Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sábado, 11 de outubro de 2014

O “ebola” pode não ser ebola, mas o ódio “deu positivo”


negros
Apesar do terror que se procurou espalhar – ontem, na Voz do Brasil, ouvi o senador Paulo Davim, médico, criticar o governo brasileiro por não ter “instalado barreiras sanitárias  em portos, aeroportos e estradas de fronteiras (estradas de fronteira com a África? – o exame do paciente internado como suspeito de portar o vírus deu negativo para a possibilidade de estar contaminado, o que será, dentro dos procedimentos sanitários adequados, confirmado ou não por novo teste, no domingo.
Outra doença, porém, “deu positivo”: o ódio racista.
O Dia e o  Clóvis Rossi (do UOL) publicam hoje reportágens sobre como as manifestações agressivas ao cidadão que estava sob suspeita de ter sido contaminado pelo virus se espalharam.
A de cima, que reproduzo de O Dia, chega a propor o assassinato de uma pessoa.
Estes são os monstros de que falei, outro dia, estarem despertos pela agressividade que se incentiva na vida brasileira.
E que perdeu – à revelia, até, de muitos de seus participantes – todos os freios e limites desde que passamos ao “vale-tudo” que muitos aplaudiram desde junho passado.
O caso do ebola não é, em muita coisa, diferente das denúncias que tomam conta de nossa mídia.
Só que aí não há exames que, em 48 horas, possam dizer o que há e o que não há.
Muito menos autoridades que sigam os procedimentos adequados para, prudentemente, verificar se o que diz um ladrão ao qual se acena com o perdão judicial é verdade ou mentira.
Mas há ódio igual, que se expressa num “mata e esfola” semelhante ao extermínio proposto ao pobre paciente.

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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Coxinhas xingam os nordestinos no Twitter por darem vitória maciça para Dilma.

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Cada nordestino ou descendente de nordestino no Brasil deveria ver o mapa acima antes de decidir o seu voto.
A mancha vermelho-escura, significa, município por município, onde houve uma votação de mais de 50% para a Dilma Rousseff.
É o o desenho de uma metade do Brasil que, finalmente, fez ouvir sua voz neste país.
Pois se cada homem ou mulher que teve o pai e a mãe tangido pela seca, pela miséria, pelo coronelato mandão, olhasse o que seus irmãos estão dizendo, duvido tivesse coragem de condená-los, de novo, ao jugo das elites que os empobreceram e das que os receberam, de nariz torcido, por onde a sina de retirante os espalhou.
racista
É, como diz a turma do bucho cheio que se reúne com Aécio, “o pessoal que vota com o estômago”.
Os que ele diz  que estão felizes com os “empreguinhos de dois salários mínimos”.
Gente que se reproduz na mediocridade de um imbecil, agora, na fila do banco que disse que paga imposto para dar marmita a nordestino vagabundo.
Que os chama de “paraíba”, de “baiano” e que faz até, como está mostrando o Terra, uma página na internet para os xingar ainda mais, porque votaram em Dilma.
Esses Nordestinos é o nome da manifestação de ódio.
É, esses nordestinos, que construíram o prédio onde eles moram, que abriram a estrada onde eles passam, que fizeram a escola onde seus filhos estudam, ergueram a ponte que atravessam.
Que fizeram um pedaço imenso deste Brasil rico e egoísta,  da gente que é capaz de morrer de fome não porque não tem comida, mas por falta de uma empregada ou um restaurante – cheios de nordestinos na cozinha, aliás – que lhes sirva.
Esses nordestinos, essa gente que sofre mas não odeia, muito melhor do que esta, que não sabe o que é sofrer, mas  sabe muito bem o que é odiar.
São eles os “limpinhos e cheiros”, mas como fedem, meu deus!

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Humor: O lulo-dilmismo e o nazismo de esquerda

Autor: Miguel do Rosário
communist
O coleguinha @JornalismoWando continua trabalhando duro para desmascarar o nazi-comunismo aterrorizante por trás dos governos lulo-dilmistas. Em seu último post, ele faz novas e terríveis revelações…
(Aviso aos incautos: ironia ligada em temperatura máxima).
*
Nazi-comunismo: uma verdade oculta
encrenc

