Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

terça-feira, 1 de maio de 2012

silenciosas e moleculares revoluções

 



Vila Euclides: uma revolução molecular

Em uma conjuntura de crise e de crescimento acelerado do desemprego nos EUA e na Zona do Euro, talvez o melhor exercício neste 1º de maio de 2012 seja revisitar as lutas travadas nas décadas de 1970 e 1980 para perceber o quanto ganhamos, em massa crítica acumulada, no mundo do trabalho.

Talvez o melhor exercício neste 1º de maio de 2012 seja revisitar as lutas travadas nas décadas de 1970 e 1980 para perceber o quanto ganhamos, em massa crítica acumulada, no mundo do trabalho. Deixando para trás, tendências que, no final da ditadura, desejavam, quando muito, uma readaptação do corporativismo aos novos tempos que chegavam, correntes que rejeitavam toda tutela e paternalismo governamental tiraram o sindicalismo do sono letárgico do "jogo de aparelhos", de estruturas sindicais azeitadas, para levá-lo ao eterno jogo da conciliação de classes.

Quando, no dia 12 de março de 1978, os trabalhadores da Saab-Scania, em São Bernardo, param as máquinas e cruzam os braços, eles iniciam um novo momento no movimento operário e na luta política no Brasil. A greve estendeu-se às fábricas vizinhas e, em menos de dez dias, mais de 30 mil trabalhadores ampliaram o movimento para as cidades do ABC paulista. Foram greves por fábrica, sem piquetes, e a elas se sucederam as greves por categorias que, uma após outra, cidade após cidade, em todos os estados, mudaram o quadro sindical, sacudiram o país de alto a baixo, num ascenso que se estenderia até 1979.

As marcas desse processo são a espontaneidade, a combatividade de suas direções, muitas surgidas por fora e atropelando os sindicatos e seu isolamento. As greves por categoria, mesmo não coincidindo no tempo e no espaço, não se articulavam em comandos unificados e ações conjuntas. Os patrões e os governos, pegos de surpresa, conhecem a mais dura derrota nos anos de chumbo. Nos dois anos seguintes, o ciclo das greves espontâneas e por categoria se encerra. As novas lideranças sabiam que, dali em diante, para conseguirem vitórias significativas, precisariam ultrapassar os limites da negociação patronal e enfrentar diretamente o regime militar e sua política econômica e social.

Os setores avançados do sindicalismo já tinham colocado essas questões na agenda do movimento: o Congresso dos metalúrgicos, no final de 1978, aprovara uma resolução para combater a CLT e a estrutura sindical corporativa -o AI-5 dos trabalhadores. Propunham o aprofundamento da organização nas bases, através das comissões de fábricas e a construção da Central Única dos Trabalhadores. A esquerda tradicional, que namorava os novos sindicalistas, vai afastando-se na medida em que estes vão definindo uma estratégia de combate calcada na independência política. O afastamento se aprofunda quando o setor mais avançado da classe trabalhadora propõe e articula a criação do Partido dos Trabalhadores. O embrião da mais original formação política de esquerda começa, como vemos na dinâmica própria do mundo do trabalho.

O período aberto pela greve de 21 de julho de 1983 já tem características fundamentalmente diferentes das lutas operárias anteriores. A iniciativa de Paulínia / São Bernardo conseguira fazer sair do papel proposta de greve geral e impulsionara uma unidade de ação que superava os marcos do apoliticismo e conservadorismo da estrutura sindical. A avaliação desse período não poderia ser feita sem levar em conta a adequação da burguesia e da ditadura às mudanças conjunturais. A estratégia não poderia ser mais equivocada: chamam os pelegos - Joaquinzão à frente - para um diálogo e tramam canalizar a greve para um acordo com a ditadura e a mobilização de massas para dentro do que havia de mais atrasado no mundo sindical. Erraram na dose, erraram de interlocução. A tentativa de isolar o sindicalismo autêntico dos setores de massa já não era mais possível, e por um motivo bem simples: na ação, a base dos movimentos já demonstrara sua independência da direção nas greves de 1979 e 1980. 

Hoje, passados mais de 30 anos dos fatos relembrados, o relatório sobre o emprego no mundo, da Organização Internacional do Trabalho, confere ao país um notável destaque no cenário mundial.

Segundo o diretor-geral da OIT, Juan Somavia, os países que não sacrificaram o setor trabalhista estão superando a crise mais facilmente. O Brasil, que teve aumento de emprego, é citado no relatório como exemplo de país que adotou "políticas sociais e laborais adequadas.”

Em uma conjuntura de crise e de crescimento acelerado do desemprego nos Estados Unidos e na Zona do Euro, a situação privilegiada do país deve-se, sem dúvida, à correção da política macroeconômica dos governos de Lula e da presidente Dilma, mas se formos sondar sua essência ouviremos as palavras de ordem das grandes assembléias no então Estádio da Vila Euclides. É contra essas silenciosas e moleculares revoluções que as classes dominantes e seu braço corporativo se voltam desde 1978. Até aqui, 1º de maio de 2012, não obtiveram sucesso.

Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil


http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=5577&fb_source=message

Não foi erguida nenhuma estátua em memória dos mártires de Chicago nem na cidade de Chicago. Nem estátua, nem monolito, nem placa de bronze, nem nada.


Galeano e o 1º de Maio nos EUA
Por Eduardo Galeano, em "O livro dos abraços":

Chicago está cheia de fábricas. Existem fábricas até no centro da cidade, ao redor de um dos edifícios mais altos do mundo. Chicago está cheia de fábricas, Chicago está cheia de operários.

Ao chegar ao bairro de Heymarket, peço aos meus amigos que me mostrem o lugar onde foram enforcados, em 1886, aqueles operários que o mundo inteiro saúda a cada primeiro de maio. – Deve ser por aqui – me dizem. Mas ninguém sabe. Não foi erguida nenhuma estátua em memória dos mártires de Chicago nem na cidade de Chicago. Nem estátua, nem monolito, nem placa de bronze, nem nada.

 O primeiro de maio é o único dia verdadeiramente universal da humanidade inteira, o único dia no qual coincidem todas as histórias e todas as geografias, todas as línguas e as religiões e as culturas do mundo; mas nos Estados Unidos o primeiro de maio é um dia como qualquer outro. Nesse dia, as pessoas trabalham normalmente, e ninguém, ou quase ninguém, recorda que os direitos da classe operária não brotaram do vento, ou da mão de Deus ou do amo.

Após a inútil exploração de Heymarket, meus amigos me levam para conhecer a melhor livraria da cidade. E lá, por pura curiosidade, por pura casualidade, descubro um velho cartaz que está como que esperando por mim, metido entre muitos outros cartazes de música, rock e cinema.

O cartaz reproduz um provérbio da África: Até que os leões tenham seus próprios historiadores, as histórias de caçadas continuarão glorificando o caçador

Excelente campanha idealizada pela blogueira "suja" Maria Frô. A direita vence em SP também por conta de que muitos imigrantes de outras regiões do país não votam por jamais terem transferido seus títulos. Apóio! - Eduardo Guimarães

Dos remédios à educação - O que Ernani de Paula tem a contar na CPI

O que Ernani de Paula tem a contar na CPI

Testemunha chave do modo de agir da quadrilha goiana, o ex-prefeito de Anápolis, que apontou as digitais de Cachoeira na denúncia que deu origem ao mensalão, pretende revelar a conexão entre Marconi Perillo e José Serra na área da educação; segundo ele, a caixa-preta da política brasileira

