Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

segunda-feira, 12 de maio de 2014

GERAÇÃO BRASIL, DA GLOBO, É 40, DE CAMPOS, E 45 DE AÉCIO

quarta-feira, 7 de maio de 2014

ALOYSIO NUNES A BLOGUEIRO: "VAI A PQP, VAGABUNDO!"


:



Ele também enviou a seguinte mensagem ao 247:

Bom Dia!Ontem fui preso ao fazer perguntas "inconvenientes" ao Senador Aloysio Nunes! Em nenhum momento o agredir ou fui descortês ! Na 3ª pergunta ELE perdeu a linha, me xingou e partiu para a agressão! Tanto no meu filme como nas imagens internas do senado é possível comprovar a agressividade e autoritarismo do Senador! Quando estava indo embora, já fora do Senado, a POlícia do Senado a mando de Aloysio Nunes,me perseguiu por uns 300 mts já FORA do senado e me arrancou de dentro de um ônibus com o intuito de me proibir de publicar o vídeo! Foi complicado mas consegui publicar! Ainda assim me ameaçaram e tentaram me coagir já dentro da delegacia do Senado, e o Diretor de Polícia chamado Pedro ordenou que eu apagasse o vídeo! Me neguei e como retaliação eles RETIVERAM meu celular sem lacrá-lo para "periciá-lo". Chegando em casa notei que já haviam tenatado acessar e alterar SENHAS minhas contas email a partir do dispositivo ! 
Constatei isso a partir de alertas do próprio Gmail/Google! Mando pra vcs o Vídeo que fiz ontem desmascarando a "liberdade de expressão" do Aloysio Nunes e do PSDB! Se vocês acharem importante, fiquem à vontade para usar como quiserem meu vídeo que está postado na ÍNTEGRA E SEM EDIÇÃO! Estou sem celular, mas me coloco à disposição por este EMAIL, face pessoal(Rodrigo Pilha) ou pela página Botando PIlha no Face Book!
Muito Agradecido!
Hasta la victoria Siempre! 

Rodrigo Pilha


A respeito do caso, a Agência Brasil produziu a matéria que segue abaixo:

Mariana Jungmann – Repórter da Agência Brasil - Um bate-boca com o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) resultou na detenção do blogueiro Rodrigo Grassi hoje (6), pela Polícia do Senado. Grassi abordou o senador para questioná-lo sobre a função das comissões parlamentares de inquérito e sobre a postura de seu partido, o PSDB, a respeito de investigações na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Inicialmente solícito, Aloysio Nunes se irritou com uma pergunta de Grassi sobre o suposto envolvimento dele com desvio de verbas para a construção do metrô de São Paulo. “Um jovem me abordou a pretexto de fazer uma entrevista a respeito de CPIs. Eu parei para falar com ele e, no meio da entrevista, ele me fez uma ofensa muito grave. Eu então tentei segurá-lo para chamar a segurança e ele saiu correndo. Depois, quando eu estava saindo do Senado, ele voltou a me abordar e foi preso”, contou o senador.
Rodrigo alega que apenas fez perguntas a Aloysio. O blogueiro divulgou um vídeo em sua página no Facebook com a discussão. “Eu fiz três perguntas e ele se irritou, começou a me xingar e me agredir. Como foi na saída do Senado, a Polícia veio e me prendeu. Me pegaram dentro do ônibus já, quando eu estava indo embora”, contou.
Conhecido como Rodrigo Pilha, Grassi já foi assessor da deputada Erika Kokay (PT-DF) e foi exonerado depois de ter se envolvido em outro episódio com autoridades. Ele próprio divulgou um vídeo em que abordou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, na saída de um bar em Brasília. Na oportunidade, Rodrigo chamou o ministro de “autoritário”, “tucano” e “projeto de ditador”. Ele também gritou palavras de ordem a favor do condenado na Ação Penal 470, o processo do mensalão, José Dirceu.
Na época, o senador Aloysio Nunes Ferreira foi à Câmara solicitar abertura de processo disciplinar contra o assessor de Erika Kokay, mas logo depois ele foi exonerado. Hoje, o senador disse que Rodrigo usava o crachá de funcionário da Câmara para circular livremente dentro do Congresso.