A direita está cada vez mais ouriçada com o sucesso que vem fazendo nas paradas. É Gentili fazendo piadas preconceituosas em rede nacional, é Roger batendo boca até com a mãe no Twitter, é Lobão dizendo que “os militares defenderam nossa soberania”, enfim, o reacionarismo está na moda e é uma tendência consolidada. Basta observar como o farol ideológico dessa turma boa, Reinaldo Azevedo, vem ganhando espaço em todos os cantos da grande mídia. Hoje ele ocupa ótimos espaços na internet (VEJA), nos jornais (Folha) e na rádio (Jovem Pan). Ao que parece, nem a polícia do pensamento funciona direito nesse governo.
Não é de hoje que os pupilos da turma têm espalhado uma revisão histórica interessante: o nazi-fascismo de Hitler seria na verdade um movimento de esquerda, e não de extrema-direita como professores marxistas gostam de pintar. Nos últimos tempos, esse assunto vem ganhando corpo nas redes sociais e já há provas concretas que, pelo domínio do fato, incriminariam a esquerda como co-autora da quadrilha nazista de Adolph Hitler. Não adianta dizer que o ditador prendeu e matou comunistas. Também não me venha com aquele famoso trololó de que o dono da Ford, Henry Ford, chegou a receber a medalha de “Ordem de Mérito da Águia Alemã” das mãos do próprio Adolph. Tem aquele outro papo que diz que o chefão da IBM ganhou a mesma medalha pelos serviços prestados ao nazismo. E também vamos parar com essa conversinha mole de que os nazistas invadiram a URSS para destruir o comunismo.
Como vocês podem perceber, os barbudos professores de História vivem repetindo essas mentiras, usando uma conhecida estratégia de Goebbels. Percebem como tudo vai se encaixando?
Mas não acredite em mim. Vejamos as irrefutáveis evidências espalhadas pela internet:
O partido nazista chamava-se Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, logo ele é socialista.
Lógica irretocável. Sigamos nela portanto: a Alemanha Oriental, conhecida como República Democrática Alemã, era uma democracia republicana, e não uma ditadura comunista como sempre imaginamos. Continuando nessa linha de pensamento, o PPS (Partido Popular Socialista) também é socialista, apesar de estar aliado ao PSDB e ter um presidente que é um feliz proprietário de um cartão fidelidade nos cassinos de Punta.
A outra prova inconteste seria essa medalha fabricada pelo governo nazista:
nazi
Já tropecei nessa medalhinha assustadora por diversas vezes nas redes sociais. Ela geralmente está acompanhada de textos -sempre muito bem escritos! – comparando Lula a Hitler ou o lulodilmismo ao nazismo. Coincidentemente, ela foi fabricada um ano após o ditador alemão decretar a extinção do Partido Comunista e iniciar uma perseguição – de fachada, por óbvio – implacável aos seus adeptos. Ontem o assunto ressurgiu através de um amigo internauta bastante convicto:
fitz
Olha, Fitz, o rosto, com essas largas entradas na testa, me lembra o ex-presidente norte-americanoAbraham Lincoln, outro que sempre foi meio comunistão. Já a águia me lembra o símbolo da liberdade dos EUA. Agora, sobre a foice e o martelo nem preciso falar nada. Claro que trata-se de uma medalha 100% comunista! É a pá de cal que faltava para comprovar a ligação umbilical entre nazismo e comunismo/socialismo/petralhas.
E daí que a medalha era comemorativa do 1º de maio e que tais ferramentas representam o trabalho urbano e camponês? E daí que até a Áustria adotou um brasão com uma águia carregando essas malignas ferramentinhas?
austria
Brasão oficial da Áustria criado em 1919. A foice e o martelo simbolizam a libertação dos trabalhadores urbanos …
Portanto, esqueça tudo o que você aprendeu nos livros e escolas intoxicados pelo marxismo. Com meia dúzia de tweets e compartilhamentos no Facebook, descobrimos o que os historiadores nos ocultaram durante todo esse tempo: o nazismo é essencialmente comunista, portanto de esquerda, portanto co-autor do aterrorizante projeto que vem sendo implantando no Brasil há mais de uma década.
É sempre bom atualizar a história para que nunca esqueçamos desse DNA nazi, dessa maldade intrínseca aos esquerdistas. #AcordaBrazil

terça-feira, 12 de novembro de 2013

'GLOBO QUER CENSURAR A INTERNET NO PAÍS'

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

“Vamos conversar fiado”? O fiasco da cantada politica de 2ª categoria

bommoco


Merval Pereira hoje, em O Globo, anuncia uma ofensiva de mídia de Aécio Neves.
Desta vez, pela internet.
A cara de pau de um “analista” político que sabe que a mídia – inclusive a de internet, os grandes portais – é toda ela oposicionista é tão grande que ele chega a dizer que Dilma está à frente das pesquisas por conta da internet.
“A assimetria do acesso aos meios de comunicação entre potenciais candidatos a presidente e a própria presidente tentando a reeleição tem sido salientada por Aécio Neves e outros, como o governador de Pernambuco Eduardo Campos, que atribuem a ela a dianteira que a presidente Dilma abre nas pesquisas de opinião.”
Ora, até uma miniatura mental como Merval Pereira sabe – e ele cansou de escrever – que “as redes sociais” eram as principais fomentadoras dos protestos e do oposicionismo revelado em parte das manifestações de junho. Como foram das pressões sobre Celso de Mello, como são e serão sempre que o debate for superficial e passional.
Claro que ser supérfluo ou passional nao é privilégio da oposição.
O problema é que quando não se é propositivo, isso é muito mais fácil.
E a oposição tucana não pode ser propositiva, porque suas propostas reais são, simplesmente, obscenas.
Ou será que alguém acha que se pode propor desnudamente coisas como aumentar os juros, entregar o petróleo, arrochar os salários, reduzir gastos sociais, acabar com uma política externa independente e outras tucanagens com o Brasil?
Essa é a razão de escolherem esta linha do “vamos conversar”, uma conversa fiada que, como falei antes, parece destas cantadas baratas de quem não tem com o que cativar ninguém.
O que Merval não suporta, isso sim, é o pingo de democracia que a internet nos dá de contraditar a “onda da mídia”.
Ele, com seus bigodes afetados e seu fardão bordado, ser desafiado por uns encardidinhos da plebe?
A ofensiva do “vamos conversar” vai deixar Aécio no celibato eleitoral, escrevam. Isso é apenas cobertura para a verdadeira campanha da direita na internet, que foi despudoradamente descrita pelo neoneoliberal Rodrigo Constantino, em seu espaço na Veja– poupo-me dos comentários sobre o autor, colega de merval no Millenium:
“Preencha esse vácuo, Aécio. Suba o tom, deixe claro que não apenas discorda do governo petista, mas abomina tudo aquilo que essa corja autoritária tem feito com nosso país. Fale abertamente que, com você, o Brasil não será a próxima Venezuela ou Argentina mas, ao contrário, voltará a abraçar o respeito à democracia republicana, e que os Estados Unidos devem ser amigos e aliados, não a ditadura cubana.” 
Essa vai ser a tônica da campanha na internet, não aquele “o que acha de irmos para um lugar mais tranquilo” do marqueteiro aecista.
Porque, deste jeito “macarrão sem sal e sem molho”, Aécio vai ficar estacionado no meio do salão e a direita pega o mesmo Serra cansado de guerra e diz, “vambora, meu velho, que esses meninos são muito sem graça”.
Por: Fernando Brito

segunda-feira, 24 de junho de 2013

A MÍDIA COMANDA O BOCA A BOCA DIGITAL. GOVERNO E PARTIDOS ESTÃO FORA.