30 de Abril de 2012 às 20:04
247 – Ernani de Paula, empresário, dono da Faculdade São Marcos e ex-prefeito da cidade de Anápolis (GO), concedeu, um mês atrás, ao 247, uma entrevista bombástica. Disse, com todas as letras, que a denúncia que deu origem ao processo do mensalão, sobre o pagamento de propina dentro dos Correios, foi produzida pela quadrilha liderada pelo bicheiro Carlos Cachoeira (leia mais aqui). Assim como em várias produções dos estúdios Cachoeira, o filme foi feito pelo araponga Jairo Martins, publicado por Policarpo Júnior, em Veja, e reverberado pelo senador Demóstenes Torres, na tribuna do Senado. O objetivo, segundo Ernani de Paula, era constranger o governo Lula a nomear Demóstenes como secretário Nacional de Justiça. Ernani sabia do plano porque sua ex-mulher, Sandra Melon, era suplente do senador Demóstenes e ocuparia sua cadeira caso a iniciativa vingasse.
Observador atento da realidade goiana, Ernani de Paula conviveu de perto com vários personagens da crise atual. Entre eles, Carlos Cachoeira, que é de Anápolis, Demóstenes, que se elegeu com os votos da cidade, Marconi Perillo, que, como governador, decretou intervenção no município, e Marcelo Limírio, dono de laboratório e sócio de Demóstenes numa faculdade.
Limírio, que é dono da Neoquímica e já contratou diversos assessores de imprensa, temendo ser o próximo alvo da Operação Monte Carlo, comprou uma fazenda que pertencia a Ernani de Paula, na cidade de Anápolis. “A minha antiga fazenda, chamada Barreiro, se tornou um ponto de encontro entre Cachoeira, Demóstenes e Limírio”, diz Ernani de Paula ao 247. “E isso apareceu até no inquérito da Polícia Federal”.
Dos remédios à educação
Anápolis, que já foi governada por Ernani de Paula, se tornou a capital nacional dos remédios genéricos, quando o ministro José Serra, na Saúde, aprovou a lei que permitiu a produção desses medicamentos. “Foi assim que o Carlinhos Cachoeira começou a migrar para o ramo das atividades legais”, diz Ernani de Paula.
Em Anápolis, o bicheiro se tornou dono do laboratório Vitapan, que hoje é controlado por sua ex-mulher Adriana Aprígio. E foi na condição de empresário do ramo farmacêutico – e não mais como “empresário de jogos” – que Cachoeira passou a se apresentar às autoridades.
Antes de ser prefeito, como fazendeiro e morador de Anápolis, Ernani de Paulo fundou o Instituto Melon, que foi o terceiro do Brasil a fazer a certificação de remédios genéricos. Depois de sua entrada na prefeitura, em 2001, o Instituto Melon foi repassado para o Instituto de Certificação Farmacêutica, controlado por Walterci de Melo, do Laboratório Teuto, Marcelo Limírio, da Neoquímica, e Carlos Cachoeira, da Vitapan.
Neste momento, teve início a aproximação empresarial – e depois familiar – entre Cachoeira e Limírio. Um filho de Limírio, por exemplo, é casado com uma sobrinha de Cachoeira. Depois dos negócios farmacêuticos, os dois começam a olhar com carinho para um setor que começava a explodir em Goiás e no Brasil inteiro: a educação superior.
As Faculdades Padrão e Nova Capital
No auge da crise deflagrada pela Operação Monte Carlo, o Brasil se surpreendeu com a influência exercida pelo senador Demóstenes Torres no Conselho Nacional da Educação, um órgão do MEC. Em apenas 14 dias, ele obteve, do conselheiro Paulo Spiller, autorização para abrir a Faculdade Nova Capital, em Contagem (MG). No papel, Demóstenes é sócio de Marcelo Limírio. Mas, na sociedade goiana, especula-se que Cachoeira seja sócio oculto da faculdade.
O interesse de Cachoeira pela educação também se revelou num outro episódio: o da Faculdade Padrão, do empresário Walter de Paula. Oficialmente, Walter de Paula foi o comprador da casa onde o governador Marconi Perillo residia e também onde foi preso o bicheiro Carlos Cachoeira. Num grampo divulgado neste domingo pela Folha de S. Paulo, Cachoeira determina a um de seus assessores que entregue o dinheiro do imóvel ao governador – Perillo se defendeu afirmando que vendeu a casa, no condomínio de Alphaville, a Walter de Paula, e não a Cachoeira.
Da mesma maneira em que pode ser sócio oculto da Faculdade Nova Capital, Cachoeira também tem grandes interesses na Faculdade Padrão. Num grampo da Polícia Federal, ele ordena ao senador Demóstenes Torres que interceda junto ao Conselho Nacional de Educação para que reverta o parecer contrário à instalação de uma escola de medicina na Faculdade Padrão – o conselheiro, no caso, também era Paulo Spiller.
A educação se tornou um grande negócio em Goiás porque Marconi Perillo criou, em 1999, um programa chamado Bolsa Universitária, dirigido pela primeira-dama Valéria Perillo. O programa bancava, com recursos do Estado, bolsas de estudo de ensino superior a jovens carentes. “Este programa é uma caixa-preta, de difícil fiscalização sobre a real concessão de bolsas e a boa aplicação dos recursos”, diz Ernani de Paula. “A Faculdade Padrão, por exemplo, foi uma das mais beneficiadas”.
De Goiás para São Paulo
Quando José Serra assumiu o governo de São Paulo, em 2007, uma de suas primeiras medidas foi ampliar um projeto semelhante no Estado de São Paulo. No mesmo ano, Ernani de Paula passou a trabalhar com o pai na Universidade São Marcos, que existe há 41 anos. E começou a monitorar, com lupa, os recursos que eram transferidos pelo governo paulista às instituições de ensino – mais de R$ 700 milhões, desde 2004.
“Grupos educacionais que eram irrelevantes, mas que construíram boas conexões políticas com o PSDB, receberam verdadeiras fortunas”, diz Ernani de Paula. O caso que mais chama a atenção, segundo ele, é o da Faculdade Sumaré, que já soma quase R$ 70 milhões em repasses. Em seguida, há o do grupo Uniesp, que recebeu pouco mais de R$ 60 milhões.
A São Marcos, ao contrário da Sumaré e da Uniesp, não recebeu repasses do governo estadual e, recentemente, foi colocada sob intervenção pelo mesmo conselheiro Paulo Spiller. “Quem recebia recursos do estado era o Instituto Cidadania Global, criado por minha irmã, Luciane de Paula, e que tinha como conselheiros algumas figuras próximas ao alto tucanato como Andrea Matarazzo, Mônica Serra e Gilda Portugal Gouvêa”.
Ernani encaminhou todos os documentos à 6ª Vara do Patrimônio Público, em São Paulo. Sua suspeita: a educação superior se transformou na maior caixa-preta da política brasileira. Que nasceu em Goiás e chegou a São Paulo. “E enquanto Demóstenes e Limírio prosperavam, a São Marcos era esmagada”, diz ele.

http://brasil247.com/pt/247/poder/57140/O-que-Ernani-de-Paula-tem-a-contar-na-CPI.htm

 

DILMA ALINHA O 1º DE MAIO BRASILEIRO À LUTA MUNDIAL CONTRA A DESORDEM FINANCEIRA

*Evo Morales nacionaliza companhia de eletricidade espanhola responsável por 77% do fornecimento na Bolívia** a exemplo da Repsol,na Argentina, a subsidiária da Rede Elétrica Espanhola remetia lucros e investia pouco.
 

Protestos contra a desordem neoliberal unificam o 1º de Maio em toda a Europa (leia nesta pág) na semana decisiva da eleição de domingo na França e na Grécia. Urnas do dia 6 de maio vão testar o grau de discernimento alcançado pelos trabalhadores e por toda sociedade na luta contra a ditadura dos mercados financeiros. No Brasil,  Dilma Rousseff dá ao 1º de Maio o seu conteúdo histórico decisivo nesse momento. Em pronunciamento em rede de rádio e televisão, a  Presidenta aprofunda a novidade mais importante do seu governo que foi politizar a condução da economia justamente ali onde se concentra a disputa pelo poder nos dias que correm: a queda de braço entre a democracia e os mercados financeiros desregulados. (LEIA MAIS AQUI)


Se partidos aliados ajudarem, imprensa e procurador prestarão contas na CPMI

PT quer investigar organização criminosa e isso inclui envolvimento da Veja no esquema de Carlinhos Cachoeira (foto) e o cochilo do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, no andamento das investigações da Operação Monte Cassino, da Polícia Federal, concluído em 2009. E governo promete não interferir nos trabalhos para poupar ou para livrar investigados. A reportagem é de Maria Inês Nassif e Najla Passos.

Se depender do PT, o jornalista Policarpo Júnior, a revista Veja, a editora Abril e quantos mais profissionais de imprensa comprovadamente tiverem atuado em conjunto com a organização do bicheiro Carlinhos Cachoeira serão chamados, a seu tempo, para depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que, nessa semana, começa a revirar o esquema que envolvia o contraventor, o senador Demóstenes Torres (GO-sem partido), o governador Marconi Perillo (PSDB-GO) e outros políticos, e tinha tentáculos em governos estaduais, em obras públicas federais e até no Poder Judiciário.

Não existem, contudo, garantias de que os demais partidos da base parlamentar do governo tomarão o mesmo rumo. E nem a certeza de que os integrantes da comissão resistirão aos holofotes das televisões e a embarcar na agenda que interessa à oposição e aos demais envolvidos no inquérito da PF: concentrar os trabalhos unicamente nas atividades de Cachoeira, Perillo e Torres, e eleger a construtora Delta como única algoz dos crimes cometidos.

Também não deverá ser poupado o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que engavetou, em 2009, os autos da Operação Las Vegas, feita pela Polícia Federal, que já tinha elementos suficientes para justificar juridicamente a investigação do senador Demóstenes e as relações de Cachoeira com diversas instâncias do poder público. “É insustentável o argumento do procurador, de que aguardava o resultado da Operação Monte Carlo, que só começou em 2011”, disse um membro do PT que tem uma posição de destaque na política nacional. “Este é um caso de aparelhamento da estrutura do Estado pelo crime organizado”, concluiu a fonte.

O partido também não tem a intenção de recuar para poupar o governador do DF, Agnelo Queiroz, se for efetivamente comprovada a sua participação no esquema: o que está em jogo vale mais do que um político vindo do PCdoB apenas para disputar a eleição do DF, sem vínculos orgânicos com o PT. E o Palácio do Planalto não pretende mover uma palha para interferir nos trabalhos dos parlamentares – isto quer dizer que qualquer pressão dos envolvidos sobre o Executivo será considerada como um “erro de endereço”.

“O que a CPMI se propõe a investigar é uma rede de negócios montada a partir de tráfico de influência. Seria justo julgar apenas um membro do Legislativo por esses crimes¿”, indaga o líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA). Por falta de confiança nos aliados, todavia, a ideia é não forçar depoimentos nem acusar culpas “a partir de notícias”. “Essa comissão é diferente das outras: já existe um vasto inquérito feito pela Polícia Federal”, explica Pinheiro. Os fatos fatalmente virão a público, na medida em que os autos do inquérito forem se abrindo aos membros da comissão. As convocações serão feitas conforme surgirem, de forma a não expor antecipadamente os integrantes da CPMI à pressão dos meios de comunicação.

