Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Urubóloga suspeita de Dilma: é caso de impeachment !


Desculpe, mas a senhora botou o jabuti na árvore

O IBGE divulgou nesta terça-feira nota para explicar por que, como sempre faz, mudou os pesos do cálculo da inflação.

É uma mudança para refletir os novos hábitos de consumo da população:

Nota de esclarecimento sobre as mudanças nas estruturas de ponderação do IPCA e INPC


De acordo com os princípios e as melhores práticas internacionais de disseminação de estatísticas oficiais, o IBGE divulgou ontem, 28/11/2011, o detalhamento das alterações na estrutura de ponderação dos índices de preços em sua página na internet, por meio da nota intitulada “Nota técnica do SNIPC – Atualização das estruturas de ponderação a partir da POF 2008-2009”.


Importante realçar que já no dia 28/09/2011, o IBGE divulgou, a nota “Janeiro de 2012 – IPCA e INPC terão estruturas de pesos atualizadas”, em que informa que as novas estruturas de gastos de consumo, estariam disponíveis na última semana de novembro deste ano. O mesmo anúncio foi feito, também, pela Coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes, aos jornalistas presentes à entrevista coletiva quando da divulgação do IPCA/ INPC de setembro, em 7/10/2011. Na ocasião foram prestados todos os esclarecimentos solicitados pela mídia sobre o assunto.


Quanto às alterações da estrutura de consumo das famílias brasileiras, estas foram apresentadas na divulgação dos resultados da POF 2008-2009, em 23/06/2010, valendo destacar o caso da redução do peso do grupo Educação nos orçamentos familiares, que passou de 4,1% em 2002-2003 para 3.0% em 2008-2009. No entanto, como o IBGE não faz previsão a respeito de resultados, não há o que comentar a respeito do que ocorrerá a partir de janeiro de 2012 com os índices de preços.


As mudanças nas estruturas de ponderação são parte dos procedimentos regulares de atualização dos índices de preço ao consumidor adotados pelos produtores de índices. O IBGE tem adotado este procedimento sistematicamente, a exemplo da incorporação dos resultados da POF 2002-2003 realizados em julho de 2006 e anunciado em dezembro de 2005. Procedimento similar ao atual e anunciado em 2011 em três ocasiões distintas.


Mais uma vez, o IBGE coloca-se à inteira disposição da mídia e da sociedade em geral, para prestar quaisquer esclarecimentos que se façam necessários sobre esse assunto, seguindo os princípios de transparência, imparcialidade e igualdade de acesso que sempre nortearam sua atuação.



No Bom Dia (?) Brasil de hoje, a Urubóloga e o Chico Pinheiro se divertiram muito com a expressão “jabuti não sobe em árvore”.
A Urubóloga atribui o provérbio à sabedoria mineira.
Só que não é.
É um provérbio português que entrou para o dialeto da política brasileira por um coronel maranhense, Vitorino Freire, que costumava justificar o regime militar dessa forma: “se você vir um jabuti numa furquilha deixa ele lá, porque jabuti não sobe em árvore, alguém foi que botou lá”.
(Do livro “Sarney – a biografia”, de Regina Echeverria, editora Leya, pág. 82.)
No Bom Dia (?) Brasil, o que se depreende é que a Dilma botou o jabuti na árvore.
A Urubóloga suspeita que as mudanças do IBGE tenham sido feitas “na direção do que o Governo precisava”.
Isso é gravíssimo !
Se a Dilma botou o jabuti na árvore, é caso de impeachment !
Manipular a taxa de inflação significa manipular a remuneração de todos os títulos do universo financeiro do país.
Significa meter a mão no bolso dos detentores de títulos para garantir que a meta de inflação seja cumprida.
E o IBGE, nesse quadro de jabutis na árvore, passa a ser cúmplice da patranha: um órgão que não merece ser respeitado.
O IBGE está no bolso de quem: de credores ou devedores ?
Veja, amigo navegante, a gravidade dessa suspeita !
Sua diretoria tem que ser imediatamente removida e substituída, depois de apuradas as responsabilidades criminais.
É o que acontece quando o Governo deixa a Globo dizer o que bem entende.
O problema não é a Miriam, que, como se disse aqui, é um embutido da Sadia composto de ideias que, separadas, não gostaríamos de consumir.
Ela, como se vê, confunde o Maranhão com Minas (começam com “m” …)
O problema não é a Miriam: o problema é a Globo.


Clique aqui para ler “Arruda: ‘não há democracia na mídia’”.


Paulo Henrique Amorim

Rolls Royce firma acordos de até US$ 650 mi com Petrobras

Brasil Econômico


Os equipamentos operarão nos campos petrolíferos de Lula e Guará, no pré-sal da Bacia de Santos
Os equipamentos operarão nos campos petrolíferos de Lula e Guará, no pré-sal da Bacia de Santos

 
A Rolls Royce firmou com a Petrobras novos contratos, com valor que pode alcançar US$ 650 milhões, para fornecer equipamentos para exploração no pré-sal.
A Rolls-Royce fornecerá à Petrobras 32 turbogeradores com turbinas a gás, incluindo unidades de recuperação de calor, para atender aos requisitos de geração de energia de oito plataformas flutuantes, utilizadas no processamento de hidrocarbonetos e no armazenamento de petróleo.
Esses equipamentos operarão nos campos petrolíferos de Lula e Guará, localizados na área do pré-sal da Bacia de Santos.
A Rolls-Royce também fornecerá à Petrobras serviços de manutenção, suporte técnico e treinamento nos próximos dez anos.
Em fevereiro, a Rolls-Royce anunciou planos para a construção de uma instalação para montagem e testes de turbinas a gás em Santa Cruz, no estado do Rio de Janeiro, em uma área de 103 mil metros quadrados, que receberá um investimento de mais de US$ 100 milhões.
A previsão é que essa unidade esteja operacional no primeiro semestre de 2013, e será usada no processo de fabricação dos equipamentos contratados pela Petrobras.