terça-feira, 6 de maio de 2014

“Sincericídio” de Aécio e Eduardo permeará o debate eleitoral


PSDB, PSB, suas respectivas militâncias e a mídia tucana andam eufóricos com pesquisas eleitorais esquisitas, feitas para produzir números favoráveis àquele que este Blog sempre disse que seria o candidato dessa mídia (Aécio Neves). Os mais afoitos já dão até como certo que a eleição acabou e o tucano já se elegeu presidente.
Há, também, os que veem maior potencial em Eduardo Campos, que teria mais possibilidades de crescer por ser “desconhecido”, como se um candidato se fazer conhecer tivesse que ser necessariamente positivo para ele, quando, muitas vezes, quanto mais conhecido um candidato for menos aceito ele será.
Aliás, vale lembrar que Aécio também está no mesmo processo de se tornar conhecido em que está Eduardo. E é aí que a situação se complica para ambos.
Não vale tratar dos boatos sobre a vida íntima de Aécio, por exemplo. Não é por aí que se deve atuar. Boatos sobre a vida pessoal de um candidato são armas que podem ser usadas contra qualquer lado. É melhor se ater à natureza político-ideológica de cada um.
Nesse aspecto, começa a ganhar fôlego o que está sendo chamado de “sincericídio” de Aécio e Eduardo, que vêm dando palestras a empresários para lhes afiançar que, se eleitos, não hesitarão, “como Dilma”, em adotar “medidas impopulares” ou “amargas”.
Em pronunciamento recente, Dilma Rousseff não perdeu a chance de dizer que seu governo nunca cogitou – nem vai cogitar – adotar medidas “impopulares” ou “amargas”.
Há uma grita muito grande da elite brasileira contra um fenômeno que decorreu da eleição de Lula em 2002 e que vige até hoje: o Estado brasileiro deixou de empurrar para o povo o custo de crises econômicas internas ou externas.
Preço da gasolina, preço da eletricidade, retração econômica causada pela maior crise econômica mundial da história, que pôs os países ricos de joelhos ao custo de MUITO desemprego e queda da renda. O fato é que o cidadão brasileiro não sentiu nada disso.
Recentemente, o ex-diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) Marcelo Neri, recém-empossado como ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência (SAE), deu uma declaração pública que merece ser lida:
O Brasil está ficando mais próspero e mais igual, menos desigual, então estas são as duas tendências mais fortes, a tendência a prosperidade. Apesar de alguma desaceleração econômica, a renda do brasileiro continua crescendo, o mercado de trabalho, etc. E dois, os brasileiros de menor renda, sejam eles mulheres, afrodescendentes, pessoas que moram na periferia, que moram em cidades do nordeste, pessoas de baixa educação, etc., todos eles estão tendo um crescimento acima dos outros grupos tradicionalmente incluídos”.
O que Neri diz é um fato perceptível a olho nu: quanto mais pobre, maior tem sido o progresso do cidadão brasileiro ao longo dos últimos dez anos. Essa foi a escolha dos governos Lula e Dilma, uma escolha que jamais havia sido feita por qualquer governo brasileiro. Mas é uma escolha que provocou a ira daqueles que enriqueceram graças ao Estado jogar sobre o povo os custos das sucessivas crises (internas e externas) que os países experimentam.
Um dos exemplos do que está em jogo na eleição deste ano é a questão salarial. Empregar alguém no Brasil, hoje, é diferente do que sempre foi em países subdesenvolvidos, nos quais os salários sempre foram depreciados pela baixa oferta de postos de trabalho. Assim, preservar e, mais do que isso, ampliar a oferta de empregos significa simplesmente encarecer o custo da mão-de-obra.
Ora, tanto Aécio quanto Eduardo prometeram, em encontros com empresários, pôr fim a essa situação que os está obrigando a pagarem salários que há uma década seriam impensáveis.
Aliás, a melhora dos salários no Brasil foi tão intensa, na última década, que hoje até a categoria mais frágil, historicamente – qual seja, a dos empregados domésticos –, passou a ganhar até bem em comparação com o passado, ainda que não tão bem quanto nos países desenvolvidos, nos quais não se aceita que trabalhos braçais sejam pagos com esmolas.
A desculpa do grande empresariado para pedir mais desemprego é a de que salários altos, poder aquisitivo maior para a massa gera inflação. É mentira. Não gera. A inflação no Brasil está controlada. Há uma década que o país cumpre as metas de inflação todo ano, à diferença do que ocorria antes…
Basicamente, um país em que andar de avião, pôr filhos na faculdade, comprar bugigangas eletrônicas, enfim, um país com um mercado de consumo de massas demanda investimentos e profissionalização de um empresariado acostumado a lucrar apesar da própria ineficiência.
É mais fácil explorar um mercado pequeno com altos lucros. Essa é a mentalidade do grande empresariado brasileiro. Qualquer pessoa do mundo dos negócios sabe que essa é a mentalidade de nossos mega empresários.
Eis que surgem não um, mas dois candidatos a presidente dispostos a remeter o país ao passado, e que reconhecem isso por acreditarem que, para vencer a eleição, têm que se vender aos grandes empresários – venderem-se no sentido de serem aceitos; não se faz, aqui, uma acusação, por mais que não saia da cabeça.
Aécio e Eduardo, nesses encontros com empresários, tiveram que cometer o que está sendo chamado de “sincericídio”, ou seja, um excesso de sinceridade que pode mostrar ao povo o que está em jogo em 2014.
Esse fato político, aliás, está preocupando muito a direita midiática. No dia em que este texto foi escrito, uma das colunistas usadas pelo PSDB contra os adversários – Eliane Cantanhêde, da Folha de São Paulo – abordou e até citou o “sincericídio” de Aécio e Eduardo.
Veja, abaixo, a coluna de terça-feira 6 de maio de um exemplar dos jornalistas que se dizem “isentos”. Alguém que há uma década escreve quase todo dia na Folha de São Paulo e, sempre que escreve, é contra o PT e a favor do PSDB.
Como se vê, passou recibo. Isso porque essa é a grande discussão que o PT levará à campanha eleitoral. O brasileiro será alertado para um fato que não poderá negar, de que tem hoje um governo que o preserva das crises internas ou externas.
Do lado dos neoliberais, esses seres que acham que tudo deve se autorregular – menos eles ao terem problemas, quando jogam seus dogmas no lixo e batem à porta do Estado –, não se pode empurrar para cada grupo social o seu quinhão proporcional do custo de uma crise; o empresariado tem sempre que sair ganhando, do contrário não investe.
É uma chantagem que uma década de PT no poder revelou que é também um blefe, porque se um empresário não investe porque quer moleza basta buscar outro interessado em aproveitar oportunidades dentro das regras do jogo vigentes. Ou seja: esse cartel empresarial que ou é mimado ou se retrai não passa disso, de um cartel. Mas nunca é o todo.
Por uma década, o Brasil tem sido “avisado” de desastres que sobreviriam caso o interesse dos mais ricos em não pagarem sua parte da conta não fosse contemplado, mas a experiência pessoal de quase 200 milhões de brasileiros mostra que não é bem assim; o desastre nunca sobreveio e já são dez anos de vaticínios fatalistas.
Aos oposicionistas animadinhos com essas pesquisas fajutas, pois, sugere-se que não se animem tanto. Hoje, só eles falam através da mídia. Dilma, quando tenta responder aos adversários por meios oficiais – como no recente pronunciamento –, vê-se constrangida por ameaças judiciais dos adversários.
Funciona assim: a oposição tem todo espaço que quiser na mídia para expor suas teses antigovernistas e hordas de bonecos de ventríloquo – ditos “colunistas” e “editorialistas” – para lhe darem razão, mas o governo não pode responder pelo meio que lhe resta. Dessa forma, estamos vendo uma campanha eleitoral em que só um dos lados fala.
Mas logo chega agosto e começa o horário eleitoral, quando todos falam e a mídia tem que opinar menos, tem que fazer menos política. Além disso, o governo Dilma parece que já percebeu que se aceitar esse jogo vai se colocar em forte desvantagem. E partiu para a discussão que interessa ao país.
Aqui vai um vaticínio, pois: será impossível fugir desse debate.
Cantanhêde diz, em sua coluna supra reproduzida, que, seja quem for o presidente eleito neste ano, terá que adotar “ajustes impopulares”. Balela. Há dez anos que os governos petistas recusam esses “ajustes” que, na verdade, nada mais são do que empurrar a conta ao mais fraco. Dilma não fará, ano que vem, o que não fez nos anteriores.