Teoricamente, existiriam condições objetivas para levar com êxito essa estratégia na CPMI: a base governista tem maioria e vários integrantes foram vítimas diretas do esquema de escuta montado por Cachoeira, da ofensiva raivosa do senador Demóstenes Torres, ou de ambos. Na última semana, por exemplo, o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, não cansava de repetir o seu lado de história para os demais colegas, em plenário, e para integrantes do governo Dilma.

Em 2007, em meio a um escândalo que envolvia a sua vida pessoal, Calheiros, então presidente da Câmara, conseguiu reverter, no Senado, uma tendência contrária à sua cassação pelo plenário da Casa. Na véspera da votação, a revista Veja publicou escutas e a versão da ida de um assessor do presidente do Senado a Goiás, para levantar algumas informações de interesse partidário.

A Veja reportou e vendeu a versão de que, na viagem, o objetivo de Francisco Escórcio era colher informações sobre o senador Demóstenes Torres – Renan, segundo a revista, estaria fazendo isso com vários senadores, para chantageá-los em plenário e obrigá-los a votar contra a sua cassação. Vários senadores, que já haviam fechado com Calheiros, mudaram o voto, argumentando que não poderia parecer à opinião pública que estariam se curvando a um esquema de chantagem. Para salvar o mandato, o senador alagoano abriu mão da Presidência do Senado.

Ainda que outros senadores do PMDB tenham razões e ressentimentos contra o esquema Cachoeira – existe a suspeita, por exemplo, de que foi o mesmo esquema de arapongagem do contraventor que provocou o caso Lunus, que acabou com a candidatura de Roseana Sarney à Presidência da República, em 2006 --, os parceiros petistas não confiam inteiramente na disposição de seus pares de comprar uma briga com a imprensa. Existem muitos interesses envolvidos, e essa pode ser uma chance de recomposição desses setores políticos com a mídia tradicional.

De qualquer forma, para o PT a CPMI é a porta de acesso aos autos não apenas da Operação Monte Cassino, objeto dos vazamentos que implicaram Demóstenes e Perillo no esquema Cachoeira, mas na Operação Las Vegas, que foi entregue pela PF ao procurador-geral da República em 2009, e da qual pouco se sabe. Seguramente, as informações dessa operação que antecedeu a Monte Cassino trazem o tamanho da omissão do procurador-geral da República. Ao que tudo indica, o resultado das investigações concluídas em 2009 já davam elementos suficientes para fechar o cerco em torno de Demóstenes e Perillo. Gurgel, o procurador, no mínimo beneficiou-os com a “cochilada”. Existe potencial para que os autos da primeira operação atinjam um número maior de pessoas, mas Gurgel pode ser um alvo unânime dos parlamentares. “Tem muita gente se perguntando por que o procurador foi tão rápido em processos que os envolviam, e tão lento nos que diziam respeito a Demóstenes”, disse uma fonte do PT.

Embora uma vastidão de interesses e ressentimentos seja um potencial mobilizador dessa CPI, a ação de parlamentares aliados, mesmo os da esquerda, relativizam essa possibilidade. Na semana passada, o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) articulava às claras uma solução jurídica para impedir a convocação de jornalistas e empresas de comunicação. Invocou o artigo 207 do Código Penal, que proíbe a tomada de depoimentos das pessoas protegidas por segredo profissional. “Não se chama um padre para depor”, argumentava Teixeira. “Os jornalistas podem alegar essas razões para não depor, mas isso não impede que sejam chamadas”, contrapôs o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), também membro da comissão. A outra forma de concentrar excessivamente as investigações da CPI na Construtora Delta, do esquema de Cachoeira, foi um acordo feito entre oposição e chamados “independentes” de “seguir o dinheiro”, também uma proposta de Teixeira. As relações do esquema Cachoeira com a Veja, na opinião de parlamentares ouvidos pela Carta Maior não necessariamente envolveram dinheiro, embora obrigatoriamente tenham envolvido tráfico de influência, o que configura crime da mesma forma.

 


Blogueiro progressista se torna ministro e Dilma peita bancos



Os trabalhadores não têm do que se queixar neste 1º de maio. Em março, o desemprego subiu para 6,2%, mas, por incrível que pareça, essa é uma boa notícia porque sempre sobe nessa época do ano e, em 2012, teve o menor aumento desde que começou a ser apurado pela metodologia inaugurada em 2002, portanto há uma década.
A massa salarial, por sua vez, segue engordando. A renda média em seis regiões metropolitanas sob escrutínio constante do IBGE cresceu 5,6% acima da inflação apurada nos últimos 12 meses e a renda dos trabalhadores superou a inflação em 7% no período. Como se não bastasse, o consumo vai muito bem, obrigado. As vendas ao varejo subiram 8,7% em 2012.
E não param por aí os motivos de comemoração para a esmagadora maioria de brasileiros que faz o país andar. Dilma teve um senso de timing impecável. Valeu-se de momento em que a atividade econômica impede abusos no consumo e nos preços e tomou duas medidas  que puseram a mídia e a elite a que serve de cabelos em pé.
Ao fazer pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, a presidente driblou todos os malabarismos da mídia para distorcer a queda nos juros liderada pelo Estado e ainda espancou a oposição de esquerda que diz que seu governo é “neoliberal”, pois enfrentar bancos é medida de esquerda que nunca antes fora adotada na história contemporânea deste país.
Uma curiosidade: ontem à noite, no Jornal da Globo, e hoje nas primeiras página da Folha de São Paulo e do Estadão, a manchete foi a mesma, de que Dilma “atacou” os bancos. Os textos irritados mostram bem a quem servem esses meliantes que controlam a mídia no Brasil.
Em poucos minutos de pronunciamento, porém, Dilma anulou todo o noticiário negativo dos últimos 16 meses e encheu os brasileiros de boas notícias, mas não foi só. Ao tornar ministro do Trabalho o blogueiro progressista Brizola Neto, Dilma mandou vários recados políticos não só à oposição demo-tucano-midiática, mas aos aliados: quem manda é ela.
Sobre Brizola, um capítulo à parte. Conheci pessoalmente o novo ministro do Trabalho em meados do ano passado, durante o segundo Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, em Brasília, que contou com a presença do ex-presidente Lula. Pude conversar bem com ele. É um jovem com idade para ser meu filho. Pessoa simples, idéias arejadas e absolutamente progressistas, como o avô.
Para que não se tenha dúvida sobre o ideário político-ideológico e sobre a ser humano que é Brizola Neto, reproduzo, abaixo, um dos vários textos em que ele me cita e que muito me honra. Por esse artigo escrito no momento em que tomei uma medida que influiu na eleição de Dilma, também é possível prever que o jovem ministro deverá sofrer fortes ataques da direita.
Fique, abaixo, com o artigo intitulado “Homenagem a um lutador”, de autoria Carlos Daudt Brizola, mais conhecido como Brizola Neto. O texto foi publicado em 11 de maio de 2010. E bom Dia do Trabalho a você que, com o seu esforço de trabalhador, ajuda a erigir o Brasil pelo qual este povo esperou durante 500 anos.
Clique na imagem abaixo para ir à página original do texto

Tarso Genro desanca a Globo. Prefere os blogs


O Conversa Afiada reproduz comentário do amigo navegante João:

jõao


Enviado em 01/05/2012


Tarso Genro: “passei a responder através dos blogs”


De RS Urgente


“Passei a responder através dos blogs e das redes porque esta forma de colunismo é uma armadilha”


Po Marco Aurélio Weissheimer.


Em nota publicada neste domingo no site PTSul, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, respondeu à colunista política Rosane de Oliveira, do jornal Zero Hora, que neste domingo afirmou que o governador será “incoerente ou irresponsável” na solução para o tema do piso nacional do magistério. A nota afirma:


Pela segunda vez neste mês, um articulista de ZH utiliza o espaço do jornal para fazer ataques diretos a políticos do governo do Estado, reportando-se diretamente à pessoa do governador. Neste domingo, foi a vez da jornalista Rosane de Oliveira “sentenciar” que Tarso Genro será “incoerente ou irresponsável”, na solução para o pagamento do piso nacional do magistério. A colunista desconsidera o fato de que o governo da Unidade Popular Pelo Rio Grande adotou uma outra posição para retirar o estado da crise, que não a do governo anterior de criação do “déficit zero”, que diminuiu as funções do Estado, sucateou a administração pública e congelou salários.

p>Neste sábado, ao ler a coluna, quando voltava de mais uma edição da Interiorização de Governo, em Rio Grande, o governador fez algumas considerações sobre o novo episódio de ideologização da notícia, através do falseamento da verdade.


1- Sobre o Colunismo Político predominante

“É um certo tipo de colunismo político que ainda não se esgotou no país, mas que tende rapidamente a esgotar-se pela falta de credibilidade, pois ele vem perdendo a sua capacidade de transmitir informações e críticas fundadas. Ele perdeu a “fala” universal, que caracterizou os grandes colunistas políticos do país, com capacidade de informar e criticar com seriedade e passou a defender posições ideológicas dissimuladas, “adaptando” ou inventando os fatos, para contentar um público determinado –aquele que este tipo de jornalismo cativa, com seus malabarismos factuais e lugares comuns: os que adoraram as ideias do neoliberalismo que está levando a Europa à ruína e que, aqui, foram retratados no famoso “déficit” zero. Aliás, não é de graça que a colunista de política da Zero Hora é a mais saudosa do “déficit zero”, que não só paralisou o estado, mas aplicou um brutal arrocho salarial nos servidores, situação que agora estamos começando a reverter”.