A submissão étnica no Brasil

A imagem acima simboliza uma afronta que é feita diariamente à maioria do povo brasileiro, maioria essa que o IBGE, a partir do Censo de 2010, diz que passou a ser composta por afrodescendentes.
O censo revelou que o contingente de pessoas que se declaram negras e pardas superou o das que se declaram brancas. 91 milhões se dizem brancas (47,7%), 15 milhões se dizem pretas (7,6%), 82 milhões se dizem pardas (43,1%), 2 milhões se dizem amarelas (1,1%) e 817 mil se dizem indígenas (0,4%). Negros e pardos, portanto, somam 97 milhões.
O pior é que grande parte dos que se dizem brancos, não é. Tem pele morena mais clara, mas com evidentes traços negros. Por que isso? Simplesmente porque uma carteira de identidade que diga que o indivíduo é negro ou pardo equivale a uma condenação.
Corte para uma cena típica neste país. A casa é a de uma família negra – homem, mulher e uma filha. É fim de tarde e a jovem de quinze anos se acomoda ansiosamente no sofá, diante da televisão. “Vai começar Malhação”, diz à mãe.
A cena chama atenção e perturba porque um pensamento vem à mente: será que a garota não se sente incomodada por não se ver representada na novela das cinco, das seis, das sete ou das oito, dia após dia?
Dirão que sempre há um negro e até um mestiço nas novelas, ainda que na propaganda isso seja muito mais raro. Mas como é possível que essa maioria da população não se incomode ao ver que nessas novelas é praticamente todo mundo branco?
Vejamos, abaixo, outro exemplo de novela com elenco “nórdico”, a das seis, também da Globo, uma tal de “A vida da gente”. Dê uma boa olhada no perfil étnico do elenco, leitor, e reflita se é mesmo a vida “da gente” que está na telinha.

Antes de prosseguir, há que constatar que essa situação não vige só na Globo, mas em todas as concessões públicas de televisão, no teatro, no cinema… A menos que seja uma trama de mocinhos e bandidos. Aí os negros aparecem mais, mas não como mocinhos…
Em alguma parte do país existe um povo como o dessa ou o de qualquer outra novela? Nem no sul há população tão branca. Pior ainda onde as emissoras ambientam a maioria de suas novelas, ou seja, no Rio ou em São Paulo.
E se isso ocorresse só nas novelas, não seria nada. Cristiane Costa, leitora do blog, envia comentário que mostra como o racismo paira sobre esta sociedade majoritariamente afrodescendente.

Há, sim, bonecas negras. Mas não é fácil achar. E a maioria é de brancas e loiras.  Meninas negras brincam com bonecas brancas assim como meninos negros brincam com bonecos brancos de super-heróis, por exemplo.
É só? Claro que não. A publicidade é ainda mais racista. É raro ver uma propaganda com uma família negra. Pode ser de banco, de plano de saúde, de loja de departamentos, de supermercados…
Pode-se dizer, no entanto, que quem movimenta a economia é a massa, aquela massa que o IBGE diz que é majoritariamente negra. Depois vêm outras etnias. Essa etnia que aparece nas novelas, na publicidade ou em brinquedos não deve chegar nem a 10% da população.
Por que, então, uma população tão discriminada não boicota o supermercado, o banco ou o plano de saúde que retratam este povo como se fosse norueguês ou sueco e escondem o verdadeiro povo brasileiro?
Apenas porque essa maioria étnica aprendeu a se submeter a coisa muito pior. Submete-se a ganhar menos e até a não poder freqüentar determinados ambientes, tais como casas noturnas e, sobretudo, clubes.
Um amigo está entre os raríssimos negros de classe média alta. Mora em um dos bairros mais elegantes de São Paulo, um bairro quase totalmente branco em que, apesar de residir ali há quase vinte anos, quase não tem amigos.
O amigo negro tentou várias vezes associar a família a um clube e jamais conseguiu. Dizem-lhe que não há títulos disponíveis para venda apesar de ele saber que é mentira porque antes de se apresentar pessoalmente pede informação por telefone e lhe dizem o oposto.
Ao ser perguntado sobre por que não denuncia isso, baixa os olhos e deixa escapar, de forma quase inaudível, que “seria pior”. E muda de assunto.
A pergunta, então, torna-se recorrente: se, como diz o IBGE, a maioria do povo brasileiro é negra ou descendente de negros, por que essa maioria não se revolta com uma situação tão absurda de legítima discriminação racial?
Não há estudos sobre isso apesar de que todos sabem a razão da submissão étnica que flagela a maioria dos brasileiros: trata-se de uma herança histórica, de uma história de submissão negra ao senhor branco.
Daí as pessoas negras vibrando com novelas brancas e que continuam dando dinheiro a empresas que as discriminam nas propagandas. Até porque, não há alternativas de entretenimento ou consumo que não passem pelo cordial racismo brasileiro.
—–
A auto-imagem do negro em sociedades racistas

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A submissão étnica no Brasil

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Boni confessa manipulação do debate Lula x Collor

 
 

Entre Collor e Boni, sou mais o Boni

O Dr Roberto chegou atrasado à posse

Saiu na Folha (*):

Ex-executivo da Globo mentiu sobre debate, diz Collor


Ex-presidente nega ter recebido ajuda de Boni ao se preparar para confronto com Lula na eleição de 1989. Envolvimento com a campanha de Collor teve caráter ‘pessoal e informal’, afirma diretor da Rede Globo


NELSON DE SÁ

ARTICULISTA DA FOLHA


O ex-presidente Fernando Collor reagiu ontem a uma entrevista em que José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, principal executivo da Rede Globo durante a campanha eleitoral de 1989, descreveu os “palpites” que teria dado ao então candidato, antes do debate que antecedeu o segundo turno da eleição.


“Nós fomos procurados pela assessoria do Collor”, declarou Boni à Globo News, no sábado. Miguel Pires Gonçalves, então superintendente da Globo, teria pedido a Boni que “desse alguns palpites” para a apresentação de Collor no debate.


“Nunca pedi a ninguém para falar com o Boni, meu contato era direto com o doutor Roberto”, rebate Collor, referindo-se a Roberto Marinho, na época presidente das Organizações Globo.


Collor também nega as outras declarações de Boni, que detalhou o que teria feito: “Conseguimos tirar a gravata do Collor, botar um pouco de suor com uma glicerinazinha, e colocamos as pastas todas que estavam ali, com supostas denúncias contra o Lula, mas que estavam vazias ou com papéis em branco”.


“Nunca tirei a gravata nos debates. Mentira”, rebate Collor. “Suor: nem natural nem aspergido pelo Boni. Glicerina: mais uma viajada na maionese. Pastas vazias: ao contrário, cheias de papéis, números da economia, que sequer utilizei.”


