Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 21 de outubro de 2014

‘OUTROS TUCANOS RECEBERAM PROPINA DE ESQUEMA’

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Holofote sobre PSDB complica uso político na Petrobras


Diagnóstico de Aécio sobre os desafios brasileiros é monotemático: é tudo culpa do PT; visão primária, quase infantil, ignora questões estruturais, abstrai conflitos, elide relações objetivas de causa e efeito, não enxerga o pano de fundo da crise mundial; risco de levar a soluções desastrosas é alto.
 
Oratória exaltada de Aécio narra a trajetoria de um Brasil devastado pelo PT. O salvacionismo tucano impressiona; em seguida satura; não há aderência entre ele e o cotidiano da maioria da população: 78% dos eleitores consideram o governo Dilma ótimo, bom ou regular, diz o Datafolha
  
Dilma no SBT: Candidato, ninguém pode, sem sofrer as consequências, dirigir drogado ou bêbado; essa é uma questão (colocar em risco vidas) que afeta a todos os brasileiros

 A internacional dos banqueiros: Neca setubal, dona do Itaú declara apoio a Aécio; a revista Economist, porta voz dos interesses que jogaram o mundo na pior crise desde 1929, divulga nesta 5ª feira declaração explícita de apoio ao candidato do conservadorismo,Aécio Neves

Seca de gestão: alto comando tucano admite-se que, sem chuva, Alckmin reconhecerá racionamento após o último voto dia 26; falta d'água chegou à avenida Paulista




: Quem também pediu propinas ao ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, foi ninguém menos que o ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra; ontem, já havia surgido também a acusação de que o senador eleito Fernando Bezerra Coelho, do PSB, havia levantado R$ 20 milhões para a reeleição de Eduardo Campos, em 2010; com as revelações, o esquema de Costa se torna menos petista e mais ecumênico, atingindo todas as forças políticas, inclusive da oposição, o que dificulta a exploração política do caso, às vésperas do segundo turno 

247 - A manchete da Folha de S. Paulo desta sexta-feira traz um complicador para a estratégica política do PSDB, de usar o esquema comandado por Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, como arma contra o PT, às vésperas do segundo turno. Costa também disse ter pago propinas a ninguém menos que Sergio Guerra, ex-presidente nacional do PSDB. Ontem, numa outra revelação, surgiu a história de que o senador Fernando Bezerra Coelho, do PSB, também levantou R$ 20 milhões para a reeleição de Eduardo Campos, em 2010. Assim, o esquema denunciado na Operação Lava-Jato se torna mais ecumênico e suprapartidário – e não apenas petista.

Leia, abaixo, reportagem da Reuters sobre Guerra:

(Reuters) - O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa disse em um depoimento ao Ministério Público Federal que repassou propina para o ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra, para ajudar a esvaziar uma CPI criada para investigar a estatal em 2009, segundo notícia publicada no site do jornal Folha de S.Paulo.
Guerra, que morreu em março deste ano, era senador por Pernambuco e presidente do partido na época, além de integrar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

Segundo a Folha, quatro pessoas envolvidas na investigação da Operação Lava Jato confirmaram que o líder do PSDB foi citado em um dos depoimentos de Costa, depois que ele decidiu colaborar com as autoridades.

Ainda de acordo com a reportagem do jornal, Costa disse que empresas que prestavam serviços à Petrobras queriam encerrar as investigações da CPI. Embora a oposição fosse minoritária na CPI, as empreiteiras temiam prejuízos com a repercussão na imprensa das investigações.

O PSDB divulgou nota afirmando que defende que todas as denúncias de Costa sejam investigadas.
Segundo a Folha, Francisco, filho de Guerra, disse não ter nada a dizer sobre a acusação, acrescentando que preserva o legado do pai "com muita honra".
(Por Alexandre Caverni)

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

NOTA DE FALECIMENTO


quinta-feira, 26 de julho de 2012

Azenha sobre Cerra: hipocrisia cansa

“A ação do PSDB não busca debater o essencial, ou seja, o uso do dinheiro público em publicidade”, ressalta Azenha.


O Conversa Afiada reproduz texto de Luiz Carlos Azenha no Viomundo:

A crença míope nos superpoderes de blogueiros



por Luiz Carlos Azenha

Confesso que, de uns tempos para cá, minha tolerância com a hipocrisia é próxima de zero.

Acho perda de tempo participar de polêmicas cuja função essencial é mascarar a realidade, além de alimentar o desejo de alguns por circo.

Circo move tráfego na rede.

A ação do PSDB relativa aos blogueiros Paulo Henrique Amorim e Luís Nassif não busca debater o essencial, ou seja, o uso do dinheiro público em publicidade ou propaganda. Se buscasse, haveria de tratar do conjunto: quais são os gastos de governos federal, estaduais e municipais com propaganda? Quanto recebem a Globo, a Veja, a Folha e o Estadão proporcionalmente ao bolo? Os governos não poderiam reduzir estes custos investindo mais na internet, por exemplo, dada a crescente capacidade de disseminação de informações através das redes sociais? É viável fazer como o agora senador Roberto Requião, que quando governador do Paraná cortou todas as verbas publicitárias, a não ser as de campanhas de utilidade pública? Cabem políticas públicas para promover a pluralidade e a diversidade de opiniões?

