Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Dilma tritura a Urubóloga Sem banco público não tem Minha Casa, Plano Safra e metrô !




A Presidenta Dilma Rousseff foi ao Mau Dia Brasil e passou com um trator cima dos números e da doutrina neolibelês da Urubóloga.

Foram 30 minutos de massacre.

Dilma começou por mostrar que foi a Polícia Federal do Governo dela quem descobriu os malfeitos do Paulo Roberto Costa, que estava há 30 anos na Petrobras.

Que no Governo dela não tem engavetador.

O Paulo Roberto era diretor da Gaspetro no tempo do FHC (quando o engavetador engavetava … – PHA).

Ana Paula Poeta (revisor, por favor, não toque !) atirou com uma Uzi: ah !, mas a senhora faz uma campanha do “medo”.

“Medo” ? Está tudo no programa dela, disse a Dilma  – (dela a gente sabe quem é … – PHA).

Banco Central independente significa instalar um quarto poder na Praça dos … Quatro Poderes, disse a Dilma.

(É o sonho neolibelês – substituir o Executivo e o Legislativo por um Banco Central camarada, sob a batuta do Itaúúú– PHA).

Está no programa dela reduzir o papel dos bancos públicos.

Ah, é ?, perguntou a Dilma.

Sem os bancos públicos não tem Minha Casa Minha Vida, porque, na faixa mais baixa, o subsidio é entre 90% e 95%.

O banco privado vai topar ?

Sem o banco público não tem o Plano Safra de R$ 156 bilhões para a agricultura, em que R$ 134 bilhões são a juros negativos !

Não tem obra de infra-estrutura a 30 anos de prazo …

“Ela” também é contra a indústria nacional, porque é contra o “conteúdo local”.

A certa altura, a PhD pela Universal Municipal de Caratinga, sub-sede da Chicago University, disse que os argumentos da Presidenta “não faziam sentido.”

Travou-se, então, uma discussão sobre a estrutura dos bancos centrais e a situação da economia mundial.

A PhD por Caratinga demonstrava que o mundo está uma maravilha e o Brasil é um desastre retumbante.

O Chile !, ela cita !

Mas, o Chile, Urubóloga ?

O Chile é do tamanho do Rio Grande do Sul – PHA.

O tempo todo a Presidenta tentava concluir o raciocinio: “deixa eu continuar, se não, é impossível”, “o debate é  comigo, não”?

Mas, como demonstrou o Lula, os pigais (ver o ABC do C Af) merválicos (idem no ABC) agora fazem perguntas para que eles mesmos respondam, porque o importante são eles e, não, o coitado do entrevistado (especialmente se for a Dilma.)

Dilma explicou que está numa estratégia defensiva, à espera da recuperação dos Estados Unidos e da China, quando, então, a economia brasileira pode entrar numa outra fase, de menos estímulos para voltar a crescer.

O Brasil tem uma das menores dívidas do mundo.

(Como se sabe, o queridinho da PhD de Caratinga quebrou o Brasil três vezes, tirou os sapatos e, descalço, de pires na mão, foi ao FMI.)

A Dilma enfatizou que, enquanto há 100 milhões de desempregados no mundo, o Brasil tem uma taxa de desemprego – 5% – que equivale a pleno emprego.

O Brasil preservou, em plena crise, o emprego, a renda e o investimento !

E a Urubóloga que, como o Renato Machado, adora o “Reino Unido”, tentava enaltecer os “métodos” neo-libelês que lá fracassaram.

A erudição da Urubóloga sobre a “situação do mundo” não ultrapassa as páginas de O Globo …

A Petrobras já se recuperou, bradou a Dilma.

E isso terá um papel decisivo na recuperação do Brasil, disse.

A Petrobras bate records de produção, com 2,3 milhões de barris/dia.

O pré-sal – que maravilha !, viu Bláblá ? – já produz 530 mil barris/dia.

A Petrobras vai resolver o problema que ela mesma tinha criado no passado: o do déficit externo.

E o pré-sal e o petróleo vão investir maciçamente na Educação: 75% dos royalties e 75% dos resultados do pré-sal vão para a Educação.

Ai a PhD de Caratinga tentou demonstrar que os estudantes – 8 milhões das 436 escolas do Pronatec – estão, na verdade, desempregados.

Como se sabe, nos sombrios tempos do Farol de Alexandria e seu Ministro da (des)Educação, Paulo Renato de Souza, era proibido abrir escola técnica …

E o Pronatec foi, precisamente, uma forma de reforçar o ensino médio, já que o pobre não pode cumprir um currículo de 12 matérias com a premente necessidade de ajudar a família com salário.

(Rediscutir os currículos é um desafio, disse a Presidenta.)

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De novo, as estrelas globais tentaram assumir o papel de protagonistas. (Clique aqui para ver o que ela fez com Ataulfo e o Noblat.)

A Urubóloga é um exemplo caricato.

Em alguns anos de carreira, ela não produziu um furo.

Não introduziu uma ideia nova no debate da Economia.

Não contribuiu com um grama de originalidade na forma de levar a Economia ao grande publico.

O que ela tem é inserção na mídia.

A exibição que os filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – lhe concedem.
Urubóloga e o Jabor são duas heranças que o Evandro Carlos de Andrade deixou aos filhos do Roberto Marinho.

Um prodíjio !, diria o amigo navegante.

A Urubóloga tem o talento do monopólio da Globo – do Mau Dia Brasil, ao Globo – quem sabe da vida dele é o Garotinho – , CBN, a rádio que troca a noticia, e os portais da Globo na internet.

Sem isso, ela é o que é: o melhor que o pensamento neolibelês conseguiu produzir no Brasil.


Em tempo: o William Traaack (ver o ABC) cortou os pulsos. A Dilma só não foi ao programa dele …
 
Paulo Henrique Amorim

A denúncia do MP contra Paulo Roberto Costa

Datafolha: 75% dos brasileiros consideram o governo Dilma entre regular (38%) e ótimo e bom (37%)

Datafolha: cresce a aprovação ao prefeito de São Paulo Fernando Haddad; 66% dos paulistanos consideram a gestão do petista entre regular (44%) e ótima e boa (22%)

FAO: Brasil reduziu a miséria em 75% e praticamente erradicou a fome nos últimos 11 anos

PNAD 2013: renda das famílias cresceu 4% acima da inflação; a dos 10% mais pobres, 2,2%; nos EUA, no mesmo período, a renda média familiar cresceu só 0,3%. Mas a mídia festeja a ' vigorosa recuperação americana' e vê 'retrocesso' no PNAD

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A Polícia Federal faz um trabalho extraordinário de investigação, prende Paulo Roberto Costa, destrincha as complexas operações de envio de recursos para o exterior, mas a Globo e a Veja só pensam “naquilo”

Só pensam nas eleições. Com isso, distorcem notícias graves.