Segundo Boni, “todo aquele debate foi produzido”, na “parte formal”, sendo de Collor “o conteúdo”. E novamente, segundo Collor, não houve “debate produzido: um foi na Manchete e o segundo foi na Band”. Em “resumo, o Boni despirocou”.

(Segue-se uma declaração de Ali Kamel, em apoio a Boni, que termina assim:

Segundo Kamel, “foi uma iniciativa do Boni, como cidadão, mesmo que com o consentimento de Roberto Marinho”. Ele acrescenta, “com segurança, que, se o episódio era factível no contexto histórico da época, hoje ele seria de todo impossível”, na Globo.
 
 
Boni jamais ajudaria o Collor sem o consentimento do Dr. Roberto.
Não tem essa de “iniciativa do Boni”.
Nem ele nem o Miguel Pires Gonçalves seriam capazes, por exemplo, de dar uma mãozinha ao Lula.
Não é verdade que o Collor só tratasse com o Dr Roberto.
A linha direta do Collor na Globo era o diretor de jornalismo (um pouco menos poderoso que o Kamel), Alberico de Souza Cruz.
(Alberico é o autor da obra prima que foi a edição do jornal nacional na véspera da eleição do segundo turno, com a edição do debate.
Trata-se de rasteira manipulação, que está nas antologias das melhores escolas de jornalismo do mundo, no capítulo “como usar a televisão para manipular um resultado eleitoral”.
Outro exemplo neste mesmo capítulo foi o que a Televisa mexicana fez para tirar a eleição de Cuahautémoc Cárdenas e dar a Carlos Salinas de Gortari, o FHC deles.
Foi quando o Dr Roberto mandou editar o debate de forma que só aparecesse o que fosse bom para o Collor e o que fosse mau para o Lula.
(Sobre este assunto, escrevi para a Carta Capital uma analise de um livro que tem duas dezenas de elogios ao dr Roberto e pretende ser uma “análise” da relação Collor x imprensa. Vale a pena! )
Foi exatamente essa linha direta com o futuro presidente da República que levou o Dr Roberto a derrubar o Armando Nogueira e colocar o Alberico no lugar dele.
Dr Roberto entrou na eleição com o pé errado.
Apoiou Covas, Quércia e só foi apoiar o Collor quando o Collor aparecia claramente como o único que podia derrotar Lula e Brizola.
Quem sempre esteve ao lado do Collor (e do Quércia) foi o Alberico.
Este ansioso blogueiro não tem como atestar a veracidade de todas as informações do Boni.
Mas, não tem dúvida de que a Globo “produziu” o Collor.
Para o Collor, o Alberico era muito mais importante do que a Belisa Ribeiro, sua marqueteira.
Hoje, talvez fosse impossível o Boni fazer o que fez pelo Collor.
De fato, o Ali Kamel talvez tenha razão.
Porém, só os métodos mudaram.
Agora, a produção se faz com outros instrumentos.
Levar a eleição de 2006 para ao segundo turno, ao ignorar o desastre da Gol, como fez o Ali Kamel.
Com a parcialidade do Casal 45, ao interrogar os candidatos Cerra e Dilma, na eleição de 2010: “mil perdões, candidato”.
O mil perdões está no jornal nacional desses dias.
Levar onze dias para denunciar a Chevron do Cerra.
Abafar a Controlar e o João Faustino do Cerra.
O método é outro.
A parcialidade, a mesma.
A manipulação para ganhar a eleição – a mesma.
Agora, entre uma reconstituição histórica e outra, prefiro a do Boni.



Em tempo: essas mal traçadas linhas sofrem de parcialidade, elas mesmas. Este ansioso blogueiro, profissional de televisão, deve ao Boni a fundação da televisão no Brasil. Televisão que este ansioso blogueiro critica. Mas, que se tornou uma indústria e, em certos momentos, de alta qualidade, devido, sobretudo ao Boni. E isso só foi possível, porque quando o Boni e o Walter Clark chegaram à Globo, os filhos do Roberto Marinho ainda não tinham idade para tocar o negócio. Quando atingiram a maioridade e foram tocar o negócio, a coisa desandou.  Fazem até hoje a televisão que o Boni deixou lá, do ponto de vista artístico e de programação. E mal sabem eles que o Boni, se pudesse, já tinha trocado isso tudo. A Boni o que é do Boni !


Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

 

FMI pede ajuda ao Brasil ( OUTRA VEZ !!!!)

A UDN do Leblon

Já tivemos Gabriela melhor do que Juliana Paes 
Nirlando Beirão 
Periguete esforçada
Ela é uma atriz esforçada, a Juliana Paes. Sempre cabe bem no papel de periguete. O último foi no seriado O Astro.

Mas, de repente, recrutá-la para reviver na TV a Gabriela que já foi de Sonia Braga, aí, gente, já é esticar demais a corda, né, não?

Sonia Braga é uma diva. Sempre foi. É uma das raras atrizes da Globo que sabem que Stanislavski não é zagueiro da seleção tcheca. Que Chantilly não é só confeito de bolo. Que Primavera Árabe não é nome de coleção de moda desfilada em Paris.

Juliana Paes está fazendo campanha contra a usina hidrelétrica de Belo Monte, a ser construída no Xingu. Ela e mais um elenco de globetes, intelectuais da Barra da Tijuca, que aparecem na TV em anúncios pagos.

Claro que quem não poderia deixar de estar no time das reclamonas é a notável Maitê Proença.

Maitê, que por algum tempo estrelou o programa mais chato da TV mundial, o Saia Justa, foi aquela que, na campanha presidencial de 2010, “embora feminista”, atiçou “os machos selvagens” a “nos salvar da Dilma”.

A UDN do Leblon, sempre atrás de uma bandeira de raiva, agora elegeu uma hidrelétrica como pretexto. Gostaria de saber o que Juliana Paes sabe realmente de Belo Monte.

O meio ambiente é um tema charmoso para quem tem a profundidade política de um pires.

Tem gente decente na área, gente bem-intencionada, séria, estudiosa. No episódio Belo Monte, creio que os doutos da ecologia estejam enganados, mas reconheço o direito deles de espernear.

A incômoda verdade é: nenhuma terra indígena será alagada, o risco ambiental é nulo.

Os ecoxiitas – abrigados numa ONG de nome Movimento Gota d’Água aparentemente muito bem aquinhoada de recursos – cooptaram os rostinhos bonitos da Globo para dizer que no futuro a gente vai assistir às novelas graças à energia gerada por pás de vento.