Há outras questões, tão interessantes quanto. Deve um partido tentar definir a pauta de um blog eminentemente pessoal? Por que o anúncio de empresas públicas supostamente compra um blogueiro mas não compra um dono de jornal? Crítica é ataque às instituições? Ao criticar o Congresso, o governo federal ou o Judiciário os colunistas dos grandes jornais estariam ‘atacando as instituições’? Mas, se o financiamento dos jornais para os quais escrevem — ou das emissoras de rádio e TV nas quais trabalham — é feito parcialmente com dinheiro público, eles podem ‘atacar as instituições’ livremente e os blogueiros não? E a liberdade de expressão e o direito ao contraditório?

Trato destes temas com tranquilidade. O Viomundo, pelo menos por enquanto, é mantido com anúncios Google. O Leandro Guedes, que nos representa comercialmente, desenvolve ferramentas para que nosso financiamento seja proporcionado pelos próprios leitores. Desde que começou a fazer isso, há dois meses, não está autorizado nem a enviar os media kits (com dados de audiência, etc) a empresas públicas ou governos federal, estaduais ou municipais. Esperamos que a grande mídia siga nosso exemplo.

[Pausa para gargalhar]

Não sei o que moveu o PSDB. Provavelmente, pela escolha dos alvos, José Serra. Tenho comigo que algum mago, daqueles que cobram fortunas para fazer campanha, tenha concluído que existe uma relação entre a altíssima taxa de rejeição de Serra e a blogosfera/mídias sociais.

Não sei se o diagnóstico está certo ou errado, mas a cura é duvidosa. Parte do pressuposto de que blogueiros sejam capazes de mover legiões de internautas. A crença nisso é uma farsa, muitas vezes alimentada por quem está chegando agora ou está “investido” na blogosfera. Quem lida com os internautas no dia a dia e respeita a diversidade de opiniões descobre que este é um meio horizontal. Não é estruturado hierarquicamente. Não obedece a comandos. O valor das opiniões não está na autoridade, nem no currículo, nem no status do autor: deriva da qualidade, da lógica, da originalidade da argumentação. Deriva da capacidade de apontar algo que outros não notaram. De desvendar conexões encobertas. De colocar fatos em perspectiva histórica. De ajudar a concatenar e, portanto, fixar ideias que circulavam desconexas no “inconsciente coletivo digital”. Simplificando, quando a piada é boa ganha o mundo.

Aquela foto de Serra sobre o skate, na capa da Folha, pode ter sido feita num momento autêntico de descontração, mas cristalizou a imagem de um candidato tentando parecer o que não é: jovem. Se dezenas de milhares de pessoas perceberam isso ao mesmo tempo e puderam conversar sobre isso nas redes sociais — o que não poderiam ter feito no passado, quando dependiam de passar pelo crivo de um repórter, de um editor e do dono de um grande jornal e de escrever carta para a coluna do leitor  – é culpa dos blogueiros?

Acreditar que dois blogueiros — ou duas dúzias —  sejam capazes de mover a rede é subestimar a inteligência dos internautas. Ou alguém acredita que tem um comunista escondido embaixo de cada Curtir? Com ferramentas razoavelmente simples como o twitter e o Facebook, hoje cada leitor pode exercer como nunca seu direito de escolha, de interagir e de se fazer ouvir. É natural que quem vive no mundo das hierarquias rígidas estranhe, se sinta intimidado ou frustrado. O que está em curso nas redes sociais é o equivalente a uma segunda revolução do controle remoto.

Portanto, não estamos diante de uma tentativa do PSDB de defender as instituições ou de zelar pelo dinheiro público. Pode ser uma resposta exagerada ou míope diante de um fenômeno que o partido não consegue entender ou pretendia replicar e não consegue. Quem sabe exista um desejo subjacente de controle, de um ‘choque de ordem’ que preceda a privatização da crítica e do conhecimento intelectual, colocando ambos dentro de parâmetros aceitáveis pelo mercado (sobre isso, escreveu Slavoj Zizek). Ou é tentativa de intimidação, pura e simples.



Clique aqui para ler “Nassif: Cerra é um psicopata”.

Aqui para ler “PHA e Nassif: Cerra tem mania de conspiração”.

E aqui para ler “Dra Cureau, o C Af está à sua espera”.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

PSDB segura Perillo para blindar Cerra

Se o PSDB abre a porteira, não sobra ninguém.


