Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Os que têm tudo não suportam que todos tenham um pouco

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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse, em entrevista ao UOL, que o eleitorado de Dilma são os pobres, porque são mal-informados.
Os “coxinhas” vociferam contra os nordestinos porque deram taxas de  muito elevadas voto à Presidente – “” 36 pontos percentuais acima da média nacional de 42%”, registra a Folha – supostamente em troca do Bolsa-Família. Não importa que, movidos pelos mesmos interesses econômicos, 75% dos eleitores dos Jardins tenham dado o voto a Aécio, 40 pontos acima de sua média nacional de 33,5%.
Por toda a parte, ódio, ódio e ódio: aos pobres, aos negros, aos nordestinos, aos petistas ou não-petistas que votaram na continuidade do projeto de Brasil iniciado com Lula.
A pergunta que é obvia, mas não é feita é: que mal foi feito a essa gente?
Expropriaram-se suas terras ou seus bens? Suas aplicações, investimentos, remessas e movimentações financeiras foram dificultadas ou taxadas? Foram criadas alíquotas mais pesadas em seus impostos de renda – como aliás, existem na Europa e nos Estados Unidos, onde chegam a 50% – ou para as empresas?  Está mais difícil viajar para Miami ou para a Europa?  Os salários dos executivos, no Brasil, não estão entre os maiores do mundo?
Acaso seus bairros e as cidades mais ricas estão sendo invadidas por hordas de miseráveis migrantes do Nordeste? Como, se justamente as políticas de inclusão social e desenvolvimento regional   não  apenas estão reduzindo a migração como permitindo a volta dos “malditos nordestinos” à sua terra natal, suas famílias, numa volta da asa branca com que Luiz Gonzaga sonhou?
Será que os 20 centavos nos ônibus em que não entram é a razão? Já não são suas escolas e hospitais “padrão Fifa” e os cubanos que lhes são caros, os charutos, livremente importados?
Então o que faz com que essa gente odeie, com tanta força, o mísero direito dos pobres a não morrerem de fome?
Logo eles, que se consideram “pós-modernos”, ultra-liberais!
Eles, tão up to date, ainda não chegaram  sequer à Revolução Francesa, que lhes reconheceu os direitos legais, que dirá  ao século 19, quando a elite culta passou a entender que o reconhecimento da dos direitos sociais era algo essencial para a continuidade do progresso da civilização.
Os nossos “bem-informados” são, que pena, bem deformados por uma onda desumanista que com que a mídia brasileira lhes entupiu a cabeça preguiçosa e inculta que arruína a trajetória do pensamento brasileiro em tudo e lhes reconhece o “direito à selvageria” como liberdade.
É “compreensível” atra um negrinho ladrão ao poste, como o do Pastoreio, não é?
Afinal, não se queimam Galdinos há meio milênio neste país?
Cai-lhes bem, portanto, um candidato como Aécio Neves, a quem tudo veio por herança e para quem os privilégios são, como para eles, um direito de nascença.
A sub-nobreza brasileira está histérica, porque quer tudo.
E o nosso povão, tranquilo, porque sabe que, para ele, a vida é difícil e cada progresso é sofrido.
E não vai jogar fora o pouco que tem.

Moço, cuidado para não deixar o passado virar futuro

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Tirei as duas fotos aí de cima hoje, em dois pequenos supermercados próximos de onde moro – o Real e o Supermarket, em Niterói.
Parece bobo, não é? Mas para quem passou dos 50 anos não é não, porque somos de uma geração onde a placa que se via em mercados e obras de construção era, ao contrário, a de  ”não há vagas”.
Às vezes, até, com um peremptório e duro “não insista” para rematar.
Ok, não são ótimos empregos e certamente não são o sonho profissional de quase ninguém.
Mas certamente é melhor que não ter emprego nenhum.
E não é só para os mais pobres e com menos formação escolar, não.
Há vagas, embora com salários baixos, para todos os níveis.
Aliás, há tanta vaga aberta justamente porque paga-se pouco e muitos param por ali apenas o tempo necessário para sair do sufoco absoluto e buscar algo melhor.
Estas fotos daí de cima são do Brasil que não sai nos jornais.
O Brasil que sai no jornal está desmoronando, com os mercadinhos às moscas e o desemprego, não importa o que diga o IBGE, em alta.
Tudo está um desastre, tal índice é “o pior desde 2 mil e tanto”, tal taxa “é a mais grave desde tantos anos”.
Mas quer dizer que está tudo muito bem, tudo muito bom?
De jeito nenhum.
Que bom que a gente esteja insatisfeito com o Brasil, porque é mesmo para estar.
Este país ainda dá muito pouco a seus filhos, em matéria de educação, de saúde, de habitação, de oportunidades.
Mas cuidado, seu moço, porque moço eu também já fui.
E porque já fui e não sou mais, que este pais, sei que não faz uma geração, era muito, muito, muito mais avaro com seus cidadãos.
Avaro?
Não, a palavra exata  é cruel.
Porque só pode ser cruel que quer abaixar a inflação a base de  arrocho,  de corte nos gastos sociais, com a precarização do trabalho, com políticas recessivas.
Vão dizer que querem isso é apelar para o medo?
Pois eu não tenho problemas em dizer que se deve, sim, ter medo disso, porque sei muito bem como isso é terrível.
Eu sei e tenho obrigação de contar que existia um Brasil sem vagas para seu povo.
Mesmo as mais modestas, os “empreguinhos de dois salários” dos quais  a “turma da bufunfa” debocha, mas nem assim quer pagar e diz que os salários “altos demais” são responsáveis pelo desequilíbrio do tal “tripé macro-econômico”.
Talvez você, moço, não acredite em mim.
Ficamos assim: eu também prefiro que você duvide do que eu digo e até faça pouco caso.
É muito melhor  você me olhar desconfiado do que acontecer aquilo que faça você me dar razão.
Cuidado, porém, que o pior inimigo do bom é o que aquela turma diz que vai ser ótimo.
Acho que você tem toda a razão em querer mais, muito mais.
Só não esqueça que tivemos, não faz muito tempo, muito menos.
Onze anos atrás, a imagem do Brasil era aquela que divide a ilustração com as de hoje.
Eu não a quero de volta, você quer?