2- As constantes criações de factóides e inverdades

“O mesmo estilo de jornalismo político que “define” que o governador será incoerente ou irresponsável, é o mesmo que inventou, por exemplo, que eu defendi uma posição contrária aos sistema de PPPs no caso da RS 10, quando, na verdade, defendi e defendo a PPP e tenho negociado com os prefeitos a adaptação para baratear a proposta. Nunca fui contrário a PPPs. O que sou contrário é que elas sejam apenas um negócio bom para as empresas e não atendam o interesse público. Sou, inclusive, um dos elaboradores da atual lei que rege as parcerias público-privadas no país, cuja redação foi comandada pelo Fernando Haddadd quando ele era Secretário do Ministério do Planejamento e eu era ministro do CDES, no primeiro governo Lula. Este tipo de jornalismo inventa, por exemplo, que prometi “mundos e fundos” para os servidores e que prometi pagar o piso dos professores imediatamente. Isso é uma deslavada inverdade, pois está gravado nos debates e está escrito numa carta remetida ao CPERS que nós criaríamos as condições para pagar o piso e que isto ocorreria de forma processual. Esta foi e é a minha posição.


Nunca prometi “mundos e fundos”, mas uma política de recuperação salarial que está sendo implementada, e que, aliás, está sendo criticada pela oposição, representada na coluna de ZH de domingo pelo presidente do PP e ex-secretário de Relações Institucionais do governo anterior, Celso Bernardi. Este jornalismo, recentemente, também inventou que a nossa proposta de aumento para uma parte da categoria dos professores era a mesma da governadora Yeda. E o fez rapidamente, sem ter a mínima noção do que é uma transação judicial. Omitiu deliberadamente que a posição do governo não exigiu nenhuma renúncia de direito pelos servidores do magistério; que a nossa posição não retira a proposta de alcançar o piso até 2014; que ela não exigiu a alteração do “quadro de carreira” e que o aumento atual constituiu-se, apenas, em mais um aumento -um adiantamento de aumento ao magistério. Ao dizer isso -que a nossa proposta era igual a da governadora Yeda- a colunista revela duas coisas: primeiro, que não se informou sobre o que estava acontecendo e, segundo, que se apressou a forjar uma suposta informação que confirmaria a nossa “incoerência”. Na verdade, quando ela fala em incoerência, quer é lembrar que o bom era o “déficit zero”. Por isso sua análise das nossas medidas salariais envolve dois extremos: critica os aumentos excessivos aos servidores e diz, ao mesmo tempo, que os aumentos -no caso dos professores- são insatisfatórios”.


3- Sobre a estratégia, pouco compreendida ou não aceita pela oposição ao nosso governo, de consolidar o Estado como indutor do desenvolvimento ecônomico e social

“A nossa estratégia, até agora, está dando certo: usar os recursos próprios para reorganizar a máquina pública que estava destruída e melhorar os salários dos servidores; buscar recursos do Governo Federal para investimentos -inclusive através do recebimento da dívida da União com a CEEE; buscar financiamentos no BID, no Banco Mundial e no BNDES; aumentar, com meios técnicos adequados, as receitas sem aumentar impostos; estabelecer uma política de relações internacionais para atrair investimentos produtivos; retomar o crescimento no estado tendo como ponto de partida a base produtiva local, voltados para a renovação da nossa base tecnológica; fazer um “déficit” responsável sem cair na armadilha neoliberal de reduzir políticas de proteção e promoção social, deixando os pobres a ver navios”.


4- A utilização das redes socias e dos blogs para responder à grande mídia

“Eu passei a responder através dos “blogs” e das redes, porque esta forma de colunismo que estamos falando é, também, uma armadilha: constrói fatos para promover a sua visão de mundo, de Estado e de política, e também quer monopolizar o debate, frequentemente só publicando parte das respostas daqueles que são alvos da suas invenções. Quando se tratam de matérias que contam fatos verdadeiros e que pendem, sobre ela, uma interpretação política, ideológica ou econômica, acho adequado que se responda pelo próprio jornal, quando ele permite a resposta, como, aliás, é o caso da Zero Hora”.


5- Direito de resposta também em tom crítico

Tenho respeito pela colunista Rosane de Oliveira. Acho que ela cumpre rigorosamente o seu papel crítico, que é esperado pelo jornal a que serve, que, como sabemos, não pode ser considerado simpatizante do projeto que nós, do PT e da esquerda, representamos. Mas ela merece, da nossa parte, a atenção e respeito que temos com todas as forças políticas democráticas do estado. Nem acho que se trata de má-fé, mas de miopia ideológica: se os fatos não tem confirmado que o Tarso é incoerente, mas, ao contrário, tem confirmado que temos aplicado o nosso programa de governo de forma coerente, é preciso “adaptar” os fatos e repetir a acusação de incoerência para, ao final, consolidar uma “verdade” pela repetição. E também, imediatamente, para salvaguardar a defesa do “déficit zero”, que sempre foi apresentado pela colunista como um exemplo de boa gestão pública”.


6- Sugestão

“Assim como fui cobrado como governador, também defendo que a colunista seja mais responsável e não crie falsas incoerências ou irresponsabilidades. Recomendo à ela, por exemplo, que leia todas as colunas do falecido Carlos Castello Branco, do Márcio Moreira Alvez e do grande Newton Carlos, paradigmas da seriedade no jornalismo político”.




segunda-feira, 30 de abril de 2012

Vamos pra cima da Delta ! Na Marginal em SP !

 




Liga o Vasco.

Ele se instalou no bar do Jockey Clube em São Paulo, onde toma um gim tônica – com chuva e tudo – e fica de olho na sede da Abril, do outro lado do rio, para ver se o Robert(o) Civita se joga pela janela ou ateia fogo ao prédio.

–    Eu sou a favor de cair de pau em cima da Delta, diz o Vasco.
–    Mas, quem não é ?
–    O Cabralzinho, por exemplo.
–    Como você diz uma coisa dessas, Vasco ? Ele diz que pagou a passagem para Paris.
–    E quem pagou o jantar no Ritz ?
–    Vai ver, eles racharam, respondeu o ansioso blogueiro, como quem não quer nada.
–    Meu filho, você sabe o que é o Ritz ?
–    Aquele do diamante do tamanho do Ritz ?
–    Não, seu provinciano. Esse é o Ritz de Londres, do conto do Fitzgerald…
–    Calma, Vasco, você nunca perdeu as estribeiras …
–    Meu filho, o Ritz de Paris fica na Place Vendôme. É aquele em que estavam a Princesa Diana e o namorado egípcio, naquela noite fatídica…
–    E dai, Vasco, o que tem a Princesa Diana com o Cabralzinho ?
–    Meu filho, você acha que o Cabralzinho tem grana para pagar um jantar no Ritz ?
–    Mas, Vasco, desculpe, nós falávamos da Delta.
–    Exatamente. O Cerra não vai ao Ritz – nem de Paris nem de Londres. Ele prefere o Café Bouloud, de Nova York, ali naquela avenida horrorosa, a Madison… Verdadeira Cracolândia …
–    Não exagera, Vasco. E o Cabralzinho tem grana para jantar no Café Bouloud, Vasco ?
–    Também não. Só se o Cerra e o Cavendish convidarem.
–    Mas, e a Delta, Vasco ? Quem não pode ouvir falar na Delta ?
–    Quem também não quer ouvir falar em Delta é esse teu amigo Padim Pade Cerra.
–    Meu amigo ?
–    O teu amigo, o Padim, não pode ouvir falar em Delta. Se ele corre do Amaury, do Cavendish, então, por causa desse, ele se enfurna no casebre que a filha comprou para ele e de lá não sai.
–    Por que será, Vasco ?
–    Porque a Delta faturou alto em São Paulo, no tempo em que o Padim dizia que governava.
–    E qual foi a grande obra da Delta para o Padim ?
–    A duplicação das marginais, dessa aqui em frente, onde estou à espera do Robert(o).
–    Quer dizer que a Delta duplicou …
–    Duplicou as duas marginais, logo, quadruplicou.
–    Então vamos ver o jornal nacional partir para cima da Delta de São Paulo, sentenciou o ansioso blogueiro, só para provocar o Vasco.
–    Que bobagem, meu filho. A Delta só aditivava no Rio. Em São Paulo o Cavendish cobrava o preço justo.
–    E quem dizia se o preço era justo ?
–    O Cerra.

Pano rápido.

