Dia 1º de abril é considerado o dia da mentira, quando tradicionalmente as pegadinhas correm soltas; o PT, porém, resolveu ir na contramão e postou, na página da presidente Dilma no Facebook, administrada pelo partido, uma lista do que chama de "13 mentiras que contam para você sobre o governo Dilma Rousseff"; constam ali críticas de paralisação da economia, inflação em alta, descaso com a saúde, crise no setor energético, entre outros
Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

terça-feira, 1 de abril de 2014
CPI MIRA SÓ A SUPERFÍCIE. DISPUTA REAL É PELO PRÉ-SAL
Ao discutir com empresários sua agenda para a economia, o presidenciável tucano Aécio Neves (PSDB-MG) antecipou que pretende rever o modelo de partilha no setor de petróleo, retomando as concessões; segundo ele, o Brasil está atrasado na competição por recursos para o setor; "nos últimos anos, foram investidos US$ 300 bilhões e o Brasil não está mais sozinho", disse ele; "foram feitas novas descobertas no Golfo do México e na costa africana"; no governo federal, a proposta de Aécio é vista como a entrega do pré-sal a investidores internacionais; debate incendeia nacionalistas
1 DE ABRIL DE 2014 ÀS 09:18
247 - Numa palestra em que a declaração que mais repercutiu foi política ("tanto faz enfrentar Dilma ou Lula"), o presidenciável tucano Aécio Neves (PSDB-MG) antecipou também um ponto importante de sua plataforma econômica. No encontro promovido pelo Lide, ele afirmou que pretende rever o modelo de partilha no setor de petróleo e retomar o projeto de concessões. "Acredito que as concessões são a melhor forma de atrair investimentos", disse ele. "O problema é que o Brasil não está mais sozinho. Nos últimos anos, dos US$ 300 bilhões que foram investidos, nada veio para cá, até porque houve novas descobertas no Golfo do México e na costa africana".
O modelo de partilha, implantado depois da descoberta do pré-sal, é um tema caro à presidente Dilma Rousseff. O ápice desse modelo ocorreu na venda de Libra, campo que foi arrematado pela Petrobras, em parceria com a Shell e com duas empresas chinesas. Na ocasião, Dilma convocou cadeia nacional de rádio e televisão para enaltecer o resultado do leilão. Os defensores da partilha argumentam que não faz sentido apenas leiloar essas bacias, uma vez que já existe a comprovação da existência do petróleo.
Os críticos desse modelo alegam, no entanto, que o modelo gera ônus excessivos para a Petrobras e que seria necessário abrir o setor a outros investidores para que o Brasil amplie mais rapidamente sua produção de petróleo, reduzindo importações.
Essa disputa entre partilha versus concessões foi também abordada pelo site Tijolaço no post abaixo:
Aécio diz em público o que Serra cochichava: quer o fim do modelo Lula no petróleo
Uma pessoa presente à palestra de Aécio Neves hoje, numa associação de empresários, relata que, ao prometer “reestatizar” a Petrobras, Aécio Neves admitiu rever o modelo de partilha do petróleo da camada pré-sal, instituído por Lula e que garante não apenas que o Estado brasileiro fica com parte da produção como assegura que a Petrobras seja a operadora única, com pelo menos 30% de qualquer consórcio privado que receba o direito de explorar o óleo.
Não é, a rigor, novidade.
O tucano já havia defendido a volta ao modelo de concessão de Fernando Henrique Cardoso em outubro do ano passado.
É o mesmo que José Serra havia prometido a Patrícia Pradal, executiva da Chevron, numa reunião privada, que vazou com os telegramas do Wikileaks.
Não seria de esperar outra coisa de um candidato que, pela primeira vez desde 2002, resolveu se assumir como “fernandista”.
À medida em que os dias forem se passando, a mistificação em torno da CPI da Petrobras vai deixar claro o pano de fundo de toda essa história.
Enquanto isso, a campanha de desgaste da Petrobras, além de prejudicar a empresa e o país, vai servindo para todo tipo de esperteza no mercado de capitais contra os pequenos investidores.
Aliás, Aécio estava atacado e disse que “tanto faria” enfrentar Dilma ou Lula nas eleições.
São provocações pueris de Aécio, contra-atacando a ânsia dos últimos dias de Eduardo Campos, que tentou se mostrar mais anti-Lula do que ele.
Marcadores:
aecio neves,
concessão,
corrupção do DEM PSDB,
cpi,
eleições 2014,
midia golpista,
partilha,
petrobras,
Petrobrax,
pre-sal,
privataria,
tucanos
João Vicente Goulart: Washington estava disposta a dividir o Brasil para garantir o golpe; coronel da reserva diz que dinheiro fez general mudar de lado
Acima, reportagem do Jornal da Record do 31.03.2014
João Vicente, ao lado do pai e da irmã, nos anos 60
por Luiz Carlos Azenha
Cinquenta anos depois do golpe de 1964, ainda há muitas vozes a ouvir, documentos a obter e avaliar e tramas a desenrolar.
Da direita midiática podemos esperar, sempre, muita fumaça. Por que? Porque ela, que se diz encarregada de informar a sociedade brasileira pairando nas nuvens da neutralidade, participou tanto da conspiração quanto do golpe — ou financiando, ou dando voz àqueles que derrubaram um presidente constitucional.
João Vicente Goulart, o filho do líder deposto, é hoje um homem de 57 anos de idade. Tinha, portanto, apenas 7 quando tudo aconteceu. Porém, talvez ninguém no Brasil tenha se preocupado tanto em entender a trama quanto ele, em nome da memória do pai.
Hoje João Vicente está convicto de que o pai poderia sair candidato nas eleições de 1965 e tinha forças políticas para fazê-lo. Ia enfrentar dois candidatos muito fortes, especialmente o ex-presidente Juscelino Kubistchek, mas também o direitista Carlos Lacerda. Enquanto este foi golpista desde sempre, JK pairou sobre o muro, da mesma forma que Eduardo Frei fez no Chile antes do pinochetazo que matou Salvador Allende. Tudo por oportunismo político.
Porém, pesquisas da época demonstram que tanto Jango quanto sua política econômica quanto as reformas de base propostas por ele tinham alguma sustentação popular.
A direita brasileira, quando fala de 64, também costuma descartar a importância do apoio dado pelos Estados Unidos, alegando que afinal os norte-americanos nem precisaram intervir militarmente. O fato, porém, é que os golpistas só agiram como agiram por terem plena consciência de que contariam com o eventual apoio dos Estados Unidos.
Agora sabe-se que desde 1962 o presidente John Kennedy perguntava ao embaixador dos Estados Unidos no Rio, Lincoln Gordon, sobre possíveis ações contra Goulart. Fez isso, inclusive, em conversa gravada na Casa Branca.
Quem conhece a política dos Estados Unidos tanto quanto conheço, com 20 anos de experiência jornalística por lá, sabe que o grande fantasma de qualquer líder norte-americano, de qualquer partido, é ser visto como “fraco” em política externa.
George Bush, o pai, sofria do chamado “wimp factor” até autorizar a invasão do Panamá, mas nem isso nem a primeira guerra contra o Iraque foram suficientes para garantir a ele um segundo mandato — por causa do estado da economia, perdeu de Bill Clinton.