*A TAREFA MAIS URGENTE: ORGANIZAR A RESISTÊNCIA  (LEIA MAIS  AQUI)

*Vídeos de esmerada produção, legendados e falados em inglês convocam protestos (leia nesta pág)* Há menos de 20 dias, um boato de origem nebulosa mobilizou 900 mil pessoas no Nordeste para sacar o benefício do Bolsa Família...* A Internet convoca, a  Globo comanda: Ana Maria Braga ensina a confeccionar cartazes para os protestos (por Laurindo Lalo Leal Filho)

‘Há, nesse momento, uma direção política, sim, conduzindo os protestos. E essa condução é dada pela grande mídia. Foi ela quem "capturou" a agenda e fez transitar a pauta principal dos protestos da luta pela redução das passagens à luta abstrata contra a corrupção. A ação política da mídia lançou nas bocas - e nos cartazes - dos manifestantes a PEC 37, cujo conteúdo quase ninguém conhecia até poucos dias. E não há motivos para ilusões: trata-se de um processo organizado. Da mesma forma como têm ocorrido infiltrações nos atos (no Rio fala-se, inclusive, na presença de milícias na última manifestação) também há infiltrações em massa na rede. Perfis falsos são criados para disseminar a"pauta" das manifestações. Alguns movimentos e organizações que estavam na origem dos atos já identificaram, inclusive, a criação de ‘eventos' no facebook em seus nomes por pessoas completamente estranhas à suas estruturas. Os telejornais selecionam em suas edições cartazes e depoimentos que se referem, exclusivamente, ao tema da corrupção. Uma pesquisa realizada pela Universidade Oxford e publicada no "Scientific Reports", em 2011, analisou os mecanismos por trás das mobilizações políticas realizadas nas redes sociais. A  pesquisa observou que as pessoas recebiam uma quantidade enorme de mensagens, num curto espaço de tempo, gerando uma sensação de urgência, que as levava a aderir aos atos de forma explosiva, num movimento em cascata. É um verdadeiro boca a boca digital. Trata-se de uma prática utilizada desde os primórdios da humanidade, só que agora relaciona milhões instantaneamente. A aprovação dos atos está se contagiando rapidamente (pesquisas já indicam quase 90% de apoio) e a experiência de aprovação de um contagia outros com uma velocidade impressionante. Estima-se que a cada minuto 600 pessoas tenham sido convidadas para o ato em São Paulo na última semana. Por isso tivemos atos na quinta, 20 de Junho, maiores do que os da segunda, 17, tendo apenas três dias de mobilização entre o primeiro e o segundo.E o problema é que a mídia é quem está compartilhando e canalizando o sentimento das pessoas. Governos e partidos não,'  (Vinicius Wu; secretário geral do RS e coordenador do Gabinete Digital).

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

TUCANO É SUSPEITO DE ESPALHAR BOATO SOBRE ENEM


Tucano teria retuitado matéria velha do Globo e postou no Globo para ferrar o Haddad.


     Conversa Afiada reproduz uma série de informações coligidas por Stanley Burburinho (quem sera ele ?) , que levam à suspeita de que a campanha de Cerra jogará sujo até a apuração do último voto.

Como diz o Ciro Gomes, o Cerra numa campanha é garantia de baixaria.

Não deixe de ler: “Estratégia de Haddad é uma luta contra o terrorismo do Cerra”.

PF VAI INVESTIGAR POSSÍVEL USO ELEITORAL DO ENEM



Texto antigo que anunciava cancelamento de exame de 2009 foi distribuído nas redes sociais

O GLOBO – Publicado: 25/10/12 – 23h56 – Atualizado: 25/10/12 – 23h56

BRASÍLIA — Uma mensagem falsa espalhou ontem uma onda de boatos nas redes sociais sobre o cancelamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que está marcado — e confirmado — para os próximos dias 3 e 4 de novembro. O Ministério da Educação (MEC) informou que seu portal na internet chegou a sair do ar por alguns minutos, devido ao elevado número de acessos por parte de internautas que buscavam esclarecimentos. O assunto, que era de educação, acabou virando tema eleitoral.

De acordo com o MEC, a mensagem que deu origem à confusão partiu de Eden Wiedemann, identificado pelo MEC como um publicitário de Pernambuco. Em sites especializados em redes sociais, Eden é identificado como coordenador de mídias como Facebook e Twitter da campanha do candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra. Procurada, a campanha de Serra disse que iria averiguar o caso e não confirmou se Eden trabalha ou não para o candidato. Ficou de responder, mas não retornou até o fechamento desta edição.

O ministro Aloizio Mercadante acionou a Polícia Federal para investigar o caso. Em sua página no Twitter, Wiedemann postou a seguinte mensagem na quarta-feira à noite: “VAI HADDAD!!! MEC confirma cancelamento das provas do Enem”. O texto escrito pelo publicitário era acompanhado de um link para matéria veiculada pelo portal Terra, em 2009, quando o Enem foi, de fato, cancelado. O título da referida matéria é: “MEC confirma cancelamento das provas do Enem”. No início da noite de ontem, ele voltou a postar a mensagem. Com ironia, comentou que os petistas estavam irados com a piada que fizera e diz que alguém começou a divulgar o cancelamento na terça-feira.