Parece coisa daquele antigo Fidalgo de la Mancha, simpático mas também equivocado.


Leia mais em: O Esquerdopata

Santayana: a Chevron do Cerra quer mais

A obra da Chevron e o presidente insolente

O Conversa Afiada reproduz artigo de Mauro Santayana sobre o que ainda falta explicar na questão dos royalties do pré-sal:

O mau cheiro do petróleo


por Mauro Santayana


O petróleo foi o mais importante parteiro da alucinada civilização contemporânea. A causa objetiva da Primeira Guerra Mundial já estava no controle das fontes mundiais de matérias primas – como o petróleo – indispensáveis na corrida pela prosperidade e poder das nações.


Há maldições de que não podemos escapar: uma delas é a necessidade da corrida armamentista, a fim de garantir a incolumidade das nações. Essa competição alucinada depende de uma complexidade de operações econômicas e industriais interdependentes, e acima de tudo, do acelerado desenvolvimento tecnológico. É preciso ter em conta que, para impedir o terrorismo bélico das nações mais poderosas de hoje, teremos que encontrar caminhos novos, que as contenham. Seus investimentos na indústria da guerra vão do aprimoramento de pistolas de combate à exploração do solo de Marte, sem falar nas atividades diplomáticas e atos criminosos clandestinos.


Sem o petróleo, é fácil deduzir, não haveria bombas nucleares. Sem o petróleo, dirão outros, não haveria tampouco o desenvolvimento da medicina, e o notável aumento da expectativa de vida dos homens dos paises desenvolvidos. Nem o crescimento da produção agrícola no mundo inteiro. Em suma, sem o óleo, fonte de numerosos derivados, também a química se arrastaria lentamente, e não com a  extraordinária velocidade em que ela produz centenas de novas substâncias quase todos os dias.


Chegamos tarde à era do petróleo e é constrangedor constatar  que, para esse atraso, tenham contribuído muitos brasileiros. As oligarquias rurais, que dominavam o Império e a República, durante as primeiras décadas, temiam a industrialização autônoma  do país, que reduziria sua força econômica e seu poder político. Com esse  perverso instinto de sobrevivência de classe, aceitavam o imperialismo britânico e  sabotavam o esforço de industrialização nacional. Foi assim que chegaram a somar-se aos ingleses, no pleito que esses moveram contra Mauá – e ganharam, com a providencial ajuda do tribunal mais elevado do país no período de declínio do Segundo Reinado.


É necessário que se leia, com as devidas ressalvas, tendo em vista seu interesse pessoal no caso, o excelente ensaio de Monteiro Lobato sobre o petróleo. Ele mostra como já naquele tempo – no fim da República Velha e  início do governo provisório de Vargas – os norte-americanos impediam o livre comércio dos brasileiros. Lobato conta que os soviéticos queriam trocar petróleo, que tinham em abundância, por café, cujo consumo queriam disseminar no Exército Vermelho, com o propósito de combater o alcoolismo  – e o governo do paulista Washington Luis não se dispôs ao negócio extremamente vantajoso.


O café que não trocamos pelo petróleo foi, em seguida, queimado, com a crise de 29, a fim de assegurar o preço internacional – medida que não trouxe qualquer efeito prático.


A crise, sendo capitalista, não impediria  negócio de troca de mercadorias, sem o uso de moedas, como o que Moscou nos oferecia – e seria vantajoso para ambas as nações a fim de enfrentar as dificuldades dos anos 30. Quando ainda estávamos nessas indecisões, os argentinos já contavam com a YPF, empresa estatal, detentora do  monopólio da exploração de seu petróleo, estabelecido no governo de Yrigoyen.


A campanha pelo petróleo foi um dos grandes momentos da história de nosso país, porque uniu, na mesma consciência de nação, altos oficiais das Forças Armadas, intelectuais, estudantes, sindicatos de trabalhadores, partidos políticos, e até mesmo parlamentares conservadores. Foi um belo momento que os norte-americanos trataram de esvaziar, com a cumplicidade de seus agentes brasileiros, na primeira tentativa de golpe de Estado, que levou Vargas ao suicídio. É bom lembrar a coligação de quase todos os grandes meios de comunicação do país no combate sem tréguas ao Presidente – o estadista brasileiro que melhor entendeu a necessidade de desenvolvimento econômico autônomo, como fundamento da soberania nacional.


O problema do petróleo retorna às preocupações brasileiras, com a descoberta das grandes jazidas situadas abaixo da camada de sal no litoral do país. Provavelmente a fim de criar a cizânia que favoreça as empresas estrangeiras, não satisfeitas com a legislação do governo neoliberal de 1995 a 2003, surgiu o problema da distribuição dos royalties. Para quem conhece a história política do mundo, trata-se de uma bem urdida manobra de diversão. Enquanto se discute a participação dos estados produtores e não produtores na parcela que ficará com o Brasil, fatos mais graves são esquecidos. Como se sabe, a não ser que caia veto presidencial à emenda do Senador Pedro Simon à lei do pré-sal, que impede a devolução dos royalties a serem pagos pelas empresas exploradoras, é um roubo contra os brasileiros. Como já é comum, assessores parlamentares e deputados amaciados pelos argumentos conhecidos dos lobistas, conseguiram o inimaginável: determinar que sejam devolvidos às empresas o valor dos royalties em petróleo. Trocando em miúdos: não pagarão coisa alguma – a União, isto é, o povo, é que pagará. Trata-se de entregar com uma mão e receber de volta com a outra.


Há mais: a tática é a de ganhar tempo, a fim de aumentar a brecha já existente, desde a emenda que acabou com o monopólio da atividade pela Petrobras, e se conceda a licitação de áreas do pré-sal a empresas estrangeiras, em lugar de assegurá-las à empresa nacional, que deveria ser apenas estatal.


O episódio da Chevron vai além da desídia técnica, que ocasionou o vazamento no Campo de Frade. Mais grave ainda do que o acidente, foi a arrogância com que o dirigente mundial da empresa, Ali Moshiri, se dirigiu ao Ministro Edison Lobão, ao reclamar que uma empresa do porte da Chevron não pode ser tratada da maneira com que as autoridades brasileiras a estariam tratando.  Só isso bastaria para que o Brasil exigisse o fim de suas atividades imediatamente em nosso país. Se, no Ministério de Minas e Energia, estivessem homens como Leonel Brizola ou Itamar Franco, o senhor Moshiri seria convidado a sair do gabinete, no mesmo momento de seu desaforo, antes que as autoridades de imigração o instassem e a deixar o Brasil, como persona non grata. Aconselhamos os leitores acompanhar os fatos pelo blog do deputado Brizola Neto, o Tijolaço.