Harry Truman “perdeu” a China durante seu segundo mandato, mas não tinha nada a provar a ninguém àquela altura: tinha jogado bombas atômicas no Japão sob a alegação de que com isso o fim da Segunda Guerra, no Pacífico, seria acelerada.
Porém, justamente por ter “perdido” a China, não titubeou um segundo sequer na Coreia: despachou tropas norte-americanas para a Península sob a cobertura de uma força internacional da ONU.
A pressão sobre John Kennedy, quando este assumiu a Casa Branca, era enorme. Os generais queriam escalar a guerra no Vietnã — o que o substituto dele, Lyndon Johnson, faria –, mas Kennedy relutou. O fato de que não autorizou cobertura aérea dos Estados Unidos à má sucedida invasão da baía dos Porcos, em Cuba, custou a Kennedy ódio entre alguns falcões do Pentágono.
Perder o Brasil, para Kennedy, seria o mesmo que perder a China. Só que o Brasil ficava no que os norte-americanos viam como seu quintal.
É preciso olhar desta perpectiva para entender o engajamento dos Estados Unidos no golpe de 64, de forma aberta e encoberta.
É preciso entender que a cadeia de comando da Casa Branca sobre o Pentágono, indiscutível em público, é tênue nos bastidores. Oliver Stone, em seu documentário Untold History of the United States, chega a dizer que Kennedy sugeriu que corria o risco de tomar um golpe. Acabou assassinado.
Ninguém sabe exatamente o que aprontou Vernon Walters quando era adido militar da embaixada dos Estados Unidos no Rio, no mesmo período.
Walters era homem de inteligência. Foi o contato dos militares dos Estados Unidos com Castello Branco quando este serviu à Força Expedicionária Brasileira na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial, sob comando do exército norte-americano.
Estive com Walters em Bonn, então capital da Alemanha Ocidental, quando ele era embaixador dos Estados Unidos no país. Gravamos sobre a FEB. O então diplomata fez muitos elogios a Castelo e contou causos sobre nossos pracinhas, que chegaram despreparados para o inverno europeu. Walters emprestou a eles os agasalhos usados pelos gringos.
Porém, quando tentei conversar sobre o golpe de 64, Walters calou-se. Falou generalidades. É óbvio que nunca admitiu que foi ele, Walters, quem intermediou a benção dos Estados Unidos a Castelo, “confiável” aos olhos de Washington.
Estou certo de que o nome de Walters se esconde nos documentos sobre o golpe já divulgados nos Estados Unidos (alguns dados são encobertos por tinta preta, por motivos de segurança).
É lógico que enquanto Gordon, o embaixador, cuidava do trânsito entre os civis, publicamente, Walters trabalhava os bastidores, em segredo.
Dinheiro sempre foi uma arma poderosa e é certo que, se um dos dois trabalhou pelo trânsito de dólares, foi o homem da espionagem.
Se alguma dúvida havia sobre a mudança do alinhamento internacional do Brasil depois do golpe, ela foi desfeita em 1965. O país de Jânio Quadros, que havia condecorado Che Guevara, ou de João Goulart, que visitara a China, mandou soldados brasileiros para apoiar os fuzileiros navais dos Estados Unidos que invadiram a República Dominicana. Foi para combater a reforma agrária e a nacionalização de empresas estrangeiras!
Do ponto-de-vista de Washington, valeu ou não a pena ter investido no golpe?
Leia também:
segunda-feira, 31 de março de 2014
Viajar para fora e voltar falando mal do Brasil
O brasileiro médio admira sobrenomes. Não estou falando dos tipos comuns como Oliveira, Carvalho, Santos ou qualquer um da Península Ibérica. Refiro-me a sobrenomes de pronúncia complicada, provenientes da Itália, Alemanha ou Japão, coisas como Brauer, Morin, Petrucelli, Leiko, Massini ou Kimura.
Não sei onde surgiu esse entusiasmo, mas de fato o pessoal acha lindo. Ter um desses parece coisa de gente fina e educada. Há orgulho e um senso de diferenciação, como se os donos desses sobrenomes fossem portadores de uma nobreza que os meros Silva jamais possuirão. É como se tivesse uma “ascendência de primeiro mundo”, algo que os torna distintos do resto da massa miscigenada.
Eu tenho um colega assim, o Thomas Eichelberger. Ele é brasileiro, mas descende de alemães. Sempre que pode reclama do Brasil. Acha o país subdesenvolvido e maldiz o dia em que sua família deixou a Europa. É doido por um passaporte alemão. Não sabe porque ainda mora aqui, só fala em se mudar.
Certo dia estava caçoando de um senhor que falara “pobrema” em uma entrevista na TV. O sobrenome do homem era Silva e Thomas logo fez piada, dizendo que só podia ser “um Silva mesmo”. Nisso seu avô escutou a conversa e soltou o seguinte:
Thomas meu filho, entenda uma coisa. Nossa família deixou a Europa porque era paupérrima. Chegamos aqui no Brasil para ganhar a vida na roça, mal éramos alfabetizados. Para cá não veio gente bem-sucedida ou da realeza. Você já viu algum rei cruzar um oceano para vir criar galinhas ou plantar alface? Não seja bobo. Eichelberger pode parecer um sobrenome especial aqui, mas na Alemanha somos Silva como esse homem na TV.
Milhões sofrem do mesmo mal de Thomas e não importa se os seus sobrenomes são considerados diferentes ou não. São pessoas que sempre colocam o Brasil em uma posição de inferioridade se comparado com o resto do mundo, mesmo que isso não seja verdade. Gente tomada por um problema que Nelson Rodrigues chamou de complexo de vira-lata.
No microcosmo sobre o qual escrevo – o segmento das viagens – podemos notar esse mesmo complexo em sua melhor forma. Quem conversa com viajantes internacionais nota que há uma epidemia entre eles. Eu a chamo de “viajar para fora e voltar falando mal do Brasil”. É quase uma mania.
Não estou dizendo que o Brasil está acima das críticas, acho o patriotismo exacerbado uma idiotice enorme. Críticas são saudáveis e necessárias, mas quando estão imersas nesse complexo de vira-lata tornam-se parciais e sem reflexão. É então que ouvimos absurdos inimagináveis, coisas que testemunhei enquanto estive na estrada.
Como alguém que reclamou um monte do atraso da bagagem na esteira de Guarulhos, mas deu de ombros para o fato das rodinhas de sua mala terem sido quebradas em Dubai. Ou um cara em frente ao estádio Camp Nou elogiando o Barcelona, afirmando que o futebol espanhol é bom porque lá não tem corrupção, enquanto segurava um jornal com os detalhes da maracutaia que o mesmo Barcelona fez na transferência do Neymar.
Já tive que ouvir gente que viajou para a Índia e voltou afirmando que lá o transporte público é melhor do que no Brasil, ignorando o fato de que todo dia 12 pessoas morrem em média só no metrô de Mumbai. Ou que todos os asiáticos são mais disciplinados que nós, apesar do caos que é o trânsito da maioria das cidades de lá. Enfim, em qualquer que seja a comparação, o Brasil sempre está por baixo, não importa se está certo ou não.