Segundo o MEC, uma busca no Twitter indicou que o primeiro usuário a enviar a mensagem teria sido Wiedemann. Os posts deram origem à hashtag “#EnemCancelado”, expressão criada para designar um assunto em debate. Logo espalhou-se pela rede uma onda de boatos. Diversos posts eram acompanhados de link para antigas matérias de sites noticiosos sobre a suspensão do Enem de 2009 ­— que ocorreu após um caderno de questões ter sido furtado na gráfica. Link antigo do site do GLOBO também foi utilizado indevidamente no Facebook, o que levou o jornal a postar em seu site alerta de que o Enem não fora cancelado.

O MEC usou as redes sociais para confirmar que o próximo Enem será aplicado em 3 e 4 de novembro. “O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2012 está confirmado para os dias 3 e 4 de novembro. Estudantes já começaram a receber os cartões de confirmação e também podem conferir os locais de aplicação das provas na página do exame”, dizia o texto do ministério.

Pela manhã, Mercadante declarou que está “tudo pronto” para a aplicação do exame.
— O primeiro Enem a gente nunca esquece.

Mercadante disse que houve reforço para a segurança na aplicação do exame. As provas, segundo ele, estão protegidas em 72 batalhões do Exército, PF, Polícia Rodoviária e Polícia Militar.

— Até agora esse trabalho já foi feito e não tivemos nenhuma dificuldade — afirmou. (Demétrio Weber)



Matéria do O Globo sobre o cancelamento do ENEM:

ESCLARECIMENTO: ENEM 2012 NÃO FOI CANCELADO



O GLOBO – Publicado: 1/10/09 – 0h00 – Atualizado: 1/10/09 – 0h00

RIO – Por motivo alheio à vontade do GLOBO, uma reportagem publicada no site em 2009, que noticiava o cancelamento das provas do Enem naquele ano, voltou a circular na rede via Facebook, aparecendo em listas de mais lidas da rede social, reproduzidas de forma automática em nossa homepage.

O GLOBO esclarece que o Enem 2012 não foi cancelado e que está tomando providências junto aos administradores da rede social para que a reportagem de 2009 saia das citadas listas do Facebook em nosso site.

O Eden Wiedemann também já prestou serviços para a Globo Nordeste:

1 – A pessoa que retuitou o texto com matéria falsa de 2009 sobre o cancelamento do ENEM, é o Coordenador de Social Media da campanha de Serra:

“25 DE SETEMBRO | 3a FEIRA

15h00 às 16h00 | ELEIÇÕES 2012: VOTOS, APRENDIZADOS E SOCIAL

A corrida eleitoral 2012 já vai estar quase no fim quando esse debate acontecer.

(…)

Eden Wiedemann (Coordenador de Social Media na campanha de José Serra), 

(…)”

http://raquelcamargo.com/blog/2012/09/debate-sobre-eleicoes-no-social-media-week/

2 – E me chamou de mentiroso quando eu disse que ele era o coordenador de social media da campanha de Serra. Veja:

RT @stanleyburburin: RT @RealEden: Que coisa feia, olha o stanley mentindo./Eu mentindo? Acho que não. Veja o meu próximo tweet:

2.1 – RT @stanleyburburin: RT @RealEden: Que coisa feia, olha o stanley mentindo./Eu mentindo? Acho que 

não. Veja o meu próximo tweet: – https://twitter.com/stanleyburburin/statuses/261609397237739520

2.2 – RT @stanleyburburin: @RealEden Olha vc aqui: “ELEIÇÕES 2012: Debate com Eden Wiedemann (Coordenador de Social Media na campanha de Serra)- http://is.gd/zkI0AF – 

http://twitter.com/stanleyburburin/statuses/261609561486659584

3 – E ele mora em São Paulo, mas é do Recife – PE: 

“Visão geral de Eden Wiedemann

(…)

Universidade Federal de Pernambuco”