Quando assistimos à insolência dos dirigentes da empresa petrolífera texana, constatamos como foi criminosa a política entreguista do governo dos tucanos de São Paulo. Já não  basta às multinacionais do petróleo obter os lucros que obtêm em nosso país, nem causar os danos que causaram. Querem, além disso, tratar os brasileiros como um povo colonizado e de joelhos.


Seria a hora de voltar novamente às ruas, como nelas estivemos há mais de meio século, e com a mesma palavra de ordem, a de que o petróleo é nosso. Todo o petróleo que a Natureza nos destinou.



Em tempo: é sempre importante recordar que o candidato à Presidência da República, Padim Pade Cerra, prometeu entregar o pré-sal à Chevron. Não apenas os royalties, mas tudo. – PHA

E....................HONDURIZAÇÃO ?

"João Faustino fala como FHC e Serra confiam nele" SÓ FALTA DIZER QUE NÃO O CONHECIAM. CADÊ O PAULO PRETO ?


Para que não se ache que a menção à amizade entre o suplente de senador João Faustino, preso no Rio Grande do Norte por participar de um esquema de fraudes inspirado no que foi descoberto na Prefeitura de São Paulo – e de cuja a montagem a Controlar teria participado – pelo Ministério Público, e a dupla Fernando Henrique Cardoso e José Serra  seja implicância  dos blogueiros, posto  este vídeo aí de cima.
Gravado em agosto deste ano, é um trecho do programa “Hilneth é Show”exibido pela SimTv,  de Natal, no qual o próprio Faustino conta como foi convidado por FHC para trabalhar no Palácio do Planalto e por Serra – de quem foi subchefe da Casa Civil – para ajudá-lo no Instituto Teotônio Vilela,  parte que lhe coube, como consolação, depois de afastado da direção do PSDB.
Nada melhor do que o próprio Faustino falar destas ligações.

Serra, você precisa se controlar…


O senhor José Serra deve estar com a cabeça meio atrapalhada pela prisão de seu amigo e ex-subchefe da Casa Civil no Governo de São Paulo, o ex-senador João Faustino (RN), e anda dizendo coisas que depõem contra o seu ex-chefe (e ex-chefe de Faustino) Fernando Henrique Cardoso.
É que ele deve ter lido a nota do Estadão, hoje, dizendo que “a engenharia do esquema de fraude na inspeção veicular em São Paulo denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) serviu de modelo para o edital e a licitação no Rio Grande do Norte, alvo da Operação Sinal Fechado, que levou para a cadeia 14 pessoas na quinta-feira. A acusação é da Promotoria potiguar, com base em interceptações telefônicas e de e-mails trocados pelo lobista paulista Alcides Fernandes Barbosa.” com o presidente da Controlar, Harald Peter Zwetkoff, caso que está complicando a vida de seu amigo Gilberto Kassab.
Mas essa perturbação não é motivo para que ele diga que “o Brasil ainda é, no contexto da economia mundial, por incrível que pareça, um país pequeno”, como fez hoje, falando a jovens empreendedores na Fiesp, segundo a Folha.
Não é, não, Serra. É injusto, mas não é pequeno.
Tornamo-nos, este ano, a sétima economia do mundo e estamos prestes a sermos a sexta, deixando para trás o Reino Unido, a depender de pequenas variações do PIB dos dois países.
Quando o governo tucano terminou, em 2002, éramos a 14ª. E caindo.
Deixamos de andar de pires na mão, de dizer “sim, alteza” para o FMI, paramos de vender patrimônio público, aumentamos o salário mínimo, não tiramos mais os sapatos para falar com os países ricos e não quebramos mais quando há uma crise na Tailândia.
Quem é o senhor para reclamar que não baixamos os juros, se participou de um Governo que, mesmo alienando quase todo mês uma empresa estatal para fazer caixa, fez quase triplicar a proporção entre a dívida pública do Governo Federal e o Produto Interno Bruto.  E fez isso porque pagava taxas de juros da ordem de 20% reais ao ano, cinco vezes mais do que hoje!
Então, menos, Serra, menos.  Se o seu plano de aliar, goela abaixo do Governador Alckmin, os tucanos ao candidato de Kassab parece que não vai emplacar mais , não é razão para andar dizendo estas besteiras.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Folha: blogosfera deu “olé” na grande mídia


Em seu “Memórias do Cárcere”, Graciliano Ramos, falando sobre a censura no Estado Novo, diz que o sumiço da literatura não se devia apenas à censura.
“Liberdade completa, ninguém desfruta: começamos oprimidos pela sintaxe e acabamos às voltas com a Delegacia de Ordem Política e Social, mas, nos estreitos limites a que nos coagem a gramática e a lei, ainda nos podemos mexer”
E conclui: “Não caluniemos o nosso pequenino facismo tupinambá: se o fizermos, perderemos qualquer vestígio de autoridade e, quando formos verazes, ninguém nos dará crédito. De fato ele não nos impediu escrever. Apenas nos suprimiu o desejo de entregar-nos a esse exercício”
Penso que o comportamento da mídia, neste caso da Chevron, lembra muito esta situação. A postura servil e idólatra da imprensa, que atribui perfeição divina às grandes empresas internacionais e crê que as estatais brasileiras são apenas um amontoado de arranjos políticos não está apenas entre seus donos, mas espalhou-se por muitos de seus profissionais, sobretudo entre os ditos “investigativos” que, neste caso da Chevron, ficaram inertes e passivos diante do acidente.
Aliás, diga-se, continuam passivos, pois não se vê sequer uma tentativa de aprofundar a apuração do que aconteceu e uma aceitação preguiçosa dos “desvios” que se tenta fazer sobre a possíveis – e, certamente, existentes -  falhas nos sistemas de  reação aos acidentes na exploração marítima, em lugar de verificar porque o poço vazou.
Esse é assunto para o próximo post. Mas fica que descobrir e reconhecer o erro, em qualquer atividade, é uma atitude essencial de honestidade a que profissional algum pode se furtar.
Da mesma forma, não pode, independente das divergências políticas, deixar de reconhecer a autocrítica quando ela é feita sem subterfúgios ou falsas razões.
Por isso, depois deste enfadonho preâmbulo a que submeti  você, leitor/leitora, transcrevo o artigo da ombusman da Folha, Suzana Singer, de onde retirei o título do post. Como ele está restrito aos assinantes do jornal, optei por reproduzi-lo aqui, mesmo correndo o risco de cair na máxima do D. Quixote, que, com propriedade, de diz que louvor em boca própria é vitupério.
Quando se reconhece o erro – e quando, sobretudo, corrige-se a atitude incorreta – isso deve ser registrado. Nós, que criticamos o comportamento da grande mídia, não devemos, como é frequente que ela o faça, caluniá-la. Se o fizermos, como escreveu Graciliano,  perderemos qualquer vestígio de autoridade e, quando formos verazes, ninguém nos dará crédito.