Encontrar aspectos positivos sobre o Brasil não resolve nossos problemas, mas ajuda a entender em que grau de desenvolvimento estamos e o que devemos fazer para melhorar. Nada é mais efetivo para alcançar essa percepção do que viajar. No entanto, quem sai de casa já tendo certeza de que seu próprio país não presta, jamais conseguirá criar referências legítimas. Estará preso a estereótipos, sem entender que os lados positivos e negativos de um país são também os aspectos positivos e negativos dele mesmo como indivíduo.
Em visita ao Vietnã pude entender exatamente como se dá essa relação. É um país pobre, mas de gente muito orgulhosa por manter sua soberania frente a franceses e norte-americanos em duas guerras terríveis. Uma vez em Hanói conversei com um veterano da II Guerra do Vietnã. Eu quis saber o que ele esperava do futuro de sua nação, se existia um caminho a ser trilhado rumo ao desenvolvimento. Ele me disse o seguinte:
Seu país é como seu filho. O que ele faz de certo é mérito seu, assim como o que ele faz de errado é também falha sua. Ao elogiá-lo, seja lúcido e evite o exagero. Elogiar demais pode torná-lo indolente. Por outro lado, ao criticá-lo, seja duro, porém não o ridicularize. Faça sua parte para ajudar a melhorá-lo, não com deboche ou desprezo, mas sim bons exemplos e dedicação.
Abraço!
QUEM VENDEU A PETROBRAX ? FHC E EROS GRAU Eros cavalgou sobre a Constituição e um artigo do Comparato.
Na pág. A11, do Valor, o PiG (*) cheiroso, o Farol de Alexandria concede a 989ª entrevista deste mês de março.
Como se sabe, FHC não existe mais.
Num processo de metamorfose que Kafka e Borges explicam, passou a ser um espécime de zoologia fantástica.
Ele só existe no PiG.
Na entrevista, trata de trivialidades sobre o Golpe de 1964 com a profundidade de um pires de café.
Mas, faz observações tão superficiais quanto reveladoras.
Por exemplo, ele atribui a “crise” da Petrobras à histórica decisão do Presidente Lula, da Dilma, do Haroldo Lima e do Sergio Gabrielli de devolver a Petrobras ao povo.
Foi quando se descobriu o pré-sal e ficou estabelecido o regime de partilha – e, não, o de concessão, que vigorou no Governo sombrio do Príncipe da Privataria.
Segundo ele, a Petrobras, coitadinha, não tem dinheiro para explorar 30% do pré-sal.
Tinha que conceder à Chevron, como sugeriu seu parceiro e aliado de todas as horas, o Padim Pade Cerra, no WikiLeaks.
Adiante, ele entrega a rapadura:
“Quando fizemos a Lei do Petróleo (em 1997, ou seja, quando quebrou o monopólio estatal – PHA) começamos a mexer mais na Petrobras…”
E vai numa lengalenga para demonstrar que “não houve conchavo político para nomear diretores da Petrobras”.
Quá, quá, quá !
E ele manteve lá, na presidência, o representante do PFL, o Joel Rennó…
Foi Fernando Henrique quem quebrou o monopólio estatal.
Não sem antes tomar todas as providências para enfraquecê-la, esvaziá-la de poder e de músculos, para fatiá-la e vender na bacia das almas, como fez com a Vale.
Clique aqui para ler sobre como o Príncipe da Privataria esquartejou a Petrobras.
Porém, não agiu sozinho.
O amigo navegante deve lembrar-se do Ministro Eros Grau, aquele que relatou a vergonhosa decisão do Supremo de anistiar a Lei da Anistia.
Terá sido essa a decisão que inscreveu Grau no Muro da Vergonha que separa o Supremo do cidadão brasileiro ?
Não apenas essa.
O Governador do Paraná, Roberto Requião, a Federação Única dos Petroleiros, a FUP, e o Sindipetro do Paraná entraram no Supremo contra a quebra do monopólio estatal da Petrobras.
Esteve nas mãos de Eros Grau impedir que o crime de FHC se consumasse.
Porém, ao julgar a Ação Direta de Inconstitucionalidade 3.273-9 – Distrito Federal, em 16 de março de 2005, Eros Grau cometeu o segundo erro fatal.
Clique aqui para ler os documentos
(O amigo navegante poderá contemplar – desde que contenha ímpetos imprevisíveis – o voto integral no fim deste post.)
O Conversa Afiada preferiu compartilhar com o amigo navegante a análise impiedosa de quem acompanha os passos de entreguistas como o Farol e o Grau:
1) O voto do Eros foi o voto que consagrou a opinião da maioria, decidindo que a lei do petróleo do FHC era constitucional. O Carlos Ayres era o relator, se manifestou, corretamente, pela inconstitucionalidade. O Marco Aurélio pediu vistas e também fez um voto pela inconstitucionalidade da lei do FHC. O Eros, então, pediu vistas e fez um voto pela constitucionalidade da lei e os demais ministros seguiram o seu voto, decidindo a maioria, equivocadamente, pela constitucionalidade da lei do petróleo de FHC. Por isso, mesmo não sendo o relator da ação, o Eros foi designado relator para o acórdão, por representar a opinião majoritária.
2) Na verdade, o Eros usa um artigo do Comparato sobre monopólio, mas não tinha nada a ver com a questão do petróleo. O Comparato tinha escrito um artigo na Folha defendendo a inconstitucionalidade da lei do FHC e o Ayres Britto citou esse artigo. O Eros, então, usou um artigo do Comparato para dar a entender que o Comparato teria sido incoerente, o que não era verdade. Tanto não era verdade que o próprio Comparato soltou outro artigo na Folha, chamado “resposta a um magistrado”, logo depois do voto do Eros ter sido lido, detonando o que o Eros havia feito e nos dois nunca mais se falaram.
Em tempo: Fábio Konder Comparato, Professor Emérito da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, trabalhou no Supremo, no gabinete de Evandro Lins e Silva.
Com a deputada Luiza Erundina, preparou um projeto de lei para rasgar a Lei da Anistia que envergonha o Supremo – e o Brasil.
E está no Supremo com uma Ação para punir o Congresso por Omissão, porque não regulamenta os artigos da Constituição que tratam da Comunicação.
É preciso dizer mais, amigo navegante, sobre Comparato, Grau e FHC ?
Paulo Henrique Amorim
Como se sabe, FHC não existe mais.
Num processo de metamorfose que Kafka e Borges explicam, passou a ser um espécime de zoologia fantástica.
Ele só existe no PiG.
Na entrevista, trata de trivialidades sobre o Golpe de 1964 com a profundidade de um pires de café.
Mas, faz observações tão superficiais quanto reveladoras.
Por exemplo, ele atribui a “crise” da Petrobras à histórica decisão do Presidente Lula, da Dilma, do Haroldo Lima e do Sergio Gabrielli de devolver a Petrobras ao povo.
Foi quando se descobriu o pré-sal e ficou estabelecido o regime de partilha – e, não, o de concessão, que vigorou no Governo sombrio do Príncipe da Privataria.
Segundo ele, a Petrobras, coitadinha, não tem dinheiro para explorar 30% do pré-sal.