Padilha: falta de água em SP foi irresponsabilidade O Padilha vem aí, de jaleco branco !

O candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, participou hoje (06) de sabatina na Folha (*).

Os entrevistadores – da própria Folha, do SBT, do UOL e da Jovem Pan – abordaram temas como metrô, PCC, desmilitarização da Polícia, recepção aos haitianos e Segurança Pública.

O Conversa Afiada, por sua vez, prefere enfatizar a falta de água em São Paulo:


Josias de Souza – Um leitor lembra que no plano federal a água foi um problema. Transformamos um período de estiagem em consumo. O governo federal também não se planejou?
Alexandre Padilha – A diferença é gritante. A cidade de Guarulhos tem 400 litros de recursos a menos desde fevereiro. Você não vê uma situação como essa no país. Fizeram quilômetros de linhas de transmissão. Aqui em São Paulo já tem redução. Desde dezembro, Campinas recebe menos água. Se eu fosse governador já teriam sido executadas as obras, que estão há dez anos paradas. O racionamento já existe em São Paulo. Campinas desde dezembro e Guarulhos desde fevereiro estão com redução de água. Bairros da capital paulista já sofrem com redução, além de Osasco (Grande SP). O Estado assumiu responsabilidade, mas nenhuma obra saiu do papel para reduzir a dependência de Cantareira. Desde 2004, é um tema persistente. Aloizio Mercadante, quando candidato, pautou esse tema. A ANA (Agência Nacional de Água) de SP apontou, em 2004, que precisava realizar obras para evitar a dependência do Cantareira.


Patrick Santos – Mas o sr. não acha falta de ética usar o racionamento na eleição?
Alexandre Padilha – Estou falando que o racionamento já existe. Falta de ética é cortar água de Campinas (SP), Osasco (Grande SP) e bairros da capital paulista e dizer que não há racionamento. Falta transparência. Nós paulistas, queremos ser polos dinâmicos.

(Repare, amigo navegante, como o PiG (**) tenta jogar tudo no colo do Governo Federal – nota do C Af)

Marcos Fernandes, de Taubaté – O sr. é favorável à transferência de água do rio Paraíba do Sul para o sistema Cantareira?
Alexandre Padilha – Qual é a grande precariedade dessa proposta, feita pelo governador: é tirar água de um lugar que tem o mesmo regime de águas do sistema Cantareira. É preciso fazer um regime de obras em outras áreas.


Patrick Santos Onde arrumar dinheiro para essas obras?
Alexandre Padilha – Só a Sabesp lucrou R$ 2 bilhões. Se ela tivesse investido todo esse dinheiro nas obras que precisavam ser feitas, isso não estaria acontecendo. A Sabesp foi irresponsável. Com a questão da água, com investimento em seu próprio patrimônio e com seus acionistas.

(…)


Leia a íntegra da sabatina com Alexandre Padilha no site da Folha (*).



Clique aqui para ler “A seca seletiva do PiG (**)”


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.




A seca seletiva do PiG (*)

PARTIDO DA IMPRENSA GOLPISTA- GLOBO, FOLHA, ESTADÃO,ABRIL-VEJA, ETC.......... (GRIFO, OPEDEUTA)

Fernando Brito: a imprensa brasileira tem um nível mais baixo que o do Cantareira, que já está abaixo dos 10%.


O Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:

A seca seletiva da imprensa brasileira



A crise da água em São Paulo não está sendo coberta pela imprensa.

Está sendo encoberta, isso sim.

Pergunto se o distinto amigo e a querida amiga viu uma reportagem sequer, acompanhada das fotos correspondentes, sobre as “obras”  que vão permitir o bombeamento da água do fundo das represas do Cantareira, viu?

Para não dizer que não houve nenhuma, houve uma, mostrando dois tratores limpando uma área junto à represa do Atibaia.

Nada mais.

Hoje, o Cantareira deve amanhecer com apenas 9,8% de sua capacidade, já que os 10% de ontem são apenas obra do “arredondamento” feito pela Sabesp. O relatório da Agência Nacional de Águas  já apontava 9,9%.