Saiu no G1:

PSDB diz ‘confiar’ em Perillo e afirma que PT usa CPI para ‘intimidar’

Após novas denúncias de envolvimento entre o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o governador de Goiás, Marconi Perillo, o PSDB reafirmou nesta terça-feira (17) ter “total confiança” no tucano. Em entrevista na liderança do partido na Câmara, o presidente da sigla, deputado Sérgio Guerra (PE), disse que o PSDB “não tem dúvidas” acerca do governador e criticou o trabalho do PT no controle da CPI, que para ele, deixou de investigar Cachoeira e a Delta para atacar Perillo.

Neste fim de semana, reportagem da revista “Época” mostrou relatório da Policia Federal segundo o qual Perillo tinha um “acerto” para receber propina da Delta, através de Cachoeira, em troca da liberação de pagamentos por serviços da empreiteira prestados ao estado. A propina, de R$ 500 mil, teria sido embutida no pagamento a Perillo por meio da venda de sua casa, a mesma em que o bicheiro foi preso.

Em nota divulgada nesta terça, Perillo respondeu que a denúncia é “infame e desleal” e que os pagamentos, por serviços de locação de veículos da Delta, “são feitos de forma continuada, por se tratar de serviços regulares e pelo fato, também, de a atual administração cumprir rigorosa e pontualmente seus compromissos com fornecedores e prestadores de serviços”.

Guerra atribuiu a denúncia a setores da PF que, segundo ele, estão “sendo usados politicamente, com interpretações direcionadas”. “Isso é uma fraude publicitária de quem não tem nenhum método para investigar, que tira coisas da Policia Federal para uma campanha contra o PSDB”, disse, em relação ao PT.
Ele também associou as denúncias à campanha eleitoral e ao julgamento do mensalão. “Não têm coragem de enfrentar um julgamento do mensalão limpo”, completou Guerra. “Essa CPI obedece ao governo, ao ex-presidente Lula e ao José Dirceu, é claro”.

O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), disse que o partido não é contra a investigação, mas que uma nova convocação do governador “seria repetição de perguntas e respostas”, para não ouvir outras pessoas. “Temos que trazer a CPI para ouvir o Cachoeira, o Pagot, o Cavendish”, disse. Nesta segunda, Álvaro havia dito em plenário que o partido precisaria “tomar providências” quanto às novas denúncias envolvendo Perillo.


Se o PSDB abre a porteira, não sobra ninguém.
O placar está 3 a 1.
Se contar o Demóstenes, está 4 a 1.
O primeiro, agora, a ir para a guilhotina vai ser o Padim Pade Cerra, que tem uma explicação a dar sobre o Gontijo, já que deixou de ser inimputável.
Agora, aqui pra nós, amigo navegante: o Cerra ser defendido pelo Sergio Guerra, notável especialista em Orçamento, e o Catão dos Pinhais é muito divertido.
É a Ética tucana na sua mais fina expressão.
Só faltou o Leréia.

Paulo Henrique Amorim

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Entenda o PSDB em apenas uma nota




Publicado por Renato Rovai em Geral

Leia abaixo a nota do PSDB assinada pelo presidente do partido, deputado federal Sérgio Guerra, sobre a situação política do Paraguai.
“O PSDB assiste, com preocupação, à reação do governo brasileiro aos fatos ocorridos recentemente no Paraguai – a saída de Fernando Lugo da Presidência da República e sua substituição por Federico Franco.
Entendemos que, a despeito da velocidade do processo, não houve rompimento das leis do país, tampouco ataque à ordem vigente na nação vizinha. Tanto que o próprio Lugo reconheceu e aceitou a decisão do Legislativo, que também foi referendada pela Corte Suprema de Justiça do Paraguai.
Diante deste quadro, acreditamos que o governo brasileiro age de maneira precipitada quando defende – ou mesmo implementa – sanções ao Paraguai na Unasul e em outras instâncias internacionais.
A autodeterminação dos povos, princípio que rege as relações internacionais do Brasil desde que nos tornamos uma Nação independente, deve também prevalecer neste caso.
Chama-nos a atenção, além disso, a discrepância entre o tratamento concedido pelo governo brasileiro ao Paraguai e o destinado a nações como Cuba, Venezuela e Irã. Parece que, aos olhos do PT, a autodeterminação de uma população vale em alguns casos, e não em outros. O mesmo partido que chama de golpe a substituição de Lugo aplaudiu Lula quando seu líder ironizou as fraudes eleitorais no Irã, tratando as manifestações pela democracia no país asiático como “briga de flamenguistas e vascaínos”.
O PSDB respeita a decisão do Legislativo paraguaio e ressalta que defende a democracia em todas as nações”

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Protógenes pendura Sérgio Guerra no Conselho de ética por Vandalismo


 


O deputado Protógenes Queiróz (PCdoB/SP) discursou na Câmara dizendo que denunciará ao Conselho de Ética da casa os deputados Sérgio Guerra (presidente do PSDB) e Rogério Marinho (PSDB/RN), por falta de decora ao praticarem ato de vandalismo, quando arrancaram um cartaz da "Privataria Tucana" da porta do gabinete de Protógenes.

