Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 5 de junho de 2014

NÃO É A COPA, IMBECIL, SÃO AS ELEIÇÕES!





A imagem do Brasil foi projetada internacionalmente nas ultimas décadas de três maneiras distintas: o Brasil da ditadura militar, o Brasil do neoliberalismo e o Brasil do Lula. O da ditadura tinha a cara do “milagre econômico” e a da repressão. Cada campo político exaltava um lado. No neoliberalismo, da mesma forma, o Brasil foi retratado de modelo que parecia se consagrar a fracasso.

O Brasil do Lula foi a imagem mais difundida do país em muito tempo. Depois de estar apagado na mídia internacional por um bom tempo, de repente, para surpresa geral, no meio da era neoliberal, o pais mais desigual do mundo passou a ser a referencia na luta contra a fome e o modelo de sucesso no combate à desigualdade. É uma imagem que incomoda muito. Antes de tudo, às hostes neoliberais, cujos princípios são negados abertamente pelo Brasil, que faz residir nessa negação exatamente o seu sucesso. E incomoda aos setores da ultra-esquerda, que já tinham cantado a “traição” do Lula e do PT, no começo do governo e tiveram que engolir a seco o sucesso popular interno e internacional do Brasil.

Desde o ano passado, foi se desatando uma gigantesca campanha internacional contra o Brasil, que busca desconstruir esse Brasil que incomoda a esses setores. Tratou-se de dizer que, com as manifestações de junho do ano passado, ruía todo o castelo construído no Brasil. Não poucos – da direita à ultra-esquerda, aqui e lá fora – se valeram da palavra “farsa”, como se tudo o que acontece no Brasil desde 2003 fosse uma montagem, que finalmente se desmontava. Houve até quem prognosticasse que o país entrava numa “fase de rebeliões”, fazendo dos seus desejos realidade. Coisas presas na garganta vieram pra fora sem nenhuma auto-censura, acreditando que a realidade era redutível às suas palavras.

A persa de apoio do governo incentivou a oposição a acreditar que “o ciclo do PT havia terminado”, levando forças da própria base de apoio do governo a acreditarem que sua hora havia chegado. Puseram seus melhores ternos e foram para a janela a ver passar o féretro do governo.



Contam esses com a formidável maquinaria neoliberal global, que tem no The Economist, no Financial Times, no The Wall Street Journal, no El Pais, suas vozes cantantes. Junto com a anunciada – e nunca cumprida – desaceleração da economia chinesa, agregaram uma suposta recessão dos Brics a uma também imaginária recuperação dos países do centro do capitalismo. Tudo contra todas as evidencias, que os desmentem em números, todos os meses.

Faz parte dessa contra-ofensiva da direita a campanha orquestrada contra o Brasil. Para não citar a cascata de calúnias e mentiras – que incluíam desde o assassinato de crianças em Fortaleza e uma greve geral de todas as polícias estaduais –, basta recordar que o Ministério de Relações Exteriores da Alemanha classificou o Brasil como “pais de alto risco”, categoria usada para países com conflagração armada, com insegurança total, como Nigéria, Sudão, Ucrânia.

Nada fez com que diminuísse a procura de pacotes para a vinda ao Brasil, nem na Alemanha, nem na França como atestou o Veríssimo de Paris, depois de alinhar algumas das barbaridades que falam do Brasil por lá.

É uma ofensiva intencionada, pelo que o Brasil do Lula os incomoda. Aqui dentro, com a Copa coincidindo com as eleições, a mídia – mais do que nunca assumida direção partidária da oposição – se joga inteiramente nas denuncias sobre a Copa e no eco desmesurado de qualquer mobilização que, de alguma forma, possa aparecer ligada à Copa, na expectativa de que possam desgastar a candidatura da Dilma.

Se valem de manifestações de distintos setores, algumas deles em que alguns, de forma oportunista, buscam os holofotes da mídia nacional e internacional, para gerar uma imagem de descontrole social. Contam com a mídia internacional afoita de notícias sensacionais e com a operação política global da direita contra o Brasil.

Não fosse ano eleitoral e a circunstancia de que a direita deve ter sua quarta derrota consecutiva, a mídia não estaria tão assanhada assim. Não estaria – até as eleições, claro – dando cobertura e sobredimensionando qualquer manifestação existente ou por haver. Afinal, no marco geral de diminuição sistemática das tiragens e da audiência, a Copa seria um bom tema para diminuir esse ritmo de queda.

Mas, não é a Copa, imbecil! É a eleição presidencial. É a perspectiva provável de reeleição da Dilma, ainda mais com a possibilidade de um retorno do Lula em 2018. Isto é o que produz o desespero da direita nacional e dos seus aliados internacionais. Não olhem para o dedo que aponta a lua, olhem para a lua. A questão política central este ano não é a Copa, são as eleições.

(…)

Blogueiros e ativistas digitais reagirão ao ataque tucano à liberdade de expressão




A ofensiva do PSDB e de seu pré-candidato Aécio Neves contra blogueiros e ativistas digitais diz muito sobre o que poderia ser a vitória do neoconservadorismo na eleição presidencial de 2014. Mais do que a reversão das políticas econômicas e sociais hoje em curso no Brasil – responsáveis pelo soerguimento de milhões da pobreza e da miséria –, o projeto tucano envolve censura a vozes dissonantes, destruição da organização sindical e social e pressão econômica contra países latino-americanos nos quais vigem projetos políticos de esquerda.
Essa é a avaliação que ativistas digitais e blogueiros, em reunião recente, extraíram dos últimos movimentos do PSDB, sobretudo na internet, arena na qual o seu pré-candidato a presidente começou a atuar, promovendo verdadeira caça aos críticos valendo-se de medidas judiciais e utilização da influência tucana na mídia, no Judiciário e no Ministério Público.
A internet, que deve se tornar a grande arena da disputa política de 2014, foi priorizada pela campanha tucana à Presidência. A entrevista de Lula a blogueiros em abril e a palestra do ex-presidente no 4º Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais sinalizaram para o comando da campanha tucana os primeiros alvos a serem “anulados”, mas que não são os únicos nem os últimos.
A ausência de reação mais contundente do PT contra o verdadeiro exército contratado pelo PSDB para atuar na internet e contra os grupos de mídia que dominam todas as outras plataformas de comunicação (grandes jornais e revistas, televisões e rádios) deu aos tucanos a vantagem de sair na frente na guerra comunicacional de 2014. Não no sentido estrito da comunicação digital, onde o PSDB é fraco, mas no ataque a comunicadores digitais.
O PSDB contratou, a peso de ouro, três dezenas de advogados de grandes e caríssimos escritórios que tentarão calar críticos e militantes petistas, em um dos mais contundentes ataques à liberdade de expressão desde a ditadura militar. Já o PT, fustigado pelas acusações da grande mídia de que é contrário à liberdade de expressão, apesar dos abusos que sofre na internet – sobretudo contra Lula e Dilma – evita reagir com tais instrumentos.
A grande ironia desse processo é que o PT, acusado de tentar cercear a “liberdade de imprensa”, nunca promoveu nenhum ataque às vozes dissonantes e críticas em qualquer plataforma de mídia, seja na corporativa ou na digital, via criminalização de hordas de internautas que espalham calúnias e insultos diariamente contra o governo federal, contra Dilma, contra Lula, contra o PT e contra qualquer um que os apoie.
O entendimento de que a estratégia de comunicação do PT e da campanha de Dilma ainda pode demorar a acordar para o tipo de jogo que o PSDB prepara foi o que levou ativistas digitais e blogueiros a se reunirem para compor um cronograma independente de reação à ofensiva tucana. É preciso denunciar ao Brasil e ao mundo a ofensiva do monstro censor tucano-aecista e à Justiça o colaboracionismo de autoridades aliadas ao PSDB.
São impressionantes as informações que entidades de blogueiros e ativistas digitais estão recolhendo sobre o aparato jurídico e midiático que está sendo edificado pelo PSDB para calar adversários na internet de forma que, fora da campanha dos partidos, a grande mídia possa atuar sem oposição em favor de Aécio. Todavia, a boa notícia é a de que a estratégia já foi detectada e, ainda que com atraso, a reação virá na mesma medida e intensidade que a ação.

Todo mundo tem direito de exigir. Mas a esquerda não pode fazer o que os “coxinhas” não conseguiram

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Não há nada de errado em sem-teto, metroviários e até policiais militares se manifestarem em defesa de seus direitos.
Nada de errado, mas muito de estranho nessa improvável confluência de todos em torno do Itaquerão.
Tão estranho que é obvio.
Não adianta o líder dos sem-teto, Guilherme Boulos, dizer que “o receio que nós temos é que as manifestações sejam utilizadas por esses setores mais conservadores que não nos representam e representam um projeto atrasado na nossa opinião”.
Claro que é legítimo aproveitar a visibilidade da Copa para obter concessões, em políticas públicas e em salários.
Mas não é, para sem-teto, policiais ou metroviários, impedir à força que a população e os torcedores se desloquem livremente.
É um contra-senso que o mesmo cidadão ameace que “se até sexta (amanhã) não tiver uma resposta para nossas reivindicações, não sei se a torcida vai conseguir chegar a esse jogo, não”, referindo-se ao amistoso da seleção no Morumbi e ao jogo de abertura da Copa.
Os líderes do movimento dos Sem-Teto, com todas as razões que tenham, certamente sabem que  são vítimas da completa ausência de políticas habitacionais durante o longo inverno neoliberal que, antes do Minha Casa, Minha Vida, demoliu todos os – mesmo distorcidos – programas de habitação popular.
Os dos policiais e metroviários, com certeza, estão cientes que os cofres públicos paulistas e os da empresa em que trabalham foram severamente saqueados pelas forças políticas que os controlam e que, agora, esfregam as mãos esperando que seus movimentos atinjam eleitoralmente o Governo Federal.
Quanto ao pessoal da Companhia de Engenharia de Tráfego, municipal, basta que se diga que sua última greve foi há dez anos, na gestão de Martha Suplicy.
Quando um movimento social ou sindical leva a população ao paroxismo, duas coisas acontecem.
A primeira, mais imediata, é que ele perde apoio político.
Basta ver o que acontece agora e acontecerá durante o dia.
A segunda é que, por isso, aumenta o apoio político aos que sempre foram seus algozes.
O governo federal precisa ter absoluta tranquilidade diante disso.
Porque, tanto quanto os líderes destes movimentos “municipais” e “estaduais”, sabem que tudo será jogado às suas costas.
Inclusive, e  sobretudo, uma reação violenta a quem, por suas reivindicações, não percebe  que, nas palavras de um de seus próprios líderes  que admitem que  há o “risco de uso eleitoral que nós estamos vendo nesses protestos é pelos setores conservadores do País, de grandes partidos como PSDB e PSB que têm tentado surfar na onda das mobilizações”.
Seu dever é pressionar Estado e municípios para que negociem e sejam flexíveis, em lugar de repressores.
Mas também há deveres para as lideranças, a menos que desejem o mesmo que “coxinhas” e “blackblocs” e não, como cidadãos e trabalhadores, defenderem os interesses daqueles que lhes depositam confiança.
Líder que pensa e não faz, seguindo o caminho fácil que a mídia conservadora lhe abre precisa abrir o olho.
Manifestação, muito bem, ótimo. Legítima e necessária.
Tanto para pressionar a prefeitura, quanto para pressionar Alckmin e mesmo para pressionar Dilma.
Mas não perceber que a direita e a mídia estão loucas por situações que levem a conflito nas ruas é pior do que ser cego.
É isolar seus movimentos diante da população exausta e levar água ao moinho dos que sempre lhes baixaram o pau.
Tomara que entendam e reconheçam que são seus inimigos que, a esta hora, torcem para o “não vai ter copa”.
E que não levem trabalhadores e gente sofrida, explorada e injustiçada a fazerem o que os bem-nascidos coxinhas e blackblocs não conseguiram.
E a jogar contra seus próprios aliados históricos, ao lado de seus inimigos de sempre.
Coerência não é calar a boca por medo de “patrulhas” e esconder das pessoas as consequências politicas do que a gente diz e faz.

Datafalha e Globope viram patifaria O TSE vai chamar o Otavinho e o Montenegro pra saber quem “cloneia” ?


Imagem enviada pelo amigo navegante Walber no Facebook do C Af
De amigo navegante:


Bom dia,

Isso de venda de clone de pesquisa eleitoral a bancos e clientes endinheirados é uma burla à legislação eleitoral. Cabe ação junto ao TSE. Por isso tem oscilado tanto os humores do mercado. Hoje (5) não será diferente, já que temos um Datafolha em campo.


Saiu no PiG (*) cheiroso, o Valor, que a Dilma não lê, como não vê a Globo:

Pesquisa eleitoral ‘clone’ agita mercado


Na esteira da ansiedade que o resultado da eleição presidencial tem causado no mercado financeiro brasileiro, algo que não se via desde 2002, um produto disponível para poucos tem capturado a atenção de bancos e corretoras. Ao menos um instituto de pesquisa passou a vender a esses clientes, dispostos a desembolsar dezenas de milhares de reais, algo que vem sendo chamado de pesquisa “clone” ou pesquisa “gêmea”.

Em poucas palavras, são sondagens que prometem replicar e, mais importante, antecipar, o resultado das pesquisas eleitorais realizadas pelos grandes nomes do segmento, como Ibope e Datafolha.

(…)

O Valor apurou que já houve pesquisa clone vendida a um único banco e também já houve casos em que um pool de instituições financeiras se juntou para pagar a conta, bastante salgada, e usufruir dos resultados.

(…)

O procedimento é caro e as pesquisas clone copiam as originais até mesmo no quesito preço, diz uma fonte. Isso quer dizer que um banco ou um grupo de instituições pode desembolsar algo entre R$ 130 mil e R$ 200 mil pelo produto clonado.

Leia mais em: http://www.valor.com.br/financas/3574898/pesquisa-eleitoral-clone-agita-mercado#ixzz33lMCclsY




O Conversa Afiada bem que desconfiava de uns “furos” de um tal “Infomoney”.
De novo, o “Infomoney” divulgou “bruscas oscilações” com ações de estatais.
É nisso o que dá levar a sério “pesquisa” de opinião publica de DOIS e NÃO MAIS QUE DOIS institutos de opinião controlados pelo PiG !
O Tribunal Superior Eleitoral – o mesmo que não deixou veicular o vídeo do PT que ensandeceu a Direita e ensandeceu porque é verdadeiro – esse mesmo “tribunal” ainda não chamou o Otavinho e o Montenegro para conversar .
Será que eles não desconfiam de quem constrói “clone”?
Será que eles desconfiam de quem possa ganhar rios de dinheiro com “inside information” ?
Se for esperar pela CVM para apurar , amigo navegante, esqueça: ela vai concluir que “clone” é questão da Biologia e não tem nada a ver com ela.
(Quem entende mesmo de CVM é o Daniel Dantas … Clique aqui para ver que ele tomou duas (novas) surras do Klouri e do PHA.)
Como diria o Ricardo Mello, isso aqui virou uma esculhambação !



Em tempo: por falar em “justiça eleitoral” – e aquela que decidiu que o Padilha não pode sair de casa ? Tem que fazer campanha na varanda.


Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Dilma rebate Fifa: o que não entregamos?

:

"Eles fizeram as mesmas coisas com a África do Sul, o mesmo discurso. O que prometemos que não entregamos? Entregamos toda a segurança, estádios, aeroportos, até mesmo a rede de fibra óptica para fazer com que todos os celulares funcionem. Teremos wi-fi nos estádios que disponibilizaram e toda rede 3G e 4G funcionará", disse a presidente sobre as criticas de Joseph Blatter e de Jérôme Valcke, presidente e secretário geral da FIFA, respectivamente; segundo ela, o país está preparado "dentro e fora de campo" e o clima de desânimo vai mudar ao longo do torneio: "Acho que isso é o complexo de vira-lata. A Copa aqui no Brasil será um sucesso"
5 de Junho de 2014 às 05:30
247 – Prestes a receber mais de 12 chefes de Estado e de abrir as portas da Copa no Brasil a torcedores do mundo todo, a presidente Dilma Rousseff voltou a rebater críticas de dirigentes da Fifa. Segundo ela, o país está preparado "dentro e fora de campo", e afirma que discurso da entidade não tem nenhuma novidade já que fez o mesmo em relação à África do Sul.
“Eles fizeram as mesmas coisas com a África do Sul, o mesmo discurso. O que prometemos que não entregamos? Entregamos toda a segurança, estádios, aeroportos, até mesmo a rede de fibra óptica para fazer com que todos os celulares funcionem. Teremos wi-fi nos estádios que disponibilizaram e toda rede 3G e 4G funcionará”, disse em entrevista ao SBT.
A presidente ainda descartou pontos negativos que foram levantados na preparação do Mundial. “Disseram que os aeroportos não estariam prontos, que teria epidemia da dengue. Não há essa possibilidade, quando a temperatura cai. Também não teremos racionamento de energia nem durante, nem depois da Copa”.
Dilma reitera que vai garantir a segurança dos que desejam ir ao estádio e diz que considera "barbárie e inadmissível" ferimentos de morte em protestos.
Segundo ela, o clima de desânimo “vai mudar” ao longo do torneio e que o pensamento negativo das pessoas ainda está relacionado com o complexo de inferioridade. “Acho que isso é o complexo de vira-lata. A Copa aqui no Brasil será um sucesso. Nós estamos preparados dentro e fora de campo também”.
Quanto ao técnico Felipão, não poupa elogios: "sensacional, caráter forte, confiável e dá segurança aos jogadores".

quarta-feira, 4 de junho de 2014

O tamanho de Aécio Neves

Ainda que estejam tentando criminalizar críticas de cidadãos ao PSDB e aos seus expoentes na política, esse é um direito democrático do qual abrir mão significa consentir com uma legítima ditadura, na qual um partido político – que, inclusive, governa o país – pode ser execrado, acusado de tudo e mais um pouco, muitas vezes sendo caluniado, e outro partido, de oposição ao primeiro, trata como “crime” qualquer crítica que receber.
A política comporta jogo sujo desde sempre. Na era da internet, há quem use e abuse do anonimato para difamar, ameaçar, enfim, fustigar de todas as formas os adversários políticos. Alguns casos são realmente criminosos.
Um exemplo de atuação do “submundo” da grande imprensa contra políticos é a ficha policial falsa da hoje presidente Dilma Rousseff, publicada em 2009 no alto da primeira página do maior jornal do país, a Folha de São Paulo. Segundo o próprio jornal, essa suposta ficha policial lhe chegou por e-mail e, sem checagem alguma de sua veracidade, foi publicada com o maior destaque possível contra a então ministra-chefe da Casa Civil do governo Lula.
Periciada, a ficha se mostrou falsa como uma nota de 3 reais. Dilma Rousseff, então possível candidata a presidente da República no ano seguinte, abriu mão de tomar medidas judiciais não só contra quem fez a falsificação, mas contra quem a divulgou com grande estardalhaço.
No mesmo ano, o mesmo jornal publica o que chamou de “análise” sobre o então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. O texto foi escrito por César Benjamin, ex-candidato a vice-presidente na chapa da senadora pelo PSOL Heloisa Helena, candidata a presidente na eleição de 2006. Naquele texto, o autor acusou o homem que governava o Brasil de ter tentado estuprar um colega de cela enquanto permaneceu preso no DOPs, em 1971.
Lula e Dilma, para resumir, sofreram, ao longo dos últimos 12 anos, inúmeros ataques do “submundo” da grande imprensa e do da internet. Na eleição de 2010, por exemplo, foi criado um site que “acusava” a então candidata Dilma de ser “homossexual” e, para “comprovar” a “acusação”, chegou a postar foto da “amante” dela.
Na internet, o que se vê contra Lula, Dilma e o PT é estarrecedor. Não é preciso nem pesquisar para saber que o que se diz aqui é verdade. Nunca, porém, houve uma ação do partido ou do ex-presidente ou da atual presidente para caçar essas pessoas que atuam dessa forma, inclusive contra aquelas pessoas que fazem isso de dentro de órgãos públicos.
Na última terça-feira, o Diretor da Sucursal da Revista ISTOÉ em Brasília, Paulo Moreira Leite, divulgou em seu blog, hospedado no portal da revista, a opinião de que “A caçada a blogueiros simpáticos às conquistas criadas no país depois da posse de Lula, em 2003, iniciada com a investigação sobre um suposto ‘bunker’ do PT na prefeitura de Guarulhos, deve ser visto como aquilo que é. Uma tentativa autoritária de silenciar vozes que divergem do monopólio político da mídia”.
Essa “caçada” aos críticos a que Moreira Leite se refere foi desencadeada pelo PSDB e seu pré-candidato a presidente da República, Aécio Neves, e conta com apoio de grandes meios de comunicação.
Nenhum desses blogueiros que o PSDB pôs a grande mídia para “caçar” fez nada parecido com o que fizeram com Lula ou Dilma ao longo dos últimos anos. Nunca se inventou nada, aqui ou em outros blogs críticos do PSDB, contra o partido ou seus candidatos. Sobretudo do ponto de vista pessoal. Tratam-se de críticas políticas e administrativas.
Claro que, como há pessoas que usam o anonimato na internet para difamar e caluniar Dilma, Lula e o PT, há correspondentes que fazem o mesmo contra o PSDB e seus expoentes. Contudo, esse expediente é usado valendo-se do anonimato, de pessoas que atacam sem se expor, sem assumir pessoalmente o que dizem.
Este blog recebe ataques desse tipo de gente aos montes. Abaixo, um dos exemplos de ataques que um contingente de anônimos já fez contra esta página e seu autor.
Esse ataque, por ter sido o pior que este Blog já recebeu, foi divulgado aqui no post O monstro da caixa de comentários.
Porém, o que se sabe é que esse tipo de ataque não tem maior força. Ninguém são dá importância a esse tipo de coisa, ou mesmo a acusações sem provas feitas por anônimos. Esse tipo de ação busca apenas desgastar o alvo emocionalmente. E, em geral, é perpetrado por gente extremamente ignorante, que obtém o resultado inverso ao pretendido.
Dilma ou Lula jamais se deram ao trabalho de caçar pessoas que usam o anonimato para cometer crimes virtuais. A estatura dessas duas pessoas públicas tem uma dimensão que lhes permite ignorar ataques parecidos, praticados inclusive por grandes jornais como a Folha de São Paulo, nos exemplos supracitados.
A caçada a blogueiros comentada por Paulo Moreira Leite, antes de tudo revela a estatura do homem que pretende disputar com Dilma – e, indiretamente, com Lula – a Presidência da República. Com suas dezenas de advogados, com seus meios de comunicação “parceiros” e com autoridades “amigas”, Aécio Neves mostra que não está à altura dos dois petistas com os quais disputará a sucessão presidencial.

Branco sobre branco

Brasil aos cacos? Trabalhadores com 11 anos ou mais de escolaridade já representam 52% da população ocupada do país; há dez anos eram 35%
 
Congresso aprova Plano Nacional de Educação que prevê 10% do PIB ao setor

População ocupada salta de 89,4 milhões no 1º trimestre de 2013 para 91,2 milhões agora; desemprego recuou de 8% para 7,1% no período (IBGE)

Pesquisa da americana Pew revela: a) 67% dos brasileiros estão insatisfeitos; b) mas 51% enxergam em Dilma alguém capaz de agir sobre esse quadro; b) 53% negam esse predicado a Aécio Neves; c) Fernando Henrique Cardoso é uma referência negativa para 67% da população; d) a imagem de Lula é positiva para 66%


O balanço da OIT divulgado nesta terça-feira sobre o saldo dos seis anos de arrocho neoliberal nos países da União Europeia é devastador.

por: Saul Leblon
 
Arquivo
A máscara sorridente de Aécio Neves, de um sorriso fixo excessivamente  fixo,  é tão humana e confiável quanto a fala aerada de quem sabe de antemão que não precisará oferecer nada além dos dentes às grandes audiências.

As bocas autorizadas a argui-lo não cobrarão muito mais que isso da sua. E esse é uma espécie de protocolo consuetudinário  que marca religiosamente  a relação da mídia com seus candidatos in pectore a cada eleição.

Graças a esse mutualismo, o tucano pode exibir  olimpicamente seu branqueamento  sobre o relevo igualmente  de brancas superposições  que compõe  o cenário do programa  Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo, no qual  foi o entrevistado desta 2ª feira.

A harmonia  monocromática só foi atritada quando o dono do sorriso fixo  acabou  convidado a comentar  sua propalada intimidade com a cocaína, tema que fez o mediador  e centurião das boas causas tucanas ,Augusto Nunes,  aspirar  fundo e elevar o tom de voz para mudar de assunto.

Até aí, porém, ficamos no branco sobre branco.

A  verdade é que interessa  menos  ao país  saber o que Aécio aspira ou deixa de aspirar pelas narinas, do  que  a substancia tóxica  que os interesses  nele personificados  aspiram  despejar sobre a sociedade na forma de uma restauração  agressiva da lógica neoliberal na economia.

Que não tenha havido no programa da TV Cultura um questionamento desse projeto com igual ou superior contundência  dispensada  ao tema da cocaína,  diz muito sobre a pertinência do que é  reservado hoje pelo filtro da comunicação ao discernimento da sociedade em relação aos grandes desafios brasileiros.

É sintomático que nenhum dos destacados  jornalistas  presentes  tenha se lembrado de ler  para Aécio o relato de um sugestivo episódio protagonizado por ele na casa do animador de eventos do ‘Cansei’, João Dória Jr, em 01-04 (conforme Mônica Bergamo; Folha).

A cena é ilustrativa da endogamia estrutural entre o dinheiro grosso e a candidatura do PSDB.

Conforme o relato da Folha, a cena é narrada  pelo próprio Aécio que se gaba diante dos comensais ao reproduzir um diálogo travado com um de seus fiadores junto ao mercado : ‘Eu conversava com o Armínio e ele me perguntou: ‘Mas é para fazer tudo o que precisa ser feito? No primeiro ano?’. E eu disse: ‘Se der, no primeiro dia’.

O fato é que a candidatura  Aécio Neves, de todas as oferecidas pelo PSDB  desde 2002, é a mais assumidamente letal do ponto de vista de um retorno puro e simples ao arrocho que ele reiteradamente abraça nos encontros de portas fechadas com a plutocracia brasileira.

Nos demais  colóquios, como no caso do Roda Viva, desfruta da cordura de entrevistadores que se contentam  com pouco.

A esse pelotão camarada  Aécio dá-se o direito de negar hoje o que afirmara ontem, e de se desdizer amanhã sobre o que cometeu no dia anterior.  Sem arguição. Branco sobre branco.

Em 05-05 , por exemplo, ele se gabou que estaria preparado para tomar ‘medidas impopulares’.

No Roda Viva, em 02-06,  recuou afirmando que , as “medidas impopulares foram tomadas (pelo atual governo)”.

Crítico do reajuste de 10% no benefício do Bolsa Família, anunciado pela Presidenta Dilma na véspera do 1º de Maio,  o tucano, dia 02-05, ‘não quis assumir o compromisso de aumentar os repasses (ao programa), caso seja eleito’ -- noticiou a Folha de SP então.

Vinte e seis dias depois, na última 3ª feira,  fez aprovar na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, uma medida que exclui limites de renda e tempo para a permanência de famílias pobres no programa, elevando intrinsicamente os repasses.

Haveria outras formas de se cobrar do sorriso fixo um grau maior de serenidade  e coerência na abordagem dos graves  problemas  nacionais.

Seria necessário que o noticioso isento das corporações em pé de guerra contra a regulação da mídia  –e  o colunismo  da indignação seletiva--  facultasse ao eleitor brasileiro, por exemplo,  uma conexão crítica  entre os planos  do candidato conservador  para o Brasil e a realidade devastadora criada por  esse mesmo projeto na Europa nos dias que correm.

O balanço da OIT  divulgado nesta 3ª feira sobre o saldo dos seis anos de arrocho nos países das UE mostra o quanto seria mais corajoso questioná-lo  sobre esses escombros, do que sobre o pó eventualmente aspirado por suas polêmicas narinas.

Leia, abaixo, trechos publicados pela mídia do Relatório "A Proteção Social no Mundo":

“Em 2012, 123 milhões de pessoas nos 27 Estados-Membros da União Europeia, ou 24% da população, estavam em risco de pobreza ou exclusão social e cerca de mais 800 mil crianças viviam na pobreza do que em 2008.

O aumento da pobreza e da desigualdade resultou não apenas da recessão global, mas também de decisões políticas específicas de redução das transferências sociais e de limitação do acesso a serviços públicos de qualidade, que se somam ao desemprego persistente, salários baixos e impostos mais altos.

Em alguns países europeus, os tribunais declararam os cortes inconstitucionais.

O custo do ajustamento foi transferido para as populações, já confrontadas com menos empregos e rendimentos mais baixos há mais de cinco anos.

Os ganhos do modelo social europeu, que reduziu significativamente a pobreza e promoveu a prosperidade no pós-2ª Guerra Mundial foram erodidos por reformas de ajustamento de curto prazo.

As medidas de contenção orçamentária não se limitaram à Europa. Em 2014, nada menos que 122 governos reduziram a despesa pública, 82 deles de países em desenvolvimento.

Entre essas medidas, tomadas depois da crise financeira e econômica de 2008, incluem-se: reformas dos regimes de aposentadoria, dos sistemas de saúde e de segurança social, supressão de subsídios, reduções de efetivos nos sistemas sociais e de saúde.

Mais de 70% da população mundial não tem uma cobertura adequada de proteção social, definida como um sistema de proteção social ao longo da vida que inclua o direito a prestações familiares e para menores, seguro contra desemprego, em caso de maternidade, doença ou invalidez, aposentadoria e seguro saúde.

39% da população mundial não têm acesso a um sistema de cuidados de saúde, porcentagem que sobe para 90% nos países pobres.

Faltam cerca de 10,3 milhões de profissionais de saúde no mundo para garantir um serviço de qualidade a todos os que necessitam.

49% das pessoas que atingiram a idade para se aposentar não recebem qualquer pensão. Dos 51% que recebem, todavia, muitos têm pensões muito baixas e vivem abaixo do limite de pobreza.

Só 12% dos desempregados de todo o mundo recebem seguro desemprego, porcentagem que varia entre 64%, na Europa, e menos de 3% no Oriente Médio e na África".

1º turno: avaliação da Dilma supera intenção de voto ! O eleitor do “quero mudar” avalia a Dilma muito bem – até na Economia !

Cai a confiança no Painel e no Panorama.

“Painel” é da Fel-lha (*) de SP (que exala mau hálito, da bílis) e “Panorama” é o “Panorama Político” do Globo, que nos bons tempos da Helena Chagas era mais bem informado.

Os dois deixaram o ansioso blogueiro em pânico, esta manhã.

Dizem que o João Santana apresentou à Dilma, naquelas reuniões de segunda-feira à noite, que, segundo o PiG (**), quando as bruxas se encontram no Palácio do Alvorada para planejar a derrota em 2014, o Santana teria apresentado “pesquisas mostrando que caiu a confiança do eleitor na capacidade do (sic) Governo de promover mudança”.

Uma tragédia !

Os fantasmas do passado voltarão com a graça das assistentes de palco do Faustão !

Aí, precavido, o ansioso blogueiro resolveu consultar o Oráculo de Delfos, que anda a rir muito, com a derrota que o Dudu vai sofrer em Pernambuco.

Como se sabe, o Oráculo habita em algum ponto do território Pernambuco – ele é louco por bolo de rolo – e de lá contempla o PiG (**):

- Calma, meu filho, o quadro não é sombrio. É claríssimo !

- Mas, como claro, Mestre ? As notícias sobre a crise se acumulam até nas vírgulas do PiG (**), na previsão do tempo, nas sábias análises do Faustão e do Ronaldo – já nem falo da Urubóloga, que ainda não desistiu do Apagão da Dilma !

-  Meu filho, tenha calma. A bola ainda não rolou.

- Como assim ? O Neymar deu um show …

- No treino …

- É verdade…

- A bola começa a rolar no horário eleitoral, quando a Dilma vai ter o dobro do tempo deles …

- Isso vai ajudar.

- Mas, desde já, veja o seguinte. Mesmo com esse tsunami de “crise” 24 horas por dia, esse suposto “desânimo”, o “mau humor” do empresário,  mesmo assim, o Arrocho e o Dudu não entram na brecha !

- Não crescem.

- Não se mexem. São dois ilustres desconhecidos, menos na mídia.

- Mas, e com o horário eleitoral ? Eles não crescem ?

- Não terão tempo suficiente para construir o que não construíram até agora.

- Mas, sábio Oráculo, o povo não quer mudança ? O Ataulfo (***)  diz que o candidato Senhor “Quero Mudar !” vai ganhar a eleição …

- Sim, tem gente que quer mudar. Mas, aí, “mudança” é muito mal explicado.

- E como explicar ?

- Aí, você coloca filtros no “quero mudar”. O filtro do desempenho da Dilma no “Social”, no “Econômico” etc.

- Filtros ?

- Sim, meu filho, para entender, aprofundar o desejo de mudar.

- E, aí, como fica a Dilma depois dos filtros ?

- Muito bem ! Muito bem avaliada nas “políticas sociais” e -  acredite ! – muito bem avaliada na “política econômica” apesar do tiroteio implacável que vem desses que você chama de “economistas de bancos”  …

- Na economia também, com “pibinho”, hiperinflação, apagão e todas essas desgraças urubológicas …

- Não vai ter Copa …

- E, se tiver, a bola vai ser quadrada … Com tudo isso, os que querem mudar reconhecem nela uma boa gestora da Economia.

- Então, se a situação é sombria, sombria mesmo é para a Folha e o Globo …

- Você é quem diz. Eu não posso me comprometer …

- E aí, ela leva no primeiro turno ?

- Claro ! Não serei eu, aqui nos grotões de Pernambuco, de olho no bolo de rolo, que vou desmentir TODAS as pesquisas: ela ganha no primeiro turno.

- Puxa, até eu começo a acreditar no Felipão.

- No Felipão só, não ! Na vitória da Dilma, criatura !

- É verdade …

- Quer saber mais ?

- Claro !

- A avaliação positiva da Dilma é superior à intenção de voto !

Pano rápido !


Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(***) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos,  estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia.E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance “O Brasil”.

População tem medo de festejar a Copa



O programa Contraponto de junho (segunda-feira, 2 de junho) entrevistou o secretário-executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes, o segundo na hierarquia da pasta. O tema da entrevista foi a Copa do Mundo de 2014 e as controvérsias e até a comoção social que tem suscitado. Essa entrevista permite uma conclusão surpreendente, porém óbvia.
Antes de prosseguir, vale explicar, para quem não sabe, que esse programa é uma iniciativa do Centro de Estudos da Mídia Barão de Itararé e do sindicato dos Bancários de São Paulo e vai ao ar mensalmente. Este blogueiro integra sua produção e participou, como entrevistador, de todas as suas edições, com exceção da edição de abril, que versou sobre o Dia da Mulher. O Contraponto já entrevistou personalidades como o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, o jurista Dalmo de Abreu Dallari e o pré-candidato ao governo de São Paulo Alexandre Padilha. É transmitido mensalmente pela Rede Brasil atual, via streaming.
Abaixo, o banner do último programa



A entrevista começou pelo custo do evento, se foi usado dinheiro público destinado a saúde e educação e quanto desse tipo de recurso foi gasto. Abordou, também, a suposta ociosidade que dizem que se abaterá sobre os estádios após a competição. Também foi discutida a questão das remoções de moradores e, por fim, a visível apatia dos brasileiros com a Copa.
Deixemos a questão principal – a que intitula o texto – para o fim. Tratemos, primeiro, do “Gasto de dinheiro público que deveria ter sido usado em Saúde e Educação”. Quanto do orçamento da Copa é composto de dinheiro público?
Em primeiro lugar, há que distinguir o que são gastos com a Copa e gastos em obras que serão usadas no cotidiano dos brasileiros e que teriam sido construídas com ou sem a realização do evento, tais como aeroportos, portos, estradas, pontes, viadutos, metrô etc.
Comecemos pelos aeroportos. Quem se lembra do “caos aéreo”? Até a eleição de 2010, o assunto não saía da mídia, que bradava pela insuficiência de nossos aeroportos…
Este que escreve tem conversado com pessoas de diferentes posições políticas que já usaram os novos terminais e aeroportos que vêm sendo inaugurados e as críticas são quase nulas, enquanto elogios abundam. Mesmo a mídia quase não tem batido nos aeroportos
Ora, o país precisava, sim, de aeroportos e a Copa praticamente os dará ao país de graça, porque o faturamento do evento, estimado por estudos encomendados pelo governo a consultoria feita em parceria entre a Fundação Getúlio Vargas e a Ernest & Young, chega 142 bilhões de reais
Essa dinheirama pagará pelos estádios. E não só. Pagará por todas as obras de mobilidade urbana que estão sendo inauguradas.
Abaixo, um vídeo que todos os que negam a quantidade de obras entregues precisam assistir. Em 5 minutos, você descobrirá o que a mídia esconde sobre onde foram empregados os recursos e sobre quantas obras de porte o Brasil edificou nos últimos sete anos.



Como se vê, essa situação caótica que a mídia pinta é menos, bem menos…
Mas quanto custou tudo isso? Entre obras de mobilidade urbana e estádios, aproximadamente 35 bilhões de reais. Porém, desse total 26 bilhões foram gastos com obras de mobilidade urbana, 8 bilhões com estádios e cerca de 600 milhões com equipamentos complementares, como portais detectores de metal etc., que só serão usados na Copa.
É justo dizer que os cerca de 35 bilhões de reais foram todos investidos exclusivamente por causa da Copa? Não é justo, não é correto, não é verdade. Dos 35 bilhões, só 8 bilhões foram gastos exclusivamente com a Copa, para construir estádios. O resto se refere a obras que as regiões em que foram executadas necessitavam.
Foi atendida a reclamação contra o “caos aéreo”, por exemplo.
Mas foram gastos 8 bilhões de reais de dinheiro público em Estádios? Não, não foram. Primeiro porque, dos 12 estádios construídos para a Copa, 9 são públicos e 3 são privados. E, dos 8 Bilhões, cerca de 4 foram financiados pelo BNDES, que cobrará os empréstimos com juros e correção, devolvendo aos seus cofres, com lucro, o que foi investido pelo banco estatal de fomento.
Dizer que o dinheiro do BNDES tem que ser usado em Saúde e Educação, é mentira. Nunca houve financiamento desse banco de fomento a essas rubricas da administração pública. O BNDES financia desde a Globo até o açougue da esquina. Financia indústrias, financia shoppings…
Mas restam os outros 4 bilhões do custo dos estádios. Esses saíram dos Estados e de grupos privados. Pode-se dizer que é dinheiro público, sim. E que os empréstimos do BNDES dos outros 4 bilhões aos Estados terão que ser pagos com dinheiro público e – em parte menor – privado.
Só que quem faz essa conta parte do princípio de que o Brasil não lucrará nada com a Copa. Todavia, indústrias produziram equipamentos, máquinas, material de construção e operários e demais trabalhadores foram contratados. Tudo isso gerou impostos, gerou empregos, movimentou a economia.
Além disso, há o faturamento direto da Copa com turismo, com ocupação de hotéis, com lotação de restaurantes, com impostos, com venda de ingressos. E impostos e mais impostos. Há, ainda, uma infinidade de outras receitas que advirão de evento dessa magnitude.
Enfim, os cofres públicos dos Estados recuperarão com lucro cerca de R$ 6 bilhões de dinheiro público investido em estádios, frente a um orçamento federal com Saúde e Educação que, segundo o representante do Ministério do Esporte, alcança mais de R$ 800 bilhões.
E os estádios, ficarão ociosos após a Copa? O caso mais emblemático é o do estado Mané Garrincha, em Brasília. Bem, dados do representante do ministério do esporte derrubam essa tese. Esse estádio, antes da reforma, tinha ocupação anual de 300 mil pessoas e, após a reforma, o número saltou para 800 mil pessoas. E não houve Copa no Brasil nos últimos 12 meses.
Por fim, chegamos à questão das remoções de famílias das regiões próximas aos estádios que receberam obras de mobilidade urbana. Há uma forte grita contra essas “remoções”. Teriam ocorrido despejos “desumanos” de famílias para dar lugar às obras da Copa.
Em primeiro lugar, o representante do Ministério do Esporte explicou que as famílias “removidas” para construção de estádios foram muito poucas e quase todas eram de classe média. Mas onde foram feitas obras de mobilidade urbana, pessoas humildes foram “removidas”. Contudo, Fernandes garante que não houve “desumanidade” e que essas famílias não foram jogadas no meio da rua.
Aliás, ele relatou que houve até famílias que não precisavam ser “removidas” para construção das obras de mobilidade e que pediram para ser incluídas na “remoção” porque as áreas para onde os “removidos” foram levados são melhores.
Seja como for, fiquei de entrar em contato com Fernandes para mais informações. Assim, quem tiver algum questionamento sobre “remoções desumanas” que por favor informe que vou verificar com o secretário-executivo do Ministério do Esporte.
Por fim, chegamos ao fulcro do post. Todos têm lido nos jornais, ouvido ou assistido na mídia eletrônica que esta é primeira Copa do Mundo que o Brasil não pinta suas ruas de verde e amarelo, que os carros não trafegam com as bandeirinhas do Brasil ou adesivos. E é verdade.
Aos 55 anos, nunca vi este país tão desanimado com a Copa. As ruas, os carros, não estão enfeitados como sempre foi. Por que?
Pesquisa Ibope recém-divulgada mostra que 51% da população está a favor da realização da maior competição de futebol do mundo e que 42% estão contra. Ora, se a maioria dos brasileiros é a favor da Copa, por que toda essa gente não festeja?
A resposta é muito simples: medo. Este que escreve descobriu isso ao longo de semanas, quando passou a pesquisar por que pessoas que em Copas anteriores punham bandeirinhas do Brasil ou fitinhas verde-amarelas nos seus carros ou que enfeitavam suas casas e ruas com as cores do Brasil, quando a competição é realizada em nosso país mudam de comportamento.
Você também pode fazer essa pesquisa. É tão óbvio o que está acontecendo que até o representante do Ministério do Esporte concordou comigo: a maioria que quer a Copa não está festejando porque teme represálias da minoria que não quer. Ou de parte ínfima dessa minoria que não hesitaria em depredar um carro ou uma casa enfeitados com as cores do Brasil.
É duro, mas é verdade. Imaginem aquele sujeito que vai para a rua quebrar tudo por raiva da Copa passando por um veículo com uma bandeirinha do Brasil. Se estiver sozinho, pode riscar ou danificar de alguma forma aquele veículo dissimuladamente. Se estiver em turba, pode até atacar o mesmíssimo veículo com seu (s) ocupantes (s) dentro.
O mesmo vale para uma casa enfeitada para a Copa que esteja no caminho de uma manifestação contra a Copa, por exemplo. Então escolha você, leitor, que nome se dá a grupos que impõem suas ideias pela força a quem não concorda. Eu, por exemplo, chamo-os de grupos de fascistas.



Abril só falta vender a Veja Desses herdeiros não salva um …

 
Saiu na pág B7 do Valor (o PiG (*) cheiroso, que a Dilma não lê, como não vê a Globo), título que não espelha a “verdade factual”, diria o Mino Carta:

“Tarpon compra fatia na Abril Educação”

“Gestora vai investir entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões em parte das ações da família Civita”"

Na verdade, diz o próprio cheiroso, “… “isoladamente, a gestora (Tarpon) de recursos deve se tornar a maior acionista da Abril Educação. Com a transação, haverá uma nova divisão de poder  na empresa.”

Ou seja, os filhos do Robert(o) Civita serão Rainhas da Inglaterra.



filhos do Robert(o) já venderam o espaço em que exibiam a MTV.
Vendem, agora, a Educação, que, diziam, era o pulmão do grupo.
E só não vendem a Editora e a Veja porque ninguém compra…
Em tempo: esses herdeiros vão enterrar a obra dos pais. Os filhos do Roberto Marinho – que não têm nome próprio -, o Otavinho Frias, os Sirostky e os Civita.
Os “impérios” duraram uma geração…
Por isso os meninos eles estão aflitos: só o Arrocho os salva !
Em tempo2: liga o afável profeta, o Tirésias, depois de saber que os filhos do Robert(o) resolveram torrar tudo:

- Quem comprar a Veja tem que levar o Caneta junto ?




Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

terça-feira, 3 de junho de 2014

CPI VAI INVESTIGAR DOCUMENTOS DA GESTÃO FHC

Complexo de vira-latas: zagueiro dos EUA defende o Brasil de sua mídia

 Autor: Fernando Brito

lalas
É surrealista o que acontece com a Copa no Brasil, na visão da mídia.
Tanto que hoje o ex-zagueiro – e bom zagueiro – da seleção dos EUA Alexi Lalas, um dos destaques da  Copa de 1994, ridiculariza a imprensa nacional com sua cobertura sobre a Copa.
Lalas agora é comentarista de futebol e chegou hoje ao Rio.
Está no UOL.
“Em sua conta no Twitter, Lalas falou bem do aeroporto e ainda brincou com a imagem de violência que ficou ligada ao Brasil nos últimos anos. “Dia 1 no Rio. Eu não fui roubado e meus órgãos não foram arrancados”, disse o ex-jogador. Para Lalas, o serviço de desembarque no aeroporto do Rio de Janeiro foi muito bom. “O aeroporto do Rio foi mais rápido e fácil do que qualquer um nos Estados Unidos. Nós pousamos, passamos pela alfândega e pegamos nossas bagagens em 32 minutos”.
Mesmo assim, a idiotice midiática acrescente um “ainda” ao “não foram roubados”.
Lalas dá uma espanada em O Globo, ao replicar ao jornal: “Desculpe. I was just pointing out how perception isn’t always reality. And a World Cup can help change that.”
“Eu estou apenas expondo como a percepção nem sempre é a realidade. E a Copa do Mundo pode ajudar a mudar isto”
Ah, Lalas, vai falando.
A coxinhagem que frequenta o site do UOL já está chamando você de petista e pedindo que espere o segundo dia…
Nem em inglês eles entendem…

É muita viralatice !
Carcuro respondeu que (...) considera tudo uma campanha do terror que passa a impressão que, por exemplo, o Rio estaria tomado por tropas. Viu um Rio normal e lindo e disse que 40.000 chilenos estão chegando.
E o mais importante: que essa campanha pró terror dói muito nele como Sul Americano e Chileno, um povo irmão e muito amigo do Brasil. Genial. Melhor ainda ver a cara de decepção do Back em não encontrar o eco que esperava.


Agora pouco, no FOX SPORTS, Benjamim Back tentou cooptar o jornalista chileno Pedro Carcuro da FOX SPORTS CHILE na ideia que infelizmente, de acordo com ele, tinha lido em jornais da Inglaterra e Alemanha que era perigoso vir ao Brasil para a Copa por causa da violência e manifestações, coisa que ele concordava. Carcuro respondeu que tinha lido sobre isso e considera tudo uma campanha do terror que passa a impressão que, por exemplo, o Rio estaria tomado por tropas. Viu um Rio normal e lindo e disse que 40.000 chilenos estão chegando.
E o mais importante: que essa campanha pró terror dói muito nele como Sul Americano e Chileno, um povo irmão e muito amigo do Brasil. Genial. Melhor ainda ver a cara de decepção do Back em não encontrar o eco que esperava.
/Dica Roberto Petralha Urbano - https://www.facebook.com/roberto.urbano.5?fref=ufi

EMPREGO CONTINUA ROBUSTO ! DESOCUPAÇÃO CAIU ! Você não compara o verão com o inverno do ano passado …

A propósito deste resultado:

PNAD MOSTRA QUEDA NA TAXA DE DESEMPREGO DO PAÍS



A taxa de desemprego no País caiu 11% na comparação entre o primeiro trimestre de 2013 e o mesmo período em 2014. No acumulado dos últimos 12 meses também houve queda, passando de 7,1% para 6,9% no primeiro trimestre de 2014. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Continuada), divulgada há pouco pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

(…)


Conversa Afiada ouviu, por telefone, a Ministra do Planejamento, Miriam Belchior, que disse (a transcrição não é literal):

Em todos o índices que medem desocupação e emprego – PME e PNAD contínua do IBGE, e DIEESE – o resultado é o mesmo: a criação de emprego continua robusta.

A PNAD continua, hoje divulgada, é a amostra mais abrangente.

Ela indica que não mudou o ritmo: há anos o Brasil cria empregos, com formalização, carteira assinada e aumento de renda.

Por que é importante comparar trimestre com o mesmo trimestre do ano anterior e, não, com o trimestre imediatamente anterior, no caso, de outubro a dezembro de 2013 ?

Porque não se compara o verão deste ano com o inverno do ano passado, ela explicou.

Há sazonalidade, ao longo de todo o ano.

A colheita agrícola, a mobilização industrial para as vendas de fim de ano, a contratação para as compras de Natal.

Cada época é uma época.

Verão se compra com verão.

Ainda mais: o primeiro trimestre de cada ano e’, tradicionalmente, o trimestre de menos emprego.

Por isso, é preciso compara-lo com o trimestre do ano anterior, e , não, com o trimestre imediatamente anterior.

A média de desocupação em todo o ano passado foi de 7,1%.

A deste primeiro trimestre, o mais fraco em todos os anos, foi de 7,1%.

O que isso significa, pergunta Belchior ?

Que a desocupação deste ano será menor que a do ano passado.

Em 40 meses de Governo, a Dilma criou 4,6 milhões de empregos, o que dá  4 mil e 100 empregos por dia  e uma média de 1,5 milhão de emprego por ano.

Em oito anos de Governo, FHC criou 800 mil empregos formais, o que representa 70% do que foi gerado apenas em 2013: 1,1 milhão.

Está com saudades dos fantasmas do passado ?

A maior queda da desocupação foi na região Nordeste: de 10,9% no primeiro trimestre de 2013, contra 9,3% neste primeiro trimestre de 2014.

Entre os jovens de 18 a 24 anos, a queda também foi a maior, nas faixas etárias: de 16,4% para 15,7%.

E sobre a renda ?

Segundo a PME, ela cresceu 3,2%, em termos reais, em relação ao primeiro trimestre do ano anterior.

Clique aqui para ler “Em todos os índices o emprego sobe !”.


Paulo Henrique Amorim