Ombudsman

A grande imprensa foi passiva e demorou a

perceber a gravidade do vazamento da Chevron

Suzana Singer
O óleo subiu… e a gente não viu
Na cobertura do acidente ecológico na bacia de Campos (RJ), a mídia tradicional tomou um olé da blogosfera. A chamada “grande imprensa” demorou a entender a gravidade do que estava acontecendo, reproduziu passivamente a versão oficial e não fez apuração própria.
O vazamento ocorreu na segunda-feira, dia 7 de novembro, quando a pressão do óleo provocou uma ruptura do revestimento do poço. O líquido começou a subir pela coluna de perfuração e vazou também pelas fissuras do solo marinho.
A mancha de óleo foi vista no dia seguinte por petroleiros. Acionada, a norte-americana Chevron informou as autoridades, na quarta-feira, de que o vazamento acontecia em uma de suas plataformas.
No dia seguinte, agências de notícias divulgavam o incidente, com a porta-voz da Chevron falando em “fenômeno natural” e calculando um escape pequeno de óleo.
Só “O Globo” deu destaque ao assunto, mas em um texto tão editorializado que perdia o foco do acidente. O que acontecia no campo do Frade era só mais uma prova da “necessidade de Estados produtores de petróleo terem uma fatia maior dos royalties”. A Folha limitou-se a dar uma pequena nota.
Veio o fim de semana, quando a inércia toma conta das Redações. “Mercado” publicou no sábado, dia 12, uma capa sobre a queda do lucro da Petrobras e, no domingo, um imenso infográfico mostrando como funcionam as sondas de perfuração, sem fazer ligação com a Chevron. Sobre o acidente, só uma nota registrava que o vazamento aumentara.
Enquanto isso, uma luz amarela tinha acendido na blogosfera. O assunto circulava nas redes sociais. No dia 10, o geólogo norte-americano John Amos, 48, da SkyTruth, uma ONG ambientalista que trabalha com fotos aéreas, divulgou em seu site, no Twitter e no Facebook, as primeiras imagens da mancha.
O jornalista Fernando Brito, do blog “Tijolaço.com”, já dizia que a “história estava mal contadíssima”, porque “não é provável que falhas geológicas capazes de provocar um derramamento no mar deixem de ser percebidas nos estudos sísmicos que precedem a perfuração”.
No dia 15, a SkyTruth volta à ação e publica mais duas fotos mostrando que a mancha tinha crescido. “É dez vezes maior do que a estimativa da Chevron”, aposta Amos.
Instigados pelos blogs, leitores começam a cobrar: “A senhora acredita que a cobertura está correta?”, “E se fosse a Petrobras?”.
Só com a entrada da Polícia Federal no caso, a Folha e seus concorrentes começaram a se mexer de fato. O conselho jornalístico “follow the money” virou no Brasil, por preguiça, “follow the police”.
No dia 17, com o inquérito policial aberto, o assunto finalmente foi capa de “Mercado” e ganhou um tom cético -pela primeira vez se aponta possível negligência da empresa. De lá para cá, toda a imprensa subiu o tom e, numa tentativa de compensar o cochilo inicial, vem cobrando duramente a Chevron, que admitiu “erros de cálculo”.
Não é mesmo fácil saber o que acontece em alto-mar, mas, um ano e meio depois da grande tragédia ambiental do golfo do México, é indesculpável engolir releases divulgados por petrolíferas.
Além de recorrer a ONGs e especialistas, os repórteres poderiam ter procurado os petroleiros. O sindicato tinha divulgado uma nota no dia 10. “Os jornais brasileiros foram decepcionantes”, diz C.W., funcionário da Petrobras que sentiu o cheiro do vapor de óleo cru, mesmo estando a cerca de 15 km do local.
Para evitar que seu nome aparecesse, ele pediu à namorada que avisasse a mídia. Ela escreveu para a Folha e para o “Estado” no dia 11:
“Boa noite, Ainda está vazando óleo na bacia de Campos, o vazamento já percorreu quilômetros. É necessário averiguar, pois noticiaram o ocorrido, mas não deram a devida atenção.”
O caso Chevron mostra que faltam jornalistas especializados em cobrir petróleo, o que é grave num país que tem uma estatal do tamanho da Petrobras e que pretende ser uma potência da área com a exploração do pré-sal.
John Amos, da SkyTruth em West Virginia, deixa um alerta: “Se todos esquecerem rapidamente o acidente, porque o vazamento não foi tão grande quanto o do México, aí sim será uma tragédia. Essa é uma oportunidade de questionar a gestão da exploração em águas profundas, em territórios arriscados. Porque haverá um novo acidente. E vocês devem estar preparados para isso”.

Faustino é o homem-bomba do Cerra. Ricardo Sérgio … esse é pinto !


O Conversa Afiada publica artigo de Alceu nader, do setor de Comunicação do PT no Senado.

E lembra que este Conversa Afiada tem feito cobertura sistemática dessa explosão que o nosso sismógrafo localizou no arraial dos tucanos e DEMOS, os incansáveis marchadores pela moralidade.

(Este ansioso blogueiro já começa a se divertir com o debate Cerra x Dilma, na campanha de 2014, quando surgir o assunto “corrupção” !).

Leia o que o Conversa Afiada já disse sobre esse João Faustino, X Cerra e Aloysio 300 mil: aqui; aqui; aqui e aqui (por enquanto)

Como a mídia se comportará no caso Controlar?

