuma identifica.


O Partido da Imprensa só vai a cultos evangélicos, disfarçados pra dizerem aos patrões, o tempo inteiro, QUE OS “REBANHOS” E OS PASTORES SÓ PENSAM EM DINHEIRO! 

O Vaticano não!... rs rs


E um alerta aos dois candidatos: ao contrário do que se pensa, A MAIOR IGREJA EVANGÉLICA DO BRASIL SÃO (têem dois "Conselhos" agora), DISPARADAS, AS “ASSEMBLEIAS DE DEUS”!


Diga isso pra Dilma, “irmão” Vice-presidente José de Alencar da Universal do Reino de Deus. 


A Universal do bispo Edir Macedo é só a terceira ou quarta denominação em números de fieis. 


Perseguisão aos "crentes" por causa de guerra de IBOPE em programção de TV, DEIXOU DE SER RECOMENDÁVEL

Diz o IBGE.