Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Braço direito de Campos, FBC também foi delatado

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Segundo o colunista Claudio Humberto, o senador eleito Fernando Bezerra Coelho (PSB), que era braço-direito do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, foi citado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa em depoimento; "Ele relatou que em 2010 o doleiro Alberto Youssef recebeu de Bezerra, então secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, pedido de doação para a reeleição do governador Eduardo Campos. E R$ 20 milhões teriam sido doados pelo Consórcio Ipojuca Interligações (CII), contratado da Petrobras na refinaria Abreu e Lima", diz nota; empreiteiras envolvidas são Queiroz Galvão e Iesa; presidente do PSB, Carlos Siqueira, diz não ter registro dessa doação; caixa dois? 

Pernambuco 247 - O senador eleito e ex-ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho (PSB) foi citado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa em depoimento à Polícia Federal, sob acordo de delação premiada na Operação Lava Jato. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do portal Diário do Poder. Segundo ele, FBC, que era braço-direito do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, pediu doações para o doleiro Alberto Youssef para a campanha de reeleição de Campos, falecido em agosto em um acidente aéreo. Na coluna de ontem, o jornalista também afirmou que o ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra [já falecido], também teria sido cotado na delação premiada feita por Costa.

O pedido foi atendido, ainda segundo o colunista, através do Consórcio Ipojuca Interligações (CII), formado pelas empresas Iesa e Queiroz Galvão, que tem contrato nas obras da implantação da Refinaria Abreu e Lima, em Suape. Nas prestações de contas do PSB à Justiça Eleitoral não aparece nenhuma doação deste valor. Na época, o partido era presidido por Eduardo Campos. O Tribunal de contas da união suspeita que as obras da Refinaria Abreu e Lima foram superfaturadas em até  R$ 316,9 milhões.

O presidente do PSB, Carlos Siqueira, diz desconhecer qualquer doação do gênero e que a campanha de Eduardo Campos não custou tanto. Já a Queiroz Galvão teria informado que  “todas as doações realizadas pela empresa seguem rigorosamente a legislação eleitoral".

Entre 2007 e 2010, Fernando Bezerra Coelho ocupou a presidência do Porto de Suape e acumulou a função de secretário de Desenvolvimento Econômico. Ele ficou no cargo até 2011, quando assumiu o Ministério da Integração Nacional, por indicação de Campos, cujo partido integrava a base aliada do governo da presidente Dilma Rousseff. O PSB deixou o governo em 2013, quando Campos decidiu lançar-se candidato à Presidência da República.

Confira abaixo a nota publicada pelo jornalista Cláudio Humberto.

EX-DIRETOR DELATA EX-MINISTRO DO GOVERNO DILMA

Ex-ministro da Integração de Dilma e senador eleito, Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) foi citado pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, sob delação premiada. Ele relatou que em 2010 o doleiro Alberto Youssef recebeu de Bezerra, então secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, pedido de doação para a reeleição do governador Eduardo Campos. E R$ 20 milhões teriam sido doados pelo Consórcio Ipojuca Interligações (CII), contratado da Petrobras na refinaria Abreu e Lima.


CRÉDITO APROVADO

Paulo Roberto Costa afirmou que, consultado por Youssef, aprovou a doação. Até o fechamento desta edição, Bezerra não respondeu às ligações da coluna.

SUPERFATURAMENTO

O TCU estima que o consórcio CII, das empreiteiras Iesa e Queiroz Galvão, pode ter superfaturado R$ 316,9 milhões em Abreu e Lima.

NÃO CHEGOU

Hoje presidente do PSB, Carlos Siqueira ignora a suposta doação e diz que a campanha de Eduardo – que não custou tanto – jamais a recebeu.

RESPOSTA PADRÃO

A Queiroz Galvão informou por assessores que “todas as doações realizadas pela empresa seguem rigorosamente a legislação eleitoral".

O risco que se corre quando o ódio tenta derrotar a democracia


diretas-ja-2 

O Brasil vive um dos seus melhores momentos da história do ponto de vista democrático. E o impressionante é que em alguns setores à esquerda e à direita isso não é valorizado da forma que deveria. Do lado dos brucutus que têm saudades dos tempos das casernas, vivemos hoje num Estado aparelhado pelos comunistas. Mas à esquerda também não é incomum ouvir gente séria fazendo coro à tese de que o Brasil não é democrático porque, entre outras coisas, a polícia é muito violenta e a injustiça social imensa.
Aos que seguem a cantinela de Olavo de Carvalho, Lobão, Roger, Rodrigo Constantino e outros importantes e ilustres pensadores, dá pra entender que busquem a todo custo destruir o que foi construído nos últimos 30 anos.

Do outro lado da corda, às vezes o desprezo pelo já construído tem relação com os limites da democracia direta. Que precisam ser testados e reformulados a partir de lutas como o do projeto de Lei da Constituinte Soberena e Exclusiva para a Reforma Política, que obteve cerca de 8 milhões de assinaturas.

Mas até para avançar é preciso que se valorize o que já se conquistou. E nos limites deste atual modelo o Brasil já avançou muito nos últimos anos. Somos um país muito melhor. Há muito menos gente passando fome, construímos legislações avançadas, como o Estatuto da Criança e Adolescente, sistemas universais, com o SUS, um sistema político onde há distribuição de poder e no qual partido algum consegue controlar o país inteiro, melhoramos a fórceps a distribuição de renda, temos movimentos sociais fortes e que garantem estruturas de participação popular, tivemos imensa ampliação da consciência de direitos e lutas de grupos como mulheres, negros e LGBT. Enfim, a despeito de uma série de problemas, o saldo a favor é muito grande.

E neste processo há grupos políticos que entregaram mais do que outros, mas o fato é que um país não é feito de apenas uma parte. Ele também é fruto das suas contradições.

Nesta eleição, porém, o clima atual é muito perigoso. Talvez até menos pelo discurso dos candidatos e mais pelo ódio que é estimulado por segmentos da mídia e por algumas de suas sub celebridades. Aquelas que só têm compromisso com alguns minutos de fama e nada mais. Que desprezam tanto as consequência do que dizem e escrevem como também as suas biografias.