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

RACISMO PAULISTA DE FHC: DOS MARMITEIROS AOS 'GROTÕES MAL INFORMADOS'


Anteriormente, quando essa população nordestina, totalmente abandonada, inclusive pelo governo de FHC, votava na direita, não era considerada “mal informada”
Emir Sader
A elite brasileira – cujo setor mais significativo vive em São Paulo – nunca engoliu o Getúlio Vargas, nem o Lula, como expressões de amplos setores populares que saem do seu controle. Perderam sempre do Getúlio e perdem sempre do Lula.
Aí apelam para a discriminação e o racismo. Nos anos 1950, a UDN chegou a propor o voto qualitativo. Onde se viu o voto de um engenheiro valer o mesmo que o voto de um operário, oras? Um valeria 10, o outro valeria 1. Cansados de perder para a maioria trabalhadora, queriam mudar as regras do liberalismo que eles mesmo pregavam, para ver se tinham melhor sorte.
Quanto à linguagem, naquela época um político, Hugo Borghi, qualificou os trabalhadores que votavam no Getúlio como “marmiteiros”, de forma depreciativa para quem levava comida de casa para o trabalho. Era a forma de discriminar os trabalhadores vinda da parte de quem nem trabalhava, menos ainda conhecia o que era uma marmita.
O Getúlio assumiu a expressão, que passou a ser usada positivamente, identificando marmiteiro com trabalhador.
A relação dessa elite com o Lula reproduz, em termos cotidianos, o mesmo tipo de clichê e de discriminação. Por um lado, tenta passar a ideia de que os setores populares que votam no PT foram subornados pelo Bolsa Família e por outras políticas do governo, da mesma forma que se fazia em relação ao salário mínimo na época do Getúlio.
Agora FHC vem falar de gente “dos grotões, mal informados”, que por essa razão não se renderiam às denúncias e aos argumentos tucanos e seguiriam votando no PT. Aponta ele certamente para a população nordestina e as populações das periferias urbanas, beneficiárias de políticas sociais ou detentoras de um posto de trabalho assalariado e que votam concentradamente nos candidatos que sentem identificados com o efeito dessas políticas em suas vidas.
Anteriormente, quando essa população nordestina, totalmente abandonada, inclusive pelo governo de FHC, votava majoritariamente na direita – na Arena, no PFL e no seu sucessor, o DEM –, não era considerada “mal informada”. Quando começa a despertar sua consciência, aparecem essas formas discriminatórias.
Como não leem ainda os artigos do FHC, ficam mal informadas, se deixam enganar, subornar, ser instrumentalizadas pelo governo e pelos partidos de esquerda. Quando a informação chegar devidamente a esses grotões, eles reconhecerão que o melhor governo que o Brasil já teve foi o do FHC, os que o sucederam foram empulhações, que distribuíram migalhas, para enganar ao povo.
Reproduz-se assim o velho sentimento elitista da contrarrevolução de 1932, que tem como ícones, até hoje venerados pela elite paulista, os bandeirantes – caçadores de índios – e Washington Luís, famoso por achar que “a questão social é questão de polícia”.

Coxinhas xingam os nordestinos no Twitter por darem vitória maciça para Dilma.

mapa2

Cada nordestino ou descendente de nordestino no Brasil deveria ver o mapa acima antes de decidir o seu voto.
A mancha vermelho-escura, significa, município por município, onde houve uma votação de mais de 50% para a Dilma Rousseff.
É o o desenho de uma metade do Brasil que, finalmente, fez ouvir sua voz neste país.
Pois se cada homem ou mulher que teve o pai e a mãe tangido pela seca, pela miséria, pelo coronelato mandão, olhasse o que seus irmãos estão dizendo, duvido tivesse coragem de condená-los, de novo, ao jugo das elites que os empobreceram e das que os receberam, de nariz torcido, por onde a sina de retirante os espalhou.
racista
É, como diz a turma do bucho cheio que se reúne com Aécio, “o pessoal que vota com o estômago”.
Os que ele diz  que estão felizes com os “empreguinhos de dois salários mínimos”.
Gente que se reproduz na mediocridade de um imbecil, agora, na fila do banco que disse que paga imposto para dar marmita a nordestino vagabundo.
Que os chama de “paraíba”, de “baiano” e que faz até, como está mostrando o Terra, uma página na internet para os xingar ainda mais, porque votaram em Dilma.
Esses Nordestinos é o nome da manifestação de ódio.
É, esses nordestinos, que construíram o prédio onde eles moram, que abriram a estrada onde eles passam, que fizeram a escola onde seus filhos estudam, ergueram a ponte que atravessam.
Que fizeram um pedaço imenso deste Brasil rico e egoísta,  da gente que é capaz de morrer de fome não porque não tem comida, mas por falta de uma empregada ou um restaurante – cheios de nordestinos na cozinha, aliás – que lhes sirva.
Esses nordestinos, essa gente que sofre mas não odeia, muito melhor do que esta, que não sabe o que é sofrer, mas  sabe muito bem o que é odiar.
São eles os “limpinhos e cheiros”, mas como fedem, meu deus!