Tinha que conceder à Chevron, como sugeriu seu parceiro e aliado de todas as horas, o Padim Pade Cerra, no WikiLeaks.
Adiante, ele entrega a rapadura:
“Quando fizemos a Lei do Petróleo (em 1997, ou seja, quando quebrou o monopólio estatal – PHA) começamos a mexer mais na Petrobras…”
E vai numa lengalenga para demonstrar que “não houve conchavo político para nomear diretores da Petrobras”.
Quá, quá, quá !
E ele manteve lá, na presidência, o representante do PFL, o Joel Rennó…
Foi Fernando Henrique quem quebrou o monopólio estatal.
Não sem antes tomar todas as providências para enfraquecê-la, esvaziá-la de poder e de músculos, para fatiá-la e vender na bacia das almas, como fez com a Vale.
Clique aqui para ler sobre como o Príncipe da Privataria esquartejou a Petrobras.
Porém, não agiu sozinho.
O amigo navegante deve lembrar-se do Ministro Eros Grau, aquele que relatou a vergonhosa decisão do Supremo de anistiar a Lei da Anistia.
Terá sido essa a decisão que inscreveu Grau no Muro da Vergonha que separa o Supremo do cidadão brasileiro ?
Não apenas essa.
O Governador do Paraná, Roberto Requião, a Federação Única dos Petroleiros, a FUP, e o Sindipetro do Paraná entraram no Supremo contra a quebra do monopólio estatal da Petrobras.
Esteve nas mãos de Eros Grau impedir que o crime de FHC se consumasse.
Porém, ao julgar a Ação Direta de Inconstitucionalidade 3.273-9 – Distrito Federal, em 16 de março de 2005, Eros Grau cometeu o segundo erro fatal.
Clique aqui para ler os documentos
(O amigo navegante poderá contemplar – desde que contenha ímpetos imprevisíveis – o voto integral no fim deste post.)
O Conversa Afiada preferiu compartilhar com o amigo navegante a análise impiedosa de quem acompanha os passos de entreguistas como o Farol e o Grau:
1) O voto do Eros foi o voto que consagrou a opinião da maioria, decidindo que a lei do petróleo do FHC era constitucional. O Carlos Ayres era o relator, se manifestou, corretamente, pela inconstitucionalidade. O Marco Aurélio pediu vistas e também fez um voto pela inconstitucionalidade da lei do FHC. O Eros, então, pediu vistas e fez um voto pela constitucionalidade da lei e os demais ministros seguiram o seu voto, decidindo a maioria, equivocadamente, pela constitucionalidade da lei do petróleo de FHC. Por isso, mesmo não sendo o relator da ação, o Eros foi designado relator para o acórdão, por representar a opinião majoritária.
2) Na verdade, o Eros usa um artigo do Comparato sobre monopólio, mas não tinha nada a ver com a questão do petróleo. O Comparato tinha escrito um artigo na Folha defendendo a inconstitucionalidade da lei do FHC e o Ayres Britto citou esse artigo. O Eros, então, usou um artigo do Comparato para dar a entender que o Comparato teria sido incoerente, o que não era verdade. Tanto não era verdade que o próprio Comparato soltou outro artigo na Folha, chamado “resposta a um magistrado”, logo depois do voto do Eros ter sido lido, detonando o que o Eros havia feito e nos dois nunca mais se falaram.
Em tempo: Fábio Konder Comparato, Professor Emérito da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, trabalhou no Supremo, no gabinete de Evandro Lins e Silva.
Com a deputada Luiza Erundina, preparou um projeto de lei para rasgar a Lei da Anistia que envergonha o Supremo – e o Brasil.
E está no Supremo com uma Ação para punir o Congresso por Omissão, porque não regulamenta os artigos da Constituição que tratam da Comunicação.
É preciso dizer mais, amigo navegante, sobre Comparato, Grau e FHC ?
Paulo Henrique Amorim
PASADENA = MENSALÃO. NUNCA SE PROVOU ! E quando a Petrobras vai sair das cordas ?
O Conversa Afiada reproduz post de Fernando Brito no Tijolaço:
PETROBRAS: NADA A ESCONDER. MUITO A ENFRENTAR
Num gesto de transparência, Petrobras publicou , nesta segunda-feira, duas notas nos principais jornais brasileiros, que reproduzo ao final do post.
Nelas, informa que a Comissão Interna de Apuração constituída para averiguar as denúncias de supostos pagamentos de suborno a empregados da companhia, envolvendo a empresa SBM Offshore, não encontrou fatos ou documentos que evidenciem pagamento de propina a empregados da Petrobras. Essa comissão foi, inclusive, recolher na Europa os documentos que estariam em poder do Ministério Público da Holanda, com denúncias contra a empresa. E foi informada pelas autoridades daquele país, embora se tenha feito uma onda imensa no Brasil , de que “não há investigação aberta sobre o caso de propina envolvendo a empresa SBM Offshore e a Petrobras.”
A segunda informa da abertura de investigação interna sobre a compra da refinaria de Pasadena.
A empresa está cumprindo seu dever de apurar, e ninguém pode achar que quadros de carreira da Petrobras pudessem colocar suas reputações e empregos em jogo para proteger quem quer que seja por razões políticas, ainda mais em um trabalho que será enviado ao Ministério Público, ao TCU e, claro, à CPI que querem instalar sobre o caso.
Falta, agora, cumprir o segundo dever, tão importante quanto o da transparência.
O de assumir a defesa política da empresa, de seu papel na libertação do Brasil, da denúncia das ambições e apetites que cercam a maior empresa do Brasil, a mais capaz e a mais importante para o imenso tesouro do pré-sal.
Golpe de 64 e a imprensa: 50 anos depois, a manipulação continua; depois da ditabranda, a “ditacurta”
por Luiz Carlos Azenha
Ao participar no sábado do evento TV Globo: Do Golpe de 64 à Censura Hoje, o professor Luiz Antonio Dias contou um pequeno causo. Ele descobriu nos arquivos da Unicamp pesquisas do Ibope, algumas das quais nunca divulgadas, demonstrando apoio a João Goulart, à política econômica de Goulart e às reformas de base propostas por ele. Pesquisas feitas em 1963 e às vésperas do golpe que derrubou o presidente constitucional, em 64.
Há alguns dias, o professor recebeu uma ligação de um jornalista de O Globo. Como estava na rua e não dispunha dos números exatos nas mãos, arredondou: disse que as reformas de Jango tinham cerca de 70% de apoio popular. No outro dia foi olhar no jornal e constatou: segundo o jornalista, 30% dos entrevistadosrejeitavam as reformas! Ou seja, o jornalista optou pelo viés negativo e cometeu um erro, já que o número real dos que rejeitavam era de 9% — os demais não sabiam ou não responderam.
É a manipulação de informações, versão 2014!
Vejamos outro caso:
O título acima, da Folha, reflete uma escolha editorial. Ênfase a algo dito pelo entrevistado que desqualifica a luta armada de resistência à ditadura. Muito mais importante, a meu ver, é esta afirmação, já que estamos tratando, 50 anos depois, de rever a História:
Por que não foi para o título? Porque chama atenção para o papel da mídia no golpe e, indiretamente, da própria Folha de S. Paulo.