CRISE, HEGEMONIA E DISCERNIMENTO HISTÓRICO

*Dilma dá ao 1º de Maio o devido respeitonomeia Brizola Neto o novo Ministro do Trabalho** dólar vai a R$ 1,90: fimeza do governo nos cortes de juros coloca mercado financeiro de barba de molho** especular com inflação, câmbio e juros virou jogo perigoso.   
Menen votou a favor da renacionalização da YFP,  privatizada em 1992 em seu governo; Ângela  Merkel  admite a necessidade de um plano de crescimento para contrastar uma Europa devastada pela receita de austeridade germânica; o discurso da extrema direita na França e na Grécia às vezes soa como um brado de esquerda  contra o Estado fraco e o abandono da sociedade aos espoliadores ; no Brasil, Gilmar Mendes & outros, do STF, aprovam por unanimidade o sistema de cotas na universidade; Alckmin diz que o PSDB sempre defendeu a 'prevalência' do trabalho sobre o capital; Murilo Portugal, da Febraban, afrontou o governo na queda de braços dos juros; foi retirado de campo rapidamente pelos bancões que anunciaram a adesão (perfunctória, é certo) aos cortes nas taxas ... O que está havendo além de oportunismo e conveniência episódica?  Talvez estejamos entrando no período mais decisivo da crise capitalista iniciada em 2008: aquele que coloca ao alcance da esquerda o desmascaramento histórico das  idéias e agendas que hoje constrangem até personagens e forças que por 30 anos subordinaram os destinos da economia e da sociedade a esses valores. (LEIA MAIS AQUI)

"Governo acumula forças para enfrentar debate sobre a mídia"

Secretário de Comunicação do Partido dos Trabalhadores diz que os meios de comunicação, a revista Veja em especial, não podem ser poupados das investigações da CPI do Cachoeira. "Se um deputado ou senador tem que responder por associação com o crime organizado, uma empresa de comunicação social também deve”, afirma, em entrevista à Carta Maior, o deputado André Vargas. Para ele, a presidenta Dilma Rousseff enfrentará o tema da concentração dos meios de comunicação.

Em entrevista à Carta Maior, o secretário de Comunicação do Partido dos Trabalhadores, deputado André Vargas (PR), admite que há um descompasso entre as bandeiras históricas do PT para a comunicação e a política praticada pelo governo. Mas afirma que a presidenta Dilma Rousseff enfrentará o problema da alta concentração dos meios de comunicação no Brasil, a exemplo do que vem fazendo com os juros bancários, porque possui mais condições efetivas de fazê-lo do que o seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Avalia que a CPMI do Cachoeira ajudará a deslanchar o debate. “A dinâmica dos fatos estabelece uma ligação a ser esclarecida entre a ‘fábrica de crises’ que a grande imprensa utiliza sistematicamente, principalmente no período em que o PT está no poder”, avalia.

Qual é o projeto do PT para a área de comunicações? O PT recuou do programa apresentado nas eleições?

O PT vem sistematicamente, nos seus documentos, retomando um debate que não é só das eleições, mas da história dos 32 anos do partido. A questão da democratização das comunicações está na nossa plataforma. A agenda política permanece não só a mesma, como vem se aprimorando, buscando um foco. O PT continua com suas bandeiras, mas tem a contingência de ser o partido do governo. E a condução do governo tem outro ritmo.

Então existe um descompasso entre o que o PT pensa para a Comunicação e a forma como o governo age?

É natural que haja algum descompasso. Este é um governo de coalizão. Na nossa visão, o marco regulatório já deveria estar em discussão, mas o governo administra sua coalizão, sua governabilidade. O PT ajuda o governo nessa governabilidade, mas discorda e deixa isso bem claro em todos os seus documentos. Nós lutamos por um marco regulatório que, de fato, enfrente questões como o monopólio da mídia, a desconcentração, a propriedade cruzada, a questão do conteúdo regional, que rediscuta os contratos entre as afiliadas, o crescimento da internet etc.

E como se dá a pressão do PT nesse governo de coalizão? Qual o peso dela?

O partido dialoga de forma respeitosa com a presidente e este é tema
recorrente. Nos seus documentos, o PT nunca deixou de manifestar sua opinião, sem deixar de entender que o governo tem o tempo dele e nós temos o nosso. Os grandes veículos exercem também sua pressão sobre o governo.

Nós vivemos em um ambiente democrático. Mas a mídia [tradicional], em especial a Veja, não esconde que tem quase uma fixação pelo PT, que deve ser avaliada no campo da psiquiatria, da psicologia. Agora, a CPI do Cachoeira mostrará mais um pouco disso. Muita coisa que a gente suspeitava pode ser verdade. Os veículos de comunicação bateram também no PSDB, mas no nosso caso há um superdimensionamento.

O sr. está dizendo que a grande mídia usou desses expedientes especialmente nos governos do PT?

Isso ficou claro nos fatos que levaram à CPI do Cachoeira. É a primeira vez que a mídia não apoia uma CPI no seu nascimento. É simbólico isso. E só passou a apoiar forçando uma mudança de foco: elegeram a Delta [construtora responsável por obras do PAC] , e se esqueceram do Demóstenes [Torres, senador por Goiás] e do [Marconi] Perillo [governador de Goiás]. Mas a gente fala mídia como se fosse um ente absoluto. Não é assim.

Não é mais porque a Globo falou que se torna verdade. Isso está muito relativizado. Não existe mais um jornal nacional no país. Jornal impresso, muito menos. Há jornal em São Paulo que pretende ser nacional e não chega no ABC paulista. O governo tem feito alguns movimentos, ainda que não do jeito que a gente gostaria. A questão da regionalização que a Secom [Secretaria de Comunicação da Presidência] faz. Eu gostaria que fizesse muito mais, mas já há mais investimentos na mídia da internet. Antes eram 500 veículos que recebiam publicidade oficial. Hoje já são mais de 8 mil. Já é alguma coisa.

No debate sobre a mídia, a militância reclama que essa questão andou apenas no final do governo Lula e foi relegada a segundo plano no governo Dilma.
Em toda transição entre governos existe uma reacomodação. E o primeiro ano de todo governo é atípico mesmo. Mas eu acredito que o governo Dilma irá fazer muito neste campo, porque as condições de efetivamente fazer estarão melhores do que as condições de efetivamente fazer que o Lula teve.

E, neste aspecto, a CPMI do Cachoeira ajuda?

Ajuda. Não fomos nós que criamos a CPI; não fomos nós que delegamos a um senador moralista ser sócio do crime organizado. Nosso governo investiga mais criminosos, a Polícia Federal tem melhores condições de investigação. Mas não fomos nós que criamos os fatos da CPI. O que nós entendemos é que a dinâmica dos fatos estabelece uma ligação a ser esclarecida entre a fábrica de crises que a grande imprensa se utiliza sistematicamente e o crime, principalmente no período em que o PT está no poder.

Aliás, tem gente que estabelece semelhanças da capas da Veja de agora com as feitas no governo Collor, antes do impeachment. A revista nem foi criativa. Achou que havia escândalo suficiente para derrubar um governo e seguiu o roteiro. Se isso foi feito de forma criminosa, como fez o [Rudolf] Murdoch [o magnata das comunicações, controlador do jornal britânico News of the World, fechado por envolvimento em interceptação de conversas telefônicas de celebridades], esse é um debate legítimo ao qual a sociedade deve ter acesso. Isso será um subproduto da chamada CPI do Cachoeira. Vai estar presente nas investigações.

O que nos move é esclarecer os fatos. Se as gravações obtidas[pela Veja] para construir as matérias foram feitas de forma ilegal, nós queremos apurar. Queremos saber que relações esse jornalista [Policarpo Júnior] tinha com Cachoeira. Se um deputado ou senador tem que responder por associação com o crime organizado, uma empresa de comunicação social também deve, pois não é uma empresa neutra. É uma empresa que influencia opinião. Por que este seguimento não pode ter uma avaliação? Porque não podem se subordinar a uma conferência nacional? Ouvir o povo? No caso da TV Globo, ela é concessão pública.

Como enfrentar esses interesses, num ambiente de mídia concentrada e sem critério de regulação?

A democracia é o melhor dos ambientes. Esse novo Brasil não está sendo construído só pelo PT, pelos partidos, mas também pelo povo. Quanto mais nós conseguimos empoderar essa multiplicidade de comunicações, redes e tudo, maior será o avanço. Nós temos hoje um processo de acesso à informação multiplicado, mas um processo de produção de informação ainda muito concentrado. Eu acredito que o governo está armazenando as condições para encarar esse problema de frente, como fez com os bancos. Nós estamos em uma fase de acúmulo de forças para fazer este debate. Que não é um debate simples de fazer.

Acumulando forças como? E a maioria legislativa do governo?

Nós não temos muita alternativa. Quando nos pronunciamos a favor da regulação e o PSB, do neto do Miguel Arraes [Eduardo Campos, governador de Pernambuco] falou contra o documento do PT [que propõe o novo marco regulatório, democratização da comunicação etc], deu para perceber que não seria fácil . E tudo isso passará pelo Congresso Nacional. Para falar muito claramente sobre a correlação de forças: a Emenda 3, a famigerada, perdemos. O Código Florestal, nós arregimentamos forças e contamos 180 votos. Mas quando foi a voto não chegamos a 120 votos. Esses são os aliados que temos.

E como mudar essa correlação de forças?

Onde é que o povo se manifesta nessa questão? Essa discussão não vai provocar uma passeata com 50 mil pessoas. Há poucas manifestações sobre isso no campo das redes e esse é um debate que a população ainda não assumiu. São importantes estratégias como a do FNDC [Fórum Nacional de Democratização da Comunicação], de fazer uma campanha de popularização do marco regulatório da comunicação. Mas o PT não pode fazer essa mobilização sozinho, inclusive porque o tema fica estigmatizado como sendo algo do PT. Este é um trabalho para o conjunto de partidos, entidades, grupos e movimentos envolvidos nesse debate. Aliás, muito me impressiona entidades do nível da OAB e a CNBB não entrarem nesta agenda, pois isso interessa também a esses seguimentos.