Os vídeos de segurança da Câmara comprovaram o vandalismo, e Rogério Marinho já admitiu o feito.

O tucano Sérgio Guerra, enfurecido com a CPI da Privataria Tucana articulada por Protógenes, pediu sua cassação com base em "reporcagens" de má fé nos jornais, querendo envolvê-lo com Cachoeira. Ora, Protógenes foi o primeiro a pedir CPI do Cachoeira na Câmara, arregimentar assinaturas suficientes e protocolar na mesa, trabalho este que depois foi refeito para incluir o Senado e transformar em CPI mista. É má fé querer envolver seu nome com Cachoeira, inclusive porque nenhum diálogo indica sequer ilação sobre isso.

Sérgio Guerra está sendo mais do que hipócrita, cínico. Porque ele persegue o deputado Protógenes e não toma nenhuma providência contra o deputado de seu partido, Antônio Carlos Leréia (PSDB/GO)? É Leréia quem assume publicamente em alto e bom som relacionamento político com Cachoeira, e o defende, relativizando seus atos.

Leréia, Sérgio Guerra, Marconi Perillo, Eduardo Azeredo, "José Privataria Tucana Serra" são a nova cara do PSDB. Querem cassar deputados honestos como Protógenes, porque trabalham para fazer uma faxina levantando os tapetes felpudos do congresso, onde os tucanos escondem sua sujeirada da corrupção.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

A primeira investigação sobre a imprensa na história do Brasil

CPI do Cachoeira, CPI da empreiteira Delta, CPI do Agnelo… A mídia passou dias e dias construindo versões sobre o foco que terá a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que ela mesma disse que não sairia porque, pasme-se, “o governo” teria “medo” da investigação.
As ameaças dos meios de comunicação de inverterem o foco da CPMI e de jogá-lo contra os partidos da base aliada e contra o governo Dilma de fato surtiram algum efeito. Parlamentares de todos os partidos se preocuparam. Mas a preocupação decorreu da campanha midiática. Ponto.
Todavia, essa investigação tem tanta chance de se voltar para a relação da Veja com o esquema Cachoeira quanto contra qualquer outro alvo.
Jornalistas de alguns grandes meios de comunicação, sobretudo os da Folha de São Paulo, começaram a tocar no assunto como este blog previu que fariam. Ao tratarem das relações da Veja com Cachoeira, dizem o óbvio: criminosos podem, sim, ser fontes da imprensa.
Alguns desses jornalistas reconhecem que tiveram contato com Cachoeira e explicam que foram contatos fortuitos, o que os torna explicáveis. Agora, no caso da Veja, não. São CENTENAS de ligações e sabe-se lá quantos encontros presenciais.
Quando um jornalista fala com uma fonte criminosa uma vez, cinco vezes, dez vezes, é uma coisa. Quando fala CENTENAS de vezes, é casamento.
Eis, aí, o potencial da CPMI que transpareceu da clara resposta que, ao aprová-la maciçamente, o Congresso deu a uma imprensa que dizia que o Poder Legislativo abafaria o caso. E esse potencial é o de, pela primeira vez na história, a imprensa sentar-se no banco dos réus.
Uma fonte muitíssimo bem informada me diz que anda por volta de mais de duas centenas de parlamentares o contingente deles que tem a imprensa atravessada na garganta. E claro que dirão que isso ocorre porque são todos corruptos que temem o trabalho da imprensa livre, blábláblá.
O fato, porém, é o de que as gravações da Operação Monte Carlo revelam que ao menos no caso da Veja não se trataram de relações fortuitas com uma fonte, mas de um crime continuado.
Não há mera relação entre imprensa e uma fonte que possa assim ser caracterizada diante da descoberta de que aquele veículo falava várias vezes por semana, durante anos, com um criminoso, e de que a quadrilha desse criminoso deu TODAS as matérias que o veículo publicou contra o PT.
A Veja argumenta, literalmente, que a relação que mantinha com Cachoeira era a mesma que os criminosos mantêm com a Justiça quando optam pela “delação premiada”. Ora, então a pergunta é uma só: se a delação é premiada, que prêmio a revista ofereceu a Cachoeira em troca de suas denúncias contra o PT?
Parlamentares petistas, peemedebistas, comunistas, pedetistas e de quantos partidos se possa imaginar não assinaram essa CPI à toa. Há um clima no Congresso para que venham à tona os métodos que setores da imprensa brasileira usam.
Isso porque todos têm muito claro que uma imprensa que se alia a determinado grupo político e usa seu poder e até concessões e dinheiro público para fazer luta política, é uma imprensa que não serve a ninguém além de seus proprietários e aos políticos amigos deles.
A CPMI aprovada pela esmagadora maioria do Congresso terá um viés inédito na história da República. Será a primeira vez que o país irá esmiuçar o comportamento do dito “quarto Poder”. E já fará isso tarde. Depois dessa investigação, o Brasil nunca mais será o mesmo.
—–
PS: o blog esteve fora do ar desde o fim da manhã até o começo da tarde desta quarta-feira porque a empresa que o hospeda teve que trocar de servidor devido ao acúmulo de tráfego, que sempre cresce muito quando a política esquenta.
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Do leitor que se assina André:

Coluna Esplanada

CPI já vira caso de polícia dentro da Câmara

Por Leandro Mazzini

A CPI mista do Cachoeira nem começou mas já pega fogo nos bastidores – em especial, nos corredores da Câmara. Um roteiro com ingredientes de cena policial ganhou o sétimo andar do Anexo 4 da Casa. Indignados com um cartaz pró-CPI na porta do gabinete do deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), ex-delegado da PF e entusiasta da instalação, dois deputados tucanos o arrancaram da porta e jogaram no chão, irados. Tratam-se de ninguém menos que o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), e o deputado Rogério Marinho (PSDB-RN). Protógenes só soube quando pediu à Polícia Legislativa o vídeo do circuito interno de TV do corredor. Mas não prestou queixa à Mesa Diretora.
Constrangido e incrédulo, Protógenes não procurara, até ontem à noite, os parlamentares para pedir explicações. Um assessor acompanhava os deputados na hora do ‘ataque’.
Pelo vídeo e sequência de fotos, fica clara a atuação do trio na porta fechada do gabinete do deputado, durante o dia. Guerra indica e Marinho puxa o cartaz…”

Incrível o potencial dessa gente no cinísmo!!

quinta-feira, 29 de março de 2012

Jornalista é demitido por comentar a "Privataria Tucana"

 
O espinho da "Privataria Tucana" continua incomodando o PSDB. O mais novo desdobramento do livro de Amaury Ribeiro Júnior foi a demissão de um historiador e um editor da revista "História". O motivo?  Uma resenha publicado no site do veículo sobre o livro-denúncia. Segundo o jornalista Élio Gaspari, a ordem teria partido diretamente do presidente do PSDB, Sérgio Guerra. 
Com a palavra
Autor do livro, Amaury disse que a demissão mostra bem a verdadeira face do partido de Serra e FHC. 
"É um absurdo essas atitudes vergonhosas e ultrapassadas. Porque eles não respondem as denúncias do livro? Falaram que me processariam, mas até agora nada disso aconteceu, como diz um velho jurista, ‘Contra fatos não há argumentos’. Pedir a cabeça de jornalista é um golpe contra a liberdade de imprensa, mas infelizmente isso está se tornando uma rotina no país", desabafa Amaury. 
Sobrevida
Retirada do site da revista "História", a resenha da "Privataria Tucana" é mantida no blog da  Geração Editorial , responsável pela publicação do livro. Clique aqui e confira.

domingo, 29 de maio de 2011

A neoUDN já baba por um golpezinho…

Em nome do moralismo, o golpismo. Como fazia o "corvo" Lacerda

Se alguém tem dúvida do que pretende essa onda de explorações contra o Governo Dilma, alimentada pela direita, de uma lida nas declarações do presidente dos tucanos, Sérgio Guerra, publicadas há pouco no site do PSDB:
Esse governo, em menos de 30 dias, se desautorizou. O reconhecimento geral do país hoje é que a presidente não governa”, afirmou . O presidente relembrou ainda que o PSDB antecipou na campanha presidencial os efeitos da eleição de Dilma. “Ela não tinha liderança atestada para governar o Brasil”, disse.
Reparem como o discurso já bota as “manguinhas de fora”: “a presidente não governa”, diz Guerra. E o país precisa de governo, não é?
Ele recomenda um discurso “único” para a tucanada, que ainda não resolveu o que fazer com os restos mortais políticos de José Serra.
“É a grande chance de fazer pelo Brasil o que precisa ser feito: um governo honesto, sério, equilibrado, com partido sério e honesto”.
Partido sério e honesto, para quem não percebeu, é o PSDB, o partido que vendeu o que podia e o que não podia nos oito anos de poder, que engavetou todas as investigações, durante os quais se comprou votos até daquele deputado do massacre da serra elétrica para garantir a releleição, do governo do… bom, deixa pra lá.
Agora são eles que vão nos ditar “padrões éticos”?
Será que somos tão imaturos politicamente que vamos embarcar nessa? Que as investigações sigam seu curso e, havendo ilícitos, que sejam objeto de responsabilização política e legal.
Mas o discurso da crise e da desestabilização já está escorrendo pelas babujentas bocas de uma direita inconformada com os novos rumos do Brasil que ela não conseguiu reduzir a uma colônia dócil e sem alma.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Pega ladrão !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Por que a Globo ajuda Serra a esconder Paulo Preto?