http://br.linkedin.com/pub/eden-wiedemann/20/95b/6b8

domingo, 22 de julho de 2012

PSOL replica e o Blog treplica em debate da candidatura Giannazi

Foi com satisfação que recebi carta do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) enviada em réplica à carta aberta ao candidato desse partido a prefeito de São Paulo, Carlos Giannazi, que escrevi há alguns dias. Quem assina a resposta é Maurício Costa de Carvalho, presidente do PSOL paulistano.
Quando menos, os termos em que os dois textos foram escritos constituem salutar exercício de debate político em alto nível, tão escasso nesta época de ataques rasteiros, maledicências, xingamentos, calúnias e tudo mais que vem degradando a política brasileira.
É sob tal espírito que este Blog publica – e treplica – a réplica do PSOL a considerações que fez não apenas sobre a (excelente) candidatura do professor e deputado estadual Carlos Giannazi – que só faz engrandecer a disputa pelo cargo de prefeito da capital paulista –, mas sobre o próprio partido.
—–
É possível mudar São Paulo sendo coerente
Caro Eduardo Guimarães,
Há alguns dias, após um debate promovido pela revista Fórum, você escreveu uma “carta aberta” ao candidato a prefeito do PSOL em São Paulo Carlos Giannazi. Embora teça elogios pessoais ao psolista, sentimos que a ideia da “carta” é mais um esforço de tentar colar em Giannazi a pecha de “bom político, mas incapaz de governar” e assim indiretamente ocultar as imensas contradições da candidatura Haddad que você defende.
Carlos Giannazi, a quem você tece elogios sinceros por sua trajetória irreparável de luta e coerência, não poderia ser candidato a prefeito nem estar em outro partido. O mesmo pode ser dito de Plínio de Arruda Sampaio, Marcelo Freixo, Luciana Genro, Heloísa Helena e tantos outros, muitos que saíram ou “foram saídos” do PT justamente pelo mais importante de suas histórias: a coerência com suas bases sociais e a convicção de que é possível fazer política sem se vender.
Por tudo isso faço questão de responder em nome do PSOL e de maneira respeitosa e franca a sua carta. Em respeito também àqueles moradores de São Paulo que acreditam na necessidade histórica de superar os seguidos desgovernos da direita elitista representada pelo PSDB, queremos discutir a necessidade de fortalecer uma alternativa que infelizmente o PT de Haddad não representa, precisamente porque fez a opção de moldar sua política na fôrma que tucanos forjaram.
Vamos aos pontos.
O preço das alianças
A afirmação de que o PSOL não faz alianças não é verdadeira e foi prontamente respondida por Giannazi durante a entrevista (aos 39min15s). O PSOL faz alianças, mas com limites e princípios. Vejamos o caso de Maluf. Maior corrupto brasileiro, criminoso procurado pela Interpol, já foi preso, teve seus bens bloqueados, foi condenado a devolver R$ 716 mi aos cofres públicos do estado e ainda deve outras dezenas de milhões que roubou da cidade de São Paulo em suas desastrosas gestões com Pitta e Kassab.
Esse sujeito e seu partido são entulhos da ditadura militar. Maluf construiu o Cemitério de Perus para abrigar as ossadas dos desaparecidos políticos e regularizou o centro de tortura do DOI-CODI. Estamos opostos a Maluf em termos humanitários, políticos, administrativos, éticos, morais… Como então nos aliarmos para um projeto de cidade? Para o PSOL é impossível, para o PT de Haddad não.
As alianças são muito mais do que divisões por tempo de TV. A de Lula com Maluf concedeu ao PP o Ministério das Cidades, terceiro maior orçamento da esplanada, responsável pelas obras da Copa e pela construção de metrôs nas cidades. Hoje é um duto de corrupção do pior tipo, em consórcio com as empreiteiras. Não por acaso as obras da Copa são um desastre e “falta verba” para o metrô em São Paulo. Fico me perguntando qual a secretaria ocupada por Maluf em um hipotético governo Haddad. Das finança$? Das obras? Da segurança, para colocar “a Rota na rua”? Ou da educação, para quem “professora não é mal paga, é mal casada”?
Na esteira da chapa petista a vereadores desse ano está gente como Wadih Mutran, com imensa coleção de escândalos na cidade, tendo “milagrosamente” dobrado seu patrimônio milionário em 4 anos. Qual a diferença entre eleger “a direita demo-tucana e seus satélites” e Mutran? Contando que a maioria dos vereadores da atual legislatura – inclusive vários do PT – são financiados por empreiteiras e construtoras que transformaram a prefeitura e a câmara em reféns, como fazer para mudar esse quadro? Nenhum vereador – do PSDB, do PT ou do PSD – teve coragem de lutar por uma CPI contra a Máfia dos Imóveis de Kassab. Por que será?
Para quem se administra?
Caro Eduardo, nossas diferenças com o PT não são administrativas, como você sugere, são estratégicas, de projeto. Você afirma em sua carta que a redução de gastos da educação em 6% e a criação de taxas que oneravam diretamente os pobres e os trabalhadores no governo petista seriam “medidas administrativas inevitáveis”. Tal visão reproduz uma velha máxima da direita tucana: distribuir as sobras do orçamento para os pobres quando a maré vai bem e retirar direitos dos mesmos – o elo mais fraco da corrente – quando vai mal.
Por que a prefeitura petista não engordou os cofres com a cobrança da imensa dívida ativa de grandes empresas e especuladores? Por que não taxou transações financeiras do município e as grandes fortunas paulistanas? Por que não atacou os corruptos? Diga-se de passagem, a redução de verbas da educação e a criação das taxas do lixo, da luz, etc. foram construídas por Haddad enquanto ele era chefe de gabinete de João Sayad, ex-secretário de Serra, ex-ministro de Sarney e o responsável no governo tucano de hoje por promover o desmonte que a TV Cultura vem passando.
É possível fazer mudanças reais com coerência