E é isso que tem gerado agressões em bairros mais elitizados a pessoas que se posicionam a favor de candidaturas, em especial, nesta eleição, vinculadas ao PT. Há um setor da direita buscando impedir o posicionamento daqueles que consideram que os avanços dos últimos 12 anos no Brasil foram maiores que nos anos anteriores. E que por isso preferem Dilma.

É inaceitável que artistas que estão declarando votos sejam constrangidos em restaurantes, que militantes sejam expulsos aos gritos e pontapés de áreas de classe média, que ativistas de rede social incitem a violência contra aqueles que divergem. A convivência democrática entre as partes que divergem é um dos principais valores a serem defendidos pelos que são de fato democratas. Quem buscar caminhos tortos para se impor, pode ganhar no curto prazo, mas perde na hora que a história pede sua prestação de contas.

Bolsonaro, Malafaia e Felicianos da vida quando somam diminuem o candidato que apoiam. E quando se tornam protagonistas de um dos lados da disputa, maculam seus propósitos.

O ódio capturou boa parte dos militantes mais ativos da candidatura de Aécio, em especial em São Paulo. Jovens classe média que votam em Dilma não têm coragem de declarar isso para seus familiares. Pessoas que residem em prédios nobres, não se sentem à vontade para colocar um adesivo no carro por medo de retaliação. Quem trabalha em empresas mais tradicionais que declarou o voto,  tem sofrido assédio.

Isso não é do jogo e precisa ser combatido, mas não com o mesmo ódio. O contraponto tem que ser pelo diálogo e com tolerância. Mas sem se deixar intimidar por esse brucutonismo. Se eles passarem, seremos reféns de seus caprichos e demônios. E os demônios dessa gente gostam de sangue. Sangue que já foi vertido em outros momentos da história do país e não levou o país a avançar. Ao contrário, que fez com que quase todos perdêssemos muito naquele período.

A melhor resposta a isso é exercer seu direito cidadão, defender seu candidato, desfraldar sua bandeira, conversar sobre política e saber que aquele que não pensa como você não é seu inimigo. É adversário político. Porque é do jogo ter adversários, porque faz parte da batalha querer vencer. Mas há limites. E ultrapassá-los ou negá-los é a pratica dos intolerantes. E esses precisam ser combatidos mais do que todos.

Ódio ao PT fez mais uma vítima: Gregório Duvivier

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O ator e poeta Gregório Duvivier, integrante do grupo Porta dos Fundos, foi agredido verbalmente e quase fisicamente no Rio de Janeiro; o motivo: ter declarado seu apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff e criticado a pressão para votar em Aécio Neves; aos berros, num restaurante do Leblon, um radical de direita o classificava como integrante da "esquerda caviar", expressão disseminada no País pelo colunista neocon Rodrigo Constantino; discurso de ódio ao PT, que vem sendo alimentado há vários anos por meios de comunicação conservadores, alimenta a radicalização política e a violência; estimulados por brucutus como Constantino, trogloditas de alma fascista saem da toca 

247 - O discurso de ódio ao PT, que vem sendo alimentado há vários anos por colunistas de extrema direita e meios de comunicação conservadores, já deságua em violência. Ontem, a vítima foi o poeta e ator Gregório Duvivier, que integra o grupo de humor Porta dos Fundos. O relato está na coluna desta quinta-feira do jornalista Ancelmo Gois:

Gregório Duvivier almoçava ontem no Celeiro, no Leblon, quando um sujeiro disse que não ficaria mais ali porque ia "acabar metendo a porrada" nele. O talentoso ator e escritor ficou calado. 
Mas o agressor continuou o xingamento, dizendo que ele era da "esquerda caviar" e que deveria estar almoçando no bandejão, "já que gosta tanto de pobre". Meu Deus!

Dois dias atrás, em artigo publicado na Folha de S. Paulo, Duvivier criticou a patrulha política para que votasse em Aécio Neves e declarou seu apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff. "Nos postes da cidade, os adesivos se multiplicam. ´Aqui se vota Aécio´. Você, que não vota como o poste: ame o Rio - ou deixe-o. Aqui não é sua área. Aqui se brinda pelo fim da maioridade penal. Aqui a gente cansou da corja do PT e quer gente nova - mas logo quem? O mensalão tucano, a compra da reeleição, o aeroporto, o helicóptero, tudo virou pó", disse ele. “A militância de jipe e os comentaristas de portal não me dão essa opção. Se quem defende causas humanitárias e direitos civis é tachado de petista, não me resta outra opção senão aceitar essa pecha”.

Instantes depois, o colunista neocon Rodrigo Constantino, que escreve em Veja.com e disseminou a expressão "esquerda caviar", publicou artigo afirmando que o apoio de Gregório Duvivier a Dilma representaria "mais um ponto" para Aécio. "Causas humanitárias? Tipo… aquelas adotadas na Venezuela ou em Cuba, países que o PT defende? Direitos civis? Tipo… aqueles presentes nos países islâmicos que o PT também defende? Pergunto-me: pode apenas a burrice explicar algo assim?", questionou o colunista de 

Veja.com, tão troglodita quanto alguns de seus colegas e o agressor de Duvivier.

Como diria Nelson Rodrigues, os idiotas perderam a modéstia e os agressores, de alma fascista, agora saem da toca.

Dados contra Aécio somem do site do TCE


Patrões da mídia apertam o cerco eleitoral: depois da censura da Folha a Xico Sá (leia nesta pág) , é a vez de O Globo; editora de política, Fernanda da Escóssia, é expurgada por não forçar a barra suficientemente contra Dilma

O dissimulado: jornalista Juca Kfouri rememora na coluna de hoje, na Folha, o corpo mole, a dissimulação e a cumplicidade de Aécio contra a investigação da Máfia da Loteria esportiva, quando foi diretor de Loterias da Caixa, em 1985, nomeado pelo tio, Francisco Dorneles

Em meio à retração da economia mundial que fez despencar as bolsas do mundo nesta 4ª feira, Brasil anuncia a criação de 123,7 mil novos empregos em setembro; indústria volta a contratar com saldo de 24,8 mil vagas; governo Dilma deve encerrar com seis milhões de novos empregos

O lugar é o Tuca: próxima 2ª feira, dia 20, no teatro da PUC, em SP, grande ato de entrega do manifesto de artistas, cientistas e intelectuais,com mais de oito mil assinaturas de apoio a Dilma,entre elas as de Chico Buarque, Belluzzo, Bresser Pereira, Raduan Nassar, Veríssimo .