Notem também a pergunta safada incluída na pesquisa do Datafolha:
Claramente, a pergunta é dos apoiadores do golpe e dos organizadores e financiadores da tortura na Operação Bandeirantes: iguala a tortura organizada e financiada pelo Estado, com apoio de empresários como Octávio Frias de Oliveira, a casos que a Folha não define quais são, de parte da resistência. Nojento!
Já o caderno do Estadão sobre o golpe fala em uma sociedade dividida, mas não é enfático ao definir a divisão: de um lado a elite brasileira, com apoio dos Estados Unidos, tendo como um dos principais conspiradores Júlio de Mesquita Neto; de outro, os trabalhistas e as reformas de base, dentre as quais — tremores no prédio do Estadão — a reforma agrária. O jornal escreve que deixou de apoiar os golpistas logo depois que eles adiaram as eleições de 65, como se isso diminuisse a responsabilidade do diário moribundo por incitar a quartelada.
Na palestra acima, que vale muito a pena ver, o professor Luiz Antonio Dias fala um pouco sobre este papel. Ele fez seu estudo de mestrado a respeito do papel da Folha e do Estadão nos meses que antecederam o golpe.
Conta de um caderno especial que saiu na Folha, antes do 31 de março, falando de um novo tempo que o Brasil viveria! Sugere, assim, que o jornal sabia antecipadamente que João Goulart seria derrubado.
Fala das notícias falsas plantadas na época – por exemplo, a de que emissários de Moscou tinham estado com o governador de Pernambuco, Miguel Arraes e que a revolução comunista começaria por Pernambuco.
Fala dos “tentáculos vermelho-amarelos” da propaganda anticomunista, que justificou a derrubada de Goulart.
O professor cita um argumento do jornal ao publicar uma notícia não confirmada: “Não sabemos bem ao certo, mas a fonte é segura”. Isso lembra muito o que escreveu a Folha sobre a ficha falsa da candidata do PT Dilma Rousseff publicada na primeira página durante a campanha eleitoral de 2010. Ao investigar,depois da publicação, afirmou o jornal que era impossível confirmar ou desmentir a informação.
Em resumo: 1964 é agora! Talvez de forma mais sutil, já que existem as redes sociais para desmentir, mas a omissão, a manipulação, a distorção e a falta de contexto continuam.
O professor também dá uma sapecada no historiador Marco Antonio Villa, o teórico da “ditacurta” que tem obtido grande espaço na Globonews.
Leia também:
Vote no PT porque é o único partido que responde por seus atos
Apesar de todas as melhoras que o Brasil experimentou ao longo de mais de uma década sendo governado pelo PT, há muita gente que se recusa a reconhecê-las. Tudo que ocorreu de bom no país nesse período é creditado ao governo federal do PSDB (1995 a 2002), enquanto que tudo de ruim que ocorreu a partir de 2003 é debitado só ao PT.
Este post tem como ponto central uma questão política, mas, antes de discorrer sobre ela, vale a pena dar um exemplo de como política e economia andam muito mais juntas do que se pensa. E, de quebra, explicar uma questão sobre a economia que muitos não entenderam.
Na edição de terça-feira (25/3) do Jornal da Globo, o comentarista de economia Carlos Alberto Sardemberg deu um bom exemplo dessa retórica maniqueísta e manipuladora da mídia. Ele falava sobre a ausência de turbulência no mercado financeiro após o rebaixamento da nota do Brasil pela agência americana de classificação de risco Standard & Poor’s.
Veja trecho da locução desse comentarista:
—–
“(…) Em economia, você leva tempo para construir as coisas e leva tempo, também, para estragar. Vejam, por exemplo: o Brasil entrou num novo regime monetário, num novo regime de estabilidade, a partir de 94 com a revolução do real e a sequência de reformas econômicas. Só em 2008, portanto 14 anos depois da introdução da nova moeda, é que o Brasil ganhou o grau de investimento (…)”
—–
Não houve turbulência no mercado financeiro com o rebaixamento da nota do Brasil por apenas uma das três principais agências de classificação de risco (Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch Rating) que elevaram a nota brasileira a partir de 2008 para a “zona de risco” conhecida como grau de investimento – que atesta que o país que detém tal nota não oferece risco de calote – porque esse rebaixamento está sendo visto mais como político do que como produto de maiores problemas na economia do país.
Os analistas de mercado entenderam o rebaixamento da nota brasileira como “um aviso” de setores do mercado financeiro internacional para a presidente Dilma Rousseff. Que aviso é esse? É para que o governo volte a produzir um superávit primário em torno de 3% do PIB.
Superávit primário, vale explicar, é o que o Brasil corta de seu orçamento com Saúde, Educação etc. e reserva para pagamento de suas dívidas internacionais.
Enfim, como o governo anunciou recentemente que em vez dos 3,1% do PIB exigidos pelo mercado irá cortar “apenas” 1,9%, a Standard & Poor’s decidiu dar esse “aviso” de que se o Brasil não se submeter aos ditames do mercado poderá perder o grau de investimento.
Mas para que serve o tal grau de investimento? Por mais que muitos digam que as agências de classificação de risco não servem para nada porque estão desacreditadas pelos muitos erros que já cometeram, o aval delas serve para baratear os juros que o Brasil ou que empresários brasileiros pagam em empréstimos contraídos no exterior.
Contudo, a exigência de que um país que tem quase 400 bilhões de dólares de reservas economize mais algumas dezenas de milhões de reais para atingir o percentual de superávit primário exigido pelos mercados, chega a ser ridícula.
Por isso não houve turbulência nos mercados, ainda que Sardemberg tenha dado uma explicação marota de que o rebaixamento brasileiro já estaria “precificado”, ou seja, que o Brasil já estaria pagando mais juros por economizar menos para pagar suas dívidas.
Tudo besteira. Na mesma semana do rebaixamento pela S&P o Brasil fez captações no exterior com os menores spreads (taxas de risco) de sua história.
Mas voltemos à questão política, porém ainda nos mantendo no comentário de Sardemberg no Jornal da Globo. Sua tese sobre o grau de investimento atingido em 2008 ser produto do plano real é uma piada. Ele simplesmente pulou a história brasileira entre 1998 e 2002, quando o Brasil literalmente quebrou.
Omitiu que a barbeiragem de Fernando Henrique Cardoso na economia provocou em 1999 uma fuga de capitais que praticamente reduziu pela metade o valor do real e deixou o país sem um centavo de reservas cambiais.
Sardemberg omitiu, por exemplo, que o risco-Brasil, hoje em torno de 200 pontos, com FHC chegou a 2436 pontos.
Ou seja, ao dizer que o grau de investimento concedido pelas agências de classificação de risco é produto do governo FHC, o comentarista da Globo contou uma das maiores piadas sobre economia da história recente do jornalismo econômico.
Menos insensato teria sido Sarndemberg dizer que as vitórias conseguidas pelo governo Lula na economia ao longo da década passada foram postas em risco por sua sucessora. Contudo, ainda assim estaria distorcendo os fatos.
Não houve nenhum grande problema na economia brasileira, o que houve foi uma decisão do governo Dilma de reduzir o percentual que o governo economiza para pagamento de seus compromissos internacionais. E ela tomou tal decisão simplesmente porque estamos com os bolsos cheios de dólares, mais do que suficientes para pagar toda a nossa dívida externa e ainda nos deixar com um belo saldo.