Como Haddad poderá ser o novo de São Paulo se recebe R$ 90 milhões na campanha das mesmas construtoras, empreiteiras, bancos e multinacionais que financiam Serra? Ser “factível, racional, prevendo todas as dificuldades” é saber especialmente o preço que se paga pelas opções e compromissos na política.
É justamente por sabermos o preço das alianças e das opções que são feitas na política que optamos por outro caminho, criterioso e coerente. O PSOL é o partido mais bem avaliado do Congresso não só porque tem excelentes quadros, parlamentares, com experiência parlamentar e administrativa como Chico Alencar, Ivan Valente, Jean Wyllys e Randolfe Rodrigues. Nossa virtude é que não abandonamos o que há de vivo na política: a organização independente da sociedade e o compromisso com o povo.
Aliás, foi fundamentalmente assim que Edmilson Rodrigues, atual candidato a prefeito de Belém pelo PSOL com 47% das intenções de voto, governou a cidade em uma experiência que muitos petistas abandonaram. Vale conhecer a história do Congresso da Cidade, da mobilização e dos enfrentamentos feitos por Edmilson que o tornaram a grande liderança popular na cidade. E, por favor, isso nada tem a ver com “um projeto autocrático sob discurso de que um prefeito pode fazer tudo o que quiser coagindo o Legislativo com grupos de pressão”. Essa “reginaduartização” da política não ajuda nem um pouco no debate.
Greve das federais: um exemplo
Cito outro caso que ilustra bastante nosso debate: a atual greve das universidades federais. São quase 100 dias de greve contra um modelo construído por Haddad que se iguala ao projeto educacional do PSDB no governo paulista na expansão precarizada da educação e no arrocho salarial dos profissionais de educação. Ainda pior: como na USP PSDBista, o PT mandou reprimir os estudantes e ainda propôs o corte de ponto dos grevistas. “Modernidade administrativa” você diria? “O pior do modelo de direita da criminalização das lutas sociais”, diríamos nós.
Aliás, pela gravidade do tema, aproveito para fazer um apelo. Nesse momento onde a mídia corporativa simplesmente se calou diante de uma das maiores greves universitárias da história, não consegui achar no seu blog da cidadania nenhuma linha de apoio, de solidariedade, de crítica ao governo por nem ao menos ter sentado para negociar com os professores e trabalhadores das universidades em meses.
A mudança que São Paulo quer
Por fim Eduardo, quero deixar claro que coincidimos em um ponto: São Paulo precisa de mudança e do fim da velha política de PSDB e satélites. Contudo é impossível ser “o novo” que a cidade precisa reproduzindo a essência dessa velha política no financiamento de campanha milionário, nas alianças, na política econômica, nas práticas corruptas, nos candidatos impostos desrespeitando a base partidária e a história do partido, como faz o PT.
A mudança que São Paulo precisa não pode ser pincelar um verniz do “novo” em uma estrutura devorada pelos cupins. E política não é guerra de torcidas, não é competição de marketing nem de quem tem mais tecnocratas. É disputa de projetos, de opções.
E nós acreditamos que é possível, caminhando com os pés firmes no chão, construir uma nova rota em direção a uma vida onde a justiça social e a liberdade não sejam mera fraseologia. Para tanto é necessário que as contradições do deserto do real sejam enfrentadas com independência, firmeza e coerência, o que falta à miséria da política que vemos hoje.
Como disse ao Rovai, espero uma nova oportunidade de debate sobre os projetos de Giannazi e do PSOL para São Paulo.
Saudações ensolaradas, 
Maurício Costa de Carvalho
Professor, geógrafo e presidente do PSOL na cidade de São Paulo.
—–
Tréplica do Blog ao PSOL de São Paulo
Caro Maurício,
Devo iniciar refutando vossos sentimentos (do PSOL, imagino) sobre a natureza da carta aberta que escrevi ao deputado Carlos Giannazi: não fiz esforço algum para tentar colar coisa alguma nele, até porque o desempenho eleitoral do PSOL, desde a sua criação, mostra que a “pecha” de partido com bons políticos, mas incapazes de governar, já está colada nele.
Não é por outra razão que o PSOL não tem um único vereador na capital paulista. A população de São Paulo, com efeito, ainda não sentiu confiança no partido para lhe dar sequer um assento no Legislativo, situação que se espraia pelo país, onde o PSOL tem uma representação para lá de diminuta, tendo apenas três deputados federais e um senador.
Tampouco defendo qualquer “contradição” da candidatura Fernando Haddad; apenas simpatizo com ela. No máximo, então, posso estar enganado quanto ao candidato no qual pretendo votar. Atribuir-me “defesa de contradições” de quem quer que seja é uma forma de desqualificar meus argumentos relativos a Giannazi e ao PSOL.
Sobre as “contradições” que o seu grupo vê na candidatura Haddad, Maurício, que, obviamente, referem-se ao desempenho do ex-ministro à frente da pasta que pilotou ao longo do mandato de Lula e durante o período inicial do atual governo do Brasil, discordo delas.
Em minha opinião, o desempenho de Haddad como ministro foi excelente. Destaco as cotas para negros e pobres nas universidades públicas, o Prouni e o Enem, políticas aprovadas por maioria esmagadora dos brasileiros e que estão produzindo um fenômeno que a sociedade já começa a perceber: os eternos excluídos do ensino superior finalmente estão chegando a ele.
Só esse ponto da obra de Haddad à frente do Ministério da Educação já mostra que não é verdadeira a sua premissa de que o PT “fez a opção de moldar sua política na fôrma que tucanos forjaram”, haja vista que estes combatem ferozmente as políticas afirmativas petistas que estão levando centenas de milhares de jovens pobres e negros à universidade.