Promovem vazamentos que invalidarão provas e impedirão a prisão de acusados.

Enfim, a mídia brasileira, na sua histeria partidária, faz uma espécie de investigação ao contrário. Ela acaba mais confundindo do que esclarecendo, mais prejudicando as autoridades do que ajudando.

Os corruptos, ao invés de serem tratados como tais, passam a ser tratados como herois, desde que façam o jogo da mídia e denunciem apenas aqueles que a mídia quer ver denunciados.

Se Costa delatasse os esquemas de que participou quando era diretor da Petrobrás no governo FHC, ouviríamos um grande brado em uníssimo, na mídia: é mentira! Esse homem é um bandido, repetiriam, indignados.

A revelação do esquema de Paulo Roberto Costa, junto à consultoria MO, pode ser a ponta de lança no combate à evasão de divisas, um dos maiores problemas do nosso país.

Segundo a ONG Tax Service, a evasão de divisas no Brasil chega a mais de R$ 600 bilhões por ano, ou 14% do nosso PIB.

Agora sabemos que a própria Globo ajuda a engordar esse número, visto que usou, em apenas uma operação, para comprar os direitos de transmissão da Copa de 2002, do mesmo modus operandi que agora denuncia nas empresas do doleiro.

Entretanto, o pior que pode acontecer é a continuação do vazamento seletivo, reforçado por reportagens que abordam apenas um lado.

Se alguém lesou a Petrobrás, que seja punido, como aliás já está sendo. E que se busque a repatriação do dinheiro desviado.

Mas que não se confunda as coisas. O fato de ter havido corrupção nas obras do Rodoanel e nos metrôs e trens paulistas, por exemplo, não invalida a sua importância. Aliás, as mesmas construtoras e empresas que prestaram serviço à Petrobrás, também prestaram ao governo de São Paulo na construção do Rodoanel e na reforma do sistema de trem e metrô de SP.

Apenas a OAS, uma das empresas envolvidas com a consultoria MO, ligada ao doleiro, recebeu mais de R$ 5 bilhões dos contribuintes paulistas, para participar de obras do Rodoanel e reformar trilhos. O

Cafezinho tem uma tabela com os contratos, vários deles considerados irregulares por órgãos de controle.
Ou seja, a lavagem de dinheiro que aí ocorreu não foi apenas de desvios da Petrobrás.

Alberto Youssef era o principal doleiro do Brasil e prestava serviços para várias empresas e governos.

Embora correndo o risco de parecer cínico, é preciso considerar que, a partir do momento em que a Petrobrás amplia seus investimentos de alguns bilhões para centenas de bilhões de reais ao ano, era inevitável que houvesse aumento da corrupção, ou da tentativa de corrupção.

Abandonada durante a era FHC, a Petrobrás na era Lula/Dilma passou a descobrir grandes quantidades de petróleo, a construir e comprar refinarias, a construir oleodutos, a diversificar suas matrizes de energia (investiu-se em eólica, biodiesel, etc), a comprar aqui mesmo no Brasil os seus navios e peças para plataforma.

Iniciou-se uma grande recuperação do quadro funcional da Petrobrás.

Pode-se dizer que a estatal renasceu sob Lula/Dilma.

Mas a Petrobrás não pode ser culpada pelo mau comportamento das empresas que prestam serviço para ela.

Nem pelo mal feito de alguns diretores.

A Petrobrás sairá fortalecida das investigações, conduzidas republicanamente pela Polícia Federal.

Por parte do governo federal, agiu-se corretamente: soltou-se os cães farejadores da PF para cima das empresas e indivíduos que tentavam lesar a estatal.

Se fosse uma empresa privada, os desvios da Petrobrás ocorreriam da mesma forma, mas maneira muito mais secreta e indevassável.

Por aí você entende a importância de manter as riquezas estratégicas sob estrita vigilância do poder público.
Abaixo, segue, com exclusividade, a íntegra da denúncia do Ministério Público do Paraná contra Paulo

Roberto Costa e comparsas.

É uma denúncia de acusação, que precisa ser confrontada pelas respectivas defesas.

Ao menos, porém, você poderá analisar o dado bruto, completo, sem a intermediação maliciosa da Globo.

 

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Vitimização de Marina é a mais pura vigarice

 Blog cidadania 
Agora é oficial: a mídia, sob razões “práticas” mais do que justificáveis, abandonou Aécio Neves e aderiu a Marina Silva.  E não era para menos. Afinal, a menos de um mês da eleição em primeiro turno, o tucano continua sendo o candidato mais fraco com quem o PSDB já disputou a Presidência.
A esta altura, o petit-comité tucano (grupelho de caciques que decide TUDO no partido) já se arrepende amargamente da imprudência de ter lançado um candidato como o ex-governador de Minas Gerais. Aécio é um político cheio de “broncas” em seu domicílio eleitoral, famoso por levar uma vida “desregrada” e tendente a um tipo de desfaçatez que enoja o eleitorado.
Isso sem falar de outra tendência aecista, a de perseguir os críticos valendo-se das relações promíscuas que o PSDB mantém com amplos setores do Judiciário e o Ministério Público. Com efeito, se o tucano gastasse menos tempo com perseguições ridículas como a de processar seis dezenas de tuiteiros e se dedicasse mais a propor alguma coisa ao eleitorado, seu fracasso seria menor.
Enfim, Aécio já é carta fora do baralho. Todavia, é sempre bom aludir à causa de sua candidatura ter naufragado. Ele é um exemplo vivo de como um político não deve se portar. Ou, dito de outra forma, quem tem telhado de vidro não atira pedra no telhado vizinho.
Com o coração apertado, portanto, a grande mídia já desembarca da candidatura dele e, relutante, já embarca na de Marina Silva mesmo sabendo que ela não tem uma única ideia a apresentar o país. Sua candidatura se resume a se prontificar a atender a cada capricho do mercado financeiro. Ponto.
Começa, então, uma campanha midiática para impedir que a pessebista seja cobrada por propostas estapafúrdias como a de relegar a exploração do pré-sal a segundo plano ou por sua impressionante guinada à direita ao se aliar a viúvas da ditadura militar e a exploradores da fé cristã.
Até o fim de semana, a mídia ainda apostava na “delação premiada” para fazer os votos que Marina tirou de Aécio voltarem para ele – as denúncias do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto da Costa também atingem o PSB, via envolvimento do falecido ex-governador Eduardo Campos.
As pesquisas mostraram que só Marina foi atingida. Dilma passou pelo ataque da Veja e dos grupos de mídia que teimam em dar credibilidade às denúncias vazias da revista.
Ainda no domingo, a colunista Eliane Cantanhêde não estava preocupada com Marina. Ela e Aécio escreveram, na mesma edição do jornal, que o produto da “delação premiada” seria o “mensalão 2”.  E, de quebra, atacaram Marina.
Confira, abaixo, o último parágrafo da coluna de Cantanhêde.
Até aí, nada demais. Há 12 anos que essa colunista – casada com um dos marqueteiros do PSDB – ataca o PT, Lula e depois Dilma durante seis dias por semana. Só poderia mesmo papagaiar o que o tucano da vez diz.
Contudo, vendo que Aécio está pousando em vez de decolar – usar metáforas aéreas para tratar dele, é irresistível –, a colunista e o jornal tucanos caíram em si: é Marina ou Marina, do contrário dará Dilma.
Tem início, pois, operação-resgate da mídia em prol de Marina. Essa campanha começou na última quarta-feira a partir de tentativa da Folha de descaracterizar como banqueira aquela que formulou o programa de governo marinista: a “educadora” Maria Alice Setubal, a “Neca”, sócia do banco Itaú.
Não foi difícil para o jornal publicar o afago em Neca. Por alguma razão “desconhecida”, banqueiros têm um poder enorme de despertar a solidariedade de grandes grupos de mídia…
Confira agora, abaixo, a capa da edição do jornal no último domingo.