Da série:

Serra se complica após denúncia

Após negar, tucano admite conhecer acusado de sumir com R$ 4 milhões de sua campanha


Brasília - Na enxurrada de denúncias entre os candidatos à Presidência, uma pergunta da petista Dilma Rousseff, feita ao tucano José Serra no debate da Band, no último domingo, só foi respondida ontem. Mesmo assim, após o acusado cobrar resposta de Serra, que chegou a negar que o conhecia, mas depois admitiu o contrário. Dilma se referiu ao engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto ou Homem-Bomba, que, segundo reportagem da revista ‘Isto É’ publicada em agosto, arrecadou pelo menos R$ 4 milhões para a campanha eleitoral, sem que os recursos tenham chegado ao caixa do comitê de Serra.

Ontem, no jornal ‘Folha de S.Paulo’, Paulo Preto, ex-diretor da Dersa — estatal paulista responsável pelas principais obras viárias do estado, como o Rodoanel, investimento de mais de R$ 5 bilhões — cobrou de Serra resposta às acusações. “Não somos amigos, mas ele (Serra) me conhece muito bem. Ele tem que responder”.

À Folha, o engenheiro negou ter arrecadado recursos para o PSDB, mas diz que “criou as melhores condições para que houvesse aporte de recursos”. “Não se larga um líder ferido na estrada, a troco de nada. Não cometam esse erro”, disse ele, em recado direto a líderes tucanos.

No dia seguinte ao debate, em entrevista ao portal Terra, Serra afirmou que “não sabia quem era Paulo Preto”. “Nunca ouvi falar. Ele é um factoide”, disse. Após carreata em Goiânia (GO), Serra parece ter mudado de opinião.

O tucano passou a se referir a Paulo Preto como inocente. “Vamos deixar claro. A Dilma chegou no debate e disse que tinha havido um desvio de R$ 4 milhões na minha campanha. Ou seja, que alguém contribuiu e não chegou à minha campanha. Isso não é verdade. Ele (Paulo Preto) é totalmente inocente. Ele não fez nada disso”, disse Serra.

Na entrevista da ‘Isto É’, Paulo Preto é criticado por Eduardo Jorge, vice nacional do PSDB. “Ele arrecadou por conta própria, sem autorização do partido”, disse. A revista também cita a investigação Castelo de Areia, da Polícia Federal, em que Paulo Preto aparece como uma das pessoas que teriam recebido propina de uma empreiteira.



http://odia.terra.com.br/portal/brasil/eleicoes2010/html/2010/10/serra_se_complica_apos_denuncia_116673.html 

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Terra: “Homem-bomba” do PSDB é nova arma de Dilma em campanha