Mas o mercado, ah, o mercado… Sempre quer mais e mais e mais.
Seja como for, se a mídia, parte da sociedade civil e do espectro político se recusam a reconhecer os avanços do Brasil sob o PT, ao menos têm que reconhecer que nenhum outro partido é mais confiável no poder do que o PT.
Sim, é isso mesmo que você leu. Só o PT é confiável, quando ocupa o poder, porque só esse partido é fiscalizado pela mídia e, em caso de se envolver em algum escândalo, só esse partido é investigado de verdade pelo Legislativo, pelo Ministério Público e pelo Judiciário.
E, em caso de condenação judicial, só sendo petista ou aliado do PT para ser punido.
Neste momento mesmo podemos ver isso acontecendo. Em São Paulo, por exemplo, os governos do PSDB, entre 1998 e 2012, deixaram ocorrer uma imensa roubalheira no Metrô e na CPTM. As somas envolvidas nesse escândalo superam em muito as envolvidas no caso Petrobrás/Pasadena. Porém, o PSDB paulista consegue impedir qualquer CPI contra si.
No Judiciário, acabamos de ver o ex-presidente do PSDB e ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo saindo impune do escândalo conhecido como mensalão tucano, pois o mesmo STF que julgou petistas sem foro privilegiado no julgamento do mensalão do PT acaba de se declarar incompetente para julgar Azeredo, que renunciou para que seu processo voltasse à primeira instância.
Voltemos ao caso Petrobrás: compare, leitor, as acusações que a mídia tem feito à presidente Dilma Rousseff pelo negócio fechado com a refinaria norte-americana. Alguém viu a mídia acusar diretamente Geraldo Alckmin, José Serra e Mário Covas por terem assinado os contratos com Alstom, Siemens etc?
Claro que não. O máximo que a mídia fez foi citar que as negociatas envolvendo compra e reforma de trens e construção de estações do metrô paulistano ocorreram sob os governos desses tucanos.
Dilma, por conta de um negócio sobre o qual as provas de irregularidade ainda são inconclusivas, tem sido chamada pela mídia, no mínimo, de “incompetente”. E o mesmo PSDB que abafa CPIs em São Paulo posa de indignado no plano federal, exigindo CPI. E conseguindo, inclusive.
Ora, por que votar em um partido como o PSDB – ou similares -, que consegue abafar qualquer investigação contra si e que, mesmo sendo flagrado, escapa pela tangente?
Vejam que a mídia noticiou fartamente que 12 executivos das empresas metidas nos carteis paulistas tiveram pedido de prisão decretado, mas não disse um A sobre os políticos que negociaram com esses executivos compras ou reformas de trens e construção de estações do Metrô.
E os casos de racionamento envolvendo a esfera estadual paulista e a esfera federal? Quantas acusações Dilma e Lula sofreram por um suposto racionamento de energia que nunca ocorreu e que ninguém garante que irá ocorrer? Enquanto isso, o racionamento real de água que já ocorre em São Paulo praticamente não rendeu acusação ou crítica alguma a Alckmin na mídia.
Eis uma das razões pelas quais o signatário desta página pretende continuar votando no PT. Com esse partido no Poder, a certeza de fiscalização e de punição, em caso de comprovação de irregularidades, é líquida e certa. Já com o PSDB, pode fazer o que quiser que sempre acaba ficando impune, o que o estimula a cometer erros e atos de improbidade.
Folha descobre que Pasadena dá lucro
Enfim um grande jornal brasileiro enviou um repórter à Pasadena! A jornalista Isabel Fleck viajou para lá e publicou hoje sua primeira matéria sobre o tema. E o que ela descobriu? Que nos últimos dois anos, a refinaria teve seu melhor desempenho desde 2005, “operando com uma boa margem”. E com “média de 95% de aproveitamento”!
Ou seja, Pasadena dá lucro!
Trecho da matéria:
Entretanto, como não podia deixar de ser, o título e o viés da matéria tentam esconder essa informação de todo modo:
Ora, o mercado de petróleo se caracteriza justamente por esses altos e baixos. A informação mais importante aqui é que a refinaria dá lucro!
O final da matéria chega a ser engraçado e merece um comentário.
Reparem bem. O email do CEO da Astra, cujo teor tenho certeza que está sendo manipulado, é de 2007. A refinaria foi comprada em 2005. Portanto, ele se referia apenas aos anos de 2005, 2006 e 2007, certo? Não me parece uma base suficiente para análise, ainda mais porque, no primeiro ano da aquisição a Astra teve que investir na modernização do maquinário. E houve diversas paralisações da fábrica por causa de furacões na região, que causaram dano à refinaria, como o furacão Rita, que assolou o golfo do México e o Texas em setembro de 2005.
Mas pedir para a Folha contextualizar as informações seria demais, não é?
domingo, 30 de março de 2014
Há 50 anos do terror
França volta às urnas neste domingo: Hollande abraçou receituário ortodoxo e foi esmagado no 1º turno das eleições municipais
FMI emprestará US$ 14 bi à Ucrânia mediante condicionalidades que incluem um arrocho semelhante ao imposto à Grécia
Espanha flerta com a deflação: anemia da demanda explica a taxa de -0,2% em março; o festejado sucesso do ajuste espanhol jogou 26% do país no desemprego e ressuscitou a fome entre os pobres
Ao PSDB a lei; ao PT, o domínio do fato: decisão do STF sobre mensalão tucano alivia para o PSDB, mas argui parâmetros da AP 470 e abre campo de contestação.
Foi o golpe civil-militar de 1964 que deu inicio à implantação de ditaduras que constituiriam um círculo de terror como nunca a América Latina conhecera.
O golpe civil-militar de 1964 no Brasil deu inicio à implantação de ditaduras que constituiriam um círculo de terror como nunca a América Latina conhecera. Desde o final da Segunda Guerra Mundial, com o inicio da Guerra Fria, os Estados Unidos promoveram no continente a Doutrina de Segurança Nacional, sua ideologia da luta "contra a subversão" que desembocaria na instauração dessas regimes.
A Doutrina, elaborada pelo Departamento de Estado dos EUA e propagada pela Escola das Américas e por cursos ministrados diretamente por oficiais norte-americanos, propugnava a militarização dos Estados, que se tornariam Estados-maiores, conduzidos pela oficialidade das forças armadas latino-americanas, no combate a todas as forças que a Doutrina considerasse que colocavam em risco a "democracia" no continente.
A concepção totalitária da Doutrina se materializou, na época da ditadura civil-militar brasileira, no slogan: "Ame-o ou deixe-o", isto é, ou te identificas com o regime ou deves ir embora do país. É coerente com a concepção ideológica segundo a qual toda forma de conflito era um vírus externo, inoculado de fora para dentro no corpo nacional, para sabotar, subverter seu bom funcionamento.
A concepção totalitária da Doutrina se materializou, na época da ditadura civil-militar brasileira, no slogan: "Ame-o ou deixe-o", isto é, ou te identificas com o regime ou deves ir embora do país. É coerente com a concepção ideológica segundo a qual toda forma de conflito era um vírus externo, inoculado de fora para dentro no corpo nacional, para sabotar, subverter seu bom funcionamento.