Alceu Nader


Não se afasta a possibilidade da cobertura jornalística sobre o escândalo da Controlar, durante o final de semana, ter sido afetada pelo justo descanso das redações. Mas o que se percebeu é a ausência do assunto nas revistas semanais, embora o caso tenha  vindo a público com tempo hábil para ser registrado. Afinal, o Ministério Público havia recorrido ao pedido de afastamento do prefeito da maior cidade brasileira, sexta do mundo, congelamento de bens de 22 pessoas e ordem para promover licitação, pondo fim ao negócio da inspeção veicular explorado pela empresa Controlar, eivado de suspeitas e irregularidades desde que nasceu, ainda no governo de Celso Pitta (1996-2000).


Há pareceres contrários à Controlar no Tribunal de Contas do Município e na Procuradoria Geral do Estado. Há inquérito policial aberto na Polícia Civil de Natal, capital onde as irregularidades replicaram com os mesmos vícios e favorecimentos que entregaram ao grupo de empresários amigos a exploração do serviço. Há horas de depoimentos a serem perseguidas pelo jornalismo investigativo, dezenas de nomes a serem cruzados (no Rio Grande do Norte, com o apoio das informações cedidas pelos procuradores paulistas, a documentação reunida é riquíssima). Tem-se, portanto, muito trabalho a ser realizado para informar o leitor sobre o assunto.


Após a Justiça impedir que Celso Pita assinasse o negócio da Controlar, a iniciativa reprovada pelos procuradores e juízes permaneceu sepultada durante o governo de Marta Suplicy (PT-SP), de 2000 a 2004. Mas, em maio de 2008, último ano do primeiro mandato de José Serra (PSDB-SP) como prefeito, o negócio da Controlar ressuscitou, com inspeção exclusiva de autos e caminhões movidos a diesel. Em janeiro de 2009, no primeiro mês de Gilberto Kassab (ex-DEM-SP, atual PSD-SP), depois de herdar a prefeitura deixada por Serra como vice-prefeito, a inspeção passou a ser obrigatória para todos os automóveis, a partir do segundo ano de uso.


São Paulo também é o quarto maior aglomerado urbano do planeta, com frota de 7 milhões de veículos. A Controlar inspecionou 1,5 milhão de veículos em 2009 e 4,5 milhões em 2010, últimos dados anuais. A R$ 61,98 o veículo, seu faturamento estimado no ano passado foi de R$ 278,91 milhões – considerando-se uma única inspeção por veículo, sem contabilizar os casos de duas, três, quatro, até cinco idas de carros “reprovados”.O dono de automóvel que não pagasse a tarifa, estaria automaticamente impedido de renovar o licenciamento do ano seguinte, com multa de R$ 550,00.


O processo judicial anunciado na quinta-feira,  25/11, congelou os bens dos empresários proprietários da Controlar, do prefeito Gilberto Kassab e do Secretário de Meio Ambiente, Eduardo Jorge. A ação também pediu o afastamento do prefeito do cargo, o que foi negado pela Justiça, que, na mesma sentença, manteve a indisponibilidade dos bens de Kassab e de todos os demais réus. Além dessas decisões, determinou a realização de licitação no prazo de 30 dias.


Quando a ação judicial foi lida em São Paulo, concomitante com as prisões (16) efetuadas no Rio Grande do Norte, Gilberto Kassab encontrava-se na Europa, de onde retornou no sábado. O que se viu e leu na grande imprensa não foram novas informações sobre o milionário favorecimento, mas seguidas declarações do prefeito de São Paulo, desqualificando o trabalho dos procuradores. Primeiro, disse Kassab, “não tem sacanagem” na concessão do negócio para a Controlar, beneficiada por dois anos e meio de exploração de serviço público, sem licitação. Depois, completou com  “não sou tonto”, reafirmou que manterá o contrato questionado na Justiça.


Apenas o sítio brasil247.com, às 18h38 de sábado,  informava que a réplica do esquema que beneficiou a Controlar em São Paulo e em Natal, um dos presos pela polícia local é João Faustino, suplente do senador José Agripino (DEM-RN), que também foi subchefe da Casa Civil de José Serra governador, com o senador Aluizio Nunes (PSDB-SP), então chefe da Casa Civil. Segundo o brasil247.com, João Faustino foi “operador” da campanha presidencial de José Serra  de 2010. Sua função – arrecadar fundos para a campanha presidencial de José Serra de 2010 – assemelha-se à de Paulo Vieira de Souza – o Paulo Preto.


“Quando Serra se tornou presidenciável, João Faustino passou a coordenar as atividades da campanha – inclusive a arrecadação de recursos – fora de São Paulo. O que Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, fazia em São Paulo, João Faustino fazia em outros estados”, compara a reportagem.


Faustino foi preso porque as investigações de Natal formalizam acusações muito mais substanciosas e consistentes do que as da capital paulista. Sua soltura foi requerida, mas negada, por risco de influenciar no prosseguimento do inquérito. Um dia depois, domingo, Faustino deixou a cadeia para internar-se na Casa de Saúde São Lucas, por “problemas cardíacos”. No boletim assinado pelo médico cardiologista responsável pelo hospital, Miguel Angel Sicolo, João Faustino encontra-se sob “tratamento médico especializado” e que seu estado clínico é “regular”.


João Faustino é o homem-bomba do caso, segundo apontam as investigações e telefonemas gravados com autorização da Justiça. As informações sobre o esquema de Natal desnudam como foi sua montagem anterior em São Paulo. Ao deixar a Prefeitura de São Paulo, Serra, como governador, deu encaminhamento à expansão da inspeção veicular para outros 217 municípios paulistas.


No entanto, não se vê, na grande mídia, como comumente acontece nas coberturas de escândalos, detalhes do inquérito, aprofundamento das informações, resgate do histórico da criação da Controlar, sua venda posterior ao grupo Camargo Corrêa. Não se lê, sequer, nada sobre o inconformismo dos contribuintes paulistanos pela inspeção que, na maioria dos casos, não ultrapassava os cinco minutos.