COLUNISTA PRÓ-AÉCIO PROPÕE SEPARATISMO

O novo é não permitir a volta do que é velho e ruim

versus
Feitas as análises convencionais, numéricas, do processo eleitoral, hora de pensar no sentido político do segundo turno das eleições.
Porque ele, agora, com menor influência das máquinas, ganha um peso muito mais expressivo.
O conservadorismo vão tentar dirigir a população para um duelo “petismo x antipetismo”.
O duelo não é esse, até porque Lula é imensamente maior do que o PT,  embora ele próprio, muitas vezes, não deixe isso claro e não perceba que ele tem o dever de sê-lo.
É o Brasil “versão Lula” e o que fez ao país Fernando Henrique Cardoso.
É o Brasil da exclusão ou o Brasil que saiu do mapa da fome.
O “fenômeno” Marina foi, agora como antes, algo que diante dos olhos de muitas pessoas eclipsou esta verdade.
Porque este confronto, desejemos ou não, é o real.
É mais importante do que virtudes ou defeitos pessoais que enxerguemos em Dilma, como administradora ou em sua habilidade política.
Porque é a direção em que se caminha.
Este é o mote, ao lado dos direitos sociais, que deve imperar na campanha.
O discurso da direita será monocórdio: corrupção, corrupção, corrupção. Com pitadas de recessão e inflação. No horário eleitoral e na mídia.
E o nosso deverá ser nacionalismo, nacionalismo, nacionalismo e povão, povão, povão.
É teu filho na universidade.
É a tua casa comprada a prestação.
É o carro, caidinho, que agora a família tem.
É a vida, é a vida e é a vida.
O resto é  fumaça.

FHC chama eleitor do PT de ignorante Tucano de SP é assim: o nordestino é burro …



Conversa Afiada reproduz trechos de matéria publicada pelo UOL:

PT CRESCEU NOS GROTÕES PORQUE TEM VOTO DOS MENOS INFORMADOS, DIZ FHC


O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse nesta segunda-feira (6) que o PT cresceu nos grotões do país e que o Partido dos Trabalhadores tem o voto dos “menos informados”. A declaração foi dada aos blogueiros do UOL Josias de Souza e Mário Magalhães.


“O PT está fincado nos menos informados, que coincide de ser os mais pobres. Não é porque são pobres que apoiam o PT, é porque são menos informados”, afirmou o ex-presidente.


“Essa caminhada do PT dos centros urbanos para os grotões é um sinal preocupante do ponto de vista do PT porque é um sinal de perda de seiva ele estar apoiado em setores da sociedade que são, sobretudo, menos informados”, disse FHC.


(…)



Leia mais:

O NORDESTE É TÃO IMPORTANTE QUANTO SP


IMPERDÍVEL: CERRA APLAUDE AÉCIO !


PESQUISAS: A MAIOR DERROTA !

COMENTÁRIOS

O mapa de forças para uma grande batalha

mapa
Se algo de bom se pode extrair do que se passou ontem é a o desvanecimento das ilusões.
Nova política? Afirmação das minorias? Fim das oligarquias locais?

Ah, não esquecer: os “trogloditas”, como Jair Bolsonaro e Marco Feliciano estourando de votos no Rio e em São Paulo, onde os “rejeitados” Sérgio Cabral e Alckmin comemoraram suas vitórias. Até o bizarro Levy Fidélix multiplicou por oito sua votação. Cui prodest? A quem aproveita, no tempo dos latinismo…
Todos eles saíram gordos de um processo de radicalização vazio, que serviu essencialmente para unificar o conservadorismo e travar a sensível, visível e boa afirmação dos direitos, tanto os individuais quanto os sociais, de todos os cidadãos e cidadãs deste pais.

Não se iludam: não seus eleitores e talvez parte de seus apoiadores,  mas Marina Silva, talvez de maneira simulada mas quase que certamente de forma expressa, vai  se alinhar a todo este conservadorismo.

Como Marina não se representa uma força política orgânica, isso não significará tanto. Ela, ontem, fez questão de dizer que “é da Rede”, talvez prevendo problemas com a estrutura de comando do PSB. A ver.

Mas é importante notar que  houve, é evidente,  uma transferência antecipada dos votos do conservadorismo que estavam com Marina e “pularam” para Aécio, desconcertando as previsões que se fazia até às vésperas da eleição.

Da mesma forma, serão importantíssimos dos 1,6% conquistados pela combatividade pessoal de Luciana Genro, que foi madura ao admitir um apoio a Dilma  no segundo turno, deixando claro que não há conversa com os tucanos.

Mas para por aí o que se pode fazer em matéria de abertura a alianças, afora consolidar, onde isso for possível, as alianças com o PMDB, o que não será fácil, especialmente no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, o que tem, em princípio, mais efeito político que eleitoral.