Bem ao estilo das concepções positivistas importadas da biologia, segundo as quais o bom funcionamento da sociedade se assemelharia ao funcionamento de um corpo saudável fisicamente, em que cada célula funciona em função da totalidade. Qualquer parte do corpo que deixa de funcionar assim, representa uma doença, a introdução de um vírus externo, que tem que ser extirpado.
Os regimes militares do Cone Sul agiram dessa forma em relação a qualquer forma de expressão que lhes parecesse sabotar o bom funcionamento do corpo social. Era uma concepção totalmente intolerante em relação às diversidades, às divergências, aos conflitos sociais. A eliminação física dos opositores ou dos considerados opositores tinha essa origem, de "depuração democrática" de elementos considerados subversivos.
Quando se instaurou a primeira ditadura civil-militar, a brasileira, há 50 anos, se desenvolvia uma luta por modelos para um continente que via esgotar o impulso econômico das décadas anteriores. A Revolução Cubana radicalizou o horizonte de alternativas, ao colocar a possibilidade de ruptura da dominação norte-americana e do próprio capitalismo.
Os EUA tentaram forjar uma alternativa a Cuba com a chamada Aliança para o Progresso, que teve no governo do chileno democrata cristão Eduardo Frei seu exemplo mais importante, com a proposta de uma "revolução em liberdade". Sua reforma agrária fortaleceu os pequenos proprietários no campo, com objetivo de evitar vitórias dos novos movimentos guerrilheiros que se expandiam para a Venezuela, o Peru, a Guatemala, a Colômbia.
O golpe brasileiro seria modelar no sentido de que conseguiria derrotar de forma mais ou menos rápida a resistência armada. Inclusive porque foi um golpe prematuro, que pegou a um movimento popular brasileiro ainda em processo de constituição. Essa precocidade ajuda também a entender o motivo de seu sucesso econômico: pôde desfrutar ainda do final do longo ciclo expansivo do capitalismo no segundo pós-guerra, para canalizar grande quantidade de investimentos que permitiram a diversificação da dependência brasileira.
Mas o santo do chamado "milagre econômico" brasileiro foi a intervenção militar em todos os sindicatos e o arrocho salarial, os quais promoveram uma lua de mel entre o governo e as grandes empresas nacionais e estrangeiras, baseada na superexploração dos trabalhadores.
O sucesso da ditadura civil-militar no Brasil, com sua capacidade de impôr – baseada numa feroz repressão – a ordem e retomar a expansão econômica, fez dela referência para os outros regimes de terror que se implantariam em seguida na região. Foi o período mais terrível da historia desses países e de toda a história latino-americana. Tudo começou há 50 anos, com o golpe de primeiro de abril de 1964.
sexta-feira, 28 de março de 2014
Superávit recorde desmoraliza S&P
Um dia depois de o Tesouro brasileiro colocar títulos no valor de um bilhão de euros no mercado europeu, com vencimento em 2021, economia dá prova de força; contra expectativas que apostavam em prejuízo de até R$ 500 milhões, superávit primário atinge R$ 2,1 bilhões em fevereiro, recorde para o mês; confiança internacional de que Brasil é bom pagador e saldo positivo nas contas públicas desmoralizam agência Standard & Poor's, que rebaixou a nota de risco do Brasil no início da semana; investidores não deram ouvidos e vida real se impôs
28 de Março de 2014 às 12:54
247 - Um dia após o Tesouro nacional ter
concluído uma operação exemplar no mercado internacional – a colocação
de títulos brasileiros no valor de R$ 1 bilhão no mercado europeu –, a
economia real e as contas públicas deram um prova de força internamente:
um superávit primário muito acima do previsto. Abaixo, reportagem da
Reuters:BRASÍLIA, 28 Mar (Reuters) - Com o bom resultado dos governos regionais, o setor público brasileiro surpreendeu e registrou superávit primário de 2,130 bilhões de reais em fevereiro, muito melhor do que o esperado.
Com o desempenho, no mês passado, a economia para pagamento de juros da dívida ficou em 1,76 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 12 meses, aproximando-se da meta ajustada para o ano, de 1,9 por cento, informou o Banco Central nesta sexta-feira.
Analistas consultados pela Reuters mostrava que as expectativas eram de saldo primário negativo de 500 milhões de reais.
Em fevereiro, os Estados e municípios registraram saldo primário positivo de 5,468 bilhões de reais, somando no ano superávit de 12,709 bilhões de reais.
Até aqui, os governos regionais têm melhor desempenho do que o próprio governo central --governo federal, Previdência Social e banco Central--, que registrou déficit de 3,389 bilhões de reais no mês passado. Nos dois primeiros meses do ano, registram saldo positivo de 9,16 bilhões de reais.
Na véspera, e com metodologia diferente, o Tesouro já havia anunciado déficit primário de 3,078 bilhões de reais no mês passado para o governo central, num dado ruim influenciado por receitas fracas e gastos altos.
"Início do ano é favorável a resultados fiscais de governos regionais porque concentra recolhimento de tributos importantes, como IPVA e IPTU", afirmou o chefe do departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, a jornalistas. "Naturalmente não se deve esperar superávits da ordem de 5 bilhões (de reais) dos governos regionais à frente", acrescentou ele.
O BC informou ainda que as empresas estatais, que também fazem parte do setor público consolidado, tiveram saldo primário positivo de 52 milhões de reais em fevereiro, acumulando no ano superávit de 183 milhões de reais.
O déficit nominal --receitas menos despesas, incluindo pagamento de juros-- de fevereiro ficou em 9,516 bilhões de reais, melhor do que o déficit de 23,9 bilhões de reais projetado pela pesquisa Reuters..
Já a dívida pública representou 33,7 por cento do PIB em fevereiro, abaixo dos 34 por cento estimados em pesquisa Reuters.
O resultado da dívida pública frente ao PIB ficou acima da estimativa do BC, de 33,6 por cento do PIB, para fevereiro.
Os agentes econômicos ainda têm incertezas sobre a capacidade de o governo de cumprir a meta ajustada de superávit primário para o setor público consolidado em 2014, de 99 bilhões de reais, equivalente a 1,9 por cento do PIB.
Por conta disso, o governo sofreu um forte revés no início desta semana, com a decisão da agência de classificação de risco Standard & Poor's de rebaixar o rating brasileiro.
(Por Luciana Otoni)
O Ibope ruim e o Ibope bom: tem caroço nesse angu
Entrevistas de campo da pesquisa Ibope divulgada ontem, que apontou queda de sete pontos percentuais na popularidade do governo Dilma Rousseff, foram feitas entre 14 e 17 de março; mas pesquisa Ibope mostrada na semana passada, que indicou 43% de intenções de voto para a presidente, projetando vitória em primeiro turno, teve seu campo realizado entre os dias 13 e 20 de março; como Carlos Augusto Montenegro, dono do Ibope, explica a contradição?