“Homem-bomba” do PSDB é nova arma de Dilma em campanha
11 de outubro de 2010 • 08h30
Claudio Leal
Marcela Rocha
Direto de São Paulo
No final do primeiro bloco do debate na Rede Bandeirantes, Dilma Rousseff (PT), cobrou de José Serra (PSDB) esclarecimentos sobre Paulo Vieira de Souza, ex-membro do governo tucano em São Paulo que, segundo a petista, “fugiu com R$ 4 milhões de sua campanha”. Na plateia, o questionamento deixou os petistas efusivos. Integrantes do PSDB, preocupados com o cerco da imprensa a partir deste instante, prepararam uma saída à francesa do senador eleito Aloysio Nunes, que mantinha relações estreitas com Vieira de Souza. Minutos depois, o senador eleito deixou o estúdio e não retornou.
Mais conhecido como Paulo Preto, Paulo Vieira de Souza foi diretor de engenharia da Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa). Ele era o responsável direto por grande parte das obras viárias do governo de São Paulo. Chamado de “homem-bomba do PSDB”, em matéria da revista Veja, publicada em maio deste ano, Paulo Preto foi demitido oito dias depois de ter inaugurado o trecho sul do Rodoanel. Quando Aloysio Nunes deixou o debate, depois do questionamento sobre Paulo Preto, o correligionário Cícero Lucena ocupou o seu lugar na plateia.
No instante da acusação, Serra olhou para assessores, o marqueteiro Luiz Gonzalez e o estrategista Felipe Soutello. Tempo encerrado. Nos bastidores, a denúncia agitou a plateia e as conversas de pé-de-ouvido. “Ele está desnorteado. Isso, no boxe, é nocaute”, mordiscou o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT). Mais abaixo, o coordenador de comunicação de Dilma, o deputado estadual Rui Falcão, informava: “A imprensa já noticiou: ele era diretor da Dersa e fugiu com quatro milhões”. Dinheiro que, segundo a pergunta-acusação de Dilma no debate, teria sido arrecadado para campanha tucana.
“Serra deve ter levado um susto”, comemorou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. “A Dilma colocou o tema do Paulo Preto na campanha. Foi colocado e não houve qualquer reação. Está na pauta das discussões dos próximos dias”, avaliou Edinho Silva, presidente do PT paulista.
Ainda segundo a matéria da revista Veja, “Vieira de Souza e Aloysio se conhecem há mais de 20 anos. Quando, no ano passado, o tucano sonhou em ser o candidato de seu partido ao governo de São Paulo, Vieira de Souza foi apresentado como seu ‘interlocutor’ junto ao empresariado. A proximidade entre os dois é tão grande que a família dele contribuiu para que o ex-secretário comprasse seu apartamento”.
Em agosto, a revista ISTO É publicou uma matéria de capa, segundo a qual líderes do PSDB acusam Paulo Preto “de ter arrecadado dinheiro de empresários em nome do partido e não entregá-lo para o caixa da campanha”. A publicação traz também uma declaração de um diretor de uma das empreiteiras responsáveis por obras de remoção de terras no eixo sul do Rodoanel: “não fizemos nenhuma doação irregular, mas o engenheiro Paulo foi apresentado como o ‘interlocutor’ do Aloysio junto aos empresários”.
À saída do debate na TV Bandeirantes, os petistas questionavam a falta de resposta do tucano à acusação feita por Dilma com base na denúncia da revista ISTO É. O deputado Jutahy Magalhães Jr., diz “desconhecer completamente a história” e acrescenta que o comportamento mais ofensivo da ex-ministra flagra “a preocupação com os números”. A afirmação é referente às pesquisas eleitorais. Segundo o último Datafolha – publicado no sábado (9) – Dilma tem 54% dos votos válidos, contra 46% de Serra.
O candidato tucano e sua equipe avaliaram que a estratégia da petista era conclamar sua militância. “Ela falou para dentro do partido”, avaliou o jornalista Luiz Gonzalez, coordenador de marketing da campanha. Para Serra, a petista se comportou de forma atípica para poder usar as imagens em seu programa de televisão. O marqueteiro da petista, João Santana Filho, sorriu com a declaração.
O deputado eleito Sérgio Guerra (PSDB-PE) provocou: “esta foi a primeira intervenção de Ciro Gomes (PSB) na campanha”. O socialista é integrante novo na campanha de Dilma e, segundo aliados, entrou para “bater”. Para o governador de São Paulo, Alberto Goldman, a petista fez afirmações “estapafúrdias”: “eu nunca vi em 40 anos um suicídio desta forma que ela está fazendo”. E completou: “ela está totalmente perdida”.
Tucanos e petistas monitoraram, durante o debate, a reação de grupos focais espalhados pelas regiões brasileiras. Nas pesquisas do PT, houve aprovação da linha de ataques assumida por Dilma, o que justificou a manutenção dos ataques a Serra em todos os blocos do debate. Nas qualitativas tucanas, a petista aparecia como “agressiva” e “raivosa”.
Ainda em relação às análises particulares, o coordenador jurídico da campanha, José Eduardo Cardozo, opinou: “no confronto frente a frente, a linha vai ser essa”.
Os tucanos usam o exemplo deixado por Geraldo Alckmin em 2006 contra Lula, então candidato à reeleição. O primeiro confronto entre os dois, já no segundo turno, foi marcado por ataques mútuos. O tucano, diferente do que fizera no primeiro turno, resolveu subir o tom contra o petista. À época, o PSDB avaliou que esta mudança de comportamento foi o que rendeu uma vitória ainda mais folgada a Lula.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Baixaria contra Dilma gera “barraco” no serrismo


SEP

Folha Online publica uma matéria da ótima repórter Cátia Seabra dando conta de que a campanha de (mais)  baixaria contra Dilma Rousseff por parte da campanha de Serra está causando um “barraco” entre o marqueteiro tucano, Luiz González, e o presidente do partido, Sérgio Guerra.

Guerra quer que os comerciais – que , aliás, ferem a lei ao usar efeitos de computação, como aquele “morphing” que é usado para modificar o rosto das pessoas, e até cachorros da raça rottweiller – sejam exibidos imediatamente.
González diz que submeteu as peças a grupos de pesquisa e a reação foi ruim.
Não são apenas ruins, são abjetas. Usa-se até uma mulher que imita a voz de Dilma, como se imitou a voz de Elba Ramalho e se falsificou uma favela no início da campanha. Queima-se uma revista Veja, como se algo estivesse sendo feito contra ela.
As peças são puro terrorismo, e já estão sendo divulgadas pela mídia, como faz a revista Época.
O martelo – ou a marreta, no caso – está nas mãos do próprio Serra

Udenismo é tentação dos que perdem força no Congresso Quadro partidário paga o preço do passado

de Maria Inês Nassif, no Valor Econômico

Não se constroem partidos do nada. Foi um excessivo otimismo imaginar que o Brasil iria sair de uma ditadura de 21 anos, 13 deles com partidos legais construídos à imagem e semelhança do regime ditatorial, e de imediato iriam surgir partidos orgânicos e prontos para a democracia que se conquistava. Mais que isso, era difícil imaginar que as definições partidárias ocorreriam sem que o país pagasse pelo arcaísmo político embalado não apenas pelo regime militar, mas também pelo período democrático de 1945-1964 e pelo varguismo. Antes do bipartidarismo, o crescimento do PTB acabou desequilibrando um poder político oligárquico, que se compunha conforme suas conveniências para conseguir chegar ao poder pelo voto, e uma oposição desenraizada das bases que namorou e acabou casando com o golpismo.