Petrobrás bate recorde em setembro: estatal produz 2,23 milhões de barris/dia de óleo; pré-sal gerou 618 mil barris no dia 18

Vendas do comércio varejista crescem 1,1% em agosto




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Durante debate da Band, presidente Dilma Rousseff (PT) acusou o adversário Aécio Neves (PSDB) de não cumprir o mínimo dos repasses na área de Saúde no governo de Minas Gerais e convidou os telespectadores a checar na página do TCE; “No que se refere à Saúde pode-se entrar no site do TCE e lá vai estar claro que o governo de Minas foi obrigado a assinar um termo de ajustamento de gestão e que considerou-se que vocês desviaram em torno de R$ 7,6 bilhões”; em nota, o tribunal afirmou que o site caiu por causa da quantidade de acessos na noite desta terça, mas não confirmou a exclusão de documentos 

247 - Relatórios técnicos sobre as contas do governo de Minas Gerais de 2006 a 2012, que então disponíveis para consulta no site do Tribunal de Contas de Minas Gerais, foram retirados do ar entre a noite de terça-feira e o início da tarde de ontem.

Os dados em questão foram usados pela presidente Dilma Rousseff (PT) contra o adversário Aécio Neves (PSDB), em debate da Band, ao acusá-lo de não cumprir o mínimo dos repasses na área de Saúde. Ela convidou os telespectadores que acompanhavam o debate a checar na página do TCE.

“No que se refere à Saúde pode-se entrar no site do TCE e lá vai estar claro que o governo de Minas foi obrigado a assinar um termo de ajustamento de gestão e que considerou-se que vocês desviaram em torno de R$ 7,6 bilhões”, acusou Dilma. O valor corresponderia aos 12% do orçamento que deveria ter sido destinado.

Em nota, o tribunal afirmou que o site caiu por causa da quantidade de acessos na noite desta terça, mas não confirmou a exclusão de documentos das gestões tucanas.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Acervo: lembranças do governo FHC.


Extraído do site de Carta Capital. ( Des Governinho maldito !!!!!!)

Uma reportagem de 1998 e outra de 1999 ajudam a refrescar a memória sobre a gestão do tucano no Planalto 
 
por Redação — publicado 15/10/2014 15:13, última modificação 15/10/2014 15:29 
 
Eduardo Knapp / Folha Imagem
 
1999 dólar
Um retrato de janeiro de 1999: a desvalorização do real provocou tensão

A disputa de um segundo turno presidencial entre o PT e o PSDB trouxe à tona, como deixou claro a atuação de Dilma Rousseff no debate da Band, na terça-feira 14, os pontos negativos da administração tucana de Fernando Henrique Cardoso no Palácio do Planalto (1995-2002). No embate com Aécio Neves, Dilma lembrou inúmeros escândalos de corrupção da era FHC, todos sem condenação dos culpados, e também as crises econômicas da década de 1990.

CartaCapital acompanhou aquele período com atenção. Duas capas, uma de novembro de 1998 e outra de fevereiro de 1999, ilustram alguns dos eventos da gestão de FHC.

Em 25 de novembro de 1998, em sua edição 87, CartaCapital trouxe detalhes do escândalo de grampos no BNDES, no qual gravações revelaram a existência de um esquema para favorecer, na privatização do Sistema Telebrás, um consórcio que uniria o banco de investimentos Opportunity, de Daniel Dantas, e a Telecom-Itália. Os áudios mostravam que o governo se sentia à vontade para tocar as privatizações, em parte porque contava com o apoio da imprensa. “A imprensa está muito favorável, com editoriais”, diz o então ministro das Comunicações, Mendonça de Barros, a FHC. “Está demais, né? Estão exagerando, até”, responde o ex-presidente, em tom de brincadeira.

A operação irregular captada pelos grampos incluía Mendonça de Barros, André Lara Resende e Pio Borges, então presidente e vice do BNDEs, e Pérsio Arida, ex-presidente do Banco Central e então sócio do Opportunity. O Previ, fundo de Pensão dos funcionários do Banco do Brasil, foi pressionado a se juntar ao consórcio escolhido para arrematar a Tele Norte Leste, um dos ramos da Telebrás colocado à venda pelo governo. Para conseguir o que desejavam do Previ, Mendonça de Barros e Lara Resende usaram o que chamavam de “bomba atômica”, a influência de Fernando Henrique sobre o fundo. FHC foi contatado e deixou claro que intercederia no caso.

Após a revelação do escândalo, Mendonça de Barros e Lara Resende perderam seus cargos, mas a investigação não avançou, apesar das acusações de que envolvidos no caso teriam enriquecido de forma ilícita.

Em 3 de fevereiro de 1999, em sua edição 91, CartaCapital trazia na capa o termo “quebramos”, em referência ao desastre econômico provocado pela desvalorização do real ocorrida no governo FHC após a reeleição do presidente, em outubro de 1998. A moeda começou a perder o valor 12 dias após a vitória do tucano nas urnas, uma tendência que se acentuou em janeiro de 1999, quando o Banco Central abandonou o regime de câmbio fixo, passando a operar em regime de câmbio flutuante, o que efetivamente colocou fim no Plano Real como concebido no governo de Itamar Franco (PMDB).

A análise publicada por CartaCapital mostrava que a desvalorização da moeda, em combinação com as mudanças estruturais realizadas anos antes por conta da supervalorização da moeda, da abertura comercial e da ausência de controle sobre preços internos, provocaria uma alta generalizada de preços e aumento brusco nas dívidas pública e privada. Para piorar, uma segunda reportagem de CartaCapital mostrava que uns poucos investidores souberam com antecedência da desvalorização planejada pelo governo FHC e compraram um volume anormal de dólar futuro dois dias antes de a moeda nacional começar a perder valor.