Sobre o “preço das alianças”, em primeiro lugar há que dizer que foi inútil expor a este blogueiro quem é Paulo Maluf e tudo o que pesa contra ele, pois, afinal, estou entre aqueles que mais combateram esse político ao longo de mais de trinta anos. Isso sem falar que fui o primeiro a criticar a aliança entre o PP e o PT paulistanos, tendo, inclusive, feito denúncia contra Maluf um dia antes de ser formalizada a aliança com seu partido.
Apesar de concordar com você, Maurício, que essa aliança foi um erro porque agregará muito pouco benefício ao grande desgaste que gerou inclusive no próprio PT – o que mostra que o partido mantém sua coerência –, penso que o discurso do PSOL sobre alianças políticas é representativo da falta de visão do partido sobre a natureza da democracia representativa.
Vale registrar que é conversa que o PP ganhou o Ministério das Cidades por ter se aliado ao PT na capital paulista; esse ministério foi entregue ao PP muito antes de sua aliança com o PT ser formalizada.
Sobre alianças, há Malufs em quase todos os grandes partidos, menos no PT – aponte-me um só político como ele filiado ao PT, se puder. Se não puderem ser feitas alianças com os grandes partidos porque o povo decidiu eleger alguns desses Malufs a eles filiados, não sei como qualquer sigla governará qualquer coisa no Brasil…
Aliás, a quase inexistente experiência administrativa do PSOL desde a sua criação mostra exatamente isso, que, sem alianças, o máximo que um partido pode fazer é ficar gritando e acusando sem realizar nada.
Sem alianças, o Brasil não seria o que é hoje, em que pese tudo de descomunal que ainda resta fazer neste país. Preciso dizer quanto o Brasil mudou porque o PT aprendeu a fazer alianças? Não preciso, o povo brasileiro e o mundo, em maioria avassaladora, reconhecem o que foi feito. Se o PSOL não reconhece – assim como o PSDB, o DEM e a mídia –, paciência.
A democracia representativa, porém, obriga a classe política a respeitar mandatos concedidos pelo povo. Se o povo vota “errado”, é outra história. Maluf – bem como seus congêneres – foi brindado com mandato popular, ou seja, representa um setor da sociedade. Há que reconhecer esse fato e a Constituição brasileira, que nos obriga a tanto.
Outro fato que me preocupa, caro Maurício, é sua carta-resposta desconhecer a situação em que estava São Paulo quando Marta Suplicy assumiu sua prefeitura. Preocupa-me ainda mais você desconhecer a imensa obra social dela e um dos melhores projetos para a Educação, os CEUs, desmontados pela gestão demo-tucana posterior.
Pior ainda é você criminalizar as doações de campanha a Haddad como se ele fosse uma exceção. Ora, as regras do jogo são essas. Como ele ou qualquer outro político farão campanha sem dinheiro? Melhor seria defender o financiamento exclusivamente público de campanhas, um projeto que o PT, em boa parte, defende.
Sim, Chico Alencar, Ivan Valente, Jean Wyllys e Randolfe Rodrigues são excelentes políticos. Votaria em qualquer um deles, mas há bons políticos em várias legendas. Isso só mostra que não se pode criminalizar partidos inteiros. Quando muito, pode-se divergir de suas linhas programáticas.
O discurso moralista e acusatório do PSOL ainda não pode ser levado a sério. Só no dia em que o partido administrar cidades e Estados é que poderá ser testado. O PSOL, como você bem mostrou em seu texto, ainda não administrou praticamente nada, de forma que não se sabe que resultado teria sua política de não fazer alianças.
E, claro, só quando o PSOL começar a governar mesmo é que saberemos se é realmente esse partido de anjos como se apresenta ou se a natureza humana, que sempre abriga exceções desonestas, pode se fazer sentir nessa honrada legenda.
O mote de sua resposta, Maurício, é o de que é possível mudar São Paulo sendo “coerente”. Preocupa-me o que você chama de “coerência”, que pode ser outro nome para fundamentalismo. É coerente querer governar alguma cidade, Estado ou o país sem alianças políticas, só colocando o povo para pressionar parlamentares nas galerias?
Você me disse que Giannazi respondeu que o PSOL faz, sim, alianças, mas com “limites e princípios”. Ora, isso é muito vago. Ele não me respondeu com quem governaria São Paulo. Sendo franco: enrolou. Faria aliança com o PT, com o PSDB, com o DEM, com o PMDB ou com o PSD? Pelo que o PSOL diz desses partidos, não faria.
Ora, como vou entregar o governo da minha cidade – que está um caos – a um partido que não terá sequer base de apoio legislativo para mudar qualquer coisa? Explique-me, de forma convincente, e levarei a sério a candidatura do partido a prefeito de São Paulo.
Dê-me o direito de não acreditar nessa candidatura, meu caro. Até porque, infelizmente boa parte dos Legislativos é composta por representantes de setores organizados e poderosos da sociedade, sobretudo de grupos econômicos, de forma que a maioria dos vereadores daria uma banana à pressão das galerias e agiria sob os interesses que a elegeram.
Política é negociação. Não se pode, simplesmente, desconhecer que aqueles políticos daquele determinado partido receberam um mandato de um setor da população para representá-lo. Há que respeitar esses mandatos, por mais que se discorde de terem sido concedidos. Isso se chama democracia. É ruim? Talvez, mas ainda não inventaram nada melhor.
Quero lhe garantir, Maurício, que não tenho qualquer vínculo com o PT, com sindicatos, com movimentos sociais de qualquer tipo – menos com o Movimento dos Sem Mídia, do qual sou fundador e presidente. Dessa maneira, meu intuito é só o de ajudar a eleger o melhor candidato para São Paulo.
Estive no Pinheirinho, estive na Cracolândia, vejo o higienismo que a prefeitura demo-tucana promove em São Paulo. A nossa cidade está indo para o buraco, Maurício. Temos que livrá-la dessa gente. Todavia, ficará mais difícil se o PSOL fizer, mais uma vez, o jogo da direita, ajudando-a a derrotar o único candidato capaz de derrotá-la: Fernando Haddad.
Saudações “ensolaradas” a você também, companheiro.
Eduardo Guimarães