A  eleição está, creiam, muito mais longe de estar  perdida do que de ser ganha.

A direita tem muitos obstáculos, a começar por um resultado do Nordeste, que aponta para uma vitória maior que a de 2010.

O Rio de Janeiro deve devolver a Dilma a maioria absoluta e a eleição aqui tenha tudo para ter novas surpresas.

A eleição vai tomar um rumo, e este, muito mais que no primeiro turno, será regido pela realidade, que se impõe sobre simpatias pessoais dos candidatos.

Dele, falarei no próximo post, mas é evidente: à frente, com o Brasil pós-Lula ou para trás, com o de Fernando Henrique Cardoso.

Avanço da direita em SP ameaça Nordeste e América do Sul





  
   
Pimentel leva em MG; Wellington faz 63% no Maranhão; PT vira e vence na Bahia e vai para o 2º turno no RS, Mato Grosso do Sul, Ceará e no Acre
 
 A grande diferença: o projeto tucano atual é ainda pior que o de Serra: dois anos de arrocho fiscal, baixar para 3% a meta da inflação (com mais juros) e desmontar o pré-sal
 
 Em 2010, Dilma foi para o 2º turno com 48% dos votos; Serra tinha 40%, diferença de oito pontos; agora, sua vantagem é, de novo, de oito pontos sobre Aécio (41,5% a 33,5%).
 
PT, PMDB e PC do B fazem oito governadores no 1º turno e estão na disputa em 8 estados no 2º turno

Marina acena com apoio para Aécio. E o PSB de Erundina e Roberto Amaral, vai segui-la?


 Eduardo Guimarães

É inquestionável: São Paulo liderou avanço sem precedentes da direita brasileira nas eleições de domingo. Apesar de as eleições de governadores ter trazido boas notícias para o PT, é evidente que o fortalecimento surpreendente de Aécio Neves na reta final faz a eleição presidencial entrar no segundo turno muito mais indefinida do que fora possível prever.

O responsável por esse avanço conservador foi, basicamente, São Paulo. O movimento pró Aécio tomou conta do maior colégio eleitoral do país. No domingo, o chamamento do tucano a que as pessoas fossem votar usando camisas verde-amarelas foi um sucesso em SP.

Apesar de o candidato a governador pelo PT, Alexandre Padilha, ter tido votação muito acima da prevista pelas pesquisas, a força do PSDB no Estado mais rico e populoso do país anulou o que teria sido uma boa notícia para os petistas.

Por outro lado, o Nordeste tornou-se o reduto petista e protagonizará a grande resistência a um processo que, se vingar, representará um forte revés para o soerguimento nordestino durante a década passada.

Com efeito, durante os governos Lula e Dilma o Nordeste foi a região que mais lucrou. A grande mobilidade social que se instalou no país entre 2003 e 2014 ocorreu, acima de tudo, no Nordeste. Durante os governos do PT, o Sudeste e, mais especificamente, São Paulo não chegaram a experimentar o fenômeno nordestino, o que fez o Estado sentir que permaneceu estagnado.

Chega-se ao segundo turno com o país dividido. Pesquisa Datafolha recente mostrou que Aécio deve ficar com ¾ dos votos de Marina e Dilma, com ¼. Desse modo, se Dilma teve quase 44% dos votos válidos, se herdar 5% dos mais de 20% que teve Marina, chegará a cerca de 49% no segundo, enquanto que Aécio chegaria a 51%.

Essa “conta de português”, em um primeiro momento, pode sofrer influências da onda Aécio que tomou São Paulo na reta final do primeiro turno. Em 2010, na primeira semana após o primeiro turno José Serra chegou praticamente ao empate técnico com Dilma e, depois, foi decaindo.

Seja como for, para o resto da América do Sul o avanço conservador no Brasil é uma péssima notícia. Pelo peso do país na região, pelo tamanho de nossa economia e por nossa influência geopolítica, países que vêm sendo atacados pela campanha tucana, tais como Bolívia e Venezuela, podem prever que um governo do PSDB trataria de romper acordos de comércio que têm sido vitais para vários de nossos vizinhos.

Hoje, a grande maioria da América do Sul é governada pela esquerda. Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Peru, Venezuela e Uruguai têm governos que mantém relações muito próximas conosco e que, em um eventual governo do PSDB, serão literalmente lançados ao mar.

Governado pelo PSDB, o Brasil por certo se tornaria representante da aversão de Washington aos governos progressistas sul-americanos. Haveria retaliação econômica, a princípio, suave, mas progressivamente mais intensa contra os vizinhos governados pela esquerda.

No médio prazo, Washington conta com a literal destruição do Mercosul e o retorno sul-americano ao quintal norte-americano.

Voltando ao Brasil, a campanha de Dilma ainda padece do efeito segundo turno que ocorreu, também, em 2010. O comando da campanha petista previu que se desse a lógica e houvesse segundo turno, o desânimo sobreviria entre a militância, como há quatro anos. Por isso pedia para não se falar em vitória no primeiro

turno.

Todavia, assim como na eleição presidencial passada, muitas forças políticas progressistas se darão conta, nas próximas semanas, do que representaria não só para o Brasil, mas para toda a América Latina a volta de um governo de direita.

Marina, magoada com o PT, deve apoiar Aécio. Contudo, sua decisão não significa, necessariamente, que todos os seus eleitores adiram a um candidato e a um partido de direita. A maioria pode aderir, mas não a totalidade.

Apesar de tantos pontos negativos para o PT gerados pela arrancada de Aécio na reta final, o cenário político fica mais claro a partir de agora. Caberá ao PT explicar aos brasileiros o que representaria a volta do PSDB. Sobretudo aos eleitores do Norte e do Nordeste, regiões que avançaram muito mais do que o Sul e o Sudeste de 2003 para cá.

No segundo turno não haverá o bombardeio de todos os candidatos contra Dilma que permeou o primeiro turno, mas a mídia entrará em campo com seus dossiês e delações, que, em São Paulo, foram um sucesso. Porém, não se descarta a possibilidade de o resto do Brasil vir a entender que aderir a São Paulo pode vir a ser bom só para São Paulo.

2014 repete 2010. Dilma enfrenta tucano Votação de Aecioporto desmoraliza “pesquisas”.




Dilma Rousseff enfrentará Arrocho Neves no segundo turno das eleições para Presidente de 2014. Com 100% das urnas apuradas, Dilma alcançou 41,59% dos votos, enquanto Arrocho Neves surpreendeu as “pesquisas” e conseguiu 33,55%. Bláblárina desabou na reta final e fica com 21,32%.

O segundo turno reeditará o confronto entre PT x PSDB, recorrente nas últimas eleições.  Em 2010, o cenário foi parecido com o de 2014. Dilma terminou o primeiro turno com 46,91% dos votos. O Padim Pade Cerra, candidato tucano no último pleito, chegou ao segundo turno ao registrar 32,61% dos votos. Bláblárina conseguiu, na época, 19,33%.

No final, como se sabe, Dilma foi eleita no segundo turno, com 56,05% dos votos, contra 43,95% do Padim.

Clique aqui para ler “Lula: Dilma quer falar de corrupção com o Aécio”.

O resultado surpreende as “pesquisas” – em especial o Globope e o Datafalha – que previam disputa acirrada entre Arrocho e Bláblá.

Neste domingo (05), o Globope apresentou a última “pesquisa” e trouxe Dilma com 46% das intenções de votos. Arrocho alcançava 27% e ultrapassava a Bláblá, que ficou com 24%. Os números, nota-se, ficaram distantes da realidade.

O Datafalha divulgou “pesquisa” ontem (04). Dilma tinha 44%, Arrocho chegou a 26% e Bláblá tinha 24%.


Em tempo:
lembrança de Fernando Cabral, no Twitter:


Reeleição 1º turno

- (2006)
Lula: 48,61%
Alckmin: 41,64%
Heloísa: 6,85%

- (2014)
Dilma: 41,44%
Aécio: 33,73%
Marina: 21,28%



Leia também:

MG: Pimentel leva. Mineiro não vota em Aecioporto


Senado: SP escolhe o tucano legítimo



Bahia, Rio e RS desmoralizam pesquisas

sábado, 4 de outubro de 2014

A resposta de Dilma será nas urnas


A primeira vez em que me dei conta da razão pela qual há tão poucas mulheres na política foi ao longo do mandato da ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina (1989 – 1993), que sucedeu o mandato do ex-presidente Jânio da Silva Quadros (1986 – 1989).
Erundina governou prioritariamente para o social. A intensidade de programas e medidas voltadas para a população mais pobre desagradou as elites paulistanas, que trataram de acionar sua máquina midiática de “desconstrução” moral.
Erundina foi massacrada pela imprensa paulista ao longo de seu mandato. Porém, por ser mulher, nordestina e, o que é pior, petista, em lugar das acusações de “corrupção” ou de “incompetência”, a principal arma usada contra si foi o deboche.
E deboche, contra mulheres, primordialmente se baseia na questão sexual – ela foi acusada de ser “sapatão”, o que, à sociedade paulistana da época, ao lado de ser “vagabunda” significava a morte moral para qualquer mulher.
A campanha contra Erundina foi tão virulenta que os paulistas preferiram escolher para sucedê-la ninguém mais, ninguém menos do que Paulo Maluf, que pariria Celso Pitta.
Após Maluf e Pitta implantarem uma genuína cleptocracia em São Paulo, com uma máfia de fiscais da prefeitura que chocou o país, deixando a capital paulista literalmente falida, mais uma vez os paulistanos chamaram uma petista para recompor as contas públicas.
Eis que, em 2000, Marta Suplicy se elege prefeita de São Paulo e retoma a profunda preocupação de Erundina com o social. Mais uma vez, os recursos gastos com o social desagradam a imprensa e a elite paulistanas e começa outra campanha de demolição moral.
Como na campanha contra Erundina, mais uma vez a questão de gênero se torna o mote. Eu 2003, Marta cometeu outro crime social, aos olhos da hiperconservadora sociedade paulistana: ousou separar-se de Eduardo Suplicy para se unir a outro homem.
Desta vez, outra pecha mortal para as mulheres brasileiras ignorou a vastidão de obras e programas de distensão social de Marta, a de “vagabunda”.
A partir dali, estereótipos com os quais as mulheres são acossadas se sucederam. Histérica, fútil etc. Marta tornou-se uma caricatura de si mesma e nunca mais se recuperou. Assim como Erundina foi derrotada por alguém como Maluf, em 2004 Marta foi derrotada por José Serra, que pariu Gilberto Kassab, quem, em 2012, viu São Paulo recorrer a outro petista para consertar os estragos da direita.
Fernando Haddad teve azar. Sua impopularidade, de 2012 para cá, foi edificada em cima das tais “jornadas de junho”, que exigiram dele o impossível após seis meses como prefeito. Contudo, sua popularidade já começa a se recuperar e nunca, jamais, foi alvo dos deboches que, em São Paulo, são tão eficientes contra mulheres fortes.
Haddad jamais foi alvo de deboches simplesmente porque é homem. Ninguém consegue citar um só deboche sexista contra ele ou contra qualquer espécime macho da política tupiniquim. Sem destruição moral em uma cidade moralista, deve se recuperar até o fim de seu mandato.
Quando Lula indicou Dilma Rousseff para sucedê-lo, preocupei-me. Ser mulher e petista continua não sendo uma boa combinação na política brasileira.
Claro que qualquer outro presidente petista teria sido alvo da campanha contra o PT que começou em 2012, quando o STF deu à direita os argumentos de que precisava para fazer a velhíssima campanha moralista contra a esquerda. Uma campanha que, inclusive, permitiu o golpe militar de 1964. Mas ser mulher ajudou a desconstruir Dilma.
A imprensa sabe usar muito bem o preconceito contra as mulheres. Principalmente quando são petistas. Em 2009, por exemplo, no UOL, um dos colunistas do portal publicou matéria em que achincalhava Dilma e Marta com epítetos “suaves” como “vadias” e “vagabundas”.


Em 2010, em pleno ano eleitoral, o mesmo UOL e o mesmo Josias publicam charge retratando a então candidata a presidente Dilma Rousseff como prostituta.


Essa é a imprensa que diz que Dilma “jogou sujo” contra Marina…
Ainda em 2010, a direita, valendo-se do fato de Dilma não ter um homem em sua vida – apesar de ser mãe e avó –, usou contra ela a mesma estratégia usada contra Erundina quase vinte anos antes: acusou-a de ser homossexual e inventou até uma “amante” para si.


A partir da desconstrução da imagem de Dilma no ano passado, o machismo contra ela tornou-se virulento. As redes sociais passaram a ser inundadas por montagens em que a presidente da República aparecia nua.
O uso do corpo nu de mulher idosa para o rosto da presidente fez sucesso entre uma legião de mulheres, inclusive, que compartilhavam essas imagens infames acompanhadas daquela indefectível onomatopeia para risadas histéricas, o odioso “kkkkkk…”
Uma das armas do machismo é o corpo nu de uma mulher. Se não estiver em forma, serve para ridicularizar; se estiver em forma, serve para acusações de promiscuidade.
Mas foi em 2014 que o machismo, a misoginia e a falta de escrúpulos contra a condição feminina de Dilma chegou ao máximo. Na abertura da Copa de 2014, na Arena Corinthians, em São Paulo, no “camarote VIP” do Banco Itaú, torcedores gritam “Hei, Dilma, vai tomar no cu”.
A imprensa se esbaldou com essa prova de falta de civilidade, apesar de dissimular. Bastaria não ter repercutido. Mas para “provar” como a presidente seria “impopular”, a Globo, e depois o resto da mídia, destacaram o fato, ainda que depois, vendo a má repercussão da atitude daquelas pessoas, tenham criticado.
Ora, bastava abafar o caso, em respeito às mulheres e à própria condição de chefe de Estado de Dilma. Mas noticiá-lo conferia verossimilhança à tese de que ela estava “acabada”, politicamente.
Dilma manteve, durante todo esse tempo – desde junho do ano passado, quando era massacrada nas manifestações –, uma postura altiva e corajosa. Jamais respondeu aos insultos, jamais perdeu a calma, jamais passou recibo.
Há cerca de um mês, a direita midiática já esfregava as mãos e salivava ante o sangue fresco de Dilma, que imaginava que seria vertido durante a eleição. Pela internet, o machismo, as piadas sexistas, as montagens infames usando a sexualidade de uma senhora sexagenária, mãe e avó, foram uma farra.
Eis que chegamos à véspera da eleição presidencial. Em algumas horas, após tantas humilhações, após tantas calúnias, após tanto machismo, finalmente Dilma responderá aos seus algozes, que terão que rezar para que ela não se reeleja em 1º turno.
Se existir justiça divina, Dilma encerrará essa eleição no próximo domingo. Mas, seja lá como for, seu alto favoritismo nesta reta final e sua condição de supremacia no segundo turno constituem a melhor resposta que essa grande mulher poderia dar.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Meninas fazem “pegadinha” da água com Alckmin

aguimin
Quem disse que paulistano não tem bom-humor?
Do Estadão, agora há pouco:

Alckmin cai em pegadinha e vira alvo de protesto de estudantes

São Paulo –  O governador Geraldo Alckmin posou nesta sexta-feira, 3, para fotos com um grupo de estudantes que carregavam cartazes de protesto contra a crise de abastecimento de água que atinge a região metropolitana de São Paulo. Todos eles declararam apoio ao candidato da oposição Alexandre Padilha (PT)

 A iniciativa da reivindicação veio de sete estudantes de um cursinho da região do Largo Treze de Maio, onde Alckmin realizava uma caminhada. Eles pediram para tirar fotos com o tucano durante uma caminhada que ele fazia na região, zona sul da capital. Como de costume, o governador, que nunca recusa fotografias com os eleitores, atendeu o pedido, sem saber que seria vítima de um protesto.

Quando todos estavam a postos e sorrindo, uma das estudantes sacou do bolso um pequeno cartaz com os dizeres: “Cadê a água?”. Várias imagens foram registradas pelo celular de uma das garotas do grupo de manifestantes. 

Integrantes da campanha de Alckmin repreenderam o grupo quando se deram conta do ato. “Para que isso?”, perguntou, em tom de revolta, o ajudante de ordens do governador aos estudantes.

 Alckmin ficou constrangido ao se dar conta que tinha caído numa peça pregada pelos jovens. O tucano sorriu e se retirou.

 O grupo era formado por Aline Cerqueira, de 18 anos, Barbara Cavazzani, de 17, Gabriela Bechara, de 18, Lais Poza, de 17, Mateus Andrade, de 18, Elen Dornelis, de 20, e Maria Gabriela, de 20, que não quis se identificar pelo sobrenome.

 Eleita a porta voz do grupo, Lais disse que a ideia veio de improviso, quando o grupo saía da aula para almoçar e se deparou com a aglomeração de pessoas que acompanhavam Alckmin na caminhada. Ela afirmou que o que indigna os jovens era o fato de o governador não assumir que o racionamento de água já existe nos municípios operados pela Companhia de Saneamento Básíco do 

Estado de São Paulo (Sabesp). Para ela, Alckmin não tem “vergonha na cara”.

 ”O problema é a falta de vergonha na cara de não reconhecer que já existe racionamento em muitos lugares. E não só pela seca. É que não houve planejamento também”, afirmou ela.

Coordenador da Dilma pega marineiro ex-comunista Ex-comunista quer fazer o que o regime militar não fez



De Miguel Rossetto, coordenador da campanha “Dilma Presidente”:

“Esta declaração é uma vergonha. Desrespeita a democracia e o povo brasileiro.


Nem a ditadura baniu a esquerda, o PT e o povo da vida democratica. Walter Feldman deveria pedir desculpas imediatamente. Responderemos a essas declaraçoes com uma grande vitória democrática no domingo”.


É que  o coordenador da campanha de Bláblárina, Walter Feldman disse nesta sexta-feira (3) que a democracia do Brasil corre risco, caso Dilma seja reeleita.

Ex-tucano (leia “em tempo”), Feldman disse que a presidente poderá fazer um “segundo mandato bolivariano”.

Corremos risco democrático”, disse Feldman, em teleconferência promovida pela consultoria GO Associados, de Gesner Oliveira, ex-presidente da Sabesp no governo do PSDB em São Paulo (leia “em tempo2”).

O ex-tucano  afirmou ainda que a Presidenta tenta limitar a liberdade de imprensa (quá, quá, quá !) e um eventual segundo mandato poderá ter “características bolivarianas”.

Em tempo: Feldman se elegeu pelo PCdoB e, no meio do mandato, traiu os eleitores e o partido e aderiu ao PSDB. Ali, fez gloriosa carreia à sombra do Padim Pade Cerra.  Marginalizado no PSDB, abrigou-se com Blabla. Ou seja, sua carreira replica a da sua (atual) lider.

Em tempo2: Gesner de Oliveira transformou a Sabesp em centro de midia da campanha – derrotada fragorosamente em 2010 – do Padim Pade Cerra (ABC nele ) à Presidência. Ele tentou vender esgoto no Acre e seria ele quem construiria aquele cano  que ia de Sergipe ao Ceará.

Em tempo3: suspeita-se que Feldman tenha sido o autor do “convite” de Blablárina para Cerra ser ministro dela. Portanto, isso aí não passou de um convescote tucano…

Em tempo4: pior que um ex-comunista … não é, Roberto Freire ?

Paulo Henrique Amorim

Dilma engole Aécio. Bláblá perde a cabeça Bláblá já tinha agredido Luciana Genro. Olha o Rogerio Cerqueira Leite …

Lula, chamada geral: 'Tem que trabalhar muito. Não pode dar moleza. Se a gente pensar que já ganhou, os adversários podem atropelar a gente'

Debate Globo: Dilma dá uma aula a Marina sobre a diferença entre um BC independente e um BC autônomo: 'a política econômica é eleita com o Presidente da República; o presidente do BC não pode ter independência para afrontá-la'.

 Debate Globo: Dilma rebate Aécio sobre crise do país lembrando-lhe os 'feitos' do seu eventual futuro ministro Fazenda: um juro sideral de 45% em 1999 e dois estouros rombudos do limite superior da meta de inflação

Debate da Globo: Luciana Genro tira Aécio do sério com o caso do aeroporto e ainda o repreende pelo dedo erguido; mineiro acusa o golpe e se descontrola.

Debate da Globo: Dilma acua Marina lembrando-a que quando ministra um alto assessor do Meio Ambiente foi demitido por desvio de recursos. 'Nem por isso eu diria que você acobertava corrupção'

 Morales tem 59% das intenções de voto e deve ser reeleito na Bolívia dia 12 de outubro no 1º turno.
 


De Turquim, no twitter

Pouco depois da meia noite, Bláblá mostrou as garras, no debate da Globo.

Ela veio com o blablarismo da corrupção.

E que a Dilma nao tinha cumprido o que prometeu.

Dilma lembrou que o Brasil pratica hoje as taxas de juros mais baixas da História.

E que o Governo dela nao tinha Engavetador; Governo que deu autonomia ao Ministério Público e à Policia Federal.

“Nós investigamos”, disse Dilma.

E aí, Dilma lembrou que o diretor do Ibama, na gestão da Bláblá, ela, Dilma, demitiu por “desvio de recursos”.

E nem por isso acusou a Bláblá de corrupção.

E lembrou que a corrupção no metrô de São Paulo foi investigada pela Suiça.

O tempo se esgotou.

Aí, Bláblá perdeu a cabeça e tentou manter a discussão, com tom de voz mais alto, com o microfone desligado.

Em seguida, Dilma se esmerou em desmontar o Arrocho.

Lembrou que o Governo dele (e FHC e Cerra) quebrou o Brasil tres vezes, se ajoelhou diante do FMI, e o Ministro da Fazenda dele – o Arminio NauFraga – praticou a taxa de juros (45%) mais alta da História.

E sobre o Bolsa familia, se o Bolsa do FHC era de 5 milhões de pessoas, o meu, disse Dilma, é de 56 milhões !

Arrocho, nervoso, acusou Dilma de repetir o que o marqueteiro, João Santana diz…

Arrocho também tinha perdido o prumo quando Luciano Genro o apertou.
“Tu falando da Dilma pareces sujo falando do mal lavado. Quem não tem conexão com a realidade é você. É você quem anda de jatinho”, falou Luciana ao candidato do PSDB.
Genro também perguntou sobre mensalão tucano, Privataria Tucana e Aecioporto com chave do Titio.

Aécio perdeu a cabeça e tentou apontar o dedo para ela.

Não aponte o dedo para mim, disse ela.

E Aécio obedeceu.
Arrocho acusou Bláblá de cúmplice do mensalão do PT

Bláblá acusou Arrocho de cúmplice do maior dos mensalões, a compra da reeleição.

Arrocho não leu o livro do Palmério Dória e ousou dizer que não há prova de compra de reeleição.

Bláblá disse que saiu do PT para não compactuar.

Mentira.

Ela saiu do PT porque Lula cansou de bagrologia e preferiu a Dilma.
Bláblá vai passar gastos com a segurança de 600 (sic) para R$ 6 bilhões.
Bláblá agride a Luciana Genro, que lembrou como ela cedeu a quatro twitters do Malafaia.
“Quem muda de posição toda hora é a senhora e não eu”, disse Aecioporto a Bláblá.
Antes, a Presidenta Dilma sugeriu à candidata Marina Silva (PSB) que lesse o seu programa governo quanto à independência do Banco Central. “Acho que você deliberadamente está confundido autonomia com independência”, disse. “Acho importante a senhora ler o que escreveu em seu programa, repito”, continuou a petista ao afirmar que a adversária diz algo diferente do que está no seu plano de governo.

“Tem gente que combate a corrupção pra fortalecer a Petrobras e tem gente que faz para enfraquecê-la”, rebateu Dilma a Aécio Neves,em outro momento.

Abaixo, outras frases da Presidenta Dilma:


“Eu sugeri medidas concretas contra a corrupção”
“No caso da Petrobras eu demiti esse diretor que está envolvido nesse escândalo”
“Não acho que são alianças que define o corrupto. O corrupto está em todos os lugares”
“A abertura para as investigações estão no meu governo. Todos os crimes devem ser investigados e punidos”
“Não acho que tem alguém acima da corrupção. As instituições é que têm que ser fortes e estar acima da corrupção”
“Eu acredito que nós temos um programa muito importante que é o Pronatec”
“Eu sei que o senhor sabe que houve uma lei que proibia que o governo federal investisse em escola técnica”
“Eu concordo com o senhor que é muito importante valorizar o professor”
“Tanto é assim que enviamos para o Congresso que 70% do pré-sal fosse direcionado para a educação”
“Sem valorizar o professor não tem como melhorar a educação no Brasil”
“Eu primeiro gostaria de dizer que no tema corrupção eu gostaria de fazer um esclarecimento”
“Eu queria ler o depoimento do Paulo Roberto na CPI”, disse Dilma ao confirmar a demissão do ex-diretor da Petrobras.
“Eu sou a favor de reforçar toda a proteção à juventude pra previnir toda a gravidez precoce”
“Tem gente que combate a corrupção pra fortalecer a Petrobras e tem gente que faz para enfraquecê-la”
“Tem candidato que fala de corrupção na Petrobras para privatizá-la”
“Vocês praticamente entregaram para nós a Caixa e o Banco do Brasil num estado precário. Hoje são bancos sólidos”
“Foi no governo do senhor que um alto funcionário do governo disse: ‘estão tratando a privatização no limite da responsabilidade’
“Acho que você deliberadamente está confundido autonomia com independência”

“Esse diretor nós investigamos, nós prendemos. No passado, ninguém prendia ninguém. Os crimes do metrô de São Paulo foram descobertos pela Suíça”

“Se esses malfeitos estão sendo descobertos, é porque nós investigamos”

Acredito que cumpri todos os meus compromissos.”

“Porque o povo iria acreditar que nós que criamos o programa não sabemos fazê-los e vocês saberão?”


“Gostaria de dizer que 79% da matriz elétrica do Brasil é ambientalmente sustentável”

“Eu sinto muito, mas não sou imperial. Eu sigo a Constituição”

Do Blog do Mello, no twitter