Clicando nas imagens abaixo, o leitor pode ver o PDF das reportagens completas:

cartacapital87.jpg
cartacapital91.jpg

O vazamento de uma pesquisa que nem tinha sido foi feita

DATAFOLHA3

Até tu, Valor Econômico?

Do viomundo.

por Roberto Vasques* e Felippe Ramos**

Às 14h desse 14 de outubro, os fatos pareciam não deixar dúvida: o jornal Valor Econômico havia aderido à campanha de Aécio. Ou não? Vamos aos fatos.

Com direito a manchete em sua página de internet e retuitada ao instante, a matéria “Rumores eleitorais tornam a rondar mercados; Bovespa e dólar sobem”, do jornal Valor Econômico (cujos donos, cabe lembrar, são Grupo Folha e Organizações Globo, com cotas iguais de 50%) anunciava um “rumor” que teria impactado no ânimo dos “mercados” e justificaria a subida repentina do dólar e da Bovespa no final da manhã desta quarta-feira: Aécio apareceria 8 pontos na frente de Dilma na pesquisa do Datafolha (cujo único dona é o Grupo Folha) com resultado previsto para ser anunciado na quinta-feira, 15 de outubro.

Qual seria o espanto? O fato da pesquisa ter sido contratada em parceria justamente pela Folha da Manhã e a Rede Globo?

Não, a endogamia total entre Folha e Globo não é o problema em questão. Muito menos o fato de Globo e Folha, contra todas as evidências (ai está o manchetômetro da UERJ), não assumirem suas predileções políticas – embora nesse caso nos pareceria mais honesto e republicano se seguissem o modelo de grande parte dos órgãos de imprensa internacional e assumissem em editorial sua posição política, uma vez que ela existe e é mais ou menos clara.

O leitor já cansado desta prosa nos perguntaria ansioso? Afinal, qual o incômodo?

Ora, uma rápida busca no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) esclarece a questão: segundo o Tribunal, a referida pesquisa do Datafolha (protocolo no TSE número BR-01098/2014), encomendada por Folha e Globo, tem prevista a realização das entrevistas e tratamento dos dados para os dias 14 e 15 de outubro, com a publicação dos resultados, como de costume, no Jornal Nacional, na noite do próprio dia 15.

Fonte: http://pesqele.tse.jus.br/pesqele/publico/pesquisa/Pesquisa/visualizacaoPublica.action?id=28424

Ora, como foi possível “vazar” para os “mercados”, na hora do almoço do dia 14, uma pesquisa ainda a ser realizada ao longo dos dias 14 e 15?

É difícil imaginar que tivesse havido tempo hábil para o Datafolha realizar as previstas 9260 entrevistas (ao menos parte relevante delas) ao longo de uma manhã, processar os dados, chegar a algum resultado parcial e que os mesmos supostamente tivessem sido “soprados” aos mercadeiros de plantão.

Ou será que estamos tão por fora da dinâmica do trabalho de pesquisa que o Datafolha já no final da manhã do primeiro dia (em cerca de 4h) tem boa parte de sua amostra realizada e tratada e passível de ser alvo de um vazamento?

Ainda que o diretor do Datafolha afirmasse que tecnicamente é possível chegar a essas conclusões em uma manhã, seria o caso de ganhar tanto destaque (manchete e twitter) justamente em um órgão de imprensa, o  

Valor Econômico, pertencente a Globo e Folha?

Não estaria mal se o Datafolha e Valor Econômico se pronunciassem a respeito. A matéria do Valor foi assinada por 4 jornalistas. Eles queriam compartilhar a fama do “furo”? Ou a intenção foi proteger-se, em coletivo, ao anunciar algo tão escandaloso?

Com a palavra, o Valor Econômico.

Fonte: http://www.valor.com.br/financas/3734826/rumores-eleitorais-tornam-rondar-mercados-bovespa-e-dolar-sobem

* Doutorando em Ciência Política; ** Sociólogo

Leia também:

A lista dos parentes de Aécio que estavam no governo de Minas em 2006

TJMG confirma: Aécio Neves é réu e será julgado por desvio de R$4,3 bilhões da saúde

Governador de Minas Gerais é acusado de não cumprir o piso constitucional do financiamento do SUS entre 2003 e 2008 

Do site do deputado Rogério Correia 

Desembargadores negaram recurso da defesa de Aécio Neves mantiveram ação por improbidade administrativa (Foto: Governo de Minas Gerais / Leo Drumond / Flickr)

Por três votos a zero, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decidiu que o senador Aécio Neves continua réu em ação civil por improbidade administrativa movida contra ele pelo Ministério Público Estadual (MPE).

Aécio é investigado pelo desvio de R$ 4,3 bilhões da área da saúde em Minas e pelo não cumprimento do piso constitucional do financiamento do sistema público de saúde no período de 2003 a 2008, período em que ele foi governador do estado. O julgamento deverá acontecer ainda esse ano. Se culpado, o senador ficará inelegível.

Desde 2003, a bancada estadual do PT denuncia essa fraude e a falta de compromisso do governo de Minas com a saúde no estado. Conseqüência disso é o caos instaurado no sistema público de saúde, situação essa que tem se agravado com a atual e grave epidemia de dengue.

Recurso

Os desembargadores Bitencourt Marcondes, Alyrio Ramos e Edgard Penna Amorim negaram o provimento ao recurso solicitado por Aécio Neves para a extinção da ação por entenderem ser legítima a ação de improbidade diante da não aplicação do mínimo constitucional de 12% da receita do Estado na área da Saúde. Segundo eles, a atitude do ex-governador atenta aos princípios da administração pública já que “a conduta esperada do agente público é oposta, no sentido de cumprir norma constitucional que visa à melhoria dos serviços de saúde universais e gratuitos, como forma de inclusão social, erradicação e prevenção de doenças”.

A alegação do réu (Aécio) é a de não ter havido qualquer transferência de recursos do estado à COPASA para investimentos em saneamento básico,  já que esse teria sido originado de recursos próprios. Os fatos apurados demonstram, no entanto, a utilização de valores provenientes de tarifas da COPASA para serem contabilizados como investimento em saúde pública, em uma clara manobra para garantir o mínimo constitucional de 12%. A pergunta é: qual foi a destinação dada aos R$4,3 bilhões então?