O maior reservatório, Jaguari-Jacareí, está reduzido a 2,5% de seu volume.

2,5%, isso mesmo.

Vou dar os números, que são públicos e acessíveis pela internet.

Em 31 de janeiro, o Cantareira tinha 217 bilhões de litros de água.

Ao fim de fevereiro, 160 bilhões.

Terminou março com 127 bilhões  de litros.

Hoje, tem 96 bilhões de litros, mesmo com toda a economia compulsória que descontos e multas impõem aos consumidores mais pobres.

Isto – ao lado da melhoria das chuvas em março e abril – permitiu baixar de 40 para 30 bilhões de litros a perda mensal do sistema.

Este mês a situação será pior e o esvaziamento vai superar os 40 bilhões de litros, como em fevereiro, mesmo com a vazão de saída reduzida.

Precisa de máquina de calcular?

Se tudo der certo, o bombeamento inédito leva a água até novembro. Claro, se o outro sistema que foi mobilizado para socorrer o Cantareira – o Alto Tietê – aguentar a sobrecarga.

E chega-se ao período de chuvas “devendo” nada menos que 180 bilhões de litros de água para que ela volte ao nível das comportas, sem exigir bombas.

Se as chuvas voltarem com força, o cenário em 2015 será igual ao de hoje.

Mas o distinto amigo e a lúcida leitora leem todos os dias previsões catastróficas sobre a…falta de luz iminente.

A capacidade aproveitada do armazenamento de água nas hidrelétricas é, entretanto, quatro vezes maior do que a do Cantareira.

Era, no domingo, de 42,5%, somando todo o Sistema Interligado Nacional. Angra I, parada desde fevereiro para manutenção programada, está sendo progressivamente (como é normal em geradoras) religada desde o final de semana. A pior situação, a do Sudeste, está em 38,8%.

Não é uma questão de torcer por uma “seca federal” ou uma “seca estadual”, porque as pessoas e a economia precisam de luz e água.

Nem de que haja uma seca em São Paulo e abundância de águas no resto do Sudeste.

O Brasil foi advertido em 2001 da fragilidade de seu sistema e São Paulo o foi na seca de 2004.

Não se discute a sua justeza, mas o fato é que só temos uma situação elétrica insegura porque Belo Monte foi atrasada pelas questões ambientais, do contrário estaria gerando hoje quase um quarto de nossas necessidades elétricas, com o período chuvoso do Norte do país.

Em São Paulo, nem sequer discutimos questões ambientais, pelo simples fato de que não se fez nada ou quase nada em matéria de melhoria do sistema de abastecimento.

Onde o amigo ouviu isto ser debatido na imensa “cobertura” que tem a crise na geração de energia?

A imprensa brasileira tem um nível mais baixo que o do Cantareira, já disse isso aqui.

E é tão turva quanto as águas do “volume morto”  de seus reservatórios.



Clique aqui para ler “Alckmin, não é rodízio. É r-a-c-i-o-n-a-m-e-n-t-o”.

E aqui para ler “Racionamento em São Paulo tem culpado: P-S-D-B”.


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

“Farsantes da direita disseminam ódio no País”

:

Em entrevista ao 247, Alberto Cantalice, vice-presidente do PT, reage aos posicionamentos de Arnaldo Jabor, que diz que o Brasil está "com ódio de si mesmo" e que, por isso, "é preciso tirar do poder esses caras", e de Marco Antonio Villa, que prevê a morte do PT e do ex-presidente Lula; segundo Cantalice, "quem está disseminando ódio não são as forças de esquerda, mas as forças conservadoras, que querem manter seus privilégios"; sobre a teoria do historiador, o petista acredita não ter o "menor cabimento", uma vez que o partido cresce a cada eleição; "Quem está morrendo é a mídia impressa, que usa espaço para esse tipo de colunista pseudo pitbull para poder fidelizar um eleitor que já é conservador por excelência"
6 de Maio de 2014 às 14:15

Gisele Federicce, 247 – As teses de Arnaldo Jabor e Marco Antonio Villa sobre o Brasil e o PT foram rebatidas horas depois nesta terça-feira 6 pelo vice-presidente do Partido dos Trabalhadores, Alberto Cantalice, em entrevista ao 247. Para Cantalice, que é responsável pela área de mídias sociais no partido, o cineasta e comentarista da Globo e o historiador "são dois farsantes". Em artigos na imprensa, Jabor afirma que o País está "com ódio de si mesmo" e que, por isso, "é preciso tirar do poder esses caras" (leia aqui). Já Villa prevê a morte do PT e de Lula nas eleições de outubro (leia aqui).

"Quem está disseminando ódio não são as forças de esquerda, se você acompanha as redes sociais, vê que quem dissemina ódio são as forças conservadoras, que querem manter seus privilégios, que se opõem a tudo o que é popular, contra Bolsa Família, contra Mais Médicos, programas sociais, esses é que são os responsáveis por esse estado de coisas que estão acontecendo", opina Cantalice. Para o petista, os dois colunistas "estão perdendo prestígio, já não são aqueles formadores de opinião", mas sim "deformadores de pensamento da opinião pública".

Em seu manifesto, Arnaldo Jabor, a quem Cantalice chama de "cineasta decadente, que abandonou o ofício para fazer esse tipo de comentário no Jornal da Globo", diz que ônibus queimados, presos decapitados, crianças assassinadas por pais e mães, como o menino Bernardo, são fruto de um mesmo fenômeno, cuja culpa é do Partido dos Trabalhadores. "A chegada do PT ao governo reuniu em frente única os dois desvios: a aliança das oligarquias com o patrimonialismo do Estado petista. Foi o pior cenário para o retrocesso a que assistimos", diz ele.