28 de Março de 2014 às 10:57
247 – Famoso por ser dono de um instituto de
pesquisas de nome forte e resultados polêmicos, Carlos Augusto
Montenegro tem agora mais uma contradição para explicar. E que
contradição!Apresentadas ao público com um intervalo de seis dias entre a primeira e a segunda, as duas pesquisas Ibope divulgadas na sexta-feira 21 e na quinta-feira 27 contêm resultados absolutamente díspares, sem que se encontre um explicação plausível para tanto. O problema maior, porém, nem é esse.
O fato que assombra é o de que a pesquisa de intenções de voto que apontou a presidente Dilma Rousseff com 43% de índice – suficiente para dar a ela vitória folgada em primeiro turno – teve seu campo de entrevistas iniciado antes e fechado depois da pesquisa Ibope que indicou uma queda de popularidade no governo dela de sete pontos percentuais.
Para chegar à conclusão de que Dilma tem 43% de intenções, o Ibope colocou seus pesquisadores em campo entre os dias 13 e 20 de março.
Mas – atenção – para estabelecer que o governo Dilma perdeu sete pontos percentuais de popularidade, o que alvoroçou o mercado financeiro e a oposição, naturalmente, o mesmo Ibope fez pesquisa de campo entre os dias 14 e 17 de março.
Isso mesmo: a pesquisa que pode ser considerada boa para Dilma começou antes e terminou depois que a pesquisa vista como ruim para ela.
Como pode Dilma ter 43% de intenções de voto numa das pesquisas e, na outra, seu governo perder nada menos que 7 pontos percentuais de popularidade? E tudo isso com aferição no mesmo período?
Será que, de posse dos primeiros números favoráveis a Dilma, apurados nas entrevistas do dia 13 de março, Montenegro não gostou e, por isso, já no dia seguinte mandou que outro levantamento -- o da popularidade do governo - fosse feito?
Como o presidente do Ibope explica essa manobra?
A apuração das datas, com verificação nos registros do Tribunal Superior Eleitoral, foi feita pelo site O Tijolaço, que publica a informação abaixo.
Confira e tire suas conclusões:
Por dados do Ibope, Dilma não perdeu popularidade. Pesquisa de hoje é mais antiga que a dos 43%. Aliás, estava pronta quando esta foi publicada
Primeiro, semana passada, o boato de que a pesquisa Ibope traria uma queda – que não houve – da intenção de voto em Dilma Rousseff.
Seis dias depois, uma "outra" pesquisa do Ibope, estranhamente, capta uma súbita mudança de estado de espírito da população e Dilma (que tinha 43% das intenções de voto na tal pesquisa eleitoral) e registra uma perda de sete pontos percentuais em sua aprovação: curiosamente dos mesmos 43% para 37%...
Puxa, como foi rápida a queda, em apenas seis dias, quase um por cento por dia...
É, meus amigos e amigas, é mais suspeito do que isso.
A pesquisa de intenção de voto, divulgada na sexta-feira, foi registrada no TSE no 14 de março, sob o protocolo BR-00031/2014 , com realização das entrevistas entre os dia 13 e 20/03/14.
Já a de popularidade recebeu o protocolo BR-00053, no dia 21 passado,mas quando já se encontrava concluída, com entrevistas entre os dias 14 e 17.
Reparou?
Quinta feira à tarde, dia 20, uma intensa boataria toma conta do mercado de capitais, dizendo que Dilma perderia pontos numa pesquisa Ibope a ser divulgada no Jornal Nacional.
O estranho é que ninguém tinha contratado, isto é , ninguém pagou por essa pesquisa. Em tese, é claro.
A pesquisa é divulgada sem nenhuma novidade.
Mas, naquele momento, o Ibope já tinha outra (outra, mesmo?) pesquisa, terminada três dias antes e certamente já tabulada.
Vamos acreditar que o Ibope fez duas pesquisas diferentes, com a mesma base amostral e 2002 entrevistas exatamente cada uma...
O boato, portanto, não saiu do nada.
No mínimo veio de dentro do Ibope, que tinha nas mãos duas pesquisas totalmente contraditórias.
Uma, "sem dono", que dizia que Dilma continuava nadando de braçada.
Outra, encomendada pela CNI de Clésio Andrade, um dos senadores signatários da CPI da Petrobras, apontando uma queda de sete pontos em sua popularidade.
Mas a gente acredita em institutos de pesquisas, não é?
O Ibope teve nas mãos duas pesquisas com a mesma base, realizadas praticamente nos mesmos dias, com resultados totalmente diferentes entre si?
Se o PT não fosse um poço de covardia estaria exigindo, como está na lei, os questionários das "duas" pesquisas.
Aliás, nem devia ser ele, mas o Ministério Público Eleitoral, quem deveria exigir explicações públicas do Ibope, diante destes indícios gravíssimos de – vou ser muito suave, para evitar um processo - inconsistência estatística.
Ainda mais porque muito dinheiro mudou de mãos na quinta-feira e hoje, com a especulação na Bolsa.
Mas não vão fazer: esta é uma nação acoelhada diante das estruturas suspeitíssimas dos institutos de pesquisa.
Os “filhos da esperança” foram adotados pela família do atraso
O “casal benzinho” Eduardo Campos-Marina Silva exibiu-se ontem na televisão.
Um programa até bonitinho, mas absolutamente ordinário em matéria de comunicação.
Francamente, uma fórmula “cult” – cor desbotada, quase preto e branco, imagens abertas do estúdio, closes
intimistas – é muito pouco adequada para um personagem como Eduardo
Campos cuja obra administrativa é praticamente desconhecida do país.
Parece ter sido feito, exclusivamente, para dar a ele o aval de
Marina, simulando uma longa amizade e intimidade que jamais houve, até o
tombo da Rede que a deixou sem legenda para concorrer.
Duvido que tenha tido qualquer consequência como propaganda
eleitoral, mas é curioso que ambos, que devem tudo o que são a Lula, se
definam como filhos da esperança.
São, e é exatamente isso que os torna tão frágeis.
Mais até a Campos que a Marina.
Porque o filho da esperança fugiu de casa por ambição.
E foi oferecer-se à adoção pela família do atraso, do conservadorismo.
Por isso sua fala não tem uma palavra sequer contra o que esta gente fez com o Brasil.
Ao contrário, falam em “preservar as conquistas” de todos os governos.
Tudo são declarações de intenção, daquelas que qualquer político pode fazer.
Marina chega a dizer que o mais importante para o país é “uma agenda”
– espero que não aquela do Itaú, comemorando o aniversário do golpe –
que possa ser seguida por todos os governos, sem distinção.
Essa agenda, Marina, já existe: é a cartilha econômica que o capital
nos impõe, sugando os frutos do trabalho do povo brasileiro e as
riquezas deste país.
E a reação do “mercado” contra quem sai, mesmo que só um pouquinho, dela é a prova de quanto é duro e árduo sair deste diktat colonial-financeiro.
Fácil, mesmo, só se bandear para o lado de lá.
Seus aliados, agora, são o Aécio Neves, o Roberto Freire, o Jorge Bornhausen…
Ou são eles que iriam preservar as conquistas da “era Lula”?
Marcadores:
aecio neves,
blablarina silva,
conservadorismo,
corrupção do DEM PSDB,
eduardo campos,
eleições 2014,
era FHC,
lula,
Marina,
midia golpista,
neocons,
psb,
trairas
Assinar:
Postagens (Atom)