Leia também:

Justiça aponta que governo Aécio mentiu sobre investimentos em saúde

Armínio: BNDES não acaba, mas deve emprestar menos

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O economista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central e ministro da Fazenda de um eventual governo Aécio Neves, voltou a falar sobre o papel de bancos públicos, como o BNDES; "não vamos acabar com o BNDES, que é um instrumento importante"; Armínio, no entanto, antecipou o desejo de reduzir o volume de empréstimos e o tamanho da instituição; "hoje, não há meta para o tamanho do banco, mas, com critério, sem emprestar para Petrobras e grandes empresas que têm acesso a crédito privado, o volume dos desembolsos deve diminuir aos poucos"; na propaganda política, Armínio, que elevou os juros a 45% ao ano e não cumpriu a meta de inflação em dois anos, tem sido um dos principais alvos do PT 

247 - Um dos principais alvos do PT na disputa do segundo turno, o economista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central e ministro da Fazenda num eventual governo Aécio Neves, explicitou sua posição sobre o papel dos bancos públicos, depois de ter dito, numa apresentação recente "não sei bem o que vai sobrar" (leia mais aqui).

Desta vez, Armínio falou aos jornalistas Alexandre Rodrigues e Clarice Spitz, do jornal O Globo. Ao ser questionado sobre como seria o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social de Aécio respondeu que "não vamos acabar com o BNDES, que é um instrumento importante".

No entanto, antecipou o desejo de reduzir o tamanho da instituição e reduzir o volume de empréstimos para empresas públicas e privadas. "Hoje, não há meta para o tamanho do banco, mas, com critério, sem emprestar para Petrobras e grandes empresas que têm acesso a crédito privado, volume de desembolsos deve diminuir aos poucos". Armínio afirmou que o volume de subsídios do BNDES às empresas é maior do que o Bolsa-Família.

Na mesma entrevista, ele afirmou que pretende trazer a inflação para o centro da meta de 4,5% "em dois ou três anos" e disse que o instrumento não será "só juros". Uma das principais críticas do PT a Armínio diz respeito ao fato de ter elevado a taxa de juros para 45% ao ano, quando assumiu o Banco Central, e não ter cumprido a meta de inflação em dois anos de sua gestão - no primeiro com 7% e no segundo com 12%.

O "economista" afirma que a inflação cairá, também, com um choque de confiança, elevando investimentos e a oferta de produtos na economia brasileira.

Como Dilma apagou o sorriso irônico de Aécio no debate da Band



Aécio Neves começou a debater ontem (14) com Dilma Roussef na tevê Bandeirantes ostentando um sorriso irônico que evidenciava que ele acreditava que a adversária seria presa fácil. Ledo e Ivo engano. Dilma não apenas não foi presa como tampouco foi fácil.

No primeiro e segundo blocos do programa, o sorrisinho continuava brotando logo abaixo dos olhinhos tucanos. Mas foi no terceiro bloco, quando Aécio tocou no tema corrupção, que a adversária arrancou o sorriso de seu rosto ao citar escândalos que o envolvem.

Dilma citou os casos dos dois únicos aeroportos construídos em Minas Gerais durante o governo do tucano, ambos construídos ao lado de propriedades de sua família; citou o caso das rádios da família Neves que receberam dinheiro de seu governo; chegou a perguntá-lo sobre “violência contra a mulher” – alô, Juca Kfouri.

Aécio se descontrolou. Naquele momento, alguns expectadores podem ter ficado com a impressão de que ele agrediria a adversária fisicamente. Não aconteceu, mas a reação do tucano foi absolutamente desastrosa: insultou a mulher que tinha diante de si.

“Leviana”, vociferou.

A partir dali, o sorrisinho desapareceu para nunca mais voltar. Enquanto isso, Dilma foi se soltando.

Rebateu, um a um, cada ataque e, dentro do tempo estipulado, a cada resposta a um ataque, fez outro.
Dilma cresceu muito, do último debate para este. Esteve segura, gaguejou muito pouco, de forma quase imperceptível. Mas o mais importante foi a entonação da voz e a linguagem corporal. Mostrou segurança e, em alguns momentos, até indignação.

Aécio por certo saiu surpreso da Bandeirantes. Não esperava encontrar uma adversária tão perigosa, que o fez tremer quando falou das rádios e da violência contra mulher. Provavelmente, com medo de que ela desse mais detalhes.

A partir daquele momento, o tucano parou de falar em corrupção. Afinal, Dilma poderia dar mais detalhes das acusações que fez. Poderia dizer que naquele mesmo dia saíra matéria na Folha de SP sobre as rádios, e poderia perguntar o que ele tinha a dizer sobre o relato do jornalista Juca Kfouri, que o acusou de agredir uma namorada.

Porém, Aécio não perde por esperar. Haverá mais debates e por certo o Brasil terá oportunidade de saber mais sobre alguém que, pertencendo a um partido cheio de casos de corrupção e que sofre tantas acusações nesse quesito, ainda tem a cara-de-pau de acusar alguém.

Dilma venceu? A meu ver, sim. Mas, claro, ninguém pode dizer que o consenso majoritário não vá ser o de que o embate ficou empatado. Mas é literalmente impossível dizer que ela perdeu. E, diante das lendas que criaram, empate equivale a vitória.

O plano terrorista de Aécio e Armínio







Mais de oito mil intelectuais e artistas já aderiram ao abaixo assinado de apoio a Dilma, que será entregue à Presidenta nesta 4ª feira, na USP; entre eles Chico Buarque de Holanda, Luiz Gonzaga Belluzzo, Raduan Nassar, Luiz Carlos Bresser Pereira, João Manuel Cardoso de Melo, Luís Fernando Veríssimo


Marina implode a Rede em SP: apoio a Aécio racha a organização; setores da Executiva classificam tucano como um candidato organicamente integrado aos ruralistas, ao capital financeiro e à desconstituição de direitos

Folha censura artigo e colunista pede demissão: Xico Sá foi impedido de publicar artigo em que manifestava apoio a Dilma; censurado, o jornalista pediu demissão

Vox Populi mostra empate técnico entre Dilma (45%) e Aécio (44%)


Bolívia deu a Evo Morales neste domingo um terceiro mandato, com esmagadora vantagem sobre o adversário conservador

Aécio Neves e Armínio Fraga querem fabricar a ideia de que a economia não cresce por causa da inflação e porque o salário mínimo é muito alto.

por Emir Sader

Emir Sader1. Criar o clima de que o maior problema brasileiro é uma suposta inflação descontrolada. (Mesmo se é de 6% ao ano, quando FHC entregou pro Lula uma inflação de 12,5% ao ano.