Sobre a tese de Marco Antonio Villa, o vice-presidente do PT acredita que "não tem o menor cabimento", uma vez que o partido vem crescendo "ano após ano" nas eleições. "O Lula é o maior líder político do País e do PT em particular, tem uma visão de Brasil que ninguém tem. O PT é o único partido no Brasil que tem a preferência de mais de dois dígitos da população, de 25% a 30%. Como é que está morrendo? Quem está morrendo é a mídia impressa, que usa espaço para esse tipo de colunista 'pseudo pitbull' para poder fidelizar um eleitor que já é conservador por excelência".

Em artigo no jornal O Globo, Villa festeja hoje o fracasso do PT em outubro. "A derrota na eleição presidencial não só vai implodir o bloco político criado no início de 2006, como poderá também levar a um racha no PT", antevê. Segundo ele, "as imposições de 'postes', sempre aceitas obedientemente, serão criticadas. Muitos dos preteridos irão se manifestar, assim como serão recordadas as desastrosas alianças regionais impostas contra a vontade das lideranças locais. E o adeus ao PT também poderá ser o adeus a Lula".

segunda-feira, 5 de maio de 2014

A tarefa de Lula

Aécio preconiza processo de desenvolvimento flutuante. Uma montanha russa ordenada pelo livre fluxo dos capitais, com seu carrossel de arrocho e desemprego.

por: Saul Leblon 


Divulgação/PT


A decisão tomada no Encontro Nacional do PT de dar à reforma política e à democracia a centralidade  que lhes cabe na luta pelo desenvolvimento não pode  ser subestimada.

É mais que uma inflexão de método.

Vem  rejuvenescer a meta histórica –esgarçada sob o peso da responsabilidade institucional e da correlação de forças, mas também pelo estiolamento  ideológico de alguns setores do partido-- de construir neste país uma verdadeira democracia social.

Aquela que se ergue a contrapelo da lógica capitalista, e propicia às grandes massas que não detém a riqueza, mesmo assim,  um poder de  voz e peso na ordenação da sociedade e da economia.

Há consequências.

E elas não são desprezíveis.

Dilma sintetizou a principal delas em uma frase de contundente antagonismo com aquilo que tem sido dito de forma cifrada ou explícita pelos candidatos do dinheiro grosso:

‘Não fomos eleitos para promover o arrocho contra o trabalhador’.

O arrocho é a operação  intrínseca à agenda ortodoxa que,  na opinião do próprio presidenciável Aécio Neves,  interliga a sua candidatura à de Campos e assemelhados.

É tudo a mesma sopa.

No fundo foi  isso que disse o tucano na semana passada, em  ato falho,  num cenário propício: o  clube dos endinheirados, em Comandatuba, onde ele e Campos se exibiram aos donos do país, sob a batuta do animador Dória Jr.

Não foi uma agenda de exceção.

Dias antes, conforme o cada vez mais  insuspeito jornal Valor Econômico, o ex-governador mineiro e seu fiador  no mercado, Armínio Fraga, estiveram na sede do Itaú, em São Paulo, para falar a clientes milionários do banco .

Membros de uma confraria que, segundo o mesmo Valor, tem R$ 577 bilhões empoçados no sistema bancário, os rentistas  do Itaú estão se lixando para as urgências do investimento brasileiro.

Seu país  é a taxa de juro.

Essa linha de frente daquilo que Keynes definia como ‘a obsessão mórbida pela liquidez’, ouviu Aécio e Armínio com atenção prestativa.

Ao final,  aplaudiu-os de pé.

A razão da empatia não foi revelada pelo igualmente prestativo Valor.

Mas uma coisa é certa: se foi pronunciada, dificilmente a palavra arrocho teve ali a mesma conotação empregada por Dilma no encontro do PT.

O antagonismo  retórico, de qualquer forma, não basta.

A luta pela reeleição desta vez se dá em  condições de beligerância que prometem suplantar as de 2002 e a do cerco de 2006 ensejado pela farsa do ‘mensalão’.

O combate  à  quase insurgência conservadora  --que outro nome dar a isso que figura como uma convocação diária  ao extermínio do PT e de seu governo?—precisa ir além dos enunciados.

Aécio e assemelhados preconizam um processo de desenvolvimento flutuante.

Uma montanha russa ordenada  pelo livre fluxo dos capitais, portanto, entregue à inconstância da especulação  financeira, com seu  carrossel de bolhas, colapso e  desemprego.  

A isso dá-se  o nome  de mercados autorreguláveis.

A resposta à cosmologia da incerteza só pode ser política.

Mas,  sobretudo, deve ser imediatamente palpável  para ser crível e relevante nas condições de vale tudo impostas à disputa pelo campo  conservador.

Significa dizer que um segundo governo Dilma precisa se tornar perceptível desde já, na campanha eleitoral.

Significa, ademais, que as resoluções anunciadas no Encontro do PT desenham um caminho sem volta que requer imediata transposição das palavras para os atos.

 
Entre eles, a imediata deflagração de um processo de negociações por  um pacto  pelo desenvolvimento, capaz de selar  a nova identidade da agenda progressista –e de seu método de luta.

Trata-se de dar consequências ao propósito de  deslocar a  correlação de forças do país para uma democracia social,  ancorada em  ganhos de produtividade, crescimento, distribuição de renda e melhor qualidade de vida.