Não se apaga o passado político, muito menos por ato institucional. A ditadura, que se justificava como um “contra-golpe” à ação das esquerdas que se organizavam em lutas populares, acabou com os partidos políticos mas não com as oligarquias; matou na base um partido de massas, o PTB, que começava a se cristalizar; desorganizou os movimentos populares que poderiam dar massa orgânica aos partidos; reforçou nas elites a percepção de que o Brasil precisa sempre um poder “moderador”, seja um rei, as Forças Armadas ou uma elite com um enorme poder de pressão sobre a máquina de governo, o Congresso e os partidos tradicionais.

O envolvimento de elites que deram decisivo apoio, no momento seguinte, aos movimentos pela redemocratização, deu aos partidos que se definiam, nesse momento, à direita, à esquerda ou ao centro, a impressão de que levaram juntos consensos que seriam eternos. Os movimentos de massa pelas eleições diretas, depois pelas eleições de Tancredo Neves, foram raros momentos de unidade efetiva entre partidos e massas. Uma ilusão de consenso idílico.

No momento da normalização democrática, construir partidos com bases e dar composição orgânica a eles tornou o pós-ditadura menos idílico. Sem know-how de partidos de massas, o Brasil se viu novamente construindo acordos partidários com as velhas oligarquias e construindo novas – o antigo MDB foi uma fonte inestimável de formação de “oligarquias emergentes”. A origem do atual quadro partidário são três: a Arena, que trouxe junto a UDN e parte do PSD; o MDB, que captou os antigos trabalhistas, parte do PSD e outros partidos; e os movimentos de massa que construíram o sindicalismo dos anos 80 e as grandes mobilizações de rua pró-Diretas e pró-Tancredo.

De todo o quadro partidário pós-ditadura, o que deve sobrar no pós-Lula é o PT, que fugiu ao modelo dos demais partidos, o PSB, que fica no meio do caminho e os pequenos partidos ideológicos. Vinte e cinco anos depois da ditadura, o país amarga de novo um momento de enorme instabilidade partidária. Depois das eleições, com ou sem dificuldades legais para a formação de novos partidos ou para realinhamento partidário dos atores políticos, será inevitável que isso aconteça.

O problema é que deve acontecer uma reestruturação partidária à imagem e semelhança da ocorrida a partir de 1979, quando a formação de partidos seguiu mais a lógica de interesses regionais de grupos políticos, ou o interesse pessoal de lideranças, do que propriamente o alinhamento ideológico.

Ainda assim, como os partidos – à exceção do PT, o único que construiu e manteve uma estrutura partidária mais orgânica -, no modelo atual, não conseguem sobreviver muito tempo longe do poder, que alimenta os apoios a nível regional, o realinhamento deve ocorrer muito mais em torno do governo eleito do que propriamente uma rearticulação da oposição. A oposição, se não apresentar uma alternativa menos udenista para os políticos que estão se desinfileirando de propostas mais radicais, corre o risco de inchar o PMDB – um jeito de aderir ao governo recém-eleito e provavelmente com maioria parlamentar sem dizer que está aderindo.

O problema é que, o que sobrar de oposição, terá uma força mínima dentro do Congresso. A tentação do udenismo, nessa situação, aumenta muito. A instabilidade partidária, nesse caso, pode ser um fator de desestabilização da própria democracia.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

A RECONCILIAÇÃO DOS AFOGADOS





Serra tem 40,7%, de rejeição; Yeda Crusius, 42%. Vão dar ‘uma colada nas campanhas’.

"Estamos conversando com Yeda para dar uma colada nas duas campanhas" ,disse Guerra [Sergio Guerra,coordenador político de Serra]. Até agora a relação entre a governadora e Serra tem sido distante e os dois participaram juntos apenas de uma atividade pública [...] Foi na segunda-feira, dia 16, mas na ocasião ele não economizou elogios ao candidato do PMDB ao governo gaúcho, José Fogaça; só fez o mesmo em relação a Yeda --a quem pouco antes havia citado como "Yeda Cruzes"-- depois de ser lembrado pela plateia. O episódio ofuscou o evento no parque Harmonia, em Porto Alegre, e criou um profundo mal-estar entre os tucanos gaúchos. [...] Guerra disse ontem que o fato não foi "relevante". "O candidato está com a cabeça muito cansada; às vezes ele esquece até o meu nome", justificou. Segundo ele, a governadora lhe disse que fará "referência" a Serra nos próximos programas ...'
(Carta Maior, com informações Valor; 25-08)