2. Fabricar a ideia de que a economia não cresce pela inflação e porque “o salário mínimo é muito alto”, segundo o Arminio Fraga. (Apesar de que os salários são um componente mínimo dos custos de qualquer mercadoria.)

3. Difundir a ideia de que o governo gasta muito, que é necessário um duro ajuste fiscal. (As tais “medidas impopulares” de que fala o Aecio que está pronto para tomar.)

4. Pregar que “um certo nível de desemprego é saudável”, como disse o Arminio Fraga.

5. Se ganhar, implementar uma forte política de corte de salários, tanto do setor público, como pressionando as negociações no setor privado. Baixar o salário mínimo.

6. Promover o desemprego para favorecer as condições de negociações dos empresários com os trabalhadores e os sindicatos.

7. Reduzir os bancos públicos a um mínimo, como disse o Arminio. O que significa também cortar muito os recursos para as políticas sociais, que só podem ser realizadas através de bancos públicos.

8. Assinar Tratado bilateral de Livre Comercio com os Estados Unidos, saindo do Mercosul e rompendo todos os acordos de integração regional com os países latino-americanos, deslocando o comercio do Brasil para os EUA como parceiro fundamental.

9. Endurecer a repressão com os sindicatos e os movimentos sociais que resistirem a essas medidas.

10. Instaurada a recessão, com as políticas de austeridade, voltar a tomar empréstimos do FMI, com as cartas de intenção respectivas e os cortes dos gastos sociais do Estado requeridos.

É um plano para voltar aos anos de terror econômico e social dos anos 1990, nos quais Arminio Fraga foi personagem central. Tudo seria feito colocando a culpa nos gastos sociais excessivos dos governos do PT e nos aumentos salários desmedidos por parte dos sindicatos.

Colocado em prática o plano de terror, o Brasil voltaria à recessão, à miséria, ao endividamento com o FMI, à subserviência com os EUA, à repressão dos movimentos populares – como os tucanos promoveram no passado e querem retomar no presente.

Prova de que Aécio mentia saiu do ar Dilma sugeriu que os eleitores visitassem o site do Tribunal de Contas de MG para se inteirar sobre as condenações contra Aécio Neves


Às 23h53, o site estava fora do ar



Durante o debate desta terça-feira (14), na Rede Bandeirantes,  a Presidenta Dilma Rousseff sugeriu que os eleitores visitassem o site do Tribunal de Contas de Minas Gerais para se inteirar das acusações feitas por ela contra Aécio Neves (PSDB, ex-governador do Estado).  O site, no entanto, estava fora do ar, como se observa nas imagens abaixo: http://www.tce.mg.gov.br/

“Quem está assistindo pode entrar no site do Tribunal de Contas e ver os números”, disse Dilma ao 
comentar sobre os recursos aplicados na saúde em Minas.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Ex-diretor da Petrobras processa Costa por calúnia

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Ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato de Souza Duque ingressou com ação penal por crime de calúnia contra Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da estatal; ação diz que Costa acusou falsamente Renato Duque de cometer o crime de corrupção passiva; em depoimento à Justiça, Costa disse que Duque era um dos que entregavam dinheiro de propina ao tesoureiro do PT; de acordo com o advogado que assina a petição, Alexandre Lopes de Oliveira, o delator, "pessoa confessadamente corrupta", mentiu com base na boataria apontando empresários, políticos e ex-diretores da estatal como participantes dos atos de corrupção; "Quanto mais mentiras Paulo Roberto Costa disse, para delas tirar proveito, mais queixas criminais em que figurará no polo passivo da lide haverão de ser postas" 

Por Tadeu Rover, do Conjur

O ex-diretor de serviços da Petrobras Renato de Souza Duque ingressou com ação penal por crime de calúnia contra Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobras. De acordo com o advogado Alexandre Lopes de Oliveira, que assina a petição inicial, Costa acusou falsamente Renato Duque de cometer o crime de corrupção passiva. A ação foi protocolada no 9º Juizado Especial Criminal do Rio de Janeiro.

Em interrogatório à Justiça Federal, Paulo Roberto Costa afirmou que as grandes empresas contratadas pela Petrobras para tocar projetos de produção, gás e energia costumavam fazer um "acordo prévio" para acrescentar em seus orçamentos uma taxa para agentes políticos. Cerca de 3% dos valores dos contratos eram desviados para "ajuste político" e repassados a partidos.

De acordo com Costa, isso era conversado dentro da companhia e o ex-diretor de serviços Renato de Souza Duque era um dos que entregavam, pessoalmente, o valor recebido a João Vaccari Neto, tesoureiro do PT. Paulo Roberto Costa afirmou ainda que as diretorias e presidências da Petrobras foram sempre por indicação política, sendo Renato Duque indicado pelo ministro da Casa Civil José Dirceu.

Costa foi preso em março em meio à operação lava jato, que investiga suposto esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que seria comandado pelo doleiro Alberto Youssef. Ele assinou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal.

Na queixa-crime, o advogado Alexandre Lopes de Oliveira critica as afirmações de Costa. De acordo com o advogado, o delator, "pessoa confessadamente corrupta", mentiu com base na boataria apontando empresários, políticos e ex-diretores da estatal como participantes dos atos de corrupção. "Quanto mais mentiras Paulo Roberto Costa disse, para delas tirar proveito, mais queixas criminais em que figurará no polo passivo da lide haverão de ser postas", afirma o advogado na petição inicial.

De acordo com Alexandre Oliveira, Renato Duque nunca foi apadrinhado de ninguém, tendo sido nomeado diretor devido à sua competência e aos seus muitos anos de empresa, inclusive dirigindo várias gerências. Além disso, afirma que seu cliente jamais extorquiu empresários ou integrou sociedades empresariais para 
lavar dinheiro.