Essa resistência não teria a ver com essa interpretação de que a regulação cerceará a liberdade de expressão?

Por isso é que nossa visão é que a nossa campanha seja pela liberdade de expressão. Por que é isso o que nós defendemos: uma liberdade de ir e vir, de receber, mas também de oferecer, de interagir. E a convergência digital oferecer essa possibilidade.

Por que o senhor assegura que o governo Dilma tem melhores condições de fazer esse debate que o governo anterior?

O governo vai ter que enfrentar este tema, e ninguém do governo disse que não vai enfrentar. O governo tem um desafio histórico de dar conta dessa demanda, que é uma demanda estrutural da sociedade brasileira. Não é uma demanda utópica, uma questão qualquer. É uma questão de fundo. O governo, dentro do processo de governabilidade, está acumulando energia e força. Nós não temos dúvida de que o governo tem este compromisso. Mas o PT vai continuar dizendo e tensionando. Não nos compete avaliar perfil de ministros, mas compete reforçar uma posição que a presidente tem colocado: a de que é favorável à liberdade de imprensa – aliás, isso nunca foi uma dicotomia para nós.

Nós somos favoráveis e somos frutos da liberdade de imprensa. A esquerda, o Lula, a Dilma, tudo isso é fruto da liberdade de imprensa. Mas também sofremos e padecemos da concentração da mídia que, muitas vezes, impõe uma visão que limita o desenvolvimento da sociedade. Nós não queremos que o PT se perpetue no poder, mas que a sociedade brasileira seja cada vez mais civilizada, aberta, sem preconceitos, onde todos tenham direito a comer, beber, vestir, emprego, universidade, lazer, esporte, enfim, a comunicar, a se ver, a ter identidade. Nós não cogitamos a hipótese de que isso não seja por uma via democrática. E a via democrática é o Congresso Nacional. Isso não quer dizer que não vamos debater os temas que não têm apoio da maioria do Congresso. Vamos debater, mas vai chegar a hora de votar. Mas existem passos que não demandam mudança de legislação. É importante, por exemplo, cobrar a instalação do Conselho de Comunicação, que está na Constituição.

Blogueiro sujo assume Ministério. Suja, Brizola !

 

"... a primeira coisa que farei será questionar aquele monopólio"

A Presidenta Dilma nomeou um blogueiro sujíssimo, Brizola Neto, Ministro do Trabalho:



Dilma confirma Brizola Neto no Trabalho e diz que ele prestará “grande contribuição ao país”

Roberta Lopes

Repórter da Agência Brasil

Brasília – Ao confirmar hoje (30) o nome de Brizola Neto (PDT-RJ) como novo ministro do Trabalho, a presidenta Dilma Rousseff disse, em nota, ter confiança de que ele “prestará grande contribuição ao país”. Segundo informações do Palácio do Planalto, a posse do novo ministro deverá ocorrer na quinta-feira (3), às 11h.

Segundo o texto, a presidenta agradece a colaboração do ex-ministro Carlos Lupi e do ministro interino Paulo Roberto Pinto “na consolidação das conquistas obtidas pelos trabalhadores brasileiros nos últimos anos”.

A decisão foi tomada depois de uma reunião durante a manhã entre o presidente do PDT, Carlos Lupi, a presidenta da República, Dilma Rousseff, e o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho.

Estavam na lista da legenda, além de Brizola Neto, o deputado Vieira da Cunha (RS) e o secretário-geral do partido, Manuel Dias. Esses dois eram a preferência do partido.

Edição: Talita Cavalcante



Brizola Neto foi um precursor na batalha pela Democracia na blogosfera brasileira.
Logo transformou o Tijolaço no melhor blog de um político brasileiro.
É claro que ele contou com a pena destemida e precisa de Fernando Brito, que foi assessor de imprensa de Leonel Brizola.
“Tijolaço” é como se chamava o espaço dominical que Brizola tinha que comprar no PiG (*) do Rio para poder expor suas ideias e se defender, sobretudo, da fúria do Roberto Marinho.
Chamar o blog de “Tijolaço” foi uma homenagem ao político brasileiro que teve a coragem de enfrentar a Globo: “quando eu sentar naquela cadeira, a primeira coisa que farei será questionar aquele monopólio”, prometia Brizola nas campanhas presidenciais.
(Tatto, Odair, dá uma olhada no vídeo em que o Roberto Marinho lê um editorial escrito pelo Brizola. Olha bem e vai para a CPI e chama o Robert(o) Civita e os filhos do Roberto Marinho, Tatto, Odair ! Vocês querem entrar para a História, ou fugir dela ?)
Brizola Neto foi para o Ministério do Trabalho, que João Goulart ocupou com brilho e valentia.
Mas, poderia ir para o Ministério das Comunicações, ele que defende um marco regulatório, uma Ley de Medios.
Aí, nesse campo, Brizola Neto sujou bastante.
Como no primeiro encontro nacional de blogueiros sujos (o próximo será em Salvador, no dia 25 de maio.)
E tomara que Brizola suje cada vez mais.
Com a ajuda incomparável do Fernando Brito.
Em tempo: o PiG (*), com a Globo à frente, atacará Brizola Neto com mais fúria do que atacou o Lupi.
Preparem-se. Blogueiros sujos, uni-vos !
Em tempo 2: na foto da mesa de trabalhos do I Encontro de Blogueiros Sujos do Barao de Itararé, a frase “a liberdade da internet é ainda maior do que a liberdade da imprensa”, que aparece no banner, abaixo do Brizola Neto, é de Ayres Britto, presidente do STF.
No Encontro de dois anos atrás, ele ainda não era presidente e o país vivia na trevosa transição entre Gilmar Dantas (*) e Cezar Peluso. Agora, Britto abriu a janela do STF e deixou o sol entrar.

Clique aqui – “Barão de Itararé convida Ayres Britto para encontro de Salvador”- para ler duas outras frases sugeridas por Britto.

São de fazer o Gilmar Dantas (**) corar.

Leia também  sobre a entrevista que ele deu à Carta Capital: o julgamento do mensalão não será um linchamento.

Aí, quem corou foram os mervais.

Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele.

As jóias do pensamento único. Extrema-direita cresce em quase toda a Europa



O “pensamento único” é como um vampiro. A gente acha que ele morreu num filme. Mas ele renasce em outro, mais desempenado e arrogante do que nunca. No caso em pauta, ele sucumbiu na América Latina, mas vem mostrando toda a sua garra – e as garras também – na Europa.

Lembram do “pensamento único”, dos tempos de FHC, Menem et alii? Acharam que ele estava morto? Mas o “pensamento único” é como um vampiro. A gente acha que ele morreu num filme. Mas ele renasce em outro, mais desempenado e arrogante do que nunca.

No caso em pauta, ele sucumbiu na América Latina, mas vem mostrando toda a sua garra – e as garras também – na Europa.

O seu novo empreendimento – e comentaristas ortodoxos já se aprestam a tanto – é desacreditar o programa de François Hollande (v., p. ex. “How Long Will Hollande’s Party Go On”, por Wolfgang Kaden).

Tais vozes apontam-lhe a falácia da pretensão de promover o crescimento econômico com o concomitante crescimento do endividamento público.

O vocabulário é o de sempre: higienista e desqualificador. O programa de Hollande estaria “infectado” pelas idéias de Lord Keynes – nessa altura mais odiado do que Marx. Representaria um recuo de 40 anos no tempo. Seria a prova de que Hollande e os que pensam como ele “não aprenderam nada” com a presente crise.

Além do acréscimo nas despesas públicas, o que mais exaspera esse pensamento é a possibilidade de que, se a ótica de Hollande prevalecesse, o Banco Central Europeu mudaria de natureza. Passaria a promover o crescimento, coisa indesejável, porque ele teria de se comportar como um verdadeiro banco, lançando letras, captando fundos, e assim estaria concorrendo deslealmente com a banca privada, que continua sendo a menina dos olhos e o menino prodígio dos planos de austeridade, que visam promove-la a “reguladora” dos “novos” estados nacionais que devem emergir dessa crise.

Para esse pensamento, quais são os males a combater? Salários altos demais, que promovem pensões altas demais, tornam países pouco competitivos, diminuição das horas trabahadas, aposentadorias precoces, além do ensinamento maléfico, que viria das atitudes promovidas “pela agenda esquerdista clássica”, qual seja, a de que se pode viver acima dos próprios meios. E isso vale para trabalhadores e para países igualmente.

Enquanto isso, sem falar nos gordos bônus dos altos exectuivos do sistema financeiro, o Banco Central Europeu distribuiu 200 bilhões de euros para governos endividados – para que eles possam continuar a honrar seus compromissos com a banca privada – e repassou 1 trilhão diretamente a essa banca, para que ela possa continuar a promover os ganhos especulativos de que está acostumada a viver.

Agora, que o BCE passe a captar fundos para promover o crescimento, isso é inusportável para esse tipo de pensamento. E ele nem de longe consegue cogitar que tenha algo a ver com o que está acontecendo no mundo real: a catástrofe espanhola, o drama português, a tragicomédia britânica, o crescimento da extrema-direita na França, a tragédia grega, as crises na Holanda e na Romênia, o caldo de cultura favorável à xenofobia na Europa – com o caso dramático da Noruega, por exemplo.