Ao tratarem a banqueira como “educadora”, tanto Marina quanto a Folha querem dizer que ela é professora. Uma professora que sofre de compulsão incontrolável por dar dinheiro a políticos.
E depois dizem que professor ganha mal…
A matéria da Folha diz que Neca é “educadora” e que nunca teve cargo no Itaú. Porém, outra matéria, agora doEstadão desta sexta-feira (12), apresenta melhor os fatos. O título fala por si: “Neca dá R$ 2 milhões a Marina e é a terceira maior doadora entre pessoas físicas”.
Neca e seu banco são contumazes doadores eleitorais. Na dúvida, todos os bancos pingam um dinheirinho na conta de campanha de cada candidato. Mas nunca deram dinheiro para um projeto pessoal como fizeram com Marina, a quem doaram um milhãozinho, “apenas”, como sugere a matéria do Estadão, que, apesar de menos desonesta, faz seus malabarismos.
Na terça-feira (9), Marina continuava atacando o PT como vinha fazendo desde o início da sua campanha, após a morte de Eduardo Campos.
Apesar disso, a partir da quarta-feira a Folha começou a publicar uma enxurrada de matérias contendo acusações à campanha de Dilma de estar “jogando sujo”, “batendo abaixo da cintura” etc., só porque Dilma reagiu a ataques que vem recebendo da adversária há muito tempo.
Aliás, a disparada de Marina nas pesquisas, no mês passado, deveu-se justamente ao fato de que Dilma apanhava calada da adversária. Isso, porém, não impediu a tal da Cantanhêde de, na quinta (11) e na sexta (12), pintar a presidente da República como verdadeira troglodita, no que teve apoio da já mencionada avalanche de matérias no mesmo sentido no seu jornal e em outros grandes veículos.
11/9
12/9
Esses dois textos resumem a “marinada” que a Folha já deu por completo e que outros grandes veículos de comunicação começam a dar, ante a reação consistente de Dilma nas pesquisas.
Quando Marina acusa de corrupção um partido em que passou metade da sua vida, é “crítica política”; quando Dilma reage, é “ataque abaixo da cintura”.
Isso não existe. Ataque abaixo da cintura é o que a Folha fez com Dilma em 2010, quando seu preferido era José Serra. Publicou, em sua primeira página, uma ficha policial falsa da presidente. Ou quando a mesma Folha publicou acusação sem provas a Lula de ter tentado estuprar um colega de cela durante a ditadura.
A campanha de Dilma não está fazendo jogo sujo nenhum com Marina. Ao compará-la a Jânio Quadros e Fernando Collor, alude à falta de apoio político que acabou por apeá-los do poder. Nada mais. Não se comparou Marina pessoa física a Jânio e Collor pessoas físicas. Dizer que a campanha de Dilma fez isso é a mais pura vigarice.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Sob risco de investigação, Marina altera patrimônio

:

Candidata do PSB enviou retificação à Justiça Eleitoral acrescentando R$ 45,6 mil ao seu patrimônio, no mesmo dia em que foi publicada na imprensa a intenção da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) de pedir ao Ministério Público investigação sobre ocultação de bens de Marina Silva; valor acrescentado representa um terço do patrimônio total que ela havia declarado em julho, que agora passou de R$ 135 mil para R$ 181 mil; correção e ameaça de investigação aconteceram quatro dias depois de revelação do faturamento da empresa de palestras da presidenciável, de R$ 1,6 milhão em três anos 

247 – Quatro dias depois da revelação, por uma reportagem da Folha de S. Paulo, de que a empresa de palestras de Marina Silva havia registrado faturamento de R$ 1,6 milhão entre março de 2011 e maio de 2014, a candidata do PSB enviou uma retificação à Justiça Eleitoral para corrigir seu patrimônio.
De acordo com informação divulgada hoje pelo jornal, a presidenciável acrescentou R$ 45,6 mil ao seu patrimônio, aplicados em poupança e renda fixa no HSBC. A quantia representa um terço do que ela havia declarado anteriormente, no início de julho, como sendo o total de seus bens. O patrimônio sobe agora de R$ 135 mil para R$ 181 mil.

A correção foi solicitada por Marina no mesmo dia em que foi divulgada na imprensa a intenção da campanha do PT, da presidente Dilma Rousseff, de pedir ao Ministério Público investigação sobre ocultação de bens da candidata, por conta do faturamento de sua empresa.
Segundo o advogado da campanha de Marina, Ricardo Penteado, o que ocorreu foi um esquecimento na primeira declaração feita à Justiça Eleitoral. Os valores, segundo ele, estão todos informados na declaração de Imposto de Renda da candidata.

Por que o Correio apontou a metralhadora para Dilma?