"Paulo Roberto atribui aos outros todos os desvios de caráter que carrega em si mesmo, como o próprio asseverou ao Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba, admitindo ter recebido propina de empresas privadas, ter corrompido pessoas, ter desviado valores, ter remetido dinheiro sujo para fora do país, ser parceiro de maus políticos e sócio de doleiro cuja vinda anteata fala por si", diz o advogado.

Na ação, Alexandre Oliveira explica ainda que o crime de calúnia não está acobertado pela imunidade prevista no artigo 142, inciso I, do Código Penal. "Somente a injúria e a difamação irrogadas em juízo estão acobertadas pela imunidade. Não é disto que se cuida a hipótese. De todos os crimes contra a honra, Paulo Roberto Costa cometeu o mais grave", afirma.

Processo do PT

Nesta segunda-feira (13/10), o presidente do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, também apresentou queixa-crime contra Paulo Roberto Costa por crime de difamação, por imputar falsamente crime a terceiros e por ofender a honra do PT. O pedido foi feito ao Juizado Especial Criminal do Foro Central da Região 
Metropolitana de Curitiba.

Além disso, o PT apresentou requerimento ao ministro Teori Zavascki (foto), do Supremo Tribunal Federal, e ao procurador geral Rodrigo Janot, para que seja disponibilizada a íntegra do acordo de colaboração premiada e dos depoimentos que o acompanham, "para que se possa conhecer por inteiro as acusações, 
esclarecer os fatos e refutar as inverdades propaladas".

No requerimento, reitera-se que o pedido tem o sentido de "assegurar a lisura do pleito eleitoral, afetada pela divulgação irresponsável de declarações graves e levianas, porque desacompanhadas até o momento de qualquer prova que sustente minimamente suas frágeis assertivas".

O jornal O Estado de S. Paulo disponibilizou trechos do depoimento de Costa que foram incluídos em um dos processos a que o ex-diretor responde em Curitiba. Os vídeos estão disponíveis sem sigilo.

Clique aqui para ler a petição.

Escândalo das rádios de Aécio foi descoberto em blitz da lei seca



Imagine, leitor, se Lula tivesse dado dinheiro público a algum parente durante seu governo. A mídia e a oposição não se contentariam com impeachment. Possivelmente, exigiriam pena de morte. De preferência, por imersão do petista em óleo fervente.

Para que se possa mensurar o nível de intolerância da imprensa, do Ministério Público, do Judiciário e da Polícia Federal com petistas e o nível inacreditável de tolerância com tucanos, basta lembrar que um dos filhos de Lula foi julgado e condenado pelos meios de comunicação por uma empresa com a qual se associou ter tido relações com o governo do pai.

Pois bem: na edição de terça-feira (14) da Folha de São Paulo, em matéria escondidinha no “caderno especial” sobre as eleições – e, claro, sem chamada alguma na primeira página –, o jornal relata um escândalo surpreendente: quando governou Minas Gerais, Aécio Neves deu dinheiro do Estado diretamente a empresas de sua família. No caso, algumas rádios.

A matéria da Folha escandaliza por revelar um nível quase inacreditável de, ao menos, espantosa incúria dos governos do PSDB de Minas Gerais com a “res publica”, razão pela qual a matéria espantosa saiu muito bem escondida no jornal da família Frias. Talvez por isso, ao fim da manhã do dia da publicação, essa matéria tenha ganhado pouco destaque.

Confira, abaixo, a denúncia – pero no mucho – da Folha.

Clique aqui para visitar a página original da matéria
O escândalo foi descoberto em 2011. A Folha diz que, naquele ano, “o PT pediu que o Ministério Público investigasse a publicidade nas empresas da família [de Aécio]”. Porém, o que o jornal não diz é que a descoberta decorreu de um dos fatos que mais depõem contra um político que, tragicamente, tem chance de governar o Brasil (!).
Leia, abaixo, matéria do portal G1 de abril de 2011

Clique aqui para visitar a página original da matéria

Esse é o homem que nos gera o risco de que venha a governar o país.

Continuando. De fato, foi o PT de Minas Gerais que pediu para o Ministério Público investigar pagamentos que o governo Aécio Neves fez à família do então governador daquele Estado entre 2003 e 2010. Porém, o que a matéria não diz é como foi que o PT descobriu, em 2011, que o agora ex-governador mineiro se beneficiava PESSOALMENTE daqueles pagamentos.

Quase um ano após a detenção de Aécio no Rio de Janeiro por supostamente estar dirigindo embriagado – já que se recusou a fazer o teste do bafômetro –, o Ministério Público de Minas Gerais instaurou inquérito civil, a pedido do PT, para investigar repasses feitos entre 2003 e 2010 pelo governo mineiro à rádio Arco Íris, de propriedade da família do tucano.

Além de Aécio, também consta no inquérito MPMG-0024.12001113-5 a irmã dele, Andrea Neves, responsável pelo controle de gastos do governo mineiro com comunicação durante o governo do irmão.

Mas como foi que o PT descobriu tudo isso? Simplesmente porque o veículo que Aécio dirigia quando foi detido em 2011 no Rio por dirigir com a carteira de habilitação vencida e por ter se recusado a fazer o teste do bafômetro pertencia a ninguém mais, ninguém menos do que à emissora de rádio da família do tucano.
Aécio dirigia um jipe Land Rover, placas HMA-1003, comprado em novembro de 2010 em nome da emissora.

Sem a detenção de Aécio na blitz da lei seca no Rio em 2011, nada disso teria sido descoberto. E quem diz não é este Blog, mas outro jornal que, tal qual a Folha, apoia o PSDB: o Estadão. Por isso, esse jornal publicou em 2012, também sem destaque e sem continuidade, a matéria que você pode conferir abaixo.