Como se tudo isso não bastasse, Hollande fala em rever o pacto fiscal europeu – esse mesmo que está levando a Europa à inanição recessiva e boa parte do mundo com ela. Portanto, de tudo isso, só se pode tirar uma conclusão: está na hora de Angela Merkel disciplinar Hollande, ou pelo menos mostrar a ele quem é que manda.

Tão enraizado é esse “pensamento único”, que mesmo dirigentes do SPD alemão (não todos) vêm chamando as idéias de Hollande de “ingênuas”.
Essa arrogância não tem cura. Ela não cogita a partir do real, mas somente a partir da fantasia de suas premissas modelares.

Como nos filmes de vampiro, o único remédio para ela é uma estaca no coração. Política, é claro. Não estamos falando de apologia da violência. Isso é coisa da direita, inclusive de sua vanguarda “moderna”: o “pensamento único” que, para preservar os próprios anéis, não hesita em cortar os dedos, as mãos e os sonhos... dos outros.

Flávio Aguiar é correspondente internacional da Carta Maior em Berlim.


A extrema-direita vai subindo ano após ano os degraus do poder e poucos são os países que estão a salvo da influência que o partido de ultradireita francês Frente Nacional exerce desde a década de 80: França, Itália, Inglaterra, Bélgica, Grécia, Holanda, Hungria, Suécia, Dinamarca, Finlândia, a bandeira ultradireitista recorre como uma doença incurável as democracias europeias. A extrema direita francesa fez escola em quase toda a União Europeia. O artigo é de Eduardo Febbro.

Paris - O último filho nasceu na Grécia. A extrema direita, abraçada na crise que flagela este país há três anos, volta ao primeiro plano 38 anos depois da queda da ditadura dos coronéis (1967-1974). O Partido LAOS e o Aurora Dourada (Chrissi Avigi) somam mais de 8% de intenções de voto para as próximas eleições legislativas de seis de maio. Não é uma exceção na Europa. A ultradireita vai subindo ano após ano os degraus do poder e poucos são os países que estão a salvo da influência que o partido de ultradireita francês Frente Nacional exerce desde a década de 80: França, Itália, Inglaterra, Bélgica, Grécia, Holanda, Hungria, Suécia, Dinamarca, Finlândia, a bandeira ultradireitista recorre como uma doença incurável as democracias europeias.

A extrema direita francesa fez escola em quase toda a União Europeia. O partido ultradireitista Frente Nacional surgiu na França a partir dos anos 80, justamente depois da eleição do socialista François Mitterrand à presidência da República (maio de 1981). O FN já existia, mas sua participação era secreta. As táticas eleitorais de Mitterrand destinadas a debilitar a direita clássica foram um dos fatores que levaram a ultradireita francesa a se converter, com o passar dos anos, em um partido poderoso, capaz de perturbar o equilíbrio político clássico e contaminar com suas ideias todos os debates, da esquerda à direita.

Três décadas mais tarde, o Frente Nacional, agora dirigido pela filha de seu fundador, Marine Le Pen, obteve o maior resultado eleitoralde sua história: quase 18% dos votos no primeiro turno das eleições presidenciais do dia 22 de abril passado. A ultradireita xenófoba e populista é um míssil político tóxico com suficiente força como para desfazer maiorias, precipitar a queda de governos e conseguir que suas ideias impregnem a ação política dos partidos conservadores. A extrema direita tem, de fato, duas fases históricas; a que vai de 1945 ao ano 2000, onde o antissemitismo foi norma, e a que se inicia com o século XXI, onde a islamofobia é o atrativo das urnas.

Depois da França, o segundo marco da ultradireita teve lugar na Áustria, entre os anos 80 e 2000. O FPÖ, Partido Austríaco da Liberdade, fundado no começo dos anos 50 pela ala nacionalista e populista da extrema direita, é ainda um dos mais sólidos da União Europeia. O FPÖ teve sua hora de glória na década de 80, quando formou uma coalizão governamental com os socialdemocratas do SPÖ. Depois, sob a influência de seu carismático líder, Jörg Haider, a ultradireita nacionalista austríaca regressou ao poder em 1999 após obter 27% dos votos nas eleições legislativas desse ano.

Playboy e negacionista, Haider prosseguiu a obra de Jean Marie Le Pen, o fundador do Frente Nacional Francês. Transcorreu um quarto de século e a ultradireita é agora um movimento normalizado, admitido e legitimado. Esta corrente mudou suas ideias e passou de um antissemitismo secular à islamofobia delirante e à crítica violenta contra Bruxelas. O exemplo mais moderno e devastador desta reencarnação é o líder populista holandês Geert Wilders e o Partido pela Liberdade, PVV. Desde as eleições de 2010, onde obteve 24% dos votos, o PVV é um aliado da coalizão de direita-conservadora que governou a Holanda até que o próprio Wilders fizesse balançar os alicerces do primeiro-ministro Mark Rutte forçando eleições antecipadas. Um desacordo no seio da coalizão sobre os planos de austeridade demonstrou a capacidade destrutora da ultradireita. Wilders é um islamófobo notório, defensor do fechamento por completo as fronteiras à imigração. Em 2008 o chefe do PVV assinou um panfleto infecto contra o Islã e em seguida realizou um documentário, Ftina (A Discórdia), no qual combinou imagens dos versos do Corão com atentados terroristas.

Nos países escandinavos, o retrocesso dos partidos socialdemocratas deu lugar ao surgimento de partidos de ultradireita. Muitos destes passaram da marginalidade a formar alianças de governo. Esse é o caso da Dinamarca entre 2009 e 2011: em 2009, na Noruega, o Partido do Progresso alcançou 22% dos votos nas eleições: na Finlândia, a coalizão formada pela esquerda e a direita impediu in extremis que o Partido dos Verdadeiros Finlandeses integrasse o governo logo que, após as eleições legislativas de 2011, esta agrupação da extrema direita obtivera 19% dos votos e passara a ser a terceira força política do país: na Suécia, a extrema direita do partido Democratas da Suécia levou 5,8% dos votos nas eleições legislativas e entrou pela primeira vez no Parlamento.

A Itália é uma exceção. Tem uma ovelha negra, a regionalista e fascistóide, Liga do Norte, de Umberto Bossi, mas o movimento ultra mais poderoso que existia sofreu uma transformação inédita até hoje. O neofascista Movimento Sociale Italiano, de Gianfranco Fini, se transformou, a partir de 1994, em um sólido partido de direita, a Alianza Nazionale. Essa transmutação foi muito além do mero nome: Fini, que depois formou aliança com Silvio Berlusconi, condenou o antissemitismo, reconheceu como válidos os valores da Resistência e os termos da Constituição. Entretanto, em dezembro passado, um militante do movimento de extrema direita italiano CasaPound, assassinou dois imigrantes senegaleses.

Na Hungria, as milícias do partido neofascista Gobi, "A Guarda Húngara”, praticam com toda impunidade sua brincadeira predileta: sair à caça dos ciganos, muito numerosos no nordeste do país.

Uma depois da outra, em maior ou menor medida, as sociedades do Velho Continente sucumbem ao canto da sereia do ultradireitismo. A receita do êxito é sempre a mesma: a globalização e suas inúmeras e reais consequências, entre elas as deslocalizações, o desemprego, a imigração, a chama do confronto do “povo” contra as elites “corruptas”, a ameaça do Islã e a identidade nacional em perigo pelo multiculturalismo.

Dominique Reynié, autor do ensaio “Populismes”, destaca o duplo impulso dos valores que a extrema direita apregoa hoje: “por um lado está a proteção dos chamados interesses materiais, ou seja, o nível de vida ou do emprego, e, pelo outro, o patrimônio imaterial, a reivindicação de determinado estilo de vida ameaçado pela imigração e a globalização”. A força da extrema direita consiste em apresentar-se como uma resposta “anti-sistema” frente a uma arquitetura formada pelas elites corrompidas e “ofuscadas” pela globalização e o multiculturalismo. O partido de ultradireita britânico British National Party se nutre desse discurso. Os ultranacionalistas e ultradireitistas do partido Vlaams Belang conseguiram pesar de maneira decisiva no tabuleiro político com uma linha política similar.

Este coquetel de discursos remete diretamente aos anos da Alemanha Nazista. Hitler havia irrompido com um acerbo ataque às elites industriais e bancárias, além de seu criminoso e exterminador discurso sobre a pureza da raça. A repercussão deste discurso sobre as construções políticas dos países é considerável. A partir de 14 ou 15% de votos obtidos pela extrema direita, os partidos conservadores tradicionais caem na tentação de imitar seus princípios. A mutação é assim considerável e o transtorno dos valores termina em uma grande confusão da qual sai sempre o mesmo ganhador: a ultradireita.

As eleições presidenciais francesas são um exemplo espetacular dessa corrida protagonizada pelos conservadores liberais para subtrair à extrema direita seu saldo eleitoral. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, saiu em busca dos votos que lhe faltavam para ser reeleito com um argumentário digno da mais pura extrema direita: logo após perder o primeiro turno, Sarkozy considerou, entre outras delicadezas, que Marine Le Pen era “compatível com a República”.