terça-feira, 8 de maio de 2012

Roberto Freire resume a oposição

O primeiro dia útil da semana foi bem-humorado ao menos na política. O que proporcionou diversão a simpatizantes do governo Dilma e, ainda que não digam, provavelmente até a oposicionistas, mais uma vez foi a instantaneidade do Twitter, rede social em que não poucos escrevem primeiro e pensam depois.
Foi assim que Roberto Freire (político pernambucano que, estranhamente, candidatou-se a deputado federal por São Paulo em 2010 pela primeira vez na vida e que, ainda mais estranhamente, conseguiu se eleger) virou piada.
Como todos já devem saber, Freire exprimiu revolta ao ler piada em um site humorístico que imita o portal G1, obviamente por ter acreditado. A “notícia” afirmava que Dilma havia mandado o Banco Central colocar nas cédulas de real a frase “Lula seja louvado”.
Como o Twitter não perdoa gafes desse porte, logo alguém criou a hashtag #LulaSejaLouvado, que, rapidamente, subiu ao topo dos Trending Topics (temas mais comentados). Freire, então, justificou-se dizendo que, “Em função do desmantelo e imoralidade dos tempos ‘lulodilmistas’, tal estapafúrdia noticia” teria “ares de verdade”.
Com uma dose cavalar de boa vontade poder-se-ia compreender que um homem adulto e maduro (em termos de idade), letrado, um deputado federal, enfim, acredite em um site que tem “notícias” como a de que Dilma pretende privatizar parte da população brasileira (!). Mas a justificativa que deu para a gafe, é imperdoável.
Para entender a mentalidade desse cavalheiro, basta lembrar que afirmou certa vez que os atuais detentores do poder não possuem um projeto de governo. Se dissesse que discorda do projeto que já venceu três eleições presidenciais consecutivas, não seria nada. É óbvio que deve discordar se com ele não concorda. Mas dizer que não existe?!
Ainda em sua justificativa para gafe tão ridícula, Freire também aludiu a corrupção dos adversários. Suas palavras: “Lulopetistas histéricos e satisfeitos com a gafe por mim cometida, mas nada dizem das imoralidades e malfeitorias do governo Dilma”. Disse isso em um momento em que mais um expoente moralista da oposição acaba de ser desmascarado.
Então vamos resumir a mentalidade desse homem. Ele não concede nenhum mérito ao que chama de “lulodilmismo” e atribui corrupção só aos adversários políticos. E o que é mais: quer que a sociedade acredite nisso.
Se disserem ao deputado Roberto Freire que o Brasil é hoje um dos países que mais progridem no mundo tanto do ponto de vista social quanto econômico, ele dirá que tudo o que está acontecendo de bom é mérito de seu grupo político, ou seja, do governo Fernando Henrique Cardoso, e que Lula e Dilma apenas colheram os frutos de um governo como aquele, que terminou melancolicamente, fortemente rejeitado pelo povo.
Pode-se discutir esse ponto, mas, sob tal discurso, não há discussão séria possível. Nem a mídia – ou a maioria da mídia, porque há exceções – que apóia cinicamente o grupo político de Freire ousa tanto, preferindo dizer que o sucesso de hoje é resultado de uma conjunção dos supostos feitos de FHC com os poucos que reconhece nos governos “lulodilmistas”.
Agora passemos ao discurso de José Serra ou de sua voz na internet, o blogueiro da Veja Reinaldo Azevedo, por exemplo, ou ao de tantos outros oposicionistas de expressão. Só o que veremos é que Freire não está sozinho. Esse é discurso da oposição e de 150% da militância demo-tucana-pepessista, do que são provas os comentários que posta neste blog todo dia.
Esse deputado é a síntese de seu grupo político. Sempre disposto a comprar qualquer acusação e a fazer qualquer crítica que avalie que possa atingir os adversários, pouco importando a origem, sem checar nada e, como se vê, sem refletir um mínimo que seja.
Escrevi ontem no Twitter e repito aqui: não achei graça na gafe do deputado Roberto Freire e nem quero espezinhá-lo por ela, ainda que a tentação à veia humorística deste blogueiro seja quase irresistível. Sinto comiseração por ele e preocupação com a democracia brasileira. Uma oposição repleta de idiotas desse porte é perniciosa para o país.
Qualquer nação democrática precisa de oposição, e quanto mais ela for séria mais serviços prestará à sociedade. Ora, governo nenhum é composto por santos. Todo governo precisa ser fiscalizado. Há corrupção no governo Dilma Rousseff, sim, como há no governo Geraldo Alckmin, no governo Gilberto Kassab e por aí vai.
Pode-se discordar do projeto desses governos, mas querer vender a teoria de que só no governo Dilma existe corrupção e negar-lhe êxitos que o mundo inteiro e a maioria esmagadora dos brasileiros reconhecem explica por que o conjunto deste povo vem dando reiterados nãos a essa oposição.
E quando falo de oposição não falo tão-somente da oposição de centro-direita, mas, também, da de esquerda. No domingo, por exemplo, um militante do PSOL resumiu a oposição que faz esse partido ao dizer que Dilma “deu 250 bi a rentistas e 20 bi ao Bolsa Família”…
Caramba! Dilma é uma mulher muito má, então. É um monstro. Provavelmente fez isso porque é corrupta, o que o mesmo psolista disse que se pode comprovar por ela ter “se aliado” a Paulo Maluf e a Jair Bolsonaro. Não, ela não fez aliança com o PP, mas com esses dois. Só queria saber como o PSOL faria para governar sem maioria…
Então vejamos: Dilma é má, pois enche os bolsos dos ricos e dá migalhas aos pobres, e é corrupta, homofóbica e idiota, pois se alia a um corrupto e a um demente que acha que todo gay quer levá-lo para a cama.
Esse é o nível da oposição que temos ao governo Dilma e que, durante oito anos, tivemos ao governo Lula. E essa oposição também explica cabalmente a rejeição dos brasileiros aos adversários do PT. Só que isso não deve nos servir de consolo.
Por essas razões, a oposição está minguando. O DEM e o PPS estão se desintegrando, o PSDB, apesar de ainda ter alguma musculatura, também míngua a cada eleição. O PSOL elegeu 3 deputados federais em 2010. E a população assiste ao moralismo da oposição de direita ser desmascarado na pessoa de Demóstenes Torres ou na de José Roberto Arruda.
Até a imprensa tucana reconhece que a oposição está cada dia mais debilitada. Podem buscar nas colunas políticas de Folha, Veja, Estadão e Globo que encontrarão Cantanhêdes, Azevedos, Nêumanes e Mervais dizendo isso.
Ainda assim, esses colunistas, editorialistas, editores e até os donos desses veículos não conseguem entender que o povo não vê na oposição a “ética” que ela e a mídia querem lhe vender. E é por isso que estamos caminhando para ter um governo com um poder muito maior do que é desejável, pois um poder sem contrapeso sempre tende ao excesso.
Democratas como este que escreve ficam sem saída. Não posso ratificar ou deixar de denunciar as tentativas (agora sim) estapafúrdias dessa gente de vender tais barbaridades. E, por isso, acabo não podendo exercer fiscalização e ter uma postura criticamente construtiva, pois estaria ajudando esses dementes a recuperarem o poder.
Não se deve rir da idiotia sobre-humana de Roberto Freire, pois não tem graça. Ele é um resumo vivo da oposição que o Brasil tem hoje, uma oposição que não cumpre seu papel por exercê-lo com tirania, com burrice, com virulência e com desonestidade. A gafe desse indivíduo oferece mais motivos para chorar do que para rir.