Clique aqui para visitar a página original da matéria

Como se viu na matéria recente da Folha, o caso não deu em nada porque, tal qual ocorre em São Paulo, a ditadura tucana mineira cooptou o Ministério Público local. O então procurador-geral do Estado, Alceu Marques, encerrou o caso sem sequer verificar os valores que o Erário de Minas Gerais doou às rádios da família de Aécio e, como prêmio, foi nomeado secretário do Meio Ambiente pelo governo tucano que os mineiros acabam de rejeitar nas urnas.

Se tudo que vai acima não o convenceu de que pôr alguém como Aécio na Presidência seria um suicídio coletivo do povo brasileiro, a menos que você esteja sendo pago pela campanha tucana é melhor que procure, com urgência, tratamento psicológico.

Dilma ganha com 52%, 53%. Base da Dilma é mais sólida Buscar a classe intermediária e a Rede que não engole o Aécio.


O ansioso blogueiro reencontrou o Profeta Tirésias, com quem manteve substancioso diálogo sobre o peso do Nordeste e de São Paulo.

Nessa terça-feira (14/10), ele ofereceu as seguintes observações:

- Dá pra Dilma ganhar, com 52%, 53% dos votos válidos, com dificuldade.

- O Brasil era e está dividido.

- Porém, a base da Dilma é mais sólida, mais fiel: conta com os excluídos, a classe média baixa.

- E ela tem potencial para crescer na classe intermediária.

- Basta fazer “disputa política”, confronto, ideia contra ideia, projeto contra projeto, aliados contra aliados.

- Botar o Fernando Henrique e o Armínio nos programas foi muito boa ideia.

- O Aécio está perto do teto deles.

- Ele subiu no fim do primeiro turno por causa da liquefação da Marina, do último debate na Globo, em que ele desmascarou a Marina, e a manipulação das pesquisas em cima da hora.

- O voto útil nele já se deu, em boa parte.

- Tem que explorar a dissidência na Rede.

- Quem disse que a Rede toda engole o Aécio ?

- É uma boa hora de implodir a Rede, que já se implode por si própria.

- A Marina vai acabar se fundindo com os votos do Roberto Freire, do DEM … E do que sobrar do que foi o socialismo pernambucano.

- Quem ferrou o Arraes ? Foi o PSDB, que não deu um centavo a Pernambuco…

- E o PT tem que enfrentar a militância espontânea do PSDB, especialmente em São Paulo.

- Esse ódio cego de que o Fernando Meirelles é exemplo tão inesperado quanto alucinado – veja que Meirelles terá que pagar gorda indenização ao João Santana.

- Só nas ruas o PT de São Paulo neutraliza isso.

- Não se sabe o que mais está lá dentro da delação deliberadamente vazada do Paulo Roberto Costa.

- O PT deveria ter ido com mais apetite para cima do Juiz Moro.

(Não deixe de ler entrevista de Luiz Moreira ao Paulo Moreira Leite e , depois, a estratégia de Moro para chegar ao Supremo, segundo PML.

- Cadê as provas ?, Meritíssimo ?

- Cadê o Eduardo Campos ? Sumiu da delação ?

- O PT foi frouxo … Até segunda ordem – são as próprias empresas que dizem – as doações ao PT foram legais.

- Do ponto de vista eleitoral, e se o Moro não induzir a outro vazamento, o efeito já se deu.

- E quem é o senhor Aécio para falar em corrupção ? O Wagner tem toda a razão.

- Além do mais o Aécio é um péssimo gestor.

- O Eduardo Campos era um bom gestor.

- O Serra era um bom gestor. Quando foi Governador de São Paulo, ignorou São Paulo, e se concentrou em cinco obras, cinco marcas que poderiam elege-lo em 2010.

- Serra tinha foco.

- Aécio não encosta neles como administrador público – e essa fragilidade pode ser explorada.

- Nos três debates na tevê.

- Ir pra cima dele.

- Sem medo.

(Afinal, o público evangélico, de Classe C, pode se sensibilizar com a questão do bafômetro e da cocaína – PHA)

Não deixe de ler “Aécio é mau e machista”, observações extraídas de seu comportamento no último debate do primeiro turno.

E, aqui, o que dizem a Vox (e o DataCaf) sobre os primeiros movimentos no segundo turno.


Paulo Henrique Amorim

“Liberdade” da Folha só vale para o Reinaldo. É o jornal da piada pronta.

xicosa
demissão de Xico Sá da Folha, por se ver impedido de declarar sua opção eleitoral por Dilma em sua coluna  no jornal é uma honra para o jornalismo brasileiro.
O veto à publicação da declaração de seu voto na coluna que mantinha há anos no jornal – onde militou muito tempo, talvez alguns não saibam, como repórter político, antes de se dedicar às crônicas de futebol e de costumes – só poderia ser aceito por quem fosse desprovido de um mínimo de dignidade, o que sobra a Xico.
O grande público que acompanhou sua participação do programa coxinha Extraordinários, durante a Copa do Mundo, sabe que ele, com bom humor e tolerância, jamais se calou diante da absurda tentativa de transformar os “coxismos” em “manifestação popular” e, já ali, dava seus trancos nas manifestações anti-nordestinos que, vemos agora, se tornaram um dos motes da direita.
Uma atitude destas, vinda de um jornal que traz para o lugar de colunista – como colunista é Xico – um energúmeno como Reinaldo Azevedo, é mais que uma hipócrita censura, é uma piada mórbida.
Porque é só assim que se pode ler a explicação do jornal de que os colunistas “”devem evitar fazer proselitismo eleitoral em seus textos”.
Os textos de Reinaldo Azevedo são o quê?
Fico com medo pelo emprego do José Simão, porque a direção da Folha parece ser adepta da “piada pronta”, bordão de seu simpático Macaco.
E olhem que, como ressalva o próprio Xico, em seu Facebook, “é bem melhor em se comparando aos outros jornalões, vide grande revelação do aeroporto privado de Aécio e o mínimo questionamento do choque de gestão nas Gerais, esse fetiche econômico insustentável até para a Velhinha de Taubaté do meu amigo Veríssimo. ”
Parabéns ao Xico, que mostrou que ainda existe o que em outros tempos sobrava no jornalismo: coragem e decência pessoal.
E que é capaz de definir, bem sucinto, o que se tem na mídia hoje: “É muito desequilíbrio. É praticamente jornalismo de campanha. Não cobertura.”.