O caso grego mostra até o absurdo como a crise apaga a memória. Dos dois partidos de extrema direita, LAOS e Aurora Dourada (Chrissi Avigi), o primeiro passou a formar parte da coalizão governamental criada no ano passado em meio à crise. O segundo, Chrissi Avigi, está se convertendo em um ator importante. O Chrissi Avigi é um partido pró-nazista, cujo emblema se parece com uma suástica. A recuperação do medo ao Islã, a agressão verbal contra os imigrados são hoje, nas sociedades europeias, uma das sementes mais frutíferas da conquista do poder.

Tradução: Libório Junior


Fotos: Manifestação da Aurora Dourada, partido de extrema-direita da Grécia


Roteiro de Cinema grampeia o Senador Álvaro Dias, líder do PSDB

TWITTER              NOME DO ALVO
@alvarodias_          ÁLVARO DIAS, LÍDER DO PSDB

INTERLOCUTORES
ÁLVARO x ROTEIRODECINEMA

DATA/HORA INICIAL   DATA/HORA FINAL  DURAÇÃO
26/08/2011 20:59         28/08/2011 17:04           44:05:00
RESUMO
Conduta de ÁLVARO DIAS, líder do PSDB no Senado, durante o episódio em que o contraventor CARLINHOS CACHOEIRA e o senador DEMÓSTENES TORRES conspiraram para "por fogo na República" usando o editor da Revista Veja POLICARPO JÚNIOR e o araponga Sargento PMDF JAIRO MARTINS DE SOUZA, vulgo ÍNDIO, "personal araponga" de GILMAR MENDES, para atacar o dirigente petista JOSÉ DIRCEU e rachar o PT ao meio visando desestabilizar o Governo DILMA ROUSSEFF:
26 de agosto de 2011 -20:59
https://twitter.com/#!/alvarodias_/status/107240751431294976
 26 de agosto de 2011 - 21:06
https://twitter.com/#!/alvarodias_/status/107242624053821440
 27 de agosto de 2011 - 17:52
https://twitter.com/#!/alvarodias_/status/107556165050843136

 27 de agosto de 2011 -  23:43
https://twitter.com/#!/alvarodias_/status/107644449202515968
[A nota no blog do Senador linkada por este tuíte antecipava a matéria da Revista Veja com imagens do Hotel Naoum, classificando como "detalhes saborosos" o que segundo a Polícia Federal foram imagens obtidas ilegalmente pelo Sargento Jairo, "personal araponga" do Ministro Gilmar Mendes, e passada ao editor da Veja Policarpo Junior por intermédio de Carlinhos Cachoeira, com a intenção de rachar o PT entre setores pró-Palocci e pró-Dirceu, e dar munição para Demóstenes (mas também Álvaro) atacarem de paladinos da moralidade contra o "Governo Paralelo" do Hotel Naoum:] 
http://topsy.com/www.alvarodias.blog.br/2011/08/o-governo-paralelo-de-ze-dirceu/
28 de agosto de 2011 - 00:09
[Seis horas depois de publicar a nota antecipando a matéria da Revista Portuguesa Visão, "prima da Veja", a nota já se encontrava deletada no blog do Senador.]
https://twitter.com/#!/alvarodias_/status/107650998859870208
 28 de agosto de 2011 - 00:27
https://twitter.com/#!/alvarodias_/status/107655420008607744
28 de agosto de 2011 - 17:04
https://twitter.com/#!/alvarodias_/status/107906495810768897
ENCERRADA
===//==
Hoje também a nota que antecipa a arapongagem da Revista Veja se encontra deletada no blog do Senador. Continuo perguntando ao Senador Álvaro Dias: o senhor não vê nenhum indício de ilegalidade - nos "detalhes saborosos" - nas imagens obtidas por Policarpo Júnior que ilustram a matéria da Revista Veja que o senhor antecipou? Mesmo depois que os "detalhes saborosos" de como foram obtidas se tornaram públicas?
===== OS DETALHES SABOROSOS =====
De como os "detalhes saborosos" foram obtidos.
Excertos do Inquérito contra Carlinhos Cachoeira que corre (lulz) em Segredo de Justiça:
RESUMO 02/08/2011-15/08/2011: CACHOEIRA diz para DEMÓSTENES que POLICARPO, Editor da Veja, está "para estourar aí" e que o JAIRO arrumou pra ele uma fita com imagens obtidas ilegalmente no Hotel Naoum que mostram o dirigente petista JOSÉ DIRCEU encontrando autoridades durante os dias da queda de do ministro ANTÔNIO PALOCCI, e combinando que dali duas semanas, eles (Policarpo, Demóstenes e Cachoeira) colocariam "fogo na República", porque teriam "as cenas" dos "nego procurando Dirceu no Hotel" o que "racharia o PT". Uma "bomba dentro do partido". 

[Não é preciso lembrar que a reportagem foi um fiasco e deve ter contribuído muito para a saída de Mario Sabino da editoria da Revista Veja.]
Ontem o Blog do Senador Álvaro Dias noticiava o seguinte: "Fascismo explícito!"



E a Veja noticiava: "Discurso anti-imprensa 'perde força', diz Alvaro Dias"
Porém, segundo o inquérito vazado, um "suposto conluio entre a imprensa e a quadrilha" não é só "uma invenção". Pelo contrário. "Conluio" (no sentido de maquinação ou conspiração para prejudicar outrem, combinação, arranjo) entre o Editor da Veja e a quadrilha de Cachoeira me parece ser uma conclusão do inquérito da Polícia Federal:
RESUMO:
CACHOEIRA utiliza de seu contato com POLICARPO e reportagens da Revista VEJA em favor de seus interesses políticos e negócios escusos:
Quem demanda a convocação do editor da Revista Veja em Brasília POLICARPO JÚNIOR e do Sargento PMDF JAIRO MARTINS DE SOUZA - "representantes do melhor jornalismo investigativo" - para depor na CPI que investiga Carlinhos Cachoeira são os fatos apresentados pelo inquérito. É a Sociedade brasileira e o interesse público.
Não são "o PT e setores a eles aliados" os interessados na investigação da relação de Cachoeira com a imprensa como sustenta o Senador Álvaro Dias. Eu, interessado, não sou nem um nem outro, e eles, o PT e seus aliados, que deveriam pedir formalmente a convocação de Policarpo e Jairo, até agora não o fizeram, pois pode ser - e o que apresento a seguir é só uma ilação corroborada por encontros fortuitos - que Dilma e o PT estejam sofrendo pressão e ameaças de retaliação do conluio de outra organização criminosa. A Máfia dos barões da imprensa.
Investigar a imprensa e sua relação com criminosos não é "afronta à liberdade de expressão", é um direito a informação. É um dever investigar, mesmo que os resultados botem "fogo na República", ao revelar o "Governo Paralelo" de Carlinhos Cachoeira e sua quadrilha de criminosos com tentáculos nos quatro poderes.
Quem leu o inquérito (ou ao menos parte dele) vislumbrou a extensão dos tentáculos de Cachoeira. E quem leu mesmo o inquérito sabe quem é o personagem Álvaro Dias dentro dele e sua participação na história. Um aliado pronto para encampar as denúncias de Cachoeira plantadas na Veja, mas que não poderia ir longe demais nas investidas e investigações. Um Senador manipulado por Cachoeira através de uma revista sem que o Senador sequer soubesse disso. Agora sabe.
Fernando Marés de Souza
Artigo original do Roteiro de Cinema sobre o caso, datado de 29 de Agosto de 2011.
Enquanto isso, no Twitter do Senador Álvaro Dias:
28 de Abril de 2012 - 21:11
Talvez não. Mas agora o senhor é o grampeadinho. Rsrs

Brizola Neto assume Trabalho; é o mais jovem no ministério de Dilma

publicado em 30 de abril de 2012 às 12:56
Brizola Neto é o novo ministro do Trabalho do governo Dilma

30 de abril de 2012 • 12h09 • atualizado às 12h16
Gustavo Gantois
Direto de Brasília
do Terra, sugerido pelo Luc
Na véspera do Dia do Trabalhador, a presidente Dilma Rousseff (PT) decidiu anunciar o nome do novo ministro do Trabalho. O deputado federal Brizola Neto (PDT-RJ) vai substituir Paulo Roberto Pinto, que ocupa o cargo há cinco meses como interino. A decisão foi tomada em reunião na manhã desta segunda-feira entre Dilma e o presidente do PDT, o ex-ministro Carlos Lupi.
O anúncio oficial deve ser feito dentro de minutos. O novo ministro, que está em Brasília, foi chamado às pressas ao Palácio do Planalto para ser comunicado da decisão. Brizola Neto disputava a indicação com outros dois nomes. O também deputado Vieira da Cunha (PDT-RS) tinha a preferência interna do partido, mas sofria forte resistência de Dilma e dos ministros palacianos, entre eles Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência. O outro nome, com menos chances, era do secretário-geral do PDT, Manoel Dias.
Dilma foi convencida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a não passar as comemorações do Dia do Trabalhador sem um nome definitivo à frente da pasta que cuida das políticas para o setor. Brizola Neto, 33 anos, é o mais novo ministro da Esplanada dos Ministérios. Filiado ao PDT desde 1997, é neto do ex-governador Leonel Brizola e foi vereador da cidade do Rio de Janeiro antes de ser eleito para o primeiro mandato como deputado federal, em 2006.
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