:
Foto na primeira página da edição de segunda-feira (8/9) do Correio Braziliense coloca deliberadamente o rosto da presidente da República, Dilma Rousseff, na mira de uma metralhadora do carro blindado do Exército Brasileiro, que desfila na parada de 7 de setembro, em Brasília; estando na capa, trata-se de uma escolha de responsabilidade dos editores do jornal
10 de Setembro de 2014 às 08:34
Por Venício A. de Lima, do Observatório da Imprensa
A foto abaixo (11,8 x 19,6 cm, na edição original) está na primeira página da edição de segunda-feira (8/9) do Correio Braziliense. É de autoria do fotógrafo Daniel Ferreira, que trabalha para o Correio e para a D.A. Press, ambos do grupo dos Diários Associados.
Estando na capa, por óbvio, trata-se de uma escolha e é de responsabilidade dos editores do jornal.
Observe o leitor(a) que a foto coloca deliberadamente o rosto da presidente da República, Dilma Rousseff, na mira de uma metralhadora do carro blindado do Exército Brasileiro, que desfila na parada de 7 de setembro, em Brasília.
Qual a mensagem implícita/explícita na foto?
É normalmente aceito como sendo de Confúcio, filósofo chinês que viveu no século V antes de Cristo, a conhecida frase “uma imagem vale mais que mil palavras”. Os que vivemos no mundo contemporâneo sabemos que a afirmação de Confúcio permanece atualíssima, vinte e cinco séculos depois, nestes tempos marcados por imagens de todos os tipos, do cinema, da televisão, das fotos popularizadas digitalmente nas redes da internet.
O que estaria o Correio Braziliense sugerindo a seus leitores(as) com a foto publicada na capa do jornal?
Nela está a maior autoridade da República brasileira, no palanque oficial, rodeada de outras autoridades constituídas, assistindo ao desfile da data símbolo da pátria brasileira: o 7 de setembro, dia de nossa independência.
A foto foi cuidadosamente selecionada, entre centenas de outras disponíveis. É, portanto, legítimo concluir que havia, sim, uma intenção orientando a escolha.
O jornalista que fez a edição da foto para o Correio Braziliense (e respondeu a meu e-mail sobre as razões da escolha) a considerou excelente e a melhor ilustração para o noticiário político do dia.
Credibilidade da democracia
Para além da partidarização inequívoca da grande mídia brasileira e diante de exemplos sucessivos, parece que ela não está sendo capaz de fazer uma distinção fundamental, sobretudo agora, em tempos de campanha eleitoral: a distinção entre o ritual dos cargos públicos, os símbolos nacionais, a institucionalidade da política, dos políticos, dos ocupantes dos mais elevados cargos públicos da democracia representativa brasileira; e sua opinião/posição (dela, grande mídia) em relação a esses eventuais ocupantes.
As consequências dessa “não-distinção” podem ser trágicas para a própria democracia. Ao se desrespeitar reiteradamente eventuais ocupantes de altos cargos públicos, inclusive em fotos com insinuações inconfessáveis, esse desrespeito é transferido para as instituições e a credibilidade da própria democracia. Como mostrou há décadas a professora Maria do Carmo Campello de Souza, “o teor exclusivamente denunciatório de grande parte das informações [dos meios de comunicação] acaba por estabelecer junto à sociedade (...) uma ligação direta e extremamente nefasta entre a desmoralização da atual conjuntura e a substância mesma dos regimes democráticos”.
No atual nível de partidarização da grande mídia brasileira, não há solução de curto prazo para que se desfaça esta confusão nefasta. A cobertura adversa e a desqualificação da politica e dos políticos é sua pauta preferencial. Resta torcer para que a democracia representativa brasileira sobreviva a uma grande mídia que, apesar de se apresentar como sua principal defensora, corrói, cotidiana e reiteradamente, seus fundamentos mais caros.
A ver.

Tio Rei, o último Aécioman, revela o que Marina prometeu aos bacanas do Bank of América


reinaldo1

O Brasil é um país sui-generis em matéria de imprensa.

Um exemplo? Como é que três empresários – Apolo Vieira Santana, Eduardo Ventola e João Paulo Lira – que compraram, sem contrato ou recibo e usando contas-laranjas, depois de um mês, não foram abordados por um repórter sequer, não têm uma foto ou uma declaração – mesmo que seja nada a declarar – estampadas nos jornais, nos sites, na tevê?

Mistério….

Mas há um novo quase-mistério na praça.

Anteontem, o Bank of America, agora com o charmoso apelido de Merril Lynch, reuniu mais de 500 pesos-pesados das finanças brasileiras, a nata da “turma da bufunfa” para ouvir os emissários de Marina Silva: o vice, Beto Albuquerque, André Lara Resende e Alexandre Rands, além dos coordenadores Walter Feldman, Maurício Rands, Bazileu Margarido e João Paulo Capobianco.
532, para ser exato, porque o Estado de Minas publica algo próximo de um press-release sobre o encontro, onde se fala tudo, menos do que se falou nele.

Obviamente, não foi permitido o acesso da plebéia imprensa.

Mas será que não tem um coleguinha capaz de, como a gente chama na profissão, “recuperar” o que se disse ali sobre o que pretendem fazer com o país?

Mas, calma.

Nem tudo está perdido.

Reinaldo Azevedo- o último Aécioman da Terra, agora que Merval Pereira marinou -tinha um amigo por lá.

Não vou tirar leitores do Reinaldo, cujo blog sempre visito, em nome de minhas convicções sobre a biodiversidade.

Mas trago o essencial, retirado da espuma petófoba que lhe sai.
Diz que a bola ficou com André Lara Resende*, o cavaleiro (cavaleiro, mesmo, sem lh) do Plano Cruzado e das traquinagens do  Governo FHC, cujo retrato deixo que a própria Veja faça, numa nota ao pé desta página, para evitar que ele se aborreça.

Diz Reinaldo depois que ele  falou do que Marina (eles, claro) pensa sobre de preços, “os que o ouviram saíram de lá com a impressão de que ele defende um tarifaço de cara para retomar a credibilidade… ”.

Que mais, que mais, como diz no rádio o Sardemberg?

Disse que vão promover uma desvalorização do Real e, logo, uma alta do dólar: Os “vocalizadores” de Marina também acham que o câmbio está valorizado de maneira artificial, e se supõe, então, que a turma pretenda trabalhar com um dólar mais fraco e um real mais forte.

Ah, e os empresários vão ser convocados para um “mutirão” cívico na infraestrutura – supõe-se que com dinheiro próprio, não com o do BNDES, que dizem estar hipertrofiado –  e em troca  a “ categoria deixaria de ser “tratada como bandida”.