Um requisito crucial dessa travessia é a credibilidade de seu negociador .

Ademais da legitimidade própria, é imperativo que guarde sintonia estreita com a candidata-presidenta , que dificilmente poderia exercer esse papel de forma direta e imediata, por força de  sua dupla função.

Esse personagem-ponte  existe.

Chama-se Lula.

Tem tudo para ser o porta-voz  de um compromisso claro de Dilma  e do PT com a  emancipação das  grandes massas  que  saíram da miséria e as que ascenderam na pirâmide de renda  nos últimos anos.

O conservadorismo  fez  do ‘centro da meta da inflação’ uma espécie de leilão público para escrutinar  qual, dentre os seus candidatos,  estaria  disposto a ir mais fundo no arrocho monetário  calibrado pela alta dos   juros.

A mesma  gincana pode ser observada em relação ao superávit  primário. Ou à desregulação trabalhista.

Há ofertas cada vez mais explícitas de arrocho no mercado. E o dinheiro ensaia um levante da república argentária rumo a outubro, em intercurso obsceno com a mídia isenta (ideológicos são os blogs progressistas).

Sua bandeira-mestra é ampliar a fatia rentista na divisão da renda nacional.

A resposta de um pacto pelo desenvolvimento deve ser distinta em sua hierarquia de prioridades.

A fatia dos salários no PIB  figura desde logo como sua espinha estruturante.

Muito se avançou em 12 anos de valorização do salário mínimo, formalização do mercado de trabalho e expansão do emprego.

Mas o fato é que a fatia do trabalhador  na renda no país ainda está aquém do que foi no início dos anos 90.

No ciclo do tucano FHC,  1995 e 2002,  essa participação decresceu.

Caiu de 48% para 42,4% do PIB, empurrada pelas políticas antipopulares conhecidas –entre elas o rebaixamento virulento do poder de compra do salário mínimo, a informalidade galopante e a depressão instalada no mercado de trabalho.

No período seguinte, 2002 até meados de 2010, a fatia do salário na renda brasileira  cresceu de 42,4% para 43,4% . Mantém-se em torno disso na média dos últimos anos.

Qual a meta para esse decisivo guarda-chuva  da justiça social num segundo governo Dilma?

Em Comandatuba ou no Itaú a pergunta não faz sentido.

Ela só faz sentido quando passa a existir um portador disposto a respondê-la afirmativamente.

É isso que cabe a um pacto pelo desenvolvimento a ser deflagrado desde já.

Trata-se de dar à deliberação do encontro do PT a sua dimensão de um caminho distinto e sem volta em relação à ganância rentista.

Mais que nunca, as mudanças requeridas pelo desenvolvimento brasileiro exigem a participação  direta de seus interessados  para serem efetivadas.

O 14º Encontro do PT resgatou essa convicção.

Trata-se agora de exercê-la – com a celeridade que a hora exige.

Bergamo reconstitui encontro de Marina com Deus

:

Colunista Mônica Bergamo relata uma história que estaria sendo contada pelo ex-presidente Lula a alguns de seus interlocutores: o pedido de demissão feito por Marina Silva depois de ter recebido uma mensagem divina; "Presidente, eu conversei com Deus. E é o momento de eu sair", teria dito Marina; irritada, a vice na chapa de Eduardo Campos chamou de "falta de ética" o vazamento da conversa

5 de Maio de 2014 às 06:34

247 - A colunista Mônica Bergamo, uma das principais jornalistas do País, reconstituiu uma história saborosa: o pedido de demissão de Marina Silva a Lula, depois de receber uma mensagem divina (leia aqui a íntegra).

Segundo Bergamo, Marina deixou o cargo de ministra do Meio Ambiente depois de receber um sinal dos céus. "Presidente, eu conversei com Deus. E é o momento de eu sair", teria dito ela.

Lula ainda conseguiu segurá-la, depois de devolver na mesma moeda, após alguns dias de reflexão. "Marina, eu sonhei com Deus. Eu sonhei com Deus e ele me disse que ainda não está na hora de você sair do meu governo. Você ainda tem muito o que fazer na nossa equipe".

Presente do Fórum de Comandatuba, promovido pelo empresário João Doria Jr., a coluna de Mônica Bergamo tentou apurar a história com Marina Silva, que reagiu irritada. "Eu não acredito que o presidente Lula está contando essa história porque ela não é verdadeira", disse ela. "As pessoas me perguntam e eu sempre digo: o que tinha que falar do Lula, falei quando saí do governo. As minhas razões foram expostas naquele momento. Falar de conversas reservadas que tivemos quando estávamos no mesmo projeto, eu não falo. Porque isso seria uma completa falta de ética".

domingo, 4 de maio de 2014

Datafolha desta semana tentará repetir Sensus

Pesquisa do instituto Sensus sobre a sucessão presidencial divulgada pela revista IstoÉ na madrugada de sábado passado chegou vencida; foi realizada oito dias antes da divulgação e já chegou sob fortes questionamentos, alguns dos quais insuspeitos, como o de um colunista do jornal O Estado de São Paulo, José Roberto de Toledo, que apontou vícios na sondagem.
Apesar da ampla divulgação que essa crítica recebeu, é importante que seja reproduzida no âmbito destas considerações. Abaixo, pois, trechos do “blog” de José Roberto de Toledo no portal de O Estado de São Paulo.
—–
O ESTADO DE SÃO PAULO
2 de maio de 2014
José Roberto de Toledo
02.maio.2014 17:54:17
A pesquisa Sensus a ser divulgada neste sábado vai dar o que falar. Se não pelos seus números, ao menos pelos seus métodos. O instituto, que vinha trabalhando para o PSDB até pouco tempo atrás, foi criativo ao apresentar as perguntas aos eleitores.
Em vez de mostrar ao eleitor um cartão circular com os nomes dos candidatos – para não privilegiar nenhum deles -, o instituto mineiro apresentou uma lista em ordem alfabética. Desse modo, o nome de Aécio Neves (PSDB) aparece sempre em primeiro lugar.
Além de contrariar a prática do mercado (institutos como Ibope e Datafolha apresentam a cartela circular), o Sensus mudou sua própria maneira de fazer a pergunta de intenção de voto. Em eleições passadas, como em 2010, o instituto sempre usou a cartela circular, e não a lista em ordem alfabética.
[...]
Outro fato chama a atenção nesta sondagem do Sensus: o registro da pesquisa no TSE ocorreu bem depois de as entrevistas terem terminado. A pesquisa de campo foi feita entre os dias 22 e 24 de abril, mas só foi registrada no dia 28. Ou seja, ao registrá-la é provável que o instituto já soubesse o resultado – o que pode ou não ter influenciado na decisão divulgá-la.
Como no caso da MDA/CNT, a pesquisa do Sensus foi feita logo após a propaganda eleitoral do PSDB no rádio e na TV. E terminou muito antes do pronunciamento de Dilma na véspera do 1º de Maio. Mas como demorou tanto a ser divulgada, vai ficar parecendo que a sondagem do Sensus é mais recente do que de fato é.
A pesquisa foi paga pelo próprio Sensus, segundo o registro no TSE. Mas será divulgada com exclusividade pela revista IstoÉ. Segundo o site da publicação, a parceria envolverá a divulgação de sete sondagens sobre a eleição presidencial este ano.
[...]
—–
O questionamento acima comprova que business are business. E só.
O instituto Sensus envolveu-se em outra polêmica, em 2010. Só que, naquela oportunidade, o instituto de pesquisas mineiro atuava em sentido contrário, sendo então considerado tendente a “ajudar” Dilma Rousseff contra José Serra, apesar de sua relação histórica com o PSDB mineiro ou, melhor dizendo, com Aécio Neves, então injuriado com o colega paulista por ter lhe tomado a candidatura a presidente pelo partido de ambos.
À época, matéria da Folha de São Paulo, abaixo reproduzida, questionava o Sensus por sua metodologia, que acabara de detectar empate entre Dilma Rousseff e José Serra. Abaixo, a acusação da Folha ao Sensus em 2010.
De fato, a petista acabou confirmando as pesquisas de Sensus e Vox Populi contra o Datafolha; Dilma, partindo de um patamar baixíssimo nas pesquisas, alcançara Serra.
O que é de estranhar é que, desta feita, quando o Sensus é acusado de beneficiar um tucano contra Dilma, a Folha, à diferença do Estadão, manteve-se silente enquanto corria ao TSE para protocolar uma nova pesquisa a ser divulgada ao longo da semana que entra, mais provavelmente no próximo sábado ou domingo.
A nova pesquisa Datafolha sobre a sucessão presidencial terá campo nos dias 7 (quarta-feira) e 8 (quinta-feira) de maio, com estimativa de 2.880 entrevistas. A data da divulgação do resultado deve variar de acordo com o que a sondagem apurar.
Se Dilma tiver ganhado pontos ou se mantido na posição da pesquisa Datafolha de abril, o resultado pode ser divulgado na sexta-feira mesmo, dia de menor interesse por notícias ante a chegada do fim de semana. Essa divulgação se daria no meio da tarde, horário de menor interesse em um dia de pouco interesse sobretudo por política.
Se Dilma tiver perdido pouco e/ou seus adversários tiverem ganhado pouco, a divulgação ocorrerá no sábado, um dia de maior repercussão que a tarde de sexta, mas, ainda assim, dedicado a outras atenções.
Se Dilma tiver perdido um percentual considerável e/ou seus adversários tiverem ganhado, a divulgação ocorrerá no domingo, ou no fim da tarde de sábado, quando a Folha de São Paulo distribui seus exemplares de domingo nas bancas. Assim, a repercussão começaria na tarde de sábado e se avolumaria no domingo.
A nova pesquisa é menos ampla do que a anterior, que teve cerca de 40 perguntas – a atual tem 29.
Nesta nova edição do Datafolha, uma pergunta surpreende pelo alto grau de indução da resposta do entrevistado que deve provocar. Chega a ser espantoso. A pergunta número 20 pede ao entrevistado que responda como votará se “A situação econômica do país se agravar até o dia das eleições”, já partindo do pressuposto de que a situação atual é grave.
Leia, abaixo, o formulário da nova pesquisa Datafolha que será divulgada no fim da semana que entra.
A pesquisa, por si só, constitui uma peça de propaganda eleitoral negativa contra Dilma Rousseff. Até porque, espalhará versões sobre má situação econômica do país para um universo de quase três mil pessoas, que atuarão como propagadoras do desânimo com o governo que advirá depois dessa saraivada de pessimismo.
Contudo, como o Datafolha, à diferença do instituto Sensus, afirma que não “esquenta” o entrevistado com perguntas sobre economia e outras antes de perguntar em quem esse entrevistado irá votar, sempre há a possibilidade de Dilma ter recuperado pontos ou pelo menos ter permanecido com o patamar anterior, de abril.
Se Dilma permanecer com o patamar de Abril, é muito provável que a boa e velha “margem de erro” (de 2 pontos percentuais) seja usada para forçar uma sua “queda” ou “subida” dos adversários, mais precisamente de Aécio Neves, confirmando os números do Sensus, os ideais, neste momento, para a mídia tucana e seu candidato a presidente.

OBRA DO SÃO FRANCISCO: NÃO É SÓ ÁGUA. É EMPREGO

Fala, Dilma, fala


Ministro Francisco Teixeira em visita às obras (foto: Ministério da Integração Nacional)


A situação de pleno emprego no Brasil é refletida na transposição do Rio São Francisco. Na semana passada, o projeto atingiu um efetivo de mais de 10.100 trabalhadores, que atuam ao longo dos 477 km de extensão da maior obra hídrica do Brasil.

Em fevereiro, como apurou o Conversa Afiada, o número de funcionários era de 8.700, com cerca de 2.500 máquinas em campo e com 52% das obras concluídas. – leia aqui – Três meses depois, já com 3.140 equipamentos em operação, o projeto está com quase 60% de avanço físico.

Orçado em R$ 8 bilhões e com previsão de entrega total em dezembro de 2015, o empreendimento terá os trabalhos em período integral ampliados para dar celeridade às construções principalmente no Eixo Leste, segundo o Ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, responsável pelo empreendimento.

“Nós estamos trabalhando no Eixo Norte, em quase todas as frentes, em dois turnos, e a partir de maio vamos trabalhar 24 horas também no Eixo Leste, em muitas frentes”, garantiu.

A medida é justificada quando se olha para os números do programa. Nota-se um maior avanço no Eixo Norte, em relação ao Leste.
As obras avançam

Eixo Norte, (Trecho I e II), neste mês:


Meta 1N (140 km) / Antigos lotes: 
1, 2, 3, 4 e 8: Vai da captação do rio São Francisco, no município de Cabrobó (PE), até o reservatório de Jati, em Jati (CE).  A Meta 1N apresenta 63,7% de execução

Meta 2N (39 km) / Antigo lote 5:
 Começa no reservatório Jati, no município de Jati (CE), e termina no reservatório Boi II, no município de Brejo Santo (CE). A Meta 2N apresenta 25,2% de execução. 

Meta 3N (81 km) / Antigos lotes 6, 7 e 14: Estende-se do reservatório Boi II, no município de Brejo Santo (CE), até o reservatório Engenheiro Ávidos, no município de Cajazeiras (PB). A Meta 3N apresenta 54% de execução. 


Eixo Norte, (Trecho I e II), em fevereiro:


META 1N (140 km):
 Vai da captação do rio São Francisco, no município de Cabrobó (PE), até o reservatório de Jati, em Jati (CE).  A Meta 1N apresenta 57,2% de execução.


META 2N (39 km):  Começa no reservatório Jati, no município de Jati (CE), e termina no reservatório Boi II, no município de Brejo Santo (CE). A Meta 2N apresenta 24,6% de execução.


META 3N (81 km):
 Estende-se do reservatório Boi II, no município de Brejo Santo (CE), até o reservatório Engenheiro Ávidos, no município de Cajazeiras (PB). A Meta 3N apresenta 47,2% de execução.



Eixo Leste (Trecho V) , neste mês:


Meta 1L – (16 km):
 Compreende a captação no reservatório de Itaparica até o reservatório Areias, ambos em Floresta (PE). É uma meta piloto para testes do sistema de operação. A Meta 1L apresenta 87,5% de execução. 

Meta 2L – (167 km): 
Inicia-se na saída do reservatório Areias, em Floresta (PE), e segue até o reservatório Barro Branco, em Custódia (PE). A Meta 2L apresenta 60,9% de execução. 

Meta 3L – (34 km): Este trecho está situado entre o reservatório Barro Branco, em Custódia (PE), e o reservatório Poções, em Monteiro (PB). A Meta 3L apresenta 17,9% de execução. 



Eixo Leste (Trecho V) , em fevereiro:

META 1L – Meta Piloto (16 km):
 Compreende a captação no reservatório de Itaparica até o reservatório Areias, ambos em Floresta (PE). É uma meta piloto para testes do sistema de operação. A Meta 1L apresenta 86,3% de conclusão.


META 2L (167 km): Inicia na saída do reservatório Areias, em Floresta (PE), e segue até o reservatório Barro Branco, em Custódia (PE). A Meta 2L apresenta 58% de execução.


META 3L (34 km): Este trecho está situado entre o reservatório Barro Branco, em Custódia (PE), e o reservatório Poções, em Monteiro (PB). A Meta 3L apresenta 15,9% de execução.

A transposição do Rio São Francisco levará água do Velho Chico a 390 cidades do semiárido nordestino nos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, ou seja,  chegará a 12 milhões de pessoas. Com 28% da população brasileira, o Nordeste tem apenas 3% da disponibilidade de água e uma irregularidade na distribuição de recursos hídricos.

(Clique aqui para ler “Dilma e cisternas no semiárido)

Em um ano, o Ministério reforçou em mais de 50% as atividades do projeto que foi concebido ainda em 1985, pelo extinto DNOS – Departamento Nacional de Obras e Saneamento, após uma das mais longas estiagens da história.

A estrutura do Programa de Integração apresenta dois eixos: o Norte, com 260 quilômetros de extensão, levará água para os sertões de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, e o Leste, com 217 quilômetros, que beneficiará parte do sertão e as regiões agreste de Pernambuco e da Paraíba.


A obra pode ser vista em detalhes aqui (http://integracaosaofrancisco.gov.br/)



Alisson Matos
, editor do Conversa Afiada


Clique aqui para ler
 “Os números com que Lula foi pra cima !”

Foto: Ministério da Integração Nacional