Antes da leitura das reportagens na íntegra, recomendadas nos links abaixo, segue, abaixo, a sequência de títulos dos sites de maior audiência, no sábado às 18h30. Chama-se a atenção para o UOL, único a dedicar manchete principal, neste dia, ao assunto em sua home page ao assunto. Em todos os demais, inclusive no Estadão.com.br, que trouxe o escândalo à tona, o espaço dado foi secundário ou de menor importância. O painel dos títulos é o seguinte:


UOL – Após denúncia de irregularidades, Kassab diz não temer cassação


G1 (O Globo) – “Prefeitura de SP está correta”, diz Kassab


Estadão – Processo contra o prefeito de São Paulo pode chegar a R$ 1,1 bilhão


Veja – Acusado de fraude, Kassab diz: ‘Não temo cassação’ – Prefeito se diz tranquilo em relação às acusações de improbidade administrativa


Época (O Globo) – ignora


Istoé – ignora


iG – ignora


Terra – ignora


Brasil 247 – Homem forte de José Serra está preso em Natal – sábado


Brasil 247 – Braço direito de Serra sai da cadeia e vai para UTI


O desinteresse demonstrado nos títulos confirma e torna procedente uma queixa recorrente dos senadores do PT – a de que  a grande imprensa mostra-se muito mais disposta quando denúncias de irregularidade atingem o governo federal e o PT.


Também estará sendo posto à prova, neste caso, o grau de intimidação de José Serra contra jornalistas que escrevem o que não lhe agrada na grande mídia. Serra pediu (e mais de uma vez foi atendido) a cabeça de repórteres e editores considerados inimigos. Vários desses profissionais foram alijados definitivamente das principais redações.


Alceu Nader é chefe da Comunicação da Liderança do PT no Senado

Renasce o maior estaleiro do pais

 
Enquanto a presidente Dilma discursava ontem em Niterói, na entrada em operação do primeiro dos 49 navios que integram o programa de modernização da frota da Petrobras – aliás, um discurso forte onde afirma que o país não vai voltar aos tempos em que exportava empregos e era monitorado pelo FMI – algo muito importante para o Brasil e , especialmente, para o Rio de Janeiro, acontecia a poucos quilômetros dali, também na Baía da Guanabara.

Porque enquanto o navio-tanque Celso Furtado, com suas 50 mil toneladas de capacidade de transporte de derivados de petróleo era entregue, uma nave muito maior cruzava o vão central da ponte Rio-Niterói e ancorava, à espera de sua metamorfose. O antigo petroleiro Titan Seema, construído em 1993, deslizou os seus 325 metros de comprimento e 56 de largura por entre as colunas da ponte e ancorou ao largo do antigo estaleiro Ishikawajima do Brasil .

Os dois veteranos – navio e estaleiro – vão começar uma nova vida no primeiro semestre de 2012. Com nomes novos. O Titan vira Petrobras P-74. O Ishikawajima retoma o nome que tinha antes dos japoneses: Inhaúma.

O Ishikawajima, na ponta do Caju, já foi o maior estaleiro do hemisfério sul, trazido por Juscelino Kubitschek como parte de sua política de compensação industrial à transferência da capital federal para Brasília. São Paulo estava ganhando a indústria automobilística. O Rio, por sua vez, ficava com a indústria naval.

Meio século depois, o grande e moderno estaleiro dos anos 60 tornara-se um amontoado de ruínas enferrujadas, estéril. Da glória de ter construído os dois maiores navios já produzidos no Brasil, o Tijuca e o Docefjord, de 311 mil toneladas de capacidade de porte bruto, num dos maiores diques secos àquela época existentes no mundo – meio quilômetro quadrado, ou 500 mil metros quadrados de área, o Ishikawajima não fazia sequer uma canoa desde meados dos anos 90.

O Titan Seema, que nesta mesma época estava sendo construído pelos Estaleiros Hitachi, em Cingapura, também se tornou inservível como superpetroleiro de longo curso. As máquinas, quase 20 anos depois de instaladas, consumiam combustível demais para longas viagens transoceânicas. Era tão antieconômico que seus donos, os chineses do Ace Sino Group o venderam por US$ 25 milhões, um quarto do custo do nosso “Celso Furtado”, que tem capacidade de carga cinco vexes menor.

Agora, o velho Ishikawajima vai transforma o velho Titan Seema em um navio FPSO – sigla em inglês para floating production, storage and offloading , ou produção, armazenamento e transferência de petróleo. Dele, sobrarão o casco e a casa de máquinas, remodelada. Além dos reforços e revestimentos do casco, é no ressuscitado estaleiro que serão construída ou colocadas as estruturas qie equivalem a 20 vezes o valor da compra do antigo petroleiro.

Nesta função, a maquinaria antiga dá conta, com um pé nas costas, das pequenas correções de posição, controladas
por satélite, que ele fará para ser o centro dos poços do pré-sal na área de Franco. Mas, da foto que você está vendo, brotarão 30 metros de altura de equipamentos de última geração, produzidos no Brasil, que tornarão a carcaça do Titan Seema uma das plataformas mais modernas de exploração de petróleo.

Onde, talvez, afora o velho casco, consigamos chegar próximo de 80% de conteúdo nacional.

É verdade que a internacionalização da economia nos permite fazer bons negócios lá fora. Mas só se eles nos permitirem gerar aqui mais tecnologia, produção e emprego.

Ou seja, que a gente passe a achar bom negócio aquilo que gere riqueza e trabalho para os brasileiros.
Por: Fernando Brito

Será que vão controlar o caso “Controlar”?

João Faustino (1° à esquerda), José Agripino Maia, José Serra e Rosalba Ciarlini juntos, na campanha de 2010. Ligações perigosas
As notas publicadas hoje na coluna de Renata Lo Prete na Folha de São Paulo, dando conta de que existem ligações entre o caso “Controlar-Kassab” e  João Faustino, ex-secretário de Assuntos Federativos da Presidência da República no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e subchefe da Casa Civil do então governador de São Paulo, José Serra (PSDB), dão a esperança de que o assunto saia das páginas locais dos jornais paulistas.
Ninguém está dando nada. O site NoMinuto, do Rio Grande do Norte, publicou as acusações do Ministério Público contra Faustino, chefe da campanha de Serra no Estado, num  direcionamento de licitação para a inspeção veicular no Rio Grande do Norte nos mesmos moldes do feito  no Município de São Paulo.
Neste arranjo, teria participado a mesma empresa Controlar, acusada de fraude em São Paulo.
A Controlar, depois de abiscoitar a concessão milionária em São Paulo, foi parcialmente vendida para um consórcio de empreiteiras. Seus donos, o casal Carlos e Abigail Suárez teriam ganho R$ 170 milhões na transação.
A informação é a de que há documentos provando que o casa distribuiu – e oficialmente, através de doações registradas – mais de R$ 2 milhões de seu patrimônio pessoal para diversos partidos e candidatos em 2010.
Isso, oficialmente. A caixa 2 ainda está por ser aberta.