Diz Reinaldo que “falou-se até em rever a postura “perversa e autoritária” da Receita Federal”.
Aquela coisa horrorosa do tipo autuar o Itaú pela merreca de R$ 19 bilhões de imposto sonegado, sabe como é…

Então está aí, com meus agradecimentos a Reinaldo Azevedo, este repórter atucanado sempre com a notícia, por ter revelado como é que seria (seria, do verbo não será) a “nova economia” da “nova política”.
Palmas para o jornalismo econômico brasileiro, que deixou passar uma “reunião de bacanas” que nem o Bezerra da Silva perdoaria.

* sobre André Lara Resende, da Veja: “Economista brilhante, Lara Resende ajudou a criar o Plano Cruzado, juntamente com o colega Persio Arida. Teceu também as bases do Plano Real. Para favorecer a vitória do Opportunity na compra da Tele Norte Leste, em detrimento do consórcio Telemar, negócio que não se concretizou, Lara Resende foi diretíssimo ao ponto em suas conversas telefônicas com Arida. “”Se precisar vou ter de detonar a bomba atômica””, disse ele ao amigo, referindo-se ao presidente Fernando Henrique Cardoso. “”Vai lá e negocia, joga o preço para baixo. Depois, se precisar, a gente sobe e ultrapassa o limite””, instruiu Lara Resende, segundo fitas divulgadas pela imprensa à época.” Foi absolvido, apesar disso, por falta de provas.

Marina você desbotou


Paulo Roberto Costa, o ex-diretor da Petrobras que agora recorre à delação premiada, foi demitido da estatal em 27 de abril de 2012
 
Dilma, ao Estadão: nós investigamos tudo, doa a quem doer; mas não foi assim (em março de 2001) quando afundou uma plataforma de petróleo no governo FHC. Não é próprio das plataformas saírem por aí afundando E aquela custou R$ 1,5 bilhão, são duas Pasadenas, viu? E não investigaram.
 
Dilma, em entrevista ao Estadão: Quem acha que vai governar sozinho (com os bons) normalmente tem algum poderoso por trás e normalmente é alguém muito rico. Isto não é nova política; é uma política velha, que levou a crises no passado
 
Aprovação à Presidenta Dilma sobe 5 pontos e vai a 52,4%; avaliação de seu governo soma 76,5% entre regular, ótimo e bom (pesquisa CNT).
 

Nas últimas horas a 'nova política' de Marina adquiriu o frescor de uma Margareth Thatcher de museu de cera.

por: Saul Leblon
Reprodução/Muda Mais

A exemplo do que ocorre em praticamente todo o planeta, a dominação financeira tornou-se um problema estrutural do desenvolvimento brasileiro.

A novidade é que nestas eleições ela se transformou, também, em um tema divisor da democracia.

Trata-se de uma novidade vertiginosa.

Que injeta transparência histórica à disputa presidencial, e tem potencial esclarecedor capaz de impulsionar as grandes viradas eleitorais.

Justiça seja feita, deve-se isso em parte ao fervor novo-cristão da candidatura Marina Silva.

A independência do Banco Central, viga mestra do programa do PSB, funcionou como esse coágulo polarizante, incômodo e revelador, que atropelou a pauta do Brasil aos cacos, imposta pela mídia conservadora à disputa.

O ‘ruído’ empresta transparência política aos interesses alinhados em torno das duas candidaturas mais competitivas de 2014.

E isso não é bom para quem se avoca o estuário dos melhores, dos bons e dos justos.

A polaridade está posta há muito tempo na sociedade brasileira e em todo o mundo.

Mas foi o surgimento de uma terceira voz, empenhada em conquistar audiência junto ao mercado financeiro, que catalisou a dimensão histórica daquilo até então expresso de forma técnica pelo conservadorismo. E contornado de maneira mitigada pelo campo progressista.

Eduardo Campos e Marina chegaram com sede ao pote, determinados a disputar com o PSDB a primazia na representação dos interesses graúdos na vida do país.

A oferta teria que vir acompanhada de uma contraprova de vantagem e validade insofismável.

O selo de garantia foi a inclusão da independência do BC no alicerce programático da dupla.

A morte de Campos e a radicalização da disputa fez o resto.
 O alegre consenso em torno da ‘nova política’ impôs ao próprio governo, e ao PT, a necessidade de explicitar o polo oposto de um braço e ferro que a crise de 2008 já havia revelado em sua natureza inconciliável: quem vai ordenar o passo seguinte do desenvolvimento, a soberania democrática ou despotismo financeiro?

A disjuntiva, agora clara, depois de um hiato de perplexidade com o aluvião conservador, desembarcou nesta 3ª feira na campanha eleitoral de Dilma na televisão.

E o fez da forma como Lula cobrou em encontro com a militância na última 6ª feira: demarcando a natureza de classe da disputa em curso no país (assista aqui).

Ou seja, dando a essa contraposição um simbolismo que expõe causas e consequências com uma clareza poucas vezes presente na narrativa dos embates vividos desde 2003.

Se o governo e o PT são requisitados a dar expressão política literal a um conflito antes tratado de forma difusa (leia ‘A nau de Marina e o dilúvio antipetista’), do lado contrário fica cada vez mais difícil levitar na ‘terceira via’, depois de atravessar o Rubicão da parceria carnal com os mercados.

A verdade é que nas últimas horas a  ‘nova política’ de Marina Silva adquiriu o frescor de uma Margareth Thatcher de museu de cera.

E esse não é um problema de natureza geriátrica.

Mas de um arrendamento histórico conferido ao capital financeiro em seu programa de governo, que tem no Banco Central independente um pilar de sustentação política e ao mesmo tempo um garrote de credibilidade eleitoral.

A 25 dias da urna o PT aprendeu a girar a rosca.
 Fica difícil a Marina despir-se desse marcador ideológico com a mesma frivolidade com que desembarcou os direitos GBLT de sua plataforma, 24 horas após a intervenção tutelar do bispo Silas Malafaia.

Seu bonde eleitoral derreteria em menos tempo ainda se tentasse uma guinada dissimuladora para fora da dominância financeira que encampou.

O sacrossanto “tripé”, do qual Marina se tornou uma defensora ardorosa, enlaça assim o pescoço da nova-cristã ameaçando esganá-la qualquer que seja o seu ponto de fuga.

Uma espécie de enforcador à distância, o tripé consiste de uma coleira dentada que permite ao dinheiro grosso submeter governos, partidos e demais instâncias sociais a um comando de desempenho monitorado por três variáveis.

A saber:
1. regime de metas de inflação, ancorado no chicote dos juros “teatrais”, se necessários, asseverou Marina  para delírio do mercado;

2. câmbio livre, leia-se, nenhum aroma de controle de capitais, o que condena o BC ‘independente’ a se tornar uma correia de transmissão da irracionalidade especulativa dos mercados globais para dentro do país;

3. o superávit “cheio” – leia-se arrocho fiscal para garantir os juros dos rentistas.

Marina descobriu que quando abre a boca pautada por essa melodia encanta banqueiros e rentistas em geral.

Os meetings de seus assessores com a turma do mercado frequentemente são interrompidos por aplausos calorosos.

Escavar um fosso entre a representação política da sociedade e o poder efetivo do dinheiro sobre o seu destino é tudo o que esses auditórios almejam.

Se alguém trata isso com leveza, sedução e aroma popular como resistir?

A resistência teria que vir do outro lado da radicalização rentista introduzida por Marina na disputa de 2014.

É o ponto onde estamos.E essa será a toada da campanha progressista de agora em diante.

Trata-se de espetar em Marina as suas próprias propostas na forma de perguntas emolduradas pela contradição determinante em nosso tempo. 

Serve ao Brasil um Presidente da República que terá apenas o orçamento fiscal para governar, já que a moeda, o juro, o câmbio e o poder de compra das famílias serão ordenados pela banca através do BC independente?

Serve ao Brasil um Presidente da República que tem como meta programática desregular o mercado de crédito no país? E desobrigar a banca privada da destinação obrigatória de parte dos depósitos à vista e da poupança ao crédito agrícola e ao financiamento habitacional?

Serve ao país um Presidente da República que se propõe a reforçar a hipertrofia de um poder financeiro, cuja participação na Bolsa brasileira já é o dobro da registrada pelo seu equivalente nos EUA, mas que não financia a produção e menos ainda a infraestrutura?

Serve ao país um Presidente da República que se avoca herdeira dos protestos de 2013 por melhores serviços e maior qualidade de vida, mas que se apoia em uma terceirização do poder de Estado desse calibre?

A resposta da candidata do PSB é flutuar no tempo e no espaço que resta de campanha na tentativa de escapar ao atrito corrosivo que contrapõe os interesses populares aos da hegemonia financeira acolhida em seu projeto para o país.

Ao campo progressista cabe o desafio de maximizar o giro do ponteiro eleitoral.

Com propostas que articulem a verdadeira nova política para um novo ciclo de desenvolvimento em meio à desordem neoliberal: aquela ancorada na repactuação do futuro com ampla participação democrática da sociedade.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

CGU DO LULA QUER ACESSO À DELAÇÃO PREMIADA Vamos falar de corrupção, Bláblárina ?


Sugestão de Odete Jaburu



O controlador-geral da União, ministro Jorge Hage, solicitou hoje (9), ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o compartilhamento dos depoimentos do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que teria citado nomes de políticos que receberam recursos de contatos da estatal com fornecedoras. De acordo com a Controladoria-Geral da União (CGU), os depoimentos de Costa, “a se confirmar o que vem sendo divulgado pela imprensa”, podem contribuir em suas investigações.


No ofício que enviou a Janot nesta terça-feira, Hage explica que a CGU já tinha recebido autorização judicial para ter compartilhadas as informações referentes à Operação Lava Jato. A autorização partiu do Juiz Sérgio Moro. A própria CGU, no entanto, ressaltou que um acordo de delação premiada implica maior sigilo, necessitando uma autorização específica. Um termo de cooperação celebrado recentemente entre a CGU e o Ministério Público Federal, publicado no Diário Oficial da União do dia 4 deste mês, é lembrado por Hage no ofício, para “reforçar” o pedido.


Como se sabe, a CGU foi criada no Governo Lula.
primeiro ato do presidente FHC foi extinguir uma Comissão para Investigar a Corrupção.
Sabe como é, comprar a reeleição e a Privataria eram apenas uma questão de tempo …
Depois, o Engavetador Geral engavetava.
E de que vive o Cerra ?
Lula ensinou  aos petistas como discutir o problema da corrupção.
Já que o amigo navegante pensou nisso, por que não revisitar o morto que doou R$ 2,5 milhões em dinheiro vivo à Blablarina; a draga que o Fernando Brito encostou no Dudu; o que une o Dudu e o Paulo Roberto; o jatinho que continua sem dono e sem que o partido da Bláblá declare à Justiça Eleitoral; sem falar nos que contratam a Bláblá para fazer palestras a peso de ouro e ninguém sabe quem é.
Taí, bom tema esse, o da corrupção !
Em tempo: não deixe de ler sobre Lara Resende e Piketty , que também tangência o problema (pra dizer pouco…).
E, já que falamos de banqueiros, por que não “com a Bláblá quem manda são os banqueiros !“.

Paulo Henrique Amorim

ONDA MARINA ARREFECE. VOLTARÁ A CRESCER?

Portais boicotam pesquisa em que Dilma empata com Marina no 2º turno


Pouco antes das 11 horas de 9 de setembro de 2014 o site da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) divulgou a “121ª rodada da pesquisa CNT/MDA”. Segundo essa pesquisa, Dilma e Marina voltam a ficar empatadas em segundo turno.

Na 120ª rodada da pesquisa, divulgada em 27 de agosto, Marina tinha 43,7% e Dilma, 37,8%. Pela margem de erro de 2,2 pontos das pesquisas CNT/MDA, na pior hipótese para Marina ela teria 41,5% e Dilma, 40%. Ou seja, a pessebista vencia a petista fora da margem de erro.
13 dias depois, a 121ª rodada CNT/MDA mostra que, na mesma simulação de 2º turno, Marina subiu 2 pontos (dentro da margem de erro, de 2,2 pontos), para 45,7%, e Dilma subiu 4,9 pontos (bem acima da margem de erro), para 42,7%.

A distância entre Dilma e Marina no segundo turno, portanto, caiu de 5,9 pontos percentuais para 3 pontos (fora da margem de erro).

A pesquisa é excelente para Dilma porque, além de voltar à situação de empate técnico no 2º turno, a pesquisa MDA confirma as pesquisas Ibope e Datafolha da semana passada, que já mostravam tendência de queda da vantagem de Marina sobre Dilma em 2º turno.

Porém, a pesquisa CNT/MDA mostra expressiva queda da vantagem de 7 pontos de Marina sobre Dilma no 2º turno que as últimas pesquisas Ibope e Datafolha mostraram. Naquelas pesquisas da semana passada, a vantagem da pessebista caíra de 10 para 7 pontos.

Apesar de bombástica, a notícia foi boicotada nas homes de UOL e G1 e na do Estadão foi publicada, mas manchete inverteu o fato mais importante da pesquisa.

O Estadão destacou que a “vantagem de Dilma sobre Marina caiu no 1º turno” em detrimento do fato de que a vantagem de Marina sobre Dilma praticamente sumiu no 2º turno, o que é o fato mais importante.

Apesar de a home do site da Folha de São Paulo ter noticiado que Dilma empatou com Marina no segundo turno, só assinantes podem ler as matérias ali publicadas. O portal UOL, que tem muito mais acessos por ter conteúdo que qualquer um pode acessar, não publicou a notícia até, pelo menos, as 13:30 hs. da terça-feira 9 de setembro.

O que impressiona mais, porém, são os portais controlados pela Globo. O G1 e o site de O Globo, até o mesmo horário acima citado, não haviam publicado notícia nenhuma sobre a pesquisa CNT/MDA.

Apesar de previsível, vale registrar que o site da Veja também se recusou a publicar pesquisa que mostra reação consistente de Dilma na eleição. Os portais IG, Terra e R7 divulgaram a pesquisa. Os dois primeiros colocaram a notícia na home; o portal R7, da Record, não.

Diante do exposto, o Blog prevê forte reação da mídia contra Dilma. Contudo, o estoque de ataques possíveis caiu muito. A “delação premiada” que Veja vazou ilegalmente atinge Marina tanto quanto Dilma e o terrorismo econômico já fez o que pôde.

Vai se cristalizando boa reflexão do eleitorado. O moralismo de Aécio, apesar dos problemas éticos dele e de seu partido, e as propostas preocupantes de Marina, além dos questionamentos éticos que sofre, sinalizam à população que melhor mesmo é ficar com o que tem.

Giannetti, o Fraga da Marina, promete “tarifaço”, corte na indústria e volta de imposto


Dilma, ao Estadão: nós investigamos tudo, doa a quem doer; mas não foi assim (em março de 2001) quando afundou uma plataforma de petróleo no governo FHC. Não é próprio das plataformas saírem por aí afundando E aquela custou R$ 1,5 bilhão, são duas Pasadenas, viu? E não investigaram.

Federação Única dos Petroleiros (FUP) marca manifestação em defesa do pré-sal e em apoio a Dilma: dia 15, 2ª feira, RJ


Aprovação à Presidenta Dilma sobe 5 pontos e vai a 52,4%; avaliação de seu governo soma 76,5% entre regular, ótimo e bom (pesquisa CNT)

Dilma, em entrevista ao Estadão: Quem acha que vai governar sozinho (com os bons) normalmente tem algum poderoso por trás e normalmente é alguém muito rico. Isto não é nova política; é uma política velha, que levou a crises no passado


  
Dilma vence Marina no 1º turno e fica 3 pontos abaixo (?) dela no 2º turno em virtual empate técnico (pesquisa CNT)

Carta Maior



pimentinha


















Não é à toa que há empresários “repensando” a conveniência de uma “casamento” definitivo com Marina Silva.

Enquanto para os bancos ela promete um mar de rosas, inclusive com o fim do crédito direcionado para o financiamento imobiliário – e também o rural – como aponta Paulo Moreira Leite (cf. página 61 do texto: “reformularemos o mercado de crédito, de tal forma que, gradualmente, se eliminem os direcionamentos de crédito”), para a indústria a proposta  de Eduardo Giannetti, seu guru na economia é que as atividades industriais passem por um  - palavra dele – “desmame” do Estado.

Tradução: redução ou fim das desonerações tributárias e contração do crédito público, especialmente o do BNDES.

Ou uma tradução ainda melhor (ou pior): desemprego maior no setor que mais vem sofrendo com a crise.

Mas a entrevista de Giannetti, dada ao Valor, reproduzida e comentada pelo Nassif –  é igual àquele anúncio de vendas na TV: “isso ainda não é tudo!”.

Ele promete um choque tarifário, sem muita maquiagem: “vale a pena fazer o que precisa ser feito rapidamente. Em relação a preços administrados, por exemplo, se não convencer de que o que tinha que ser feito foi feito, a expectativa do que falta fazer vai alimentar a expectativa de inflação futura, o que dificulta fazer as expectativas convergirem de novo para o centro da meta.”

E acena com a volta da CIDE no preço da gasolina, criada no Governo Fernando Henrique Cardoso e zerada por Dilma. É a mesma proposta feita pelos  notórios tucanos Elena Landau e Adriano Pires aos usineiros, como forma de permitir que seus preços continuem a ser competitivos no etanol.

Claro que Giannetti não chega a assumir que isso será um aumento da carga tributária. Diz que outros impostos podem ser retirados, mas não diz quais.

O “guru” econômico de Marina investe contra tudo, menos contra o altar: nem uma palavra sobre o sistema bancário, o grande bezerro a mamar nas tetas do Estado.

Aliás, em matéria tributária, Giannetti deixa mesmo que o folclore de defender um “imposto sobre flatulência animal” – nos moldes da fracassada ideia da Nova Zelândia (leia aqui, na BBC) seja o seu lado heterodoxo.

No resto, a regra é clara: pasto para os bancos, chicote para a produção.

Porque será que fico me lembrando daquela turma de economia que grudou no Collor, louca para fazer o Brasil de “parquinho” de suas invenções?

Morto, Dudu doa R$ 2 milhões à Bláblá ! E em dinheiro vivo …


O Conversa Afiada reproduz texto do site O Dia:

Depois de morto, Eduardo ‘doa’ R$ 2,5 mi a Marina


A transferência em espécie ocorreu no dia seguinte ao desastre que matou o então candidato. Coordenador afirma que foi legal

Nonato Viegas

Brasília – No dia seguinte ao desastre que matou o presidenciável Eduardo Campos, sem que seus restos mortais tivessem sido recolhidos do local onde caiu o avião, seus partidários transferiram em espécie R$ 2,5 milhões de sua conta de campanha para o Comitê Financeiro Nacional, administrado pelo PSB, que, dias depois, anunciaria Marina Silva como substituta.

Segundo o coordenador financeiro da campanha, Basileu Margarido — homem de confiança de Marina — tudo está dentro da legalidade. “O escritório de Direito que nos atende consultou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para fazer a operação. Segundo eles, não há nada de errado”, garantiu. O TSE informou que ainda vai analisar as prestações de contas.

A operação de transferência ocorreu no dia 14 de agosto, foi em dinheiro vivo e seu registro está na segunda prestação de contas dos candidatos, divulgada no sábado pelo TSE. O PSB também não fez nenhuma menção ao jato Cessna, usado por Campos, e que é alvo de investigação da Procuradoria Geral da República por crime eleitoral e suspeita de caixa 2.

Para dois advogados especialistas em direito eleitoral ouvidos pelo DIA em condição de anonimato, a transferência não poderia ocorrer, já que, ao morrer, o CNPJ da candidatura de Campos deveria ser extinguido, e o dinheiro retido. Segundo eles, só no final da campanha o partido teria acesso à doação, como sobra de arrecadação.

“Provavelmente, eles não quiseram deixar parada a quantia, que é razoável, e antes mesmo de comunicarem oficialmente a morte do ex-governador retiraram o dinheiro”, interpretou um deles.

“Não deixa de ser estranho que uma campanha que se propõe a fazer a nova política, se valha de artifícios da velha”, opina outro.

Os dois concordam que, neste caso, o pior que poderá ocorrer é a aprovação das contas pelo TSE, mas com ressalvas, “além, é claro, do constrangimento, já que é um subterfúgio contábil que criticariam se fosse outro partido”.

Marina Silva virá ao Rio na próxima quinta-feira. Seus coordenadores de campanha se reunirão hoje para decidir qual será a agenda. Uma das ideias é que ela participe de um ato em favor dos royalties de petróleo e do pré-sal para tentar afastar qualquer dúvida quanto às suas posições sobre os temas.

Arsenal contra Dilma começa a se esgotar e ela não cai


Aos poucos, vai dando a lógica. A campanha de Dilma Rousseff à reeleição começa a se impor apesar da mais impressionante campanha de difamação contra um chefe de Estado que se viu na história recente – nem Lula enfrentou coisa igual.
Antes de prosseguir rumo ao ponto central do texto, vale explicar a razão de considerar a campanha contra Dilma como a “mais impressionante da história recente”.
Para deprimir a até então alta popularidade da presidente, em 2013 foi levado a cabo um movimento de massas que não encontra paralelo em todo o pós-redemocratização. E cuja origem até hoje não ficou suficientemente clara.
A combinação de protestos de rua, efeitos previsíveis da crise internacional em alguns indicadores da economia, bombardeio midiático e a morte intempestiva de Eduardo Campos, tudo isso logrou nivelar intenções de voto da presidente, primeiro, às de Aécio Neves e, depois, às de Marina Silva.
Aécio beneficiou-se no início da campanha eleitoral. Com a mídia batendo só em Dilma e com os dois principais candidatos da oposição resguardados, o tucano chegou a empatar com a petista nas projeções de segundo turno.
O voo desse mesmo tucano, porém, foi de galinha – foi abatido no ar pelas denúncias de que pagou com dinheiro público construções de aeroportos para seu uso particular por todo o Estado de Minas Gerais.
No começo de agosto, Aécio já caía nas pesquisas e Campos não decolava. Dilma começava a se firmar. Mas eis que a tragédia revoluciona o quadro eleitoral.
O bom e velho costume brasileiro de santificar pessoas que falecem e uma brilhante encenação de Marina Silva foram matéria-prima para a mídia construir um dramalhão mexicano, praticamente santificando a substituta de Campos por uma ou duas semanas.
Contudo, a mídia errou na dose e inflou Marina muito além do que deveria. Resultado: Aécio virou pó e Dilma e Marina passaram a polarizar uma eleição que, até então, estava polarizada entre a petista e o tucano.
A mesma mídia tenta consertar o erro e notícias e críticas contra a Marina começam a ser veiculadas com estardalhaço nos grandes meios. Por alguns dias, ela apanha quase tanto quanto Dilma.
Claro que havia que noticiar as informações de que o avião que matou Campos foi fornecido a ele e a Marina por empresas fantasmas ligadas a bandidos, mas há uma montanha de coisas que há para noticiar contra Aécio e não foram noticiadas com o devido destaque ou nem foram noticiadas.
Exemplo: Aécio não construiu um só, mas vários aeroportos com dinheiro público. Todos para seu uso privado. Mas a mídia acabou enterrando o caso todo. Poderia fazer o mesmo com Marina, mas havia que derrubá-la um pouco para Aécio não afundar de vez.
Mais uma vez, porém, a mídia errou a mão. Marina bateu no teto e parou de crescer. A partir das últimas pesquisas oficiais que mostraram a “parada” dela, os trackings das campanhas passaram a detectar que sua candidatura começa a murchar.
Informações extraoficiais da campanha petista dão conta de que Marina começa a cair – já estaria empatada numericamente com Dilma no segundo turno. E nada de Aécio se recuperar…
No fim da semana passada, a mídia começa a “bombar” o vazamento da tal “delação premiada”. Em flagrante crime eleitoral – que a Justiça Eleitoral por certo irá ignorar –, a revista Veja divulga acusações a um pequeno grupo de políticos pinçado do grande grupo citado pelo ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto da Costa à Polícia Federal.
Veja escolheu meia dúzia de nomes em meio a dezenas citados pelo ex-diretor da Petrobrás – inclusive nomes ligados ao PSDB. Se divulgar seletivamente dados sigilosos de uma investigação da PF com fins claramente eleitorais não for crime eleitoral, nada mais é.
A mídia, desta vez, atinge Marina e Dilma com intensidade parecida, porém desigual. Para a desgastar a primeira dá grande destaque ao fato de que Eduardo Campos foi acusado diretamente pelo ex-diretor da Petrobrás, mas o bombardeio de saturação, claro, recai sobre Dilma.
As campanhas de Dilma e Marina deixam vazar que não esperam reação da candidatura Aécio, que já caiu no desencanto popular. Se ficar muito ousado sobre a Petrobrás e Campos, seus podres e de seu partido começarão a voltar à tona. Afinal, com o horário eleitoral os candidatos não dependem da mídia para divulgar informações.
Ao fim, o estoque de munição contra Dilma vai se esgotando. Terrorismo econômico, denúncias de corrupção, fenômeno Marina, tudo já foi usado à exaustão. E as manifestações da ultraesquerda murcharam e não devem voltar a florescer durante a campanha eleitoral.
Por conta desse quadro, pipocam vazamentos de pesquisas privadas dos partidos que mostram Marina começando a cair, Aécio estagnado e Dilma se mantendo.
Assim, o mercado financeiro, que saliva diante dos lucros que lhe seriam gerados pela privatização do pré-sal e a independência do Banco Central que Marina e Aécio oferecem, vem operando em baixa desde a semana passada ante a melhora